Câncer de boca: um perigo à saúde que precisa ser evitado

Quando se fala em câncer, muitos órgãos humanos são lembrados, mas são poucos os que se recordam que na boca também podem ocorrer manifestações da doença. Se diagnosticada precocemente e tratada de forma correta, há grandes chances de cura.

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) realiza anualmente, nas primeiras semanas de novembro, desde 2015, a Semana Nacional de Prevenção do Câncer Bucal. O objetivo de destacar o período é estimular gestores de saúde e a população a promover ações preventivas, campanhas educativas, debater políticas públicas, desenvolver e organizar ações.

Segundo a estomatologista da Provida Odontologia do Complexo Médico Provida, em Tubarão, Dra. Greicy Kniest, é importante ficar atento a alguns sinais e procurar, o mais breve possível, um especialista.

“Sempre que observarmos alterações com coloração na mucosa, como manchas brancas ou avermelhadas; se houver feridas que não causem dor ou que durem mais do que 15 dias; se percebermos aumento de volume, tipo de nódulos, na boca ou no pescoço, ínguas ou ainda, se a pessoa for fumante ou etilista, ou mesmo um trabalhador exposto à radiação solar, deve realizar consultas periódicas para prevenir o câncer de boca”, indica.

A doutora destaca ainda que o tumor bucal é silencioso, muitas vezes assintomático. Motivo pelo qual, em muitos casos, as pessoas atrasam a realização do diagnóstico.

“Geralmente quando o indivíduo chega a sentir dores ou desconforto, a doença já passou das fases iniciais. Diante disso, então, é fundamental que se faça e divulgue a importância do autoexame para o diagnóstico precoce”, alerta Dra. Greicy.

Prevenção
Para prevenir e tornar a pessoa menos susceptível ao desenvolvimento do câncer de boca, a mastologista indica alguns cuidados, como ter hábitos saudáveis, não fumar e evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Se proteger também da exposição excessiva ao sol, evitando assim, o câncer de lábio. Ainda usar preservativos em relações sexuais para prevenir a contaminação pelo HPV (doença que tem relação com alguns tipos de câncer bucal e orofaringe).

Tratamento
Na grande maioria das vezes é cirúrgico, tanto em lesões menores, com procedimentos mais simples, como em tumores maiores. Na avaliação clínica, associada a exames complementares, determinará o tratamento mais indicado. A radioterapia e a quimioterapia são indicadas quando a cirurgia não é possível ou quando o tratamento cirúrgico pode complicar a reabilitação funcional e a qualidade de vida do paciente.

Estatísticas
Conforme o INCA, neste ano, estima-se ocorrer 15.190 novos casos, destes, 11.180 em homens e 4.010 em mulheres. Em 2018, 6.455 pessoas morreram em decorrência da doença, sendo 4.974 no público masculino e 1.481 no feminino.

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