Dissídio está marcado

Atualmente, Tubarão conta com apenas 23 carteiros para atender toda a cidade  -  Foto:Gilmar F. Estevam/Banco de Imagens/Notisul
Atualmente, Tubarão conta com apenas 23 carteiros para atender toda a cidade - Foto:Gilmar F. Estevam/Banco de Imagens/Notisul

Tubarão

 

O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro João Oreste Dalazen, marcou a sessão do dissídio coletivo de greve dos Correios para esta quinta-feira, às 13h30min, na sede do tribunal, em Brasília. 
 
O julgamento ocorrerá caso não haja acordo na audiência de conciliação, marcada para hoje, entre a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect).
 
Na semana passada, uma audiência reuniu as duas partes, mas não houve consenso. A falta de entendimento entre a estatal e os trabalhadores motivou o início da greve na última quarta-feira. Para minimizar os prejuízos à população, os Correiros promoveram, neste fim de semana, um mutirão com objetivo de agilizar a entrega de cartas e encomendas no país.
 
Em Santa Catarina, 8,3 % do efetivo de empregados dos Correios no Estado paralisou suas atividades, o que refletiu diretamente na entrega de correspondências simples. O serviço chegou a ser suspenso em Criciúma, Tubarão, Florianópolis, Itajaí e Brusque.
 
Na Cidade Azul, a entrega de sedex é feita normalmente desde a semana passada. Cerca de 40% dos funcionários que atuam no Centro de Distribuição de Correspondências (CDC), no bairro Humaitá, estão de braços cruzados.
 
Dos 44 trabalhadores, 18 atuam em serviços internos. Diariamente, o CDC recebe aproximadamente 22 mil correspondências diariamente. Mesmo sem a greve, apenas 18 mil são entregues. O restante acumula para o dia seguinte. O motivo é a falta de profissionais. Atualmente, Tubarão conta com apenas 23 carteiros para atender toda a cidade.
 
O que pedem os trabalhadores
Os trabalhadores reivindicam 43,7% de reajuste, R$ 200,00 de aumento linear e piso salarial de R$ 2,5 mil. A empresa propõe 5,2% de aumento e o mesmo percentual para os outros benefícios, como vale-alimentação e auxílio-creche, por exemplo.
No Brasil, o Correios é a maior empresa empregadora no regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Ao todo, são 120 mil funcionários. Os trabalhadores entregam, por dia, cerca de 33,9 milhões de objetos simples, 830,6 mil cartas registradas e 835,2 mil encomendas.