E se você ‘esbarrasse’ com um jacaré?

O 'passeio' do jacaré de papo amarelo por Laguna foi registrado por populares.
O 'passeio' do jacaré de papo amarelo por Laguna foi registrado por populares.

Priscila Loch
Laguna

Imagine encontrar um jacaré de dois metros andando tranquilamente pelo meio da rua, em uma região movimentada da cidade. Isso ocorreu em Laguna na última sexta-feira e assustou os populares. Vídeos feitos por moradores foram postados na internet (confira logo abaixo).

O fato ocorreu na avenida Castelo Branco (do Laguna Tourist), no bairro Portinho, por volta das 19 horas. O animal atravessou as duas pistas da estrada e o trânsito precisou ser interrompido por alguns minutos.
A Polícia Militar Ambiental foi acionada e, enquanto a guarnição não chegava, algumas pessoas tentaram afugentar o jacaré. Um apicultor que passava pelo local usou um fulmegador (usado com abelhas) na tentativa de espantar o bicho.

Quatro policiais da ambiental, auxiliados por policiais militares, atenderam a ocorrência, que levou aproximadamente 45 minutos. Eles constataram que era um jacaré de papo amarelo, nativo da região, mas o seu tamanho surpreendeu.
“O levamos a um local ermo, onde não tem habitação, longe de comunidades ribeirinhas, e soltamos. Uns seis anos atrás, ocorreu um caso semelhante em Gravatal. Mas o animal era maior e removemos para a Reserva Ecológica de Carijós (Florianópolis)”, conta o soldado Robson Vieira, da Polícia Ambiental.

Uma das hipóteses levantadas para explicar a presença do animal na cidade é que poderia se tratar de uma fêmea, em busca de um local mais seco para colocar os seus ovos. “Provavelmente, saiu de seu habitat porque estava muito alagado. Apesar de ser um anfíbio, as fêmeas procuram locais mais secos nestas situações”, explica o policial.

Perigo!

Nas imagens feitas em Laguna, é possível ver um homem chutando o jacaré e pisando em sua calda. Mas atitudes deste tipo são muito perigosas. A primeira recomendação é acionar os órgãos ambientais. “O animal não vai atacar, só ataca se sentir ameaçado, por isso, é importante não tentar confrontá-lo”, orienta o soldado Robson Vieira, da Polícia Ambiental.