quinta-feira, 25 abril , 2024
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Andréa Debiasi

Atenção à escrita!

Olá, Leitor Notisul! Tudo bem?

Quando nos expressamos oralmente, a linguagem utilizada, de maneira geral, é simples e sem tantos cuidados com os possíveis erros gramaticas, de concordância verbal ou de pronúncia, por exemplo. No entanto, ao escrever, deve-se ter a preocupação em não cometer tantas gafes.

Por isso, o objetivo da coluna desta semana é apresentar algumas dicas para melhorar ainda mais a tua escrita, mesmo que seja cotidiana, como o envio de um e-mail ou mensagem SMS, um comunicado, enfim, tornar a comunicação ágil e compreensível.

Assim, para facilitar o entendimento, vou expor em formato de quadro, tendo a primeira coluna como erro e, a segunda, a forma correta de escrever:

Errado Certo
Abóbra Abóbora
Advinhar Adivinhar
Ao meu ver A meu ver
Asterístico Asterisco
Bassoura Vassoura
Beneficiente Beneficente
Cardaço Cadarço
Comprimentar (saudar alguém) Cumprimentar
Concerteza Com certeza
Derrepente De repente
Estrupo Estupro
Há anos atrás Há anos (o verbo haver já indica passado)
Hoje em dia Atualmente
Impecilho Empecilho
Iorgute Iogurte
Largatixa Lagartixa
Mais melhor Melhor
Maqueio (passar maquiagem) Maquio
Menas Menos
Menor de idade Menor
Para mim fazer Para eu fazer
Pobrema ou Plobrema Problema
Pograma Programa
Previlégio Privilégio
Quiz Quis
Rúbrica (com acento) Rubrica (sem acento)
Seje (verbo) Seja
Soar (transpirar) Suar
Solvete Sorvete
Trezentas gramas (peso) Trezentos gramas

 

Como deves ter percebido, são palavras ou expressões simples, que talvez na fala não sejam tão acentuados os erros. Porém, ao escrever, a falha aparece e é aqui que reside a preocupação em saber a grafia correta.

Fique com Deus!

Uso de dois-pontos (:)

Olá, Leitor Notisul! Tudo bem?

Na Língua Portuguesa, dois-pontos (:) é um sinal que anuncia enumeração, citação, esclarecimento ou síntese do que se disse. É uma pausa breve da linguagem oral e a uma entonação descendente.

A seguir, vejamos situações em que se devem usar dois-pontos:

1. Antes de uma citação:

Como ensinou Dalai Lama: “A arte de escutar é como uma luz que dissipa a escuridão da ignorância.”
Sigamos o que Cortella enfatiza: “A disciplina é a organização da liberdade.”

 

2. Após o vocativo inicial de comunicações e cartas, sendo, contudo, mais usualmente utilizada a vírgula:

Prezados Congressistas:
Estimadas crianças:

 

3. Antes de uma enumeração:

Torna-se necessário seguir o passo a passo: leia, releia e crie uma síntese para compreender o texto.
A elaboração das provas deverá ser feita com base nos seguintes critérios: de acordo com a Norma Culta; uso de recursos tecnológicos; apontamento de conteúdos inovadores e respeito à diversidade cultural.

 

4. Antes do discurso direto:

O padre fez o seguinte pronunciamento:
— Todos devemos nos ajudar neste momento difícil que estamos vivenciando!

 

5. Após palavras que indicam informações importantes, observações, exemplos, notas, dentre outras:

Atenção: siga a placa à esquerda.
Observação: note que cada frase tem, ao menos, dois verbos conjugados corretamente.

6. Antes de um esclarecimento, explicação, resumo, causa ou consequência:

E assim sucedeu: cada qual foi trabalhar seguindo as normas de segurança.
Resumindo: se cada um fizer a sua parte, todos teremos ganhos no final.

7. Antes de orações apositivas:

Falei tudo o que sentia à minha amiga: fiquei chateada com a tua falta de respeito.
Esclareci a situação com a equipe: trabalhar em casa foi a melhor solução para evitar problemas de saúde.

Fique com Deus e até a próxima coluna!

Linguagem Híbrida ou Mista

Olá, Leitor Notisul! Tudo bem?

A linguagem é a capacidade de comunicação, entre pessoas, por meio de palavras, gestos, movimentos, dentre outros recursos. Na Língua Portuguesa, temos as linguagens Verbal e Não-Verbal em determinada mensagem. A primeira, é a encontrada somente em palavras, tanto oral quanto escrita. A segunda, utiliza diferentes signos visuais: desenhos, cores, fotos, símbolos, figuras, imagens e movimentos, por exemplo. 

Já a linguagem Híbrida ou Mista, é a miscelânea de ambas, com o uso paralelo. Vejamos alguns exemplos: 

• Cartazes de Publicidade

• Cartuns

• Charges

• Filmes

• Outdoors

• Placas

• Quadrinhos

• Tirinhas

Há, também, a Linguagem Digital, a qual insere diferentes tipologias utilizadas no meio virtual, como em sites, blogs e redes sociais. Neste ambiente, são utilizadas as linguagens Verbal, Não-Verbal e Híbrida ou Mista. 

Fique com Deus e até a próxima coluna!

Apresentação de Trabalhos

Olá, Leitor Notisul! Tudo bem?

A apresentação de trabalhos, usando o recurso Power Point, é uma importante ferramenta no auxílio de acadêmicos, professores, profissionais liberais, dentre outros, a transmitirem suas ideias ou pesquisas de forma harmônica, coerente e eficiente. Por isso, a coluna desta semana apresenta dicas para o êxito nas apresentações. 

Boa leitura e aprendizado!

As apresentações de trabalhos contam, de maneira geral, com muitos recursos, que garantem uma exposição adequada de ideias, podendo ter: textos, tabelas, gráficos, figuras, sons, vídeos e animações.

Planejamento

А etаpа que precede а criação de uma apresentação é de suma importância pаrа о sucessо cоmо um tоdо. Definа claramente а(s) mensagem(ns) que deve(m) ser trаnsmitidа(s) e prоcure garantir tоdаs аs informações necessárias: dаdоs, textos, tаbelаs, gráficоs, imаgens, vídeоs, áudiоs e links nа web.

Priоrize e ordene as informações de forma а permitir que a plateia compreenda claramente о que se pretende comunicar. 

Slide-Mestre

О slide-mestre é о que serve de pаnо de fundо pаrа tоdаs аs apresentações. Pоde conter, pоr exemplо, о logotipo da escola, universidade, empresа e оutrа informação que sejа importante. Evite dado desnecessário.

Slide de Abertura 

Esse é о primeiro slide que а аpresentаçãо deve ter. Devem cоnter о tema da apresentação; um subtítulo, cоm nо máximо duаs linhаs; seu nоme; função ou atividade.

Slide de Fechamento

Tаmbém denominado cоmо о “Muitо оbrigаdо(a)”, esse slide é importante pоr apresentar, cоmо fоrmа de refоrçо, seu nоme e informações de contato. Sugere-se colocar e-mаil e telefоne cоmerciаl.

Regras Gerais de uma Boa Apresentação

Cada apresentação é únicа. Cоntudо, existem regras fundamentais que contribuem para o êxito e sucesso no momento da explanação. Vejamos!

Quаntо menоs, melhor: não há necessidade de colocar muitos slides, pois torna-se cansativa a apresentação. Além disso, deve-se cuidar com a quantidade de informação.

Umа apresentação sucinta оferece а оpоrtunidаde de mаiоr interаçãо entre о apresentador/palestrante e o público.

Visibilidade: о que se vê nа tela do computador normalmente é diferente dо que é mostrado em uma apresentação em sаlа escurа, cоm оs projetores existentes. Portanto, evite utilizаr fоntes (tipоs de letrаs) cоm excessо de detalhes – а Аriаl é a mais usada. 

Efeitos e cores: Negritоs, itálicоs e sublinhаdоs devem ser evitаdоs, pois cаnsаm e nãо cоstumаm funcionar muito bem à distânciа. О usо de cores tаmbém deve ser feitо cоm cuidado. Оpte pоr cоres que apresentem bоm cоntrаste cоm а usada nо fundо (principalmente se о slide mestre tiver аlgumа cоr).

Gráficos: um gráficо pоluídо оu que utilize umа escala muitо pequenа ou grande, por exemplo, pоde ser inútil sem a devida explicação ou possibilidade de leitura.

Excessоs: usаr recursos multimídia, cоmо vídeos, animações e músicаs, pоdem tоrnаr а apresentação mais dinâmica. Pоrém, tenhа em mente que о importante é а mensagem que se deve transmitir. Só o utilize caso ele contribua para a compreensão da mensagem.

Ortografia: revise sempre cada slide antes de apresentar. 

Informações: treine, repаsse оs dados várias vezes, pаrа que nãо tenham dúvidаs ou incompreensões.

Fontes de pesquisa: o trabalho foi desenvolvido com base em estudos, pesquisas, dentre outros, advindos de livros, periódicos, trabalhos acadêmicos, por exemplo. Por isso, é obrigatório apresentar as referências.

Uso do Se

Olá, Leitor Notisul! Tudo bem?

A palavra ‘Se’, considerada tanto partícula, conjunção, quanto pronome, possui diferentes formas de uso. Por isto, a coluna desta semana objetiva apresentar as principais funções.

Boa leitura e aprendizado!

a) Como partícula de realce:

Serve para realçar aquilo que está sendo dito/escrito, podendo ser retirada da frase sem causar prejuízo à sua estrutura ou compreensão.

Ex.: Foi-se rapidamente em busca de novas oportunidades.

b) Como Conjunção Subordinativa:

(i) Causal

É utilizada na oração subordinada para indicar a causa da oração principal, podendo ser substituída pelas construções ‘por que’, ‘visto que’ e ‘já que’. 

Ex.: Eu não teria comentado nada, se ele não tivesse me importunado.

(ii) Condicional

Indica uma condição para a frase principal.

Ex.: Se ela tivesse visto antes, tínhamos conseguido comprar o carro.

(iii) Concessiva

Pode ser substituída pela conjunção ‘embora’ e indica uma concessão.

Ex.: Se perdermos esta medalha, nem por isso desistiremos do campeonato.

(iv) Integrante

É utilizada nas orações substantivas, aparecendo entre dois verbos para completar o sentido de um deles. 

Ex.: Fale se houve razão para não planejar.

c) Pronome

(i) Pronome Pessoal Reflexivo

Serve para indicar uma ação praticada pelo sujeito que receberá suas consequências. (O sujeito pratica e sofre a ação).

Ex: Cortou-se profundamente ao utilizar a faca.

(ii) Pronome Pessoal Recíproco

Parecido com o reflexivo, porém, nesta situação, a ação envolve dois sujeitos, em que ambos praticam a ação um sobre o outro e, portanto, também sofrem a consequência da ação praticada.

Ex.: Carlos e Vanessa se entreolharam com entusiasmo.

(iii) Pronome Apassivador

Pode também ser chamado de partícula apassivadora/apassivante, indicando que a frase está na voz passiva, ou seja, o sujeito sofre a ação praticada por outro agente. 

Ex.: Vendem-se lotes.

(iv) Pronome Indefinido

É utilizado em frases cujo sujeito é indeterminado.

Ex.: Precisa-se de soldador

Fiquem com Deus e até a próxima coluna!

Dúvidas? Entre em contato! WhatsApp: (48) 99625-6303

Uso do Que

Olá, Leitor Notisul! Tudo bem?

O uso da palavra que na Língua portuguesa é bastante comum, apresentando diferentes significados e em contextos diversos, os quais serão expostos, a seguir.

Boa leitura e aprendizado! 

 

1. Advérbio: altera um advérbio ou adjetivo. Equivale a quão. Ao funcionar como advérbio, a palavra que exerce a função sintática de adjunto adverbial de intensidade.

Ex.: Que belas pinturas!

Ex.: Que forte!

 2. Interjeição: manifesta surpresa, admiração, espanto, sendo acentuado e seguido de ponto de exclamação. 

Ex.: Quê! Não fizeram ainda os relatórios?

Ex.: O quê! Quem perdeu a entrevista?

3. Preposição: liga dois verbos de uma locução verbal cujo auxiliar é o verbo ter. Equivale ou tem a função de. 

Tenho que terminar os cálculos.

Ela tem que ofertar mais oportunidades.

4. Pronome: constitui-se em:

a) Pronome adjetivo: determina um substantivo, exercendo a função sintática de adjunto adnominal.

Ex.: Que papel foi enviado?

 

b) Pronome relativo: retoma um termo da frase anterior, projetando-o na seguinte. Equivale a o qual e flexões.

Ex.: Não localizamos as pastas que foram organizadas.

c) Pronome indefinido: funciona como pronomes substantivo ou adjetivo:

(i) Substantivo: equivale a que coisa. A palavra que exerce as funções do substantivo (sujeito, objeto direto, objeto indireto, por exemplo).

Ex.: Que aconteceu com a empresa?

5. Partícula expletiva ou de realce: pode ser removida da frase, sem causar alteração ou prejuízo algum para o sentido. Não exerce função sintática, e sim, apenas para dar realce. Como partícula expletiva, aparece também na expressão é que.

Ex.: Quase que não permito participar da reunião.

Ex.: Ele é que impôs as regras.

    

6. Conjunção: relaciona duas orações entre si. Não exerce função sintática. Pode relacionar tanto orações coordenadas quanto subordinadas, por isso, classifica-se como conjunção coordenativa ou conjunção subordinativa, recebendo o nome da oração que introduz. 

Ex.: Não compre agora… Tem ofertas imperdíveis neste final de semana!

Ex.: Venha logo, que todos já chegaram. (conjunção coordenativa explicativa)

Ex.: Tossiu tanto que se engasgou. (conjunção subordinativa consecutiva)

Fiquem com Deus e até a próxima coluna!

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Classes de Palavras, para que servem?

Olá, leitor Notisul! Tudo bem?

O uso correto do emprego das Classes de Palavras é considerado dificultoso e bastante comum entre alunos, candidatos a concurso público ou processo seletivo e profissionais que fazem uso da escrita constante no ambiente de trabalho. Por isso, na coluna desta semana, apresento a necessidade de se conhecer as Classes de Palavras.

Conceito
As Classes Gramaticas ou Classes de Palavras são organizadas em dez categorias e divididas em variáveis (aquelas que variam em gênero, número ou grau):  Substantivos, Artigos, Pronomes, Adjetivos, Verbos e Numerais, e invariáveis (as que não variam): Advérbios, Preposições, Conjunções e Interjeições.

1.Substantivos
Os substantivos designam seres, objetos ou sentimentos. Flexionam-se em género, número e grau. Dividem-se em:
• Concreto: designa tudo o que é físico. Ex.: lápis, jornal.
• Comum: indica qualquer um dos seres de uma espécie. Ex.: livro.
• Próprio: individualiza um ser. Ex.: Brasil.
• Coletivo: designa um conjunto de seres ou objetos da mesma espécie. Ex.: matilha.
• Abstrato: designa sentimentos, estados, ações, qualidades ou conceitos, seres não físicos/palpáveis. Ex.: amor.

2. Artigos
São palavras que determinam o substantivo em gênero e número. Dividem-se em:
• Definidos: definem o nome (o/a, os/as).
•Indefinidos: não definem o nome (um/uma, uns/umas).

3.Pronomes
Os pronomes substituem os substantivos para evitar repetições. Dividem-se em:
• Pessoais: indicam quem fala, com quem se fala ou de quem se fala (eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas).
• Possessivos: exprimem a posse do ser/objeto:
– Um possuidor: (meu/minha, teu/tua, seu/sua – os mesmos no plural).    
– Vários possuidores: (nosso, vosso, seu – os mesmos no feminino e no plural).
• Demonstrativos: demonstram o estado ou posição do ser/objeto (este, esse, aquele, o mesmo, o outro, o tal – os mesmos no feminino e no plural).
• Indefinidos: referem-se ao ser/objeto de modo vago (Variáveis: algum, nenhum, todo, muito, pouco, tanto, outro, certo, qualquer – os mesmos no feminino e no plural; Invariáveis: alguém, algo, ninguém, tudo, outrem, cada, nada).
• Interrogativos: questionam o ser/objeto (Variáveis: qual/quais, quanto/quantos; Invariável: que, o quê, quem, onde).
• Relativos: fazem referência, ao ser/objeto (Variáveis: o qual, cujo, quanto – os mesmos no feminino e no plural; Invariáveis: que, quem, onde).

4.Adjetivos
São palavras variáveis que caracterizam o nome/substantivo, atribuem-lhe características, qualidades ou propriedades. Dividem-se em:
• Gênero: podem ser biformes, quando têm duas formas: masculina e feminina, e uniformes, quando têm apenas uma forma.
• Número: podem ser biformes, quando têm duas formas: masculina e feminina, e uniformes, quando têm apenas uma forma.
• Grau:
– Normal: o adjetivo caracteriza o nome. (ex.: A Amélia é feliz.)
– Comparativo: estabelece-se a comparação entre dois nomes.
– Comparativo de Superioridade (ex.: A Amélia é mais feliz que o Jonas.)
– Comparativo de Igualdade (ex.: O Jonas é tão feliz quanto a Samara.)
– Comparativo de Inferioridade (ex.: A Samara é menos feliz que o Henrique.)
Superlativo Absoluto: a característica atribuída pelo adjetivo é intensificada.
– Superlativo Absoluto Analítico (ex.: O Cláudio é muito feliz.)
– Superlativo Absoluto Sintético (ex.: A Diandra é felicíssima.)
Superlativo Relativo: a característica destaca o sujeito.
– Superlativo Relativo de Superioridade (ex.:  A Diandra é a mais feliz.)
– Superlativo Relativo de Inferioridade (ex.: A Samara é a menos feliz.).
 Observação: alguns adjetivos têm graus Superlativos Absolutos Sintéticos irregulares. (ex.: nobre – nobilíssimo). Os adjetivos “bom”, “mau”, “grande” e “pequeno” são casos especiais de comparativos e superlativos (ótimo, péssimo, boníssimo, malíssimo, dentre outros).

Até a próxima semana e fique com Deus!
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Pleonasmo

Olá, leitor Notisul! Tudo bem?

Etimologicamente, a palavra pleonasmo tem origem grega: inicialmente polys (muito), após formou-se pleon, que por sua vez originou pleonasein, significando ‘ser mais que o suficiente’. Desta, nasceu a palavra pleonasmos, que em português é escrita sem o ‘s’ final e ganhou o significado de ‘redundância’. 

Na Língua Portuguesa, o pleonasmo é uma Figura de Linguagem que se caracteriza, fundamentalmente, pelo emprego de palavras que produzem redundância. Ele pode ser de dois tipos: vicioso ou literário.

1) Pleonasmo vicioso: ocorre quando palavras redundantes, isto é, com o mesmo significado, são utilizadas sem nenhuma função em determinada oração, já que o sentido completo da mensagem já foi expresso por outra(s) palavra(s) escrita(s) anteriormente. Como o próprio nome indica, o pleonasmo vicioso é um vício de linguagem. 

Exemplos: 

a) Todos desceram para baixo do morro. 

O ato de descer só pode ser realizado para baixo, então no exemplo bastava dizer que ‘Todos desceram do morro’. De forma equivalente, só se sobe para cima, só se entra para dentro e só se sai para fora, o que torna desnecessária qualquer palavra que pretenda explicitar o sentido em que essas ações são realizadas. 

b) Vi com meus próprios olhos a flor desabrochar.  

Bastava: ‘Vi a flor desabrochar’. Quem vê algo só pode ver através dos seus próprios olhos.

c) É um seriado baseado em fatos reais. 

Se são fatos, obviamente aconteceram. Logo, é desnecessário dizer que são ‘reais’. 

Outros exemplos de pleonasmo: 

– repetir de novo;

– protagonista principal;

– outra alternativa;

– encarar de frente;

– adiar para depois;

– consenso geral;

– conclusão final;

– surpresa inesperada;

– ver com os olhos;

– elo de ligação;

– há muito tempo atrás;

– planejar antecipadamente.

2) Pleonasmo literário:  chamado de literário porque é comumente empregado por compositores, poetas e escritores como recurso estilístico. 

Exemplos:

a) “E rir meu riso e derramar meu pranto.” (Vinicius de Morais)

b) “Chovia uma triste chuva de resignação.” (Manuel Bandeira)

c) “Ó, mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal!” (Fernando Pessoa) 

d) Me sorri um sorriso pontual e me beija com a boca de hortelã.” (Chico Buarque) 

Até a próxima semana e fique com Deus! 

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Preposição

Olá, leitor Notisul! Tudo bem?

Preposição é um conjunto de palavras invariáveis, as quais estabelecem relação subordinativa entre dois ou mais elementos da frase, isto é, entre os termos ligados por ela não há sentido individualizado, e sim, dependente da união de todos os demais que a preposição vincula.
Vejamos alguns exemplos:

a) Os filhos de Amanda aprovaram o seu modo de se vestir.
Os filhos de Amanda / o seu modo de se vestir: elementos ligados por preposição ‘de’.

b) Ele falou com emoção daquele prêmio.

Ele falou com emoção: elementos ligados por preposição ‘com’.

Essa relação é denominada de conexão, cujo emprego é de ligar elementos conectivos, isto é, a preposição, que tem a função de vincular palavras entre si, em um processo de subordinação denominado regência.

O processo de regência ocorre mediante a relação estabelecida pelas preposições, o primeiro elemento, denominado antecedente, é o termo que rege, que impõe um regime; o segundo elemento, chamado consequente, é o termo regido, aquele que cumpre o regime estabelecido pelo antecedente.

Exemplos:
a) A hora do intervalo foi alterada.

‘A hora do intervalo’: elementos ligados por preposição
de + os = dos: preposição
hora: termo antecedente = rege a construção ‘do intervalo’
intervalo: termo consequente = é regido pela construção ‘hora do’

b) A gerência passou por um processo de reestruturação.
passou por um processo de reestruturação: elementos ligados por preposição
por: preposição
passou: termo antecedente = rege a construção ‘por um’
processo de reestruturação: termo consequente = é regido pela construção ‘passou por um’

As preposições não são alteradas mediante flexão de gênero, número ou variação em grau como os nomes, nem de pessoa, número, tempo, modo, aspecto e voz como os verbos, por isso, são palavras invariáveis. Contudo, elas se combinam a outras da língua, em um fenômeno identificado por contração, em diferentes situações, e, com isso, instituem uma relação de concordância em gênero e número com essas palavras às quais se ligam. Mesmo assim, não se trata de uma variação própria da preposição, e sim, da palavra com a qual ela se funde.

Por exemplo:
de + o = do
por + a = pela
em + um = num

As preposições podem introduzir:
a) Complementos Verbais

Por exemplo:
1) Eu obedeço ‘aos mandamentos de Deus’.
b) Complementos Nominais

Por exemplo:
1) Continuo obediente ‘a Deus’.
c) Locuções Adjetivas

Por exemplo:
1) É um ser humano ‘bondoso’.
d) Locuções Adverbiais

Por exemplo:
1) Tive de fazer ‘com cuidado’.
e) Orações Reduzidas

Por exemplo:
1) ‘Ao sair’, discorreu brevemente sobre a palestra.

Até a próxima semana e fique com Deus!
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Novo Acordo Ortográfico

Olá, leitor Notisul! Tudo bem?

Há praticamente dez anos entrou em vigor o Novo Acordo Ortográfico, cujo principal objetivo foi de padronizar as regras ortográficas em países denominados lusófonos (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste), isto é, países cuja língua padrão ou standard é a portuguesa. O acordo foi elaborado entre 1986 a 1990, com um período de quatro anos para implantação oficial plena, a partir de 2009, sob a responsabilidade da Academia Brasileira de Letras (no Brasil).

Uma década depois, ainda surgem dúvidas quanto as alterações feitas. Por isso, na coluna desta semana, apresento uma síntese das principais mudanças.

Boa leitura!

Até a próxima semana e fique com Deus!
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