quarta-feira, 17 julho , 2024
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Pe. Sérgio Jeremias

O RICO E O LáZARO

A liturgia da missa de hoje nos traz a parábola do Rico e do Lázaro. Jesus deixa clara a existência do inferno e descreve algumas das suas características: a pena que sofrem os sentidos – «Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua, porque sofro muito nestas chamas» (Lc 16,24) – e a sua eternidade – «há um grande abismo entre nós» (Lc 16,26).
São Gregório Magno diz-nos que «se dizem todas estas coisas para que ninguém possa desculpar-se por causa da sua ignorância». Há que despojar-se do homem velho e ser livre para poder amar o próximo. É necessário responder ao sofrimento dos pobres, dos doentes ou dos abandonados. Seria bom que recordássemos esta parábola com frequência para que nos tornemos mais responsáveis pela nossa vida. A todos chegará o momento da morte. E temos que estar sempre preparados, porque um dia seremos julgados pelo bem ou mal que fizemos nesta vida..

SALMO 116

Eu amo o Senhor, porque ouve
o grito da minha oração.
Inclinou para mim seu ouvido,
no dia em que eu o invoquei.
Prendiam-me as cordas da morte,
apertavam-me os laços do abismo;
invadiam-me angústia e tristeza:
eu então invoquei o Senhor:
Salvai, ó Senhor, minha vida!’
 O Senhor é justiça e bondade,
nosso Deus é amor-compaixão.
É o Senhor quem defende os humildes:
eu estava oprimido, e salvou-me.
Ó minh’alma, retorna à tua paz, *
o Senhor é quem cuida de ti!
Libertou minha vida da morte,
enxugou de meus olhos o pranto
e livrou os meus pés do tropeço.
Andarei na presença de Deus,
junto a ele na terra dos vivos.

DIA DE SÃO JOSÉ

Celebra-se hoje, 19 de março, a Solenidade de São José. Neste dia, a Igreja, espalhada pelo mundo todo, recorda solenemente a santidade de vida do seu patrono. Esposo da Virgem Maria, modelo de pai e esposo, protetor da Sagrada Família, São José foi escolhido por Deus para ser o patrono de toda a Igreja de Cristo. Seu nome, em hebraico, significa “Deus cumula de bens”. No Evangelho de São Mateus, vemos como foi dramático para esse grande homem de Deus acolher, misteriosa, dócil e obedientemente, a mais suprema das escolhas: ser pai adotivo de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Messias, o Salvador do mundo. “Quando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor tinha mandado e acolheu sua esposa” (Mt 1,24). O Verbo Divino quis viver em família. Hoje, deparamos com o testemunho de José, “Deus cumula de bens”; mas, para que este bem maior penetrasse na sua vida e história, ele precisou renunciar a si mesmo e, na fé, obedecer a Deus acolhendo a Virgem Maria. Visite neste dia a Igreja de São José, em Tubarão, conheça a Carpintaria de São José com a relíquia de sua casa vinda de Israel.

A OUSADIA DO AMOR AOS INIMIGOS

Jesus nos manda amar os inimigos e rezar pelos que nos perseguem!  Ele quer ser o nosso referencial e o nosso modelo e nos convoca a agir com o nosso próximo da mesma maneira como Ele age conosco. Tornar-nos-emos filhos do Pai que está nos céus na medida em que formos perfeitos como Ele é perfeito. Muitas vezes, porém, confundimos perfeição com perfeccionismo. Acreditamos que ser perfeito é fazer tudo muito certo para não dar margem a que outras pessoas nos julguem. Jesus nos ensina que ser perfeito é saber viver de acordo com a condição de filhos do Pai que nos criou e conformados à sua imagem e semelhança. “Assim como o Pai faz nascer o sol sobre maus e bons, sobre justos e injustos” somos chamados (as), a imitá-Lo e, por conseguinte, aprender com Ele a perdoar, amar, acolher e aceitar o nosso próximo, do jeito que ele é, mesmo que esteja fora dos nossos padrões.

UMA JUSTIÇA COM BASE NO AMOR

Jesus nos adverte de que a nossa justiça deve ser maior do que a dos mestres da lei e dos fariseus que vivam na rigidez da lei.  Por essa razão, Jesus aumentou ainda mais a nossa responsabilidade, quando disse: “todo aquele que se encoleriza com o seu irmão será réu de juízo”. A justiça de Deus é o amor e este também é o termômetro para o nosso julgamento. Seremos julgados pela justiça que praticamos, portanto, no final seremos ajuizados pelo amor que vivenciarmos segundo os critérios de Deus e conforme os Seus ensinamentos. Para Deus é justiça, o Amor, o perdão, a reconciliação. E para nós?  O amor implica em acolhimento, ternura, compaixão, compreensão, tudo o que Jesus viveu e nos revelou como ensinamento.

ORAR SEMPRE

Hoje, Jesus nos fala da necessidade e do poder da oração. Não podemos entender a vida cristã sem relação com Deus, nesta relação, a oração ocupa um lugar central. Enquanto vivemos neste mundo, os cristãos se encontram em um caminho de peregrinação, mas a oração nos aproxima de Deus, abre-nos as portas de seu amor imenso e nos antecipa as delicias do céu. Por isso, a vida cristã é uma contínua petição e busca: «Peçam, e lhes será dado! Procurem, e encontrarão! Batam, e abrirão a porta para vocês!» (Mt 7,7), nos diz Jesus. (Dom Messenguer).

JESUS, O SINAL DO PAI

Hoje, o Evangelho nos convida a centrar nossa esperança no mesmo Jesus Cristo. O próprio João Paulo II escreveu que «não será uma Fórmula a salvar-nos, mas uma Pessoa, e a certeza que Ela nos infunde: ‘Eu estarei convosco!’».  Deus – que é Pai – não nos abandonou: «O cristianismo é graça, é a surpresa de um Deus que, não satisfeito com criar o mundo e o homem, saiu ao encontro da sua criatura» (João Paulo II). Encontramo-nos começando a Quaresma: Não deixemos passar a oportunidade que nos oferece a Igreja: «É agora o momento favorável, é agora o dia da salvação» (2Cor 6,2) Depois de contemplar na Paixão o rosto doloroso de Nosso Senhor Jesus Cristo, ainda pediremos mais sinais de seu amor? «Aquele que não cometeu pecado, Deus o fez pecado por nós, para que nele nos tornemos justiça de Deus» (2Cor 5,21). Mais ainda: «Deus, que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como é que, com ele, não nos daria tudo?» (Rom 8,32). Ainda queremos mais sinais?

A ORAÇÃO DO PAI NOSSO

O Pai Nosso é a oração que Jesus mesmo nos ensinou, e é um resumo da vida cristã. Cada vez que rezo ao Pai, nosso, deixo-me levar de sua mão e lhe peço aquilo que preciso cada dia para ser melhor filho de Deus. Preciso, não somente o pão material, mas, sobretudo, o Pão do Céu. «Peçamos que nunca nos falte o Pão da Eucaristia» Também aprender a perdoar e a ser perdoados: «Para poder receber o perdão que Deus nos oferece, dirijamo-nos ao Pai que nos ama», dizem as fórmulas introdutórias ao Pai Nosso da Missa.

O AUTêNTICFO JEJUM

Hoje, primeira sexta-feira da Quaresma, procuramos oferecer o jejum e A Via Sacra pela paz, que é tão urgente no nosso mundo. Em busca deste sentido profundo, podemos perguntar: qual é o verdadeiro jejum? Já o profeta Isaías, na primeira leitura de hoje, comenta qual é o jejum que Deus aprecia: «Comparte com o faminto teu pão, e aos pobres e peregrinos convida-os a tua casa; quando vires ao desnudo, cobre-lo; não fujas deles, que são teus irmãos. Então tua luz sairá como a manhã, e tua saúde mais rápido nascerá, e tua justiça irá à frente de tua cara, e te acompanhará o Senhor» (Is 58,7-8). Deus gosta e espera de nós tudo aquilo que nos leva ao amor autêntico com nossos irmãos.

SEGUIR JESUS NA QUARESMA

Jesus, no Evangelho de hoje, ensina-nos dois caminhos: o da Via Crucis, que Ele deve percorrer, e o nosso caminho em seu seguimento. Sua senda é o Caminho da Cruz e da morte, mas também o de sua glorificação: «E acrescentou: «O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos chefes dos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto, e ressuscitar no terceiro dia» (Lc 9,22). Nosso caminho não é essencialmente diferente do de Jesus, e nos assinala qual é a maneira de segui-lo: «Depois Jesus disse a todos: «Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome cada dia a sua cruz, e me siga» (Lc 9,23). Abraçado a sua Cruz, Jesus fez a Vontade do Pai; nós, carregando a nossa, o acompanhamos em sua Via Dolorosa. O caminho de Jesus se resume em três palavras: sofrimento, morte, ressurreição. Nossa jornada também é constituída por três aspectos (duas atitudes e a essência da vocação cristã): negarmos a nós mesmos, tomar cada dia a cruz e acompanhar a Jesus. (Frei Mola)

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