domingo, 19 maio , 2024
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Liliane Dias

Tubaronenses solidários: Voluntárias arrecadam 400 litros de produtos de limpeza

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Amanda Menger
Tubarão

Uma das boas marcas dos tubaronenses é, com certeza, a solidariedade. Talvez seja uma forma de agradecer a ajuda recebida após a enchente de 1974. E exatamente isso garantiu o sucesso da campanha idealizada pela Associação dos Voluntários das Instituições Carentes (Avoic). Foram arrecadadas 2.058 fraldas e quase 400 litros de produtos de limpeza. As doações foram entregues neste sábado ao Abrigo dos Velhinhos.

“Foi muito legal. Superamos as metas que tínhamos estabelecido. Eram inicialmente mil fraldas e 150 litros de produtos de limpeza. Os idosos ficaram muito felizes com o lanche e com os presentes que ganharam”, conta a presidenta da Avoic, Mônica Mendes Alves. Todos os idosos receberam uma toalha de mão, um escapulário e um rosário.

A idéia de criar a Avoic surgiu como um projeto de aula. A associação é uma espécie de ‘ponte’ entre empresas e as entidades. O trabalho de escola feito por sete alunas, formandas do curso de administração do Centro de Educação Profissional Diomício Freitas (Cedup), já recebeu inclusive menção honrosa da câmara de vereadores de Tubarão.

No sábado, as meninas contaram com a ajuda do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar para levar as doações até o Abrigo dos Velhinhos. Além dos donativos, os idosos contaram com uma tarde diferente. “Os integrantes do Movimento de Irmãos de Capivari de Baixo e os alunos da escola Tomé também participaram, cantaram, dançaram com eles”, relata Mônica.

Quarta-feira, as meninas apresentarão o trabalho no auditório do Cedup, às 21 horas. E elas já têm planos para o futuro. “Depois da formatura daremos continuidade à Avoic. Queremos realizar três eventos por ano”, propõe.

Doação de órgãos: Santa Catarina é recordista

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Zahyra Mattar
Tubarão

Doar órgãos não é fácil. Falar sobre o assunto também não. Afinal, o transplante de órgãos ocorre porque alguém muito especial deixou esta vida. Mas é através desde ato de amor incondicional dos familiares que outras pessoas tão especiais, quanto aquela que se foi, podem ter a chance de ficar mais algum tempo entre os seus. Santa Catarina está no topo da lista quando o assunto é doação de órgãos.

No ano passado, por exemplo, enquanto o estado atingia a marca de 14,7 doadores de órgãos e tecidos por milhão de população (pmp), o índice nacional estava em 5,4 doadores pmp. Foi o terceiro ano consecutivo de queda nas doações. O aumento foi expressivo quando os números são comparados com 2006, quando Santa Catarina fechou o ano com 12,8 pmp. Os dados deste ano ainda não foram computados, mas desde 2000 quase quatro mil pessoas já receberam órgãos e tecidos através de transplantes no estado.

O primeiro transplante de órgãos de Santa Catarina foi realizado em 1978, apesar da regulamentação do transplante ser de 1997. Tubarão participa destes bons índices desde 2004, quando o Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC) foi habilitado para a captação de órgãos. A exemplo de outras instituições hospitalares do estado, o HNSC também está credenciado para captar qualquer órgãos e também ossos.

Captação é essencial para os transplantes
O trabalho de captação de órgãos é desenvolvido por uma equipe multiprofissional, formada por enfermeiras, psicóloga e assistente social. Este momento é considerado fundamental, mas exige ‘tato’ dos profissionais, em especial durante a abordagem da família.

“Não é tão simples como as pessoas imaginam. Afinal, são o filho, o marido, a esposa daquela pessoa morreu. Fazer a abordagem e perguntar se a família tem interesse na doação dos órgãos é extremamente delicado. Mas aqui temos bons resultados, apesar da resistência das pessoas quanto ao processo”, avalia a enfermeira Priscila Redivo, integrante da equipe de captação no Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), em Tubarão.

O HNSC não está habilitado para efetuar o transplante propriamente dito, apenas a captação do órgão. Assim que um possível doador é detectado, a SC Transplantes é acionada. Se não há ninguém no estado capaz de receber o órgão, ele é enviado para outras localidades do país. “É tudo muito organizado e transparente. Ser o primeiro da lista de espera não significa que será o próximo a receber o órgão”, explica a enfermeira.

Tudo dependerá de que órgão a pessoa precisa e quais estão disponíveis naquele momento. O que qualificará o receptor é a compatibilidade. Quando há duas pessoas compatíveis na lista de espera, recebe aquela que está mais debilitada. “Muitas vezes, o transplante de órgãos é a única chance, a última, que a pessoa tem de sobreviver. Pode parecer difícil falar sobre o assunto, mas as famílias devem encarar isto como algo natural. É necessário maior conscientização”, acredita Priscila.

Doação de órgãos
• Em geral, os doadores são pacientes com morte encefálica em tratamento em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). A morte cerebral indica que, em poucas horas, o coração vai parar de bater e, caso a família do paciente autorize, a retirada dos órgãos é feita enquanto ainda há circulação sanguínea. Também é possível retirar órgãos, neste caso as córneas, de doadores já falecidos. Apenas pessoas com doenças infecto-contagiosas não podem doar.

• Para doar órgãos não é necessário registrar nenhum documento. A pessoa deve expressar em vida o desejo de doar algum órgão. Ainda assim, conforme a legislação brasileira, a doação somente ocorre com a autorização da família.

• Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista única, definida pela Central de Transplantes da secretaria de saúde de cada estado e controlada pelo Ministério Público.

• No Brasil, 60 mil pessoas aguardam na lista de espera por uma doação de órgãos. Segundo dados da Associação Brasileira de Transplante de órgãos (Abto), o país realiza cerca de 17 mil transplantes por ano e é considerado modelo em número de transplantes realizados. Porém, o número de doações é baixo, cinco doadores por milhão de população (pmp). Este número representa menos de 25% da lista de espera. O primeiro transplante de órgãos no estado foi realizado em 1978, apesar da regulamentação do transplante ser de 1997.

• A SC Transplantes atende pelo 0800-6437474.

Sabe o que os astros guardam para você hoje?

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Áries (21/03 a 19/04)
Dia de energia sensível e intuitiva que convida à contemplação. Reflita sobre os rumos que a sua vida tem tomado e como é importante se sentir bem emocionalmente e espiritualmente.

Touro (20/04 a 20/05)
Mudanças nas amizades, nos grupos e energias com as quais se sente afinado. Isso faz com que veja o futuro sob nova perpectiva. Taurinos temem mudanças, mas não deveriam, porque são justamente elas que conduzirão a uma vida mais feliz.

Gêmeos (21/05 a 21/06)
Você está refazendo as bases interiores e tem também outras demandas relativas ao trabalho, às realizações e aos objetivos. Hoje reflita sobre o que lhe inspira.

Câncer (22/06 a 22/07)
A verdade está onde está o coração, um enunciado que os cancerianos bem conhecem. Mas é preciso saber diferenciar entre a intuição que conduz a caminhos verdadeiros e as ilusões que apenas servem para afastá-lo do rumo evolutivo.

Leão (23/07 a 22/08)
A intimidade tem o poder de lhe transformar. Normalmente temos receio daquilo que mais nos faria evoluir. Portanto, observe os seus receios, eles têm algo a lhe ensinar.

Virgem (23/08 a 22/09)
Dia em que você fica ciente de algo que incomoda nos relacionamentos. De como tem agido com infantilidade em questões emocionais. Há afeto para todos, não é preciso disputar as pessoas.

Libra (23/09 a 22/10)
Saúde não é apenas a ausência de doenças, mas uma integração positiva entre o corpo, a mente, as emoções e o espírito. Devemos prestar mais atenção no organismo, que informa sobre as condições existentes.

Escorpião (23/10 a 21/11)
Dia com forte carga emocional, que pode sensibilizar os escorpianos. Cuidado com atitudes carentes e infantis. Siga a intuição e procure dar vazão à criatividade.

Sagitário (22/11 a 21/12)
Algo está findando em sua vida e isso independe de sua vontade, embora deva usar com consciência o livre-arbítrio. Um momento de reflexão, interiorização e contemplação que lhe coloca frente a frente com o que há de mais profundo e essencial em sua personalidade.

Capricórnio (22/12 a 19/01)
Racionalidade pouco funciona num momento como esse, que ressalta a intuição, a sensibilidade, uma instintividade conectada com o que há de mais profundo na alma humana.

Aquário (20/01 a 18/02)
Reflita sobre suas prioridades, que não estão ancoradas em fatores concretos, mas em algo que instintivamente você sente ser essencial. Siga este pressentimento, essa intuição que informa sobre o que tem valor na existência humana.

Peixes (19/02 a 20/03)
Fortes emoções, que podem fazer com que tenha um comportamento passional ou extremista. Cuidado com a tendência a manipular, em nome do desejo de ter poder sobre alguém ou alguma coisa. Poderoso é quem segue sua intuiçao.

Crise financeira: Grupo dos 20 apresenta propostas

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São Paulo (SP)

A reunião do grupo das 20 maiores economias mundiais, em São Paulo, rendeu muitas propostas para superar a crise financeira internacional. O encontrou terminou ontem com a divulgação de um comunicado oficial do G20.
No relato do presidente do Banco Mundial, Robert Zoellik, os chefes de estado do G20 financeiro terão muito o que discutir na cúpula marcada para sábado, em Washington.

Neste sábado, os ministros da área econômica e presidentes de bancos centrais de 19 países emergentes e desenvolvidos, mais a União Européia, debatarem diversos assuntos. O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, disse que o Brasil propôs a retomada da Rodada Doha, para que o comércio impulsione o crescimento econômico. Indonésia e Índia sugeriram financiamento adicional para os países mais afetados pela crise.

Já o Banco Mundial reconheceu a eficiência de medidas paliativas adotadas por diversos países em desenvolvimento como o Brasil, que incentivou o crédito a alguns setores da economia, como bancos, agricultura e construção civil. Apesar disso, Zoellick alertou para o fato de que “todos os países movem-se em uma zona de perigo, com altos riscos para as exportações e investimentos no setor produtivo, crédito, sistema bancário, orçamentos, balanças de pagamentos”.

O presidente do Banco Mundial defendeu que é preciso garantir que a crise financeira não se torne uma “crise humana”, empurrando mais pessoas para a pobreza.

Olimpíada de matemática: Alunos participam da etapa municipal

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Wagner da Silva
Braço do Norte

Assim como em outras escolas brasileiras, estudantes das redes municipal e estadual de ensino, participaram neste sábado da 4ª Olimpíada Brasileira de Matemática em Escola Pública (Obmep), organizada pelo Ministério da Educação. É a segunda etapa realizada nos municípios. A primeira reuniu apenas alunos da própria escola.
Os estudantes tiveram três horas para concluir o conteúdo. Em Braço do Norte, 160 alunos participaram da avaliação, realizada no Colégio Estadual Dom Joaquim. Em Rio Fortuna, outros 19 participaram da prova.

Para a diretora adjunta do colégio, Zélia Della Giustina Guinzani, o mais difícil do conteúdo para os alunos é a interpretação. “Aqueles que sabem interpretar melhor, saem na frente, já que a matemática possui várias fórmulas. Por isso, é importante a leitura no dia-a-dia”, explica.

Algumas regras foram mudadas nesta edição. “Antes os alunos levavam a prova para casa. Este ano, será enviada para a avaliação. O caminho para chegar ao resultado também será avaliado, pois há alunos que estão corretos na interpretação, mas erram o resultado”, ressalta.

Para Zélia, o objetivo do MEC é saber se o material didático distribuído é utilizado pelos professores. “Acredito que o MEC pretende reavaliar todo o sistema educacional e descobrir novos ‘gênios’ pelo país”, acrescenta.

Devido ao alto nível de dificuldade – que aumenta a cada fase – no último ano, apenas 12 alunos do município chegaram à etapa regional, mas foram desclassificados.

O teste
A prova é efetuada em três níveis de ensino: Nível I (5ª e 6ª série); Nível II (7ª e 8ª) e Nível III (ensino médio). O teste é composto por seis questões, cada uma com três etapas. Apenas 5% dos alunos classificados seguem para a fase regional, podendo chegar à etapa nacional e receber como prêmio, bolsas de estudo integrais.

Lei Seca: Três motoristas são pegos em flagrante

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Amanda Menger
Tubarão

Três pessoas foram multadas neste fim de semana por dirigem sob efeito de álcool. Os casos ocorreram em diferentes vias. Um motorista foi preso em flagrante. Todos tiveram as carteiras de habilitação apreendidas, terão de pagar a multa de R$ 955,00 e responderão a um processo administrativo.

O motorista preso em flagrante tem 52 anos. O caso ocorreu ontem à noite. Ele dirigia uma moto Twister 250, na BR-101, no quilômetro 329, em Capivari de Baixo, quando foi parado em uma blitz de rotina da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O teste de bafômetro indicou 0,74 miligramas de álcool por litro de sangue. O homem foi preso em flagrante e conduzido para a Delegacia da Polícia Civil de Capivari. Ele pagou a fiança de R$ 415,00 e terá ainda que responder a um inquérito por dirigir sob efeito de álcool. A CNH foi retida e ele ainda terá de pagar a multa de R$ 955,00.

O outro caso ocorreu às 6h20min de ontem na SC-438, em Termas do Gravatal. Um homem furou a barreira feita pela Polícia Militar Rodoviária Estadual (PMRv) em frente ao posto da corporação. Ele foi interceptado poucos quilômetros depois.

No veículo, os policiais encontraram um litro de whisky e refrigerantes. O homem negou-se a fazer o bafômetro e, assim como no outro caso, os policiais assinaram um auto de constatação de embriaguez. Como o veículo, um Astra, com placas de Tubarão, estava rebaixado, o motorista levou três multas (pelas modificações no carro, dirigir sob efeito de álcool e não obedecer a ordem policial) no valor de R$ 1,2 mil.

O terceiro caso ocorreu por volta da 0h44min de ontem. O motorista de um Fiat Palio, com placas de Tubarão, foi flagrado por policiais militares dirigindo em zigue-zague pela avenida Marcolino Martins Cabral, no centro de Tubarão. O homem, de 43 anos, recusou-se a fazer o teste do bafômetro, mas os policiais registraram um auto de constatação de embriaguez.

Serviços de água e esgoto: Processo de concessão da água é retomado

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Amanda Menger
Tubarão

Na próxima sexta-feira, a comissão de licitações da prefeitura de Tubarão espera receber as propostas das empresas interessadas na concessão dos serviços de água e esgoto da cidade. O processo foi retomado há dois dias, quando o edital de licitação foi publicado com alterações em jornais de circulação estadual.

A concessão teve início em fevereiro, quando foi realizada a audiência que apresentou o Plano Municipal de Águas e Esgoto (Pmae) à população e aos vereadores. Em março foi lançado o edital de licitação para a concessão. No início de maio, na semana em que estava prevista a abertura dos envelopes, a Casan e a Cáritas Diocesana entraram com ações com efeito suspensivo, que foram acatadas pela justiça.

Passados alguns meses, a liminar e o mandato de segurança foram revogados. Mas a prefeitura aguardava um posicionamento do Tribunal de Contas do Estado (TCE). “Este parecer ainda não foi dado, mas a Comissão de Licitações decidiu acatar as sugestões que já foram feitas pelos técnicos do TCE. Assim, o edital será novamente enviado ao tribunal, que fará a análise do novo texto, o que não impedirá o andamento do processo”, explica a procuradora-geral da prefeitura, Letícia Bianchini.

De acordo com Letícia, o prazo de cerca de dez dias é suficiente para as empresas interessadas adequarem às propostas. “É para que possam atualizar algum documento, licença solicitada. Na sexta-feira serão entregues os envelopes com as propostas técnica, financeira e a documentação da empresa. Serão três etapas de análise. A expectativa é que, com prazo de recursos de cada fase, o vencedor será anunciado em um mês, isso se não houver ações judiciais”, observa Letícia.

Para participar da concorrência os interessados terão que depositar até hoje a caução de R$ 5 milhões. A vencedora terá que investir cerca de R$ 100 milhões nos cinco primeiros anos. A concessão é válida por 25 anos e está avaliada em mais de um R$ 1 bilhão.

Decisão
A decisão pela concessão foi feita pelo prefeito Carlos Stüpp (PSDB) e foi aprovada pelos vereadores (lei complementar 018/2007) em dezembro do ano passado. “O município não tem como arcar com os custos de um Samae e o nosso histórico com a Casan nos fez pensar que a concessão a uma empresa privada é o melhor caminho”, defende Stüpp.

“Tentaram me prejudicar e se reverteu contra eles”

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Tatiana Dornelles
Tubarão

Notisul – Você foi eleito pela quinta vez consecutiva. O que tem a dizer sobre isso?
Maurício da Silva
– Agradeço o povo de Tubarão por me conceder por cinco vezes consecutivas, pelo voto direto e secreto, a possibilidade de representar a câmara de vereadores.

Notisul – Como avalia este resultado nas urnas?
Maurício
– Tive que travar uma briga interna dentro do PMDB por discordar com uma série de encaminhamentos, que vieram lá de trás, quando queria que o partido fizesse um consenso para disputar o diretório mas teve uma turma que quis bater chapa. Depois, preguei que o PMDB fosse para a campanha com chapa pura, auxiliado por outros partidos, porque era a única forma de unir o PMDB, rachado devido à convenção. Não foi aceito. Aí, teve outro ato: exonerar o pessoal da educação para me atingir. Isto, inclusive, virou-se contra a própria candidatura à majoritária. E lançou um descrédito dentro do PMDB.

Notisul – Que descrédito?
Maurício
– Houve ataques aos companheiros de partido. As pessoas tiradas da gerência de educação já vêm desde o governo de Pedro Ivo, Paulo Afonso e agora Luiz Henrique, ou seja, são militantes da educação. Comprometidos. E tem outro fator: estas pessoas fazem parte do diretório. E, evidente, lançou desconfiança diante da sociedade por alguns do partido terem atacado um setor tão prioritário. Isso foi ruim sob todos os aspectos.

Notisul – E o resultado da disputa para prefeito? O racha do PMDB influenciou?
Maurício
– Bastante. Houve o descontentamento de partidários que não queriam que o pessoal da educação saísse. Na verdade, a educação é um dos setores de maior visibilidade do governo de Luiz Henrique, porque na área da cultura e do entretenimento espera-se pela arena multiuso, que não acontece. Na segurança, essa espera pelo presídio é uma novela interminável. No setor viário, aguarda-se o término da estrada do Camacho. Então, a área mais visível é a educação por dois motivos: 1º) pelas excelentes escolas construídas; 2º) pelo nível de aprendizagem. Isso causou desconforto dentro do próprio partido e junto à população. Foi o fator principal que levou à derrota da chapa à majoritária. Mas teve outro: a coligação. Uma parte do PMDB pregava chapa pura, com apoio de outros partidos, para sair unido. E se fez uma coligação tão infeliz que desagradou parte do PMDB e rachou o DEM. Saímos ‘capengas’ com a coligação. A soma destes fatores e a presença da TV fizeram com que tivéssemos um desempenho ruim para a majoritária. Na proporcional, para vereador, subimos de três para quatro.

Notisul – A televisão influenciou em que aspecto?
Maurício
– Infelizmente, o nosso candidato não teve um desempenho à altura daquilo que se esperava para uma cidade pólo da região, universitária, comercial, com uma série de desafios pela frente com a duplicação da BR-101 e com o aeroporto regional. Nos debates e no programa televisivo, isso não apareceu. Quando fui presidente do partido, convidei cabeças privilegiadas da cidade para fazermos um projeto de futuro para Tubarão. De cada setor importante, foi alguém dar as orientações. Queríamos nos apresentar ao eleitor com um diagnóstico claro de cada setor da cidade e com as possíveis soluções. Se o candidato chegasse na frente da TV com estes estudos, o desempenho seria outro, pois ganharia credibilidade.

Notisul – Quanto aos concorrentes à majoriária, se o PMDB tivesse saído com chapa pura, as chances seriam maiores de vencer?
Maurício
– Bem maiores, pois haveria a reaglutinação do partido. O PMDB ficou rachado na convenção. Quando unido, o PMDB é muito forte. Por isso se pregava chapa pura com apoio de outros partidos, como ocorreu em Capivari de Baixo, Grão-Pará. Paulo Afonso e José Hülse ganharam o governo do estado com chapa pura, mas não estavam sozinhos. Luiz Henrique e Eduardo Moreira, no primeiro governo, também. Se repetíssemos a fórmula aqui em Tubarão, o resultado poderia ser outro.

Notisul – Quanto às verbas de campanha? O PMDB arrecadou pouco perto da outra coligação.
Maurício
– Ninguém aposta em cavalo que não vai chegar lá. Se o candidato não aparece bem nas pesquisas, ninguém vai ‘botar’ dinheiro ali. Doação é uma espécie de aposta. Ninguém quer perder. Se estivesse confirmada, ao longo da campanha, aquela primeira pesquisa (realizada pelo Notisul) em que Genésio (Goulart) aparecia com 60%, a arrecadação seria outra. O partido ficou naquela de ‘já ganhou’. Foi uma espécie de relaxamento, acomodação.

Notisul – O PMDB já teve esse sentimento de ‘já ganhou’ em outros pleitos e, nas urnas, perdeu…
Maurício
– Mas tem um diferencial. Na última campanha, com Amilton (Lemos), não vencemos. Mas perdemos juntos. Todos os candidatos a vereadores pediam voto a Amilton. O partido estava engajado. A candidatura de Amilton só não foi vitoriosa porque foi improvisada. Tivemos que arranjar praticamente na véspera da campanha. Porque quem ficou o tempo todo dizendo que ia ser candidato não foi ele. A nossa vice, a Vitemária (Bez), foi registrada nas últimas horas. Se estas candidaturas fossem preparadas com tempo, poderia ter sido outro resultado nas urnas.

Notisul – O clima de ‘já ganhou’ também ocorreu na eleição em que Genésio concorreu com Stüpp, em 2000.
Maurício
– Ocorreu também. Era uma expectativa de que ganharia fácil. Isso fez com que muitas pessoas, em vez de trabalhar, fossem festejar. Quando as urnas foram abertas, o resultado não era o esperado.

Notisul – Agora que ‘baixou a poeira’, como você analisa o afastamento da gerente de educação (Maria de Lourdes Bitencourt) e pessoas ligadas diretamente a você?
Maurício
– Eleitoralmente, não perdi nada. O resultado foi contrário. Aumentei o número de votos, inclusive, no setor de educação. Mas perderam o candidato a prefeito, o partido, a cidade e o governo (estadual). As trocas se deram não por uma questão técnica ou de administração, mas por vingança política. E a educação é um bem muito importante da população para servir a negociadas, trocas, vinganças ou coisas menores.

Notisul – Ouvia-se pessoas do próprio partido dizerem, por exemplo, que votariam em você, mas não em Genésio. Isso foi algo comum?
Maurício
– Com certeza. E uma das razões foi justamente o que ocorreu na educação. Eles sempre desenvolveram o raciocínio equivocado. Sempre disseram: ‘Maurício se elege porque obriga os professores a votarem nele’. Isso é uma idiotice incomensurável. Por quê? Porque 99,9% dos professores são concursados, não devem satisfação para ninguém. Em segundo lugar, é uma classe esclarecida. Muitas pessoas da educação que não votavam em mim vieram para minha campanha. Passaram a pedir voto para mim, mas não votavam em Genésio. Pela primeira vez, os candidatos a vereadores do partido fizeram mais votos do que o candidato a prefeito. Votaram nos vereadores do PMDB, mas descarregaram no Olávio Falchetti (PT).

Notisul – Por isso o crescimento do PT nestas eleições…
Maurício
– Parte significativa de Falchetti se deu por votos de peemedebistas que não quiseram votar na nossa chapa majoritária. Diziam abertamente: ‘Voto no Maurício, mas vou votar no Olávio Falchetti’.

Notisul – Como você avalia a imagem de Genésio hoje?
Maurício
– Ele tem a sua liderança, tem seu serviço prestado, mas deve avaliar esta possibilidade de não se desgastar de dois em dois anos participando de eleições. Ele deveria estar preocupado em criar novas lideranças até para dividir as responsabilidades com outras pessoas, não só do município como também da região. Na medida em que ele é candidato a tudo, fica sobrecarregado, não dá todas as respostas e desgasta-se.

Notisul – Como está o seu relacionamento com Genésio?
Maurício
– Da minha parte, não tenho raiva, mágoa de ninguém. Costumo agradecer aqueles que me atacaram porque me deram a oportunidade de mostrar o quanto sou forte. Foi uma eleição em que me criaram vários problemas. Quem trabalhou comigo foi hostilizado. Na véspera do dia do pleito, pagaram pessoas para ficarem nos locais de urna dizendo que o ‘professor Maurício estava preso e não adiantava votar nele’. Criaram situações para tentar me prejudicar. E todas se reverteram contra eles. Quanto mais atacaram, mais mostramos o quanto nosso grupo é sólido. Não estou ressentido. A hora em que o deputado quiser conversar, conversaremos, desde que seja uma conversa consistente. Esse papo de ‘meu querido, eu te adoro, eu te amo’ não mais tenho tempo e nem idade. Para uma conversa consistente sobre a reestruturação da identidade do partido, os novos encaminhamentos, estou disposto, a hora em que for preciso.

Hoteleiro não é apenas dono de hotel

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Comemoramos neste domingo o dia do hoteleiro. Hoteleiro geralmente é definido como dono ou administrador de hotel. Mas, para quem pesquisa, estuda e convive neste meio, o hoteleiro é muito mais do que isso. Talvez essa definição possa ser utilizada para designar um proprietário de hotel”, mas não um hoteleiro.

O hoteleiro vai além da administração pura e simples. É claro que se preocupa com o lucro de seu meio de hospedagem, mas isso torna-se uma consequência do seu trabalho e não o único objetivo.

O verdadeiro hoteleiro tem paixão pelo que faz. Tem prazer em servir, em bem atender, em bem receber, independente da tipologia, do porte ou da classificação do seu meio de hospedagem. Da pousada mais simples ao hotel mais luxuoso, o hoteleiro que ver seu hóspede satisfeito e feliz.

Essa paixão, geralmente, contagia todo o staff, por isso, costuma se dizer que um hoteleiro de verdade é reconhecido também pela sua equipe de trabalho. Uma equipe motivada que acaba repetindo os mesmos gestos de gentileza que o seu líder, o Hoteleiro (com H maiúsculo). Esse entusiasmo pode ser sentido até mesmo na estrutura física do meio de hospedagem, que deixa de ser só mais uma construção que acomoda hóspedes para se tornar um lugar com alma, acolhedor, no qual as pessoas têm prazer em estar.

Estes são os verdadeiros hoteleiros, que inspiram nossos alunos, futuros bacharéis em turismo, e que alimentam e enchem de orgulho o turismo catarinense. São estes que hoje merecem nossas mais sinceras felicitações!

Parabéns, hoteleiro! Dentre tantas outras, o segundo ano consecutivo da escolha de Santa Catarina como melhor destino turístico do Brasil, sem dúvida, deve-se também a você!

“Tentaram me prejudicar e se reverteu contra eles”

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Tatiana Dornelles
Tubarão

Notisul – Você foi eleito pela quinta vez consecutiva. O que tem a dizer sobre isso?
Maurício da Silva
– Agradeço o povo de Tubarão por me conceder por cinco vezes consecutivas, pelo voto direto e secreto, a possibilidade de representar a câmara de vereadores.

Notisul – Como avalia este resultado nas urnas?
Maurício
– Tive que travar uma briga interna dentro do PMDB por discordar com uma série de encaminhamentos, que vieram lá de trás, quando queria que o partido fizesse um consenso para disputar o diretório mas teve uma turma que quis bater chapa. Depois, preguei que o PMDB fosse para a campanha com chapa pura, auxiliado por outros partidos, porque era a única forma de unir o PMDB, rachado devido à convenção. Não foi aceito. Aí, teve outro ato: exonerar o pessoal da educação para me atingir. Isto, inclusive, virou-se contra a própria candidatura à majoritária. E lançou um descrédito dentro do PMDB.

Notisul – Que descrédito?
Maurício
– Houve ataques aos companheiros de partido. As pessoas tiradas da gerência de educação já vêm desde o governo de Pedro Ivo, Paulo Afonso e agora Luiz Henrique, ou seja, são militantes da educação. Comprometidos. E tem outro fator: estas pessoas fazem parte do diretório. E, evidente, lançou desconfiança diante da sociedade por alguns do partido terem atacado um setor tão prioritário. Isso foi ruim sob todos os aspectos.

Notisul – E o resultado da disputa para prefeito? O racha do PMDB influenciou?
Maurício
– Bastante. Houve o descontentamento de partidários que não queriam que o pessoal da educação saísse. Na verdade, a educação é um dos setores de maior visibilidade do governo de Luiz Henrique, porque na área da cultura e do entretenimento espera-se pela arena multiuso, que não acontece. Na segurança, essa espera pelo presídio é uma novela interminável. No setor viário, aguarda-se o término da estrada do Camacho. Então, a área mais visível é a educação por dois motivos: 1º) pelas excelentes escolas construídas; 2º) pelo nível de aprendizagem. Isso causou desconforto dentro do próprio partido e junto à população. Foi o fator principal que levou à derrota da chapa à majoritária. Mas teve outro: a coligação. Uma parte do PMDB pregava chapa pura, com apoio de outros partidos, para sair unido. E se fez uma coligação tão infeliz que desagradou parte do PMDB e rachou o DEM. Saímos ‘capengas’ com a coligação. A soma destes fatores e a presença da TV fizeram com que tivéssemos um desempenho ruim para a majoritária. Na proporcional, para vereador, subimos de três para quatro.

Notisul – A televisão influenciou em que aspecto?
Maurício
– Infelizmente, o nosso candidato não teve um desempenho à altura daquilo que se esperava para uma cidade pólo da região, universitária, comercial, com uma série de desafios pela frente com a duplicação da BR-101 e com o aeroporto regional. Nos debates e no programa televisivo, isso não apareceu. Quando fui presidente do partido, convidei cabeças privilegiadas da cidade para fazermos um projeto de futuro para Tubarão. De cada setor importante, foi alguém dar as orientações. Queríamos nos apresentar ao eleitor com um diagnóstico claro de cada setor da cidade e com as possíveis soluções. Se o candidato chegasse na frente da TV com estes estudos, o desempenho seria outro, pois ganharia credibilidade.

Notisul – Quanto aos concorrentes à majoriária, se o PMDB tivesse saído com chapa pura, as chances seriam maiores de vencer?
Maurício
– Bem maiores, pois haveria a reaglutinação do partido. O PMDB ficou rachado na convenção. Quando unido, o PMDB é muito forte. Por isso se pregava chapa pura com apoio de outros partidos, como ocorreu em Capivari de Baixo, Grão-Pará. Paulo Afonso e José Hülse ganharam o governo do estado com chapa pura, mas não estavam sozinhos. Luiz Henrique e Eduardo Moreira, no primeiro governo, também. Se repetíssemos a fórmula aqui em Tubarão, o resultado poderia ser outro.

Notisul – Quanto às verbas de campanha? O PMDB arrecadou pouco perto da outra coligação.
Maurício
– Ninguém aposta em cavalo que não vai chegar lá. Se o candidato não aparece bem nas pesquisas, ninguém vai ‘botar’ dinheiro ali. Doação é uma espécie de aposta. Ninguém quer perder. Se estivesse confirmada, ao longo da campanha, aquela primeira pesquisa (realizada pelo Notisul) em que Genésio (Goulart) aparecia com 60%, a arrecadação seria outra. O partido ficou naquela de ‘já ganhou’. Foi uma espécie de relaxamento, acomodação.

Notisul – O PMDB já teve esse sentimento de ‘já ganhou’ em outros pleitos e, nas urnas, perdeu…
Maurício
– Mas tem um diferencial. Na última campanha, com Amilton (Lemos), não vencemos. Mas perdemos juntos. Todos os candidatos a vereadores pediam voto a Amilton. O partido estava engajado. A candidatura de Amilton só não foi vitoriosa porque foi improvisada. Tivemos que arranjar praticamente na véspera da campanha. Porque quem ficou o tempo todo dizendo que ia ser candidato não foi ele. A nossa vice, a Vitemária (Bez), foi registrada nas últimas horas. Se estas candidaturas fossem preparadas com tempo, poderia ter sido outro resultado nas urnas.

Notisul – O clima de ‘já ganhou’ também ocorreu na eleição em que Genésio concorreu com Stüpp, em 2000.
Maurício
– Ocorreu também. Era uma expectativa de que ganharia fácil. Isso fez com que muitas pessoas, em vez de trabalhar, fossem festejar. Quando as urnas foram abertas, o resultado não era o esperado.

Notisul – Agora que ‘baixou a poeira’, como você analisa o afastamento da gerente de educação (Maria de Lourdes Bitencourt) e pessoas ligadas diretamente a você?
Maurício
– Eleitoralmente, não perdi nada. O resultado foi contrário. Aumentei o número de votos, inclusive, no setor de educação. Mas perderam o candidato a prefeito, o partido, a cidade e o governo (estadual). As trocas se deram não por uma questão técnica ou de administração, mas por vingança política. E a educação é um bem muito importante da população para servir a negociadas, trocas, vinganças ou coisas menores.

Notisul – Ouvia-se pessoas do próprio partido dizerem, por exemplo, que votariam em você, mas não em Genésio. Isso foi algo comum?
Maurício
– Com certeza. E uma das razões foi justamente o que ocorreu na educação. Eles sempre desenvolveram o raciocínio equivocado. Sempre disseram: ‘Maurício se elege porque obriga os professores a votarem nele’. Isso é uma idiotice incomensurável. Por quê? Porque 99,9% dos professores são concursados, não devem satisfação para ninguém. Em segundo lugar, é uma classe esclarecida. Muitas pessoas da educação que não votavam em mim vieram para minha campanha. Passaram a pedir voto para mim, mas não votavam em Genésio. Pela primeira vez, os candidatos a vereadores do partido fizeram mais votos do que o candidato a prefeito. Votaram nos vereadores do PMDB, mas descarregaram no Olávio Falchetti (PT).

Notisul – Por isso o crescimento do PT nestas eleições…
Maurício
– Parte significativa de Falchetti se deu por votos de peemedebistas que não quiseram votar na nossa chapa majoritária. Diziam abertamente: ‘Voto no Maurício, mas vou votar no Olávio Falchetti’.

Notisul – Como você avalia a imagem de Genésio hoje?
Maurício
– Ele tem a sua liderança, tem seu serviço prestado, mas deve avaliar esta possibilidade de não se desgastar de dois em dois anos participando de eleições. Ele deveria estar preocupado em criar novas lideranças até para dividir as responsabilidades com outras pessoas, não só do município como também da região. Na medida em que ele é candidato a tudo, fica sobrecarregado, não dá todas as respostas e desgasta-se.

Notisul – Como está o seu relacionamento com Genésio?
Maurício
– Da minha parte, não tenho raiva, mágoa de ninguém. Costumo agradecer aqueles que me atacaram porque me deram a oportunidade de mostrar o quanto sou forte. Foi uma eleição em que me criaram vários problemas. Quem trabalhou comigo foi hostilizado. Na véspera do dia do pleito, pagaram pessoas para ficarem nos locais de urna dizendo que o ‘professor Maurício estava preso e não adiantava votar nele’. Criaram situações para tentar me prejudicar. E todas se reverteram contra eles. Quanto mais atacaram, mais mostramos o quanto nosso grupo é sólido. Não estou ressentido. A hora em que o deputado quiser conversar, conversaremos, desde que seja uma conversa consistente. Esse papo de ‘meu querido, eu te adoro, eu te amo’ não mais tenho tempo e nem idade. Para uma conversa consistente sobre a reestruturação da identidade do partido, os novos encaminhamentos, estou disposto, a hora em que for preciso.

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