Um grupo de cerca de 30 seguidores da Santa Paulina percorreram 161,4 quilômetros entre Imbituba e o Santuário localizado em Nova Trento, na Grande Florianópolis. Entre os corajosos fiéis está o médico e ex-prefeito de Tubarão, Irmoto José Feuerschuette, aos 76 anos. O grupo usou madeiras e bengalas para ajudar no apoio à longa caminhada de peregrinação.
Foi a 16ª caminhada que saiu da região, com integrantes de vários municípios. A partida foi neste sábado (8), de Imbituba, após a Santa Missa. Além de peregrinos do Sul do Estado, nesta época do ano o Santuário recebe adeptos de várias outras regiões. Empresários de Nova Trento recebem os católicos com faixas com dizeres e decorações de acolhida. São peregrinos que saem em grupos de São Paulo, Pontal Paraná, Curitiba, Itajaí, Navegantes, Florianópolis, Balneário Camboriú, Penha, Concórdia, Balneário Piçarras, Camboriú, Blumenau, Joinville, Herval do Oeste, Imbituba, Nova Trento, Canelinha, São João Batista, São José, Palhoça e Itapema. A maioria realiza o trajeto a pé, mas há muitas excursões também.
Sobre Santa Paulina
Madre Paulina foi canonizada em 2012 e a partir de então tornou-se Santa Paulina. Ela nasceu em 16 de dezembro de 1865, em Vígolo Vattaro, Trentino Alto Ádige, Norte da Itália. Aos 9 anos, em 1875, a italiana migrou com a família para Vígolo, em Nova Trento.
O primeiro milagre foi registrado em Imbituba, no dia 23 de setembro de 1966, no qual foi reconhecida a cura instantânea, perfeita e duradoura de Eluíza Rosa de Souza, que possuía uma doença complexa: a morte intrauterina do feto e sua retenção por alguns meses; extração com instrumentos e revisão do útero, seguida de grande hemorragia e choque irreversível. O caso foi discutido e, posteriormente, o Papa João Paulo II ratificou em decreto aprovando as conclusões da Congregação para as Causas dos Santos. Segundo o Vaticano, a miraculada é uma das principais ativistas da causa e a prova viva do milagre.