terça-feira, 16 julho , 2024
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Pe. Sérgio Jeremias

JESUS NÃO NOS ENGANA

Na liturgia deste dia contemplamos novamente Jesus rodeado dos Apóstolos, em um clima de especial intimidade. Ele confia-lhes o que poderíamos considerar como as últimas recomendações: aquilo que se diz no último momento, justo na despedida e que tem uma força especial, como se fosse um último testamento. Nos imaginamos no cenáculo. Ali, Jesus lavou os pés dos discípulos, lhes anunciou novamente que tem que partir, transmitiu o mandamento do amor fraterno e os consolou com o dom da Eucaristia e a promessa do Espírito Santo (cf. Jo 14). O Senhor não esconde aos discípulos os perigos e dificuldades que deverão enfrentar no futuro: «Se me perseguiram, também vos hão de perseguir» (Jo 15,20). Mas eles não se acovardarão nem se abaterão ante o ódio do mundo: Jesus renova a promessa do envio do Defensor, garante-lhes a assistência em tudo aquilo que eles lhe peçam e, enfim, o Senhor roga ao Pai por eles – por nós todos – durante a sua oração sacerdotal (cf. Jo 17). Todas essas promessas são também para você no dia de hoje.

NA CRUZ A LUZ

Hoje, Jesus nos fala indiretamente da cruz: deixara-nos a paz, mas ao preço de sua dolorosa saída deste mundo. Hoje, lemos suas palavras ditas antes do sacrifício da Cruz e que foram escritas depois de sua Ressurreição. Na Cruz, com sua morte venceu a morte e ao medo. Não nos dá a paz como a do mundo «Não é à maneira do mundo que eu a dou» (cf. Jo 14,27), senão que o faz passando pela dor e a humilhação: assim demonstrou seu amor misericordioso ao ser humano. Na vida dos homens é inevitável o sofrimento, a partir do dia em que o pecado entrou no mundo. Umas vezes é dor física; outras, moral; em outras ocasiões se trata de uma dor espiritual…, e a todos nos chega a morte. Mas Deus, em seu infinito amor, nos deu o remédio para ter paz no meio da dor: Ele aceitou “ir-se” deste mundo com uma “saída” cheia de sofrimento e serenidade. (Pe. Cases)

CONHECER O PAI

No evangelho deste dia Jesus nos afirma: “Se vocês me conhecem, conhecerão também o meu Pai” (João 14,7-14). Há no coração do ser humano um desejo latente de conhecer a Deus, mas Ele já se deixou revelar. Tem um rosto e qualidades muito claras. Para conhecê-lo, conhecê-las basta lermos os quatro Evangelhos. Jesus é a revelação plena do Pai. Deixe-se contagiar por Ele! Aproxime-se dos sacramentos e Deus lhe encantará o coração com o fogo de seu Espírito Santo.

JESUS CAMINHO, VERDADE E VIDA

Pe. Haroldo Ram nos recorda em uma de suas reflexões para este dia: “Temos preocupações com a nossa caminhada, com a recuperação, com o futuro e muitas outras coisas. Mas Jesus se apresenta como caminho, verdade e vida. Podemos crer em sua presença nos realizando em nossas expectativas já no hoje. Quem vive Sua palavra vive, caminha e sabe escolher o que verdadeiro e traz paz. Quem escolhe viver o amor de forma simples já descobriu o sentido de sua vida. Amar servindo.

LAVA-PÉS AINDA HOJE

Hoje, como naqueles filmes que começam lembrando um fato passado, a liturgia faz memória de um gesto que pertence à Quinta-feira Santa: Jesus lava os pés dos discípulos (cf. Jo 13,12). Assim, esse gesto, ido desde a perspectiva da Páscoa – recorda uma vigência perene. Sim, lava-pés perdão, amor, serviço, humildade precisa ser exercido todos os dias. Recordemos a quem, no dia de hoje, Jesus nos leva a encontrá-Lo.

OS GRITOS DE JESUS

Hoje, no evangelho Jesus grita; grita como alguém que precisa que suas palavras sejam ouvidas por todos. Seu grito sintetiza sua missão salvadora, pois veio «não para julgar o mundo, mas para salvá-lo» (Jo 12,47); não por si mesmo, mas em nome do «Pai que me enviou, ele é quem me ordenou o que devo dizer e falar» (Jo 12,49). Sim, que os gritos de Jesus querendo nos conquistar nos salvem de nossa surdez espiritual. Venha aprofundar este tema na missa desta quarta-feira, às 19h30, em Oficinas.

DIA DE SÃO MATIAS APóSTOLO

Hoje, a Igreja recorda o dia em que os apóstolos escolheram o discípulo de Jesus que devia substituir Judas Iscariotes. Como nos diz acertadamente S. João Crisóstomo numa das suas homilias, na hora de eleger pessoas que gozarão de certa responsabilidade podem ocorrer rivalidades ou discussões. Por isso, S. Pedro «se evita as invejas que poderiam ter surgido», deixa à sorte, à inspiração divina e evita assim essa possibilidade. Na continuação diz este padre da Igreja: «É que as decisões importantes muitas vezes originam desgostos». Após orarem a sorte cai sobre São Matias e ele ocupa o lugar de Judas, o traidor.

BOM PASTOR COM CORAÇÃO DE MÃE

Na liturgia deste domingo do Bom Bastor e Dia das Mães, Jesus chama nossa atenção para a imagem do Salvador como do bom pastor. Ele toma sob sua responsabilidade as ovelhas que lhe são confiadas e se ocupa de cada uma delas. Entre Ele e elas existe um vínculo, um instinto de conhecimento e de fidelidade: «As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem» (Jo 10,27). A voz do Bom Pastor é sempre um chamado a segui-lo, a entrar no círculo magnético de influência. Venha aprofundar-se na Santa Missa com oferenda do dízimo neste sábado, às 19h, e domingo, às 7, 18h e 19h30. Igreja Matriz São José Operário de Oficinas, em Tubarão.

COMER A CARNE DO SALVADOR

Hoje Jesus nos choca com algumas expressões do Evangelho. “Comer para viver”: comer a carne do Filho do homem para viver como o Filho do homem. Este comer se chama “comunhão”. É um “comer”, e dizemos “comer” para que fique clara a necessidade de assimilação, da identificação com Jesus. Comunga-se para manter a união: para pensar como Ele, para falar como Ele, para amar como Ele. Aos cristãos faz-nos falta ler a encíclica eucarística de João Paulo II: “A Igreja vive da Eucaristia”. É uma encíclica apaixonada: é “fogo” porque a Eucaristia é ardente. Hoje, temos Eucaristia em Oficinas, às 16h, e no Fábio Silva às 19h30, com oração pelas mães e oferenda do dízimo.

O pão vivo

O pão vivo é Jesus. Não é um alimento que assimilemos, mas pelo contrário Ele nos assimila. Ele nos faz ter fome de Deus, sede de escutar sua Palavra que é gozo e alegria do coração. A Eucaristia é antecipação da glória celestial: «Partimos um mesmo pão, que é remédio de imortalidade, antídoto para não morrer, para viver para sempre em Jesus Cristo» (Santo Inácio de Antioquia). A comunhão com a carne de Cristo ressuscitado nos faz acostumar com tudo aquilo que desce do céu; quer dizer, receber e assumir nossa verdadeira condição… Estamos feitos para Deus e somente Ele sacia plenamente nosso espírito. (Pe. Montagute)

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