Diretoria nega falta de pagamentos

Priscila Loch
Tubarão

A diretoria do Hercílio Luz contestou a informação de que o técnico Arnaldo Lira deixou o clube porque tinha salários atrasados a receber. Ele despediu-se de Tubarão segunda-feira, após pouco mais de dois meses no comando do time.
O contrato de Lira previa o pagamento de R$ 15 mil até o fim da Divisão Especial do Campeonato Catarinense. No ato da assinatura, ele recebeu R$ 7,5 mil, segundo os próprios diretores. Ficou acertado que a outra metade seria paga no decorrer da competição, conforme a necessidade do treinador.

E foi o que aconteceu. A redação do Notisul teve acesso ontem à tarde a vários recibos de pagamento ao técnico. E, além do salário total combinado, Lira ficou durante todo o período na cidade hospedado no Hotel San Silvestre e alimentava-se no refeitório do Estádio Anibal Costa, todas as despesas bancadas pelo Hercílio. Inclusive, a viagem de volta para casa foi paga pelo clube, e Lira receberia uma premiação de R$ 10 mil se o time subisse à primeira divisão do estadual.
“O clube pagou os salários no dia exato ao acertado com o treinador, não ficando nenhuma pendência e nem atraso. A alegação do treinador era que em clubes pelo qual ele passou não recebeu salário, mas esta desculpa não pode ser usada no caso do Hercílio Luz”, diz nota da diretoria.

“Achar que o grupo do Hercílio é fraco é um direito dele, apesar de não ser esta a opinião da diretoria do clube, pois sabemos do potencial dos nossos jogadores e temos a certeza que eles vão dar a resposta em campo neste quadrangular”, acrescenta o vice de futebol do Leão, Cláudio Fernandes.
“O acerto com Lira ia até o fim do campeonato. Como o campeonato se estendeu por questões jurídicas, ele pediu um pouco mais de dinheiro para ficar até o fim da disputa. Como a diretoria achou que era a hora de fazer uma mudança, resolveu então de comum acordo liberar o profissional”, expõe ainda a nota.

Novo técnico

O novo técnico do Hercílio Luz deve ser anunciado hoje. Seis nomes foram cogitados, dois deles com maior probabilidade de contratação: Osmar Magalhães e Belmont.
“Procuramos alguém com perfil perto de uma mistura de Grizzo e Lira, sem ser muito bobo ou muito rígido. Estes dois têm este perfil”, relata o supervisor de futebol do Leão do Sul, André Barcelos.

Ambas as opções de contratação conhecem de perto a realidade do futebol catarinense. Osmar atuou no Porto e Joaçaba este ano, e Belmont saiu das categorias de base do Avaí e foi para o Ibirama.
O quadrangular final da Divisão Especial deve começar apenas no dia 18 ou 21. Isso porque o julgamento dos recursos de Concórdia e Porto, do tão propagado caso dos cartões amarelos, foi adiado. Será na próxima quinta-feira.