Cobrança é irregular

Tubarão

A maioria dos motoristas conhece o ritual. Antes mesmo de sair do carro, o condutor percebe pelo retrovisor uma pessoa que sinaliza as direções. São os ‘famosos’ flanelinhas, que ficam em vias públicas com o intuito de ajudar a estacionar e, eventualmente, limpar os vidros dos veículos. 

Em Tubarão, eles podem ser encontrados com mais frequência nas proximidades da rodoviária, na saída de restaurantes, em frente ao shopping e nas imediações da Unisul. Porém este trabalho não é regulamentado pela cidade, portanto ilegal. O último requerimento apresentado foi em 2008 pelo ex-vereador Geraldo Pereira. O objetivo era de que os flanelinhas fossem cadastrados para trabalhar em situações especiais, como em formaturas. 

Ainda em sua função, o secretário de segurança e patrimônio, Claudemir da Rosa, afirmou que durante sua gestão não foram registradas reclamações sobre esse tipo de cobrança indevida. “Se recebêssemos a informação de que isso causou algum tipo de problema, trabalharíamos para resolver, mas nada chegou ao nosso conhecimento”, salientou. 

Quem passar por esta situação não deve efetuar o pagamento e sim registrar queixa na Central do Cidadão, com informações sobre o local e data onde o fato ocorreu. Os flanelinhas defendem-se com a justificativa de que não cobram, pois os motoristas pagam espontaneamente. No entanto, existe a campanha da prefeitura “Não dê esmola, dê oportunidade”, que incentiva os motoristas a não darem dinheiro aos pedintes.  

Possibilidade de regulamentação
Se o caso envolver ameaça, o melhor é solicitar apoio da Polícia Militar, por exercício ilegal da profissão. Para Claudemir, não há possibilidade de regulamentar este trabalho. “Estamos trabalhando para conseguir licitar uma empresa para administrar o estacionamento rotativo. Uma pessoa fazer isso abre precedente para outros realizarem essa prática proibida no centro”, explica.

Exercício ilegal da profissão
Recentemente, a polícia deteve um homem de 26 anos quando realizava este tipo de trabalho na Praia do Rosa, em Imbituba. Por volta das 9 horas do último domingo, durante uma revista pessoal, ele foi flagrado com R$ 635,70.