Tubarão
Cinco casos de violência sexual infanto-juvenil são registrados na Cidade Azul por mês. Hoje, é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, ação que deveria ocorrer constantemente, a exemplo de várias cidades de Santa Catarina e do país.
As informações não são nada animadoras. Segundo o delegado Jair Tártari, da Delegacia da Criança, do Adolescente, e de Proteção à Mulher e ao Idoso de Tubarão, estes números são os que chegam ao conhecimento do órgão. “Temos certeza de que mais ocorrências não são contabilizadas, estão nas cifras ‘negras’, não denunciadas”, revela.
A maioria delas, conforme o delegado, é praticada pela própria família da vítima, principalmente por pai ou padrasto, geralmente envolvidos com droga ou álcool. “Quem deveria zelar é quem destrói”, indigna-se o delegado.
A necessidade de romper o silêncio e denunciar é fundamental. “Não se pode ter medo de acusar. Essa é a única forma de ajudar. Seja por denúncias anônimas, conselho tutelar ou através da secretaria nacional dos direitos humanos, que repassa as informações para investigarmos”, explica Jair.