Crime tem ligação com a guerra do tráfico

Foto:Divulgação/Notisul
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Kalil de Oliveira
Laguna

A cidade de Laguna vive, realmente, uma briga entre facções criminosas. É o que explicaria, segundo o delegado Rubem Thomé, da Divisão de Investigação Criminal (DIC) da Polícia Civil, a morte do jovem Arthur Lopes Rosa, 19 anos, encontrado ontem por volta das 4h30min, caído no banheiro de sua casa, na localidade de Malvina, com várias marcas de tiro pelo corpo.

No Instituto Geral de Perícias (IGP) foram retirados os projéteis do corpo, que serão usados no inquérito. “A causa mais provável é execução pelo tráfico de drogas”, defendeu Rubem.

Segundo o delegado, o jovem teria dado uma festa instantes antes de morrer e estaria sozinho no momento dos disparos. “Havia uma mulher, e esta moça era a última que estava na festa. Ele foi levá-la em casa e, quando retornou, os indivíduos vieram atrás dele e o executaram”, explicou.

O delegado também confirmou que a vítima foi atingida por mais de dez tiros de três revólveres diferentes. “O que sabemos é que se trata de uma guerra entre o Primeiro Grupo Catarinense (PGC) e Primeiro Comando da Capital (PCC)”, revelou. 

O delegado ainda disse que o jovem respondeu por atos infracionais enquanto adolescente. “Tem tráfico de drogas, receptação, dirigir sem habilitação, posse de arma de fogo, entre outros”. 

Com este crime, Laguna lidera o número de assassinatos e segue como a cidade mais violenta da região com 11 homicídios ocorridos neste ano. Depois, vem seguida por Imbituba e Tubarão, cada uma com quatro assassinatos (confira no quadro abaixo). 

Nos últimos 20 dias foram contabilizadas três mortes na Cidade Juliana, todas por arma de fogo. O último assassinato foi registrado no dia 28 do mês passado. A polícia ainda não tem pistas dos suspeitos do crime de ontem.