A educação realmente é a prioridade? 

#Pracegover Foto: na imagem há uma sala de aula com muitas carteiras e alguns livros sobre a mesa
#Pracegover Foto: na imagem há uma sala de aula com muitas carteiras e alguns livros sobre a mesa

Conforme já escrevi neste espaço em outros momentos, depois de meses de ansiedade e necessidade, enfim há uma data prevista para o retorno às aulas presenciais. Pelo menos é o que prevê o calendário escolar de 2021. Mas, é preciso ficarmos atentos pois esse retorno pode estar ameaçado em algumas redes e em alguns estados.

Este retorno às aulas presenciais estava previsto para ocorrer em pelo menos 10 estados Brasileiros, incluindo Santa Catarina. Aqui, este retorno está sendo amparado pela lei 18.032/2020 de dezembro de 2020 que classificou as atividades educacionais e aulas presenciais, como atividades essenciais.

Porém, tanto aqui quanto em outras unidades da federação, há quem seja contrário a este retorno enquanto não houver uma imunização completa dos profissionais da educação. Inclusive, um grupo de parlamentares anunciou que protocolariam um projeto de lei na ALESC para garantir incluir os profissionais da educação como grupo prioritário para a vacinação. O que na minha opinião faz todo o sentido.

Acontece que, quando mais nos aproximamos ao efetivo retorno, mas ações ou intenções de impedir esse retorno acontece.
Retorna ou não?

Enquanto em muitos países optou-se inclusive por restringir outras atividades econômicas para poder manter as escolas abertas, no Brasil foram as salas de aulas que mais tempo permaneceram fechadas.  E se depender de alguns grupos, elas ainda irão permanecer assim.

Seja por meio de projetos de leis que tentam impedir o retorno antes da imunização, por ações judiciais ou até mesmo da ameaça de greves,  se depender de alguns grupos as aulas não retornarão presencialmente em Fevereiro.

Enquanto no restante do mundo a maioria das nações já reabriu total ou parcialmente as escolas e buscam estratégia para não precisarem fechá-las novamente, aqui nem reabrimos ainda. O Brasil é um dos lugares em que as escolas mais tempo permaneceram fechadas. E será que devem continuar assim?

Estádios de futebol, festas, e até cinema em alguns lugares já pode, mas retorno às salas de aula não? Será que não há uma incoerência nisso tudo? Será que não existe formas de garantir esse retorno com segurança?

Sim, há riscos envolvidos nesse retorno. Assim como nas praias, restaurantes e tantos outros locais que permanecem abertos e que são inclusive frequentados pelo mesmo público.  Mas se não houver um diálogo entre todos os envolvidos e com a motivação de encontrar uma solução,  quem de fato sai perdendo é a sociedade. As famílias. Os alunos.

Será que não há formas de conciliar a segurança do retorno com as salas abertas? Será que o retorno é do interesse real de todos? Temos que nos perguntar, quem realmente ganha em manter as escolas fechadas?

Ou ainda, assista diretamente no Youtube em: https://youtu.be/E5XjVCuuGJA