Alerta é feito sobre compras por redes sociais

Alice Goulart Estevão
Tubarão

As vendas de produtos por meio de anúncios virtuais precisam ter sempre um olhar de desconfiança e o possível comprador deve checar com toda a atenção quem oferece e a procedência do objeto a ser adquirido. A Agência de Inteligência do 5º Batalhão de Polícia Militar recebeu nesta semana informações de que um suspeito tentava vender um produto que tinha sido roubado. 

Em outubro de 2015, uma mulher de 27 anos foi vítima de um assalto em sua residência, quando foram roubados diversos objetos, entre estes um aparelho de televisão de 43 polegadas. Por meio de um grupo de compras e vendas em uma rede social, a mulher reconheceu o seu televisor. 

Com isto, na tarde de segunda-feira uma guarnição da Agência de Inteligência foi finalizar a transação da compra do aparelho em um posto de combustíveis em Tubarão. No local, estava o vendedor, um homem de 36 anos, e no banco de seu veículo, com placas de Araranguá, o item roubado. Foi confirmado o número de série com a nota fiscal e constatou-se o crime de receptação. O homem foi conduzido à Central de Plantão Policial (CPP).

O delegado responsável pela Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Tubarão, Rubem Antônio Teston da Silva, alerta que as pessoas que compram por meio de redes sociais precisam entender que não existe milagre. “Se o preço está muito diferente do que é ofertado pelo mercado, a pessoa deve desconfiar. Principalmente se o produto for um eletrodoméstico, por exemplo, são objetos que costumam ser vendidos em loja. Quando é uma pessoa física que vende, a situação fica suspeita porque não há como saber quem esta por trás disso”, orienta.

Outro caso de receptação
Na manhã de ontem, a Polícia Civil de Armazém recuperou uma motosserra Husqvarna seminova, que havia sido furtada de uma serraria do município no último dia 15. A ferramenta, que vale cerca de R$ 1,5 mil, estava com um homem que havia comprado diretamente do suspeito do furto. Ele será indiciado por furto e o comprador responderá por receptação. A Polícia Civil orienta à população que não compre produtos que não tenham comprovação de origem lícita. Quem compra produto furtado ou roubado, responde por receptação, crime previsto no código penal, com pena de um a quatro anos de reclusão. “Se ninguém comprar desta forma vai desestimular o ladrão”, explica a polícia.