Alice Goulart Estevão
Capivari de Baixo
Os guardas municipais de Capivari de Baixo e Laguna receberam os certificados de conclusão do curso de formação inicial na Academia de Polícia Civil (Acadepol), em Florianópolis, na terça-feira. A capacitação era uma solicitação antiga dos profissionais e foi viabilizada pela administração municipal.
As aulas ocorreram de 15 de fevereiro a 30 de maio, com duração de 644 horas. As atividades, teóricas e práticas, fazem parte da grade curricular da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), e se enquadram na nova lei federal que atribui o trabalho de polícia preventiva.
O curso, oferecido pela Acadepol, é um dos mais conceituados no país. A capacitação foi realizada em conjunto entre as duas cidades, o que permitiu uma redução significativa dos investimentos de ambas. Além dos custos do convênio, também foi disponibilizada hospedagem aos 14 guardas.
Capivari de Baixo precisará, a partir de agora, aparelhar e adequar sua estrutura para que a Guarda Municipal possa atuar de acordo com a lei. Segundo representantes do governo municipal, é necessário comprar os equipamentos, uniformes, viaturas e construir uma sede.
A formação é apenas o início do processo de adequação para os futuros guardas, que atualmente são funcionários concursados e exercem outras funções no poder público. O prefeito Moacir Rabelo da Silva ficou de apresentar uma proposta ainda nesta semana.
Compra de armas é aprovada
Na Cidade Juliana, esta é a segunda exigência da Senasp cumprida. Desde o mês passado, o comando é realizado por um guarda municipal concursado. O prefeito Everaldo dos Santos também já aprovou a compra de armamento e o documento foi encaminhado ao Exército brasileiro, responsável pela autorização.
Depois, será enviado à Polícia Federal, que fiscaliza o porte de arma de fogo. Conforme a lei municipal, Laguna necessita de 40 agentes, por isso serão compradas 40 pistolas de calibre 38 e duas espingardas calibre 12. Porém, atualmente só tem 14 guardas e um é cedido pelos bombeiros militares.
“Acredito que a partir do ano que vem estaremos armados. Hoje realizamos policiamento e trabalhamos uniformizados, isto representa uma ameaça para nós. A falta de arma nos deixa vulneráveis aos criminosos e de mãos atadas para contribuir mais”, lamenta o inspetor Matheus Peixoto Philippi.
O receio é que ocorra um crime como o do guarda municipal de Tubarão Marcelo Goulart Silva, de 33 anos, morto em fevereiro de 2011. “A arma não é um instrumento de vaidade, mas ajuda a inibir a criminalidade e cumprir nosso trabalho”, enfatiza.