Tubarão 148 anos: “É uma cidade com trajetória para o esporte”

Os investimentos em esporte na Cidade Azul resultaram em vários troféus nos Jasc 2017 - Letícia de Oliveira/Notisul
Os investimentos em esporte na Cidade Azul resultaram em vários troféus nos Jasc 2017 - Letícia de Oliveira/Notisul

Para incentivar o esporte na Cidade Azul foi criada a Lei Municipal para o Bolsa-Atleta em 15 de fevereiro de 2012. O objetivo era dar um suporte aos atletas de Tubarão para que continuassem a representar o município, como explica o diretor-presidente da Fundação de Esporte, Luiz Ernani Buerger.

“Nós criávamos os atletas e perdíamos para outras cidades, porque naquela época não tínhamos nada para oferecer a eles. Daí chegava qualquer município com um auxílio financeiro e os levava. Então, o Bolsa-Atleta veio para sanar um desses problemas”, explica Ernani.

A bolsa é um auxílio aos atletas que se destacam nas competições da Fesporte, que são os Jasc, os Joguinhos e a Olesc. Os atletas que ganham medalhas pelo município têm direito, no ano seguinte, a pleitear o auxílio do Bolsa-Atleta. Os valores são definidos com base na Unidade Fiscal do Município (UFM). Pode ser pago no máximo dez UFMs.

Em 2017, a Bolsa atendia 130 atletas e 30 técnicos em sete modalidades: Futsal (masculino e feminino), Vôlei (masculino), Handebol (feminino), Atletismo (masculino e feminino), Karatê (masculino e feminino), Judô (masculino e feminino) e Natação (masculino e feminino). Este ano, o programa foi ampliado para atender 142 atletas e 32 técnicos.

O Programa do Bolsa-Atleta começou a vigorar a partir de 2013 e os resultados puderam ser observados na edição de 2017 dos Jasc. Com 147 integrantes, a delegação de Tubarão conquistou 53 medalhas, 11 de ouro, 22 de prata e 20 de bronze. Com esse total, Tubarão garantiu o 7º lugar geral da competição. Essa foi a melhor campanha da história da cidade nos Jogos Abertos. Na edição anterior, o município conquistou 18 medalhas.

Além de manter as equipes de rendimento em várias modalidades, Ernani ressalta que o município também criou escolas de inclusão social na rede ensino.

“Não adianta pensar no rendimento se não tiver o trabalho de base. Em 2017, criamos as Escolinhas de Inclusão Social, porque investir em esporte é uma prevenção a doenças, por exemplo. Se a cidade tiver uma população sadia – praticante de esportes – ela vai deixar de investir depois na saúde. Temos essas escolinhas com 13 professores, com todas as modalidades coletivas e individuais, inclusive a terceira idade e agora o paradesporto. Nosso objetivo é tirar as crianças dos vícios das drogas e também criar novos atletas de destaque, que possam fazer parte da equipe de rendimento. Hoje, temos as escolinhas, que é a base e o rendimento. Portanto, não há mais como mudar essa trajetória dentro do esporte. Melhoramos cada vez mais”, complementa Ernani.

Ainda para incentivar esses jovens atletas, o município realiza os Jogos Estudantis de Tubarão (Jetuba) em três categorias: dos 10 aos 12 anos, dos 13 aos 14 anos e dos 15 aos 17 anos. Essa competição serve para as crianças e adolescentes conhecerem como funciona um campeonato e também para que os técnicos do rendimento observem futuros talentos.