quarta-feira, 17 julho , 2024
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Pe. Sérgio Jeremias

NOSSA FOME DE ETERNIDADE

Hoje, Jesus se apresenta como o pão da vida. À primeira vista, causa curiosidade e perplexidade a definição que dá de si mesmo; mas quando aprofundamos o tema damo-nos conta de que nestas palavras se manifesta o sentido da sua missão: salvar o homem e a mulher e dar-lhes vida. «E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia» (Jo 6,39). Por esta razão e para perpetuar a sua ação salvadora e a sua presença entre nós, Jesus Cristo fez-se para nós alimento de vida, a Eucaristia. Aprofunde conosco este tema na missa de hoje, às 19h30, em Oficinas.

O PÃO QUE Dá A VIDA

Hoje, nas palavras de Jesus, podemos constatar a contraposição e a complementaridade entre o Antigo e o Novo Testamento: o Antigo é a figura do Novo e, no Novo, as promessas feitas por Deus aos pais no Antigo chegam a sua plenitude. Assim, o maná que os israelitas comeram no deserto não era o autêntico pão do céu e, sim, a figura do verdadeiro pão que Deus, nosso Pai, nos deu na pessoa de Jesus Cristo, a quem enviou como Salvador do mundo. Moisés solicitou a Deus em favor dos israelitas um alimento material; Jesus Cristo, em troca, se dá a si mesmo como alimento divino que outorga a vida.
«Senhor, dá-nos sempre desse pão!» (Jo 6,34) Que estas palavras pronunciadas pelos judeus desde seu modo materialista de ver a realidade, sejam ditas por mim com a sinceridade que me proporciona a fé. Que expressem realmente um desejo de alimentar-me com Jesus Cristo e de viver unido a Ele para sempre.

TERCEIRO DOMINGO DA PáSCOA

No terceiro Domingo da Páscoa, contemplamos ainda as aparições do Ressuscitado, segundo o evangelista João. Os apóstolos, depois dos acontecimentos da Páscoa, parecem que retornam às suas ocupações habituais, como se tivessem esquecido que o Mestre os tinha convertido em “pescadores de homens”. Um erro que o evangelista reconhece, constatando que – apesar de terem se esforçado – «não pescaram nada» (Jo 21,3). Era a noite dos discípulos. Apesar disso, ao amanhecer, a presença conhecida do Senhor dá a volta a toda a cena. Simão Pedro, que antes tinha tomado a iniciativa na pesca infrutuosa, agora recolhe a rede cheia: cento e 53 peixes foi o resultado, dividendo que representa a soma dos valores numéricos de Simão (76) e de ikhthys (=peixe, 77). Significativo!
Nossa festa em Oficinas continua neste sábado com missa às 19h, e domingo às 7 e 19h. Temos almoço ao meio-dia com ingressos antecipados apenas.

DIA DE SÃO FELIPE E SÃO TIAGO

Hoje, celebramos a festa dos apóstolos Filipe e Tiago. O Evangelho de hoje refere-se àqueles diálogos que Jesus tinha somente com os Apóstolos, onde procurava ir formando-os para que tivessem ideias claras sobre sua pessoa e sua missão. Os Apóstolos estavam imbuídos das ideias que os judeus haviam formado sobre a pessoa do Messias: esperavam um libertador terreno e político, enquanto que a pessoa de Jesus não respondia absolutamente nada a estas imagens preconcebidas. Os Apóstolos não entendiam a unidade entre o Pai e Jesus, eles não podiam ver  Deus e Homem na pessoa de Jesus. Ele não se limita a demonstrar sua igualdade com o Pai, mas também lhes recorda que eles serão os que continuarão com a sua obra salvadora. Outorga-lhes o poder de fazer milagres, lhes promete que estará sempre com eles e, qualquer coisa que se peça em seu nome, será concedida. Hoje, continua a festa em Oficinas, com missa às 19h, e barracas no pátio em seguida. Venha rezar conosco!

SERES DO ALTO

Hoje, o Evangelho nos convida a deixar de ser “terrenais”, a deixar de ser pessoas que só falam de coisas mundanas, para falar e mover-nos como «Aquele que vem do alto» (Jo 3,31), que é Jesus. Neste texto, vemos mais uma vez que na radicalidade evangélica não há meio termo. É necessário que em todo momento e circunstância nos esforcemos por ter o pensamento de Deus, ambicionemos ter os mesmos sentimentos de Cristo e aspiremos a olhar os homens e às circunstancias da mesma forma que vemos o Verbo feito carne. Se atuarmos como «aquele que vem do alto» descobriremos uma quantidade de coisas positivas que acontecem continuamente ao nosso redor, porque o amor de Deus é ação contínua em favor do homem. Se viermos do alto amaremos a todo o mundo sem exceção, sendo nossa vida um convite para fazer o mesmo.

NARCER DO ALTO

No evangelho de hoje, aprendemos que nascemos do alto quando estamos entregues ao olhar de Deus e vivendo segundo os Seus pensamentos. Nascemos do alto também quando dizemos não à mentalidade do mundo e assumimos a mentalidade de Deus que se traduz em amor. Com a sabedoria do mundo nós nunca poderemos entender as “coisas do céu”. Só um espírito voltado totalmente para o alto, isto é, para Deus, pode viver as coisas simples da vida sem se questionar. Na verdade, Jesus Cristo tentava esclarecer a Nicodemos que viera do céu para entregar-se por nós e que seria levantado na cruz para que todos os que Nele cressem tivesse a vida eterna. Amanhã, feriado, teremos missa e procissão em Oficinas, às 19h, com início da Festa de São José Operário. Venha buscar o renovamento do Espírito Santo. Às 9h, temos terço na igreja.

DOMINGO DA DIVINA MISERICóRDIA

Por desígnio do São Papa João Paulo II, a este 2º. Domingo da Pascoa chamamos o Domingo da Divina Misericórdia. Trata-se de algo que vai muito mais além de uma devoção particular. Como explicou o Santo Padre na sua encíclica Dives in misericordia, a Divina Misericórdia é a manifestação amorosa de Deus em uma história ferida pelo pecado. A palavra “Misericórdia” tem a sua origem em duas palavras: “Miséria” e “Coração”. Deus coloca a nossa miserável situação devida ao pecado no Seu coração de Pai, que é fiel aos Seus desígnios. Jesus Cristo, morto e ressuscitado, é a suprema manifestação e atuação da Divina Misericórdia. «Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigénito» (Jo 3,16) e entregou-O à morte para que fossemos salvos. «Para redimir o escravo sacrificou o Filho», temos proclamado no Pregão pascal da Vígilia. E, uma vez ressuscitado, constituiu-O em fonte de salvação para todos os que creem nele. Pela fé e pela conversão, acolhemos o tesouro da Divina Misericórdia.

UMA PESCA ABUNDANTE

Hoje, pela terceira vez Jesus aparece aos discípulos desde que ressuscitou. Pedro voltava ao seu trabalho de pescador e os outros se encorajam para acompanhá-lo. É lógico que como ele era pescador antes de seguir a Jesus o continue sendo depois, não obstante haja quem ache estranho que ele não tenha abandonado seu trabalho para seguir a Cristo.
Naquela noite eles não pescaram nada! Quando ao amanhecer Jesus aparece, eles não o reconhecem, até que Ele lhes pede algo para comer. Ao dizer-lhe que não têm nada, Ele lhes indica onde devem lançar a rede. Muito embora os pescadores saibam de todas as coisas, e neste caso tinham lutado sem conseguir resultados, eles lhe obedecem. «Oh, poder da obediência! – O lago de Genezaré negava seus peixes à rede de Pedro. Uma noite inteira em vão.  Agora, obediente, tornou a lançar a rede na água e pescaram (…) uma grande quantidade de peixes. Creiam em mim: o milagre se repete a cada dia» (São Josemaria Escrivá)

JESUS NOS DOA SUA PAZ

Quando temos uma experiência com Jesus e chegamos a tocar no Seu mistério de Amor por meio da Sua Palavra nós também alimentamos a nossa alma e temos a inteligência iluminada para compreender a obra que Ele deseja realizar em nós. A obra de Jesus é uma obra de paz! Na verdade, a primeira manifestação de que estamos realmente tocando Jesus é a paz que invade o nosso coração. Jesus chega de mansinho e vem também nos dizer que o sofrimento, a dificuldade, a aflição, são passagens próprias da nossa vida. Se nos apoiarmos Nele e tivermos como exemplo a Sua Ressurreição, esses acontecimentos, da nossa vida, ao contrário do que muitas vezes imaginamos, nos trarão, mais tarde, a paz, o entendimento e a alegria da superação. Jesus é o Justo por excelência, por isso Ele é o doador da Paz. A paz é fruto da justiça! (H. Serpa).

OS DISCíPULOS DE EMAúS

Hoje, o Evangelho nos assegura que Jesus está vivo e continua a ser o centro à volta do qual se constrói a comunidade dos discípulos. É precisamente nesse contexto eclesial – no encontro comunitário, no diálogo com os irmãos que partilham a mesma fé, na escuta comunitária da Palavra de Deus, no amor partilhado em gestos de fraternidade e de serviço – que os discípulos podem fazer a experiência do encontro com Jesus ressuscitado. A cena dos discípulos de Emaús presta-se bem para nortear um longo caminho das nossas dúvidas, inquietações e às vezes amargas desilusões. O divino Viajante continua a fazer-se nosso companheiro para nos introduzir, com a interpretação das Escrituras, na compreensão dos mistérios de Deus. Quando o encontro se torna pleno, à luz da Palavra segue-se a luz que brota do «Pão da vida», pelo qual Cristo cumpre de modo supremo a sua promessa de «estar conosco todos os dias até ao fim do mundo» (Mt 28,20).

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