Um drama em vários capítulos

Quando terminado, o espaço necessitará de uma equipe para administrar, fator ainda não providenciado
Quando terminado, o espaço necessitará de uma equipe para administrar, fator ainda não providenciado
Silvana Lucas
Tubarão
 
A história da construção da Arena Multiuso de Tubarão já virou um longa-metragem para os milhares de moradores da cidade e região. Há anos que esta estrutura deveria estar concluída, fato acompanhado pelo Notisul em inúmeras edições.
 
O projeto da construção do espaço está pronto desde 2006, em uma parceria inicial da Universidade do Sul de Santa Carina (Unisul) e governo catarinense, com a proposta de promover a cultura e o lazer no sul do estado. 
 
Já são quase oito anos de conversação e construção. Trabalho que passou pelos governos de Eduardo Moreira (PMDB), Luiz Henrique da Silveira (PMDB), Leonel Pavan (PSDB) e está no último ano do atual, Raimundo Colombo (PSD), e ainda aguarda a finalização do empreendimento.
 
Na frente do poder executivo da Cidade Azul, os prefeitos Carlos Stüpp (PSDB), Manoel Bertoncini (PSDB), Felippe Luiz Collaço (PSD) e em seu segundo ano, Olavio Falchetti (PT), sem citar aqui os secretários de desenvolvimento regional que acompanharam a história deste planejamento.
 
No mês passado foi assinado mais uma convênio: de R$ 6.299.987,41, valor o qual o secretário de desenvolvimento regional em Tubarão, Estêner Soratto Júnior, diz ser o suficiente para concluir a obra. “A participação do estado neste empreendimento está finalizada. De nossa parte, os operários podem voltar a trabalhar o quanto antes, fator que deve ser determinado pelo poder executivo do município, que é o responsável pela fiscalização”, informa o secretário.
 
Com 65% dos trabalhos concluídos, a obra está completamente parada. Fato que irá mudar nos próximos dias, conforme disse o prefeito Olavio Falchetti. “Depois de muitos esforços, a empresa já poderá dar continuidade na construção”, afirma Olavio.
 
Procurados pelo Notisul, a Viseu construtora, de Joinville, responsável pela execução da arena, não quis se pronunciar sobre o retorno dos funcionários ao trabalho. Por que será?
 
O que falta?
Além da colocação de piso, serviços de acabamento interno e externo, pintura e inúmeros detalhes para que o local fique pronto. Falta também a compra de material para mobiliar, climatizar e sinalizar as dependências da arena, investimento que o poder público deverá buscar nos cofres do governo federal ainda nesta semana. 
 
Valores 
Inicialmente, a obra foi orçada em R$ 15 milhões, valor reduzido em 2009 para R$ 10 milhões.
Desde o início já foram repassados para a construção da arena R$ 7,5 milhões, mais R$ 6,3 milhões no fim do ano passado. No total, R$ 20,1 milhões serão investidos, sem incluir no montante os valores que ainda devem vir para deixar o local pronto para o uso. Seria mais um elefante branco no estado. É esperar para ver se o espaço público poderá mesmo ser utilizado pelo público.