terça-feira, 16 julho , 2024
Início Autores Postagens por Pe. Sérgio Jeremias

Pe. Sérgio Jeremias

EU TE PERDOO

“Coragem, filho, teus pecados estão perdoados!” (Mt 9,2). Foi esta a resposta de Jesus a um enfermo. Por que começa por aí se ninguém lhe pediu isso? Está claro que Ele lê seus pensamentos e sabe que é precisamente isto o que mais agradecerá aquele paralítico que , provavelmente, ao se ver diante da Santidade de Jesus Cristo, se sentiria confuso e envergonhado de seus próprios pecados, e com certo temor deles serem um impedimento para receber a graça da cura de sua saúde. O Senhor quer tranquilizá-lo. Não se importa com os maus pensamentos do coração dos escribas, ao contrário, quer mostrar que veio para exercer a misericórdia com os pecadores e agora a quer proclamar.
Nos diz Santo Agostinho, “é uma grande miséria o homem orgulhoso, mas é muito maior a misericórdia de Deus no humilde”.

TODOS PRECISAM DE MISERICóRDIA

Na liturgia de hoje, o evangelista da misericórdia de Deus nos expõe duas parábolas de Jesus que iluminam a conduta divina para com os pecadores que regressam ao bom caminho. Com a imagem tão humana da alegria, nos revela a bondade de Deus que se alegra com o retorno de quem havia se afastado do pecado. É como um retorno à casa do Padre (como dirá mais explicitamente em Lc 15,11-32). O Senhor não veio para condenar o mundo, e sim para salvá-lo (cf. Jn 3,17), e fez tudo isso acolhendo aos pecadores que com plena confiança. «Aproximavam-se de Jesus os publicanos e os pecadores para ouvi-lo» (Lc 15,1), já que Ele lhes curava a alma como um médico cura o corpo dos enfermos (cf. Mt 9,12). Os fariseus eram tidos como boas pessoas e não sentiam necessidade do médico, e foi por eles que Jesus propôs as parábolas que hoje lemos.

O TEMPO É NOSSO AMIGO

Frequentemente, o tempo nos surpreende, nos move, educa-nos na paciência. Se ele dá frutos, agradecemos pelo que vivemos. Mas se ele demora, é difícil de ser compreendido e se torna insuportável.
Por isso, é indispensável esperar com paciência os tempos de nossa vida. É preciso aceitá-los, abraçá-los. Entender que “todas as coisas importantes florescem muito devagar, levam anos e é preciso aceitar longos invernos de aparente imobilidade e estancamento. Mas um dia – não sabemos quando – todo o amor termina por germinar e florescer”, como diz Martín Descalzo. (Aleteia-paz)

São Pedro e São Paulo

Celebramos, neste fim de semana, a solenidade de São Pedro e São Paulo, que foram fundamentos da Igreja primitiva e, portanto, da nossa fé cristã. Apóstolos do Senhor, testemunhas da primeira hora, viveram aqueles momentos iniciais de expansão da Igreja e selaram com o seu sangue a fidelidade a Jesus. Oxalá nós, cristãos do séc. 21, saibamos ser testemunhas credíveis do amor de Deus no meio dos homens, tal como o foram estes dois Apóstolos e como têm sido tantos e tantos dos nossos tempos.
Escutámos no Evangelho da missa de hoje um facto central para a vida de Pedro e da Igreja. Jesus pede àquele pescador da Galileia um ato de fé na sua condição divina e Pedro não duvida em afirmar: «Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo» (Mt 16,16). Imediatamente a seguir, Jesus institui o Primado, dizendo a Pedro que será a rocha firme sobre a qual será edificada a Igreja ao longo dos tempos (cf. Mt 16,18) e dando-lhe o poder das chaves, a suprema potestade.  Neste fim de semana participe da coleta pelas obras de caridade do Papa: o óbolo de São Pedro.

DIA DO CORAÇÃO DE JESUS

Hoje, celebramos a solenidade do Sagrado Coração de Jesus. Desde tempos remotos, o homem situa “fisicamente” no coração o melhor ou o pior do ser humano. Cristo nos mostra o seu, com as cicatrizes do nosso pecado, como símbolo de seu amor aos homens e mulheres e, é desde este coração que vivifica e renova a história passada, presente e futura, desde onde contemplamos e podemos compreender a alegria Daquele que encontra o que havia perdido. Neste dia de solenidade, teremos missa às 16h em Oficinas, e às 19h30 no Fábio Silva.

UMA CASA SOBRE A ROCHA

Edificar a casa sobre rocha é uma imagem clara que nos convida a valorizar o nosso compromisso de fé, que não se pode limitar apenas a belas palavras, mas que se deve fundamentar na autoridade das obras, impregnadas pela caridade. Em um destes dias de junho, a Igreja recorda a vida de S. Pelágio, mártir da castidade, no auge da sua juventude. S. Bernardo, ao recordar a vida de Pelágio, diz-nos no seu tratado sobre os costumes e mistérios dos bispos: «A castidade, por muito bela que seja, não tem valor nem mérito sem a caridade. Pureza sem amor é como lâmpada sem azeite. Mas diz a sabedoria: Que formosa é a sabedoria com amor! Com aquele amor de que nos fala o Apóstolo: o que procede de um coração limpo, de uma consciência reta e de uma fé sincera». Aí está a beleza da castidade, como casa edificada sobre a rocha que é o amor. Isto nos ensina os santos e os mártires!

SOBRE áRVORES BOAS E MÁS

No evangelho deste dia, comparando-nos a árvores, Jesus nos diz que há seres humanos bons que degeneram e acabam dando frutos maus e que, ao contrário, há maus que acabam dando frutos bons. O que significa que «toda árvore boa produz frutos bons (Mt 7,17)»? Significa que aquele que é bom não desanima no bem. Faz o bem e não se cansa. Realiza o bem e não cede perante a tentação do mal. Faz o bem e persevera até o heroísmo. Faz o bem e, se por acaso chega a ceder frente ao cansaço, frente ao cair na tentação do mal, reconhece isso sinceramente e admite, confessando suas faltas. O recomeço para esta pessoa é uma necessidade e um fato possível.

PéROLAS AOS PORCOS

Hoje, o Senhor nos faz uma recomendação na liturgia diária: «Não deis aos cães o que é santo, nem jogueis vossas pérolas diante dos porcos» (Mt 7,6). Veja que “bens” é associado a “pérolas” e ao “que é santo”; e “cães e porcos” ao que é impuro. São João Crisóstomo ensina que «os nossos inimigos são iguais a nós quanto à natureza, mas não quanto à fé». Apesar dos benefícios terrenos serem concedidos igualmente aos dignos e indignos, não é assim quanto às graças espirituais”, privilégio daqueles que são fiéis a Deus. A correta distribuição dos bens espirituais implica zelo pelas coisas sagradas. Zelemos pelo tesouro da graça em nosso coração, em nossa alma.

QUEM É JESUS PARA VOCÊ?

Neste fim de semana, no Evangelho, Jesus coloca-nos diante de uma pergunta fundamental. Da resposta depende a nossa vida: «E vós, quem dizeis que eu sou?» (Lc 9,20). Pedro respondeu em nome de todos: «O Cristo de Deus». Qual é a nossa resposta? Conhecemos Jesus suficientemente para poder responder? A oração, a leitura do Evangelho, a vida sacramental e a Igreja são fontes inseparáveis que nos levam a conhecê-Lo e a “vivê-Lo”. Até que sejamos capazes de responder com Pedro, com todo o coração e a mesma humildade…, certamente ainda não nos deixamos transformar por Ele. Temos de conseguir sentir como Pedro, de sentir como a Igreja para poder responder satisfatoriamente à pergunta de Jesus! Participe conosco das missas na Igreja São José, em Oficinas: sábado, às 19h, e domingo, às 7, 18h e 19h30h.

SãO LUIZ GONZAGA

Celebramos hoje São Luiz Gonzaga, que, junto com a Beta Albertina, podem ser considerados os grandes patronos da juventude casta. Era o filho mais velho de um soldado do rei da Espanha, o seu pai aspirava vê-lo lutando nas fileiras daquele Exército. São Luiz Gonzaga desejava ingressar para a vida religiosa, mas seu pai demorou cerca de dois anos para se convencer de sua vocação. Ele tinha 14 anos quando venceu as resistências do pai, renunciou ao título a que tinha direito por descendência, à herança da família e entrou para o noviciado romano dos jesuítas. Passou a atender os doentes, principalmente durante as epidemias que atingiram Roma. Consta que, certa vez, São Luiz carregou, nos ombros, um moribundo que encontrou no caminho, levando-o ao hospital. Isso fez com que contraísse a peste que assolava a cidade. Gonzaga morreu com apenas 23 anos, em 1591. Foi proclamado Padroeiro da Juventude.

Verified by MonsterInsights