Ainda sem ar-condicionado

Escola estadual Martinho Alves dos Santos, no bairro São Martinho, em Tubarão, utiliza os refrigeradores de ar, mas por pouco tempo, para a rede elétrica não sobrecarregar
Escola estadual Martinho Alves dos Santos, no bairro São Martinho, em Tubarão, utiliza os refrigeradores de ar, mas por pouco tempo, para a rede elétrica não sobrecarregar

 

Lily Farias
Tubarão
 
Mais um verão passou e nenhuma das 11 escolas da rede estadual de ensino que receberam refrigeradores de ar puderam utilizar os aparelhos como deveriam. Tudo porque a instalação elétrica das unidades não é compatível com os modelos recebidos por meio do programa “Caminhos da Escola”, por intermédio do Ministério da Educação. O problema já dura mais de dois anos. 
 
Os equipamentos foram instalados, mas não podem ser usados porque causam sobrecarga na rede, derrubam a energia elétrica de toda a estrutura. Algumas escolas utilizam, mas precisam logo desligar. Outras fazem revezamento entre as salas.
 
Conforme o secretário de desenvolvimento regional em Tubarão, Haroldo Silva, o Dura, ao todo são 43 escolas, com uma média de 15 salas por unidade. Alunos e professores já fizeram inúmeros protestos e o que a SDR fez até o momento foi criar um projeto de reestruturação da parte elétrica das escolas que já receberam os aparelhos. 
 
O projeto está orçado em R$ 700 mil e neste momento busca-se o recurso. “O valor é alto porque teremos que construir mini subestações nas escolas, com transformadores, fiação nova, tudo com padrão diferenciado”, garante o secretário.
 
No município, a situação é outra
Em Tubarão, a situação é inversa à do estado. Das 43 unidades escolares da rede de ensino, a maioria solicitou ar-condicionado ou ventilador, através do programa “Caminhos da Escola”, por intermédio do Ministério da Educação, e utiliza os equipamentos sem problemas. 
Algumas escolas não tinham condições de manter em funcionamento os refrigeradores de ar por causa da condição precária das instalações elétricas, que já foram reformadas voluntariamente por pais de alunos. Até agora, nenhuma instituição procurou a secretaria de educação para pedir melhorias na parte elétrica do prédio. A garantia é que, se for preciso, o pedido será aceito.
Os refrigeradores  começaram a chegar em 2011 e na semana passada a prefeitura recebeu um lote do equipamento. Nos próximos meses, chegarão outros  produtos, que serão instalados ao longo do ano.