Ano começa em baixa

O cenário para os suinocultores da região não é tão ruim devido a possibilidade de exportação do produto a China.
O cenário para os suinocultores da região não é tão ruim devido a possibilidade de exportação do produto a China.

Lily Farias
Braço do Norte

Desde 2004 o preço do quilo do suíno vivo, pago ao produtor, não tem alta. Números do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) mostram que, normalmente, o primeiro mês de cada ano é ruim para a atividade, com cotações reduzidas devido à baixa demanda. Mas este ano começou diferente.

Depois de passar por um período econômico em turbulência ao longo de 2012, as vendas aumentaram no fim do ano. Mas agora, a demanda teve queda significativa e o custo da produção voltou a subir.
Apesar disso, o cenário para os suinocultores da região não é tão ruim. O motivo é o começo das exportações da carne para o mercado chinês, um dos maiores consumidores do mundo.
“O mercado começa a reagir. Tudo indica que ainda este ano teremos a oportunidade de concretizar este negócio”, torce o coordenador regional sul da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Adir Engel.

Ele acrescenta, ainda, que mesmo com um avanço no preço pago ao produtor, a margem de lucro continua pequena. “Vai chegar um momento em que não poderemos mais estagnar o preço para o consumidor final”, considera Adir.
Uma mescla de baixa na oferta e recuo na cotação do milho e farelo de soja, os principais insumos do setor, favorece os suinocultores, que tentam superar os prejuízos deixados pela crise.
“Para as coisas darem certo e a atividade voltar a ser lucrativa, o governo precisa estabelecer uma política específica”, atenta Adir.

Investimentos de R$ 540 milhões este ano

A secretaria estadual da agricultura e da pesca apresentou um programa de ações para este ano no 11º Congresso Catarinense de Municípios, promovido pela Federação Catarinense de Municípios (Fecam), nesta terça-feira, em Florianópolis. Os prefeitos, vices e secretários municipais puderam conhecer os programas e projetos que somam R$ 540 milhões em investimentos no setor agrícola do estado, somados os recursos da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) e da secretaria.