sexta-feira, 2 agosto , 2024
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Acidente ambiental: Multas poderão chegar ao valor de R$ 280 mil

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Zahyra Mattar
Tubarão

A gerência regional da Fatma em Tubarão finalizou ontem o relatório referente ao acidente ambiental ocorrido na noite do dia 27 de outubro, na ponte do rio Correias, em Tubarão. Mais de 80% da carga de óleo diesel e gasolina, transportada por um caminhão com placas de Içara, vazou e contaminou o solo e a água. O óleo espalhou-se até as comportas, na localidade de Congonhas, em Tubarão.
Uma pequena quantidade chegou também à Lagoa do Camacho, em Jaguaruna.

Apesar disso, não houve grandes danos para a flora e fauna, graças à rapidez com que as duas empresas contratadas para efetuar a limpeza trabalharam – a Central de Tratamento de Resíduos Sólidos (Cetric – responsável pelo transporte do solo removido) e a Suatrans Emergências Químicas (responsável pela recuperação do local).
Oito empresas serão autuadas por conta do acidente: quatro distribuidoras, a transportadora e três postos de combustíveis da região, os quais receberiam o material. Para cada uma, será imputada uma multa. Serão R$ 50 mil para cada distribuidora e a transportadora, e R$ 10 mil para cada posto. O valor, somado, pode chegar a R$ 280 mil.

Nos próximos dias, os relatórios finais da Fatma serão encaminhados ao Ministério Público de Tubarão que decidirá se autua, ou não, os envolvidos por crime ambiental. “Conseguimos recuperar 95% da área afetada. Os danos existiram, mas foram mínimos para a fauna e a flora. Isto deve-se, também, pela colocação das barreiras de contenção”, avalia o engenheiro Químico da Fatma em Tubarão, Rudemar Silveira da Cunha.

Ao todo, foram removidos 74 metros cúbicos de solo contaminado e 32 metros cúbicos de vegetação nos 17 quilômetros de extensão do rio Correias (até as comportas, em Congonhas). Tudo foi levado para um aterro industrial em Chapecó, no oeste do estado. Os trabalhos de recuperação, feito pelas empresas, foram coordenados pela Fatma com o Apoio da Polícia Militar Ambiental de Laguna e a Defesa Civil do estado.

Sabe o que os astros guardam para você hoje?

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Áries (21/03 a 19/04)
Percepção de uma verdade maior acerca dos sentimentos e dos relacionamentos. Situações importantes envolvendo viagens, estudos, princípios éticos e senso de justiça.

Touro (20/04 a 20/05)
Descoberta de uma verdade emocional, íntima, que desafia tabus e padrões antigos de comportamento. Um momento excepcional para mudar as atitudes emocionais, libertando-se do que anteriormente lhe aprisionava.

Gêmeos (21/05 a 21/06)
Semana de definições nos relacionamentos. O compartilhar de certos pensamentos e sentimentos pode transformar as relações. Intensidade emocional desafiadora.

Câncer (22/06 a 22/07)
Oportunidade de contatos profissionais positivos, contando com algum auxílio importante. Mudança de contexto e de atuação. Saúde influenciada pelas emoções.

Leão (23/07 a 22/08)
Excepcional momento para mudanças emocionais profundas. Você descobre uma verdade ao seu respeito e isso transforma a maneira de se expressar afetiva, vocacional ou criativamente.

Virgem (23/08 a 22/09)
Libertação é palavra de ordem neste momento e requer reconhecer as emoções e atitudes que é preciso modificar. Perceba como o seu comportamento é resultado do que vivenciou anteriormente em família e nas primeiras situações emocionais.

Libra (23/09 a 22/10)
Periodo interessante para contatos, viagens e estudos. Você encontra pessoas de mentalidade afim, com quem pode partilhar seus sonhos e anseios. Disso resulta uma expansão mental e cultural.

Escorpião (23/10 a 21/11)
Liberte-se de uma velha mentalidade no que diz respeito às emoções, relacionamentos, recursos e potencialidades. Um tesouro interior se revela, escorpiano.

Sagitário (22/11 a 21/12)
Vênus e Plutão se encontram em seu signo. Encontro visceral, intenso, que transforma sentimentos e relações. Percepção de que é preciso mudar para reencontrar-se com sua essência emocional. Você exerce fascínio sobre as pessoas. Mistério.

Capricórnio (22/12 a 19/01)
Algo finda, mesmo que você não esteja consciente disso, ou não deseje. Lembre-se de que há uma energia superior, que sabe o que é melhor para nós, quer acreditemos nisso ou não.

Aquário (20/01 a 18/02)
Acontecimentos importantes envolvendo amigos ou planos para o futuro. Da amizade pode brotar o amor. Intensidade emocional que ensina sobre o que você estava tentando reprimir. Sintonize-se com as pessoas e os grupos precursores de mudanças sociais.

Peixes (19/02 a 20/03)
Uma situação emocional ou profissional muda e a partir daí um novo caminho é apontado. É possível que essas situações estejam entrelaçadas e que determinem os rumos que a sua alma intuitivamente sente estarem afinados com um novo tempo.

Reforma tributária – discussões e ineficiência

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A reforma tributária tem sido assunto mais que presente na agenda política e na mídia brasileira nos últimos anos. A proposta de reforma tributária dá prosseguimento às medidas econômicas constantes do Programa de Aceleração Econômica (PAC) lançado em 2007. Naquela oportunidade, o governo anunciou que iria “retomar a discussão sobre a reforma tributária com os governadores, prefeitos, empresários, representantes dos consumidores e parlamentares, tendo como objetivo o aprimoramento do sistema tributário nacional”.

Tal conversa até hoje não aconteceu.
Parece ser consenso, por parte do governo e do setor privado, que o sistema tributário nacional necessita de modificações substanciais. Porém, uma leitura mais cuidadosa da evolução do processo de reforma parece indicar que a consensualidade morre aí.

Os objetivos a ser alcançados são, de certo modo, conflitantes ou incompatíveis, pois cada “grupo de pressão” tem concepções distintas acerca do modelo a ser implementado. De fato, há divergências de opinião dentro do próprio governo, o que indubitavelmente acarreta morosidade e falta de credibilidade ao processo de reforma no país.

Sabe-se que não só aqui no Brasil, como em qualquer parte do mundo, a reforma tributária é tema recorrente que tem sido um dos maiores causadores de discordâncias e conflitos. A meu ver, cabe a nós, classe estudantil, contribuintes e políticos, buscar a eliminação do atual sistema tributário, que é ineficiente, e elaborar um novo modelo que se aproxime de certas características desejáveis a qualquer sistema tributário, que seria a eficiência econômica, a simplicidade, a flexibilidade, a responsabilidade política e a justiça.

Em resumo, reformar a tributação em um país federativo, onde o principal imposto da economia está sob competência sub-nacional e parte significativa das receitas é arrecadada cumulativamente, tem se mostrado uma tarefa muito difícil. São várias as questões a ser enfrentadas, incluindo a guerra fiscal, a autonomia dos governos estaduais e municipais, a incidência em cascata das contribuições sociais sobre o faturamento das empresas brasileiras.

Dessa forma, o Brasil chega ao século 21 com um dos piores e mais ineficientes sistemas de tributação de consumo do mundo, com competências divididas entre as várias esferas de governo, multiplicidade de alíquotas, legislações diferenciadas entre as unidades federativas, incidência em cascata, exportação de tributos, concessão indiscriminada de benefícios fiscais e competição tributária interna. Apesar disso, e também por isso, o sistema tributário tem permitido, a cada ano, aumento de arrecadação.

A reforma tributária faz-se necessária para se ter um estado moderno e enxuto, mais não guloso e voraz. Pois nessa nação não temos terremoto, tsunami, nem furacão. Temos petróleo, álcool, biodiesel e, sem dúvida, uma das maiores cargas tributárias e ineficientes do mundo. Precisamos mudar!

Chuvas constantes: Estradas do interior estão intransitáveis

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Wagner da Silva
Braço do Norte

Com o longo período de chuva – até agora foram 40 fins de semana seguidos de água – as famílias rurais, no Vale do Braço do Norte, são as mais prejudicadas. Em todas as cidades da região, o constante mau tempo dificulta até mesmo a manutenção das estradas. O resultado é ruas intrafegáveis e prejuízos já que a produção não pode ser escoada.

Em Braço do Norte, somente a estrada de acesso à comunidade do Pinheiral, onde há uma grande concentração de frigoríficos, áreas de produção agrícola e pecuária, foram realizadas mais de 30 manutenções, em 44 meses. “Não adianta trabalhar com este tempo. Precisamos de no mínimo dois dias de sol forte para iniciar os trabalhos. Não há previsão para executarmos os serviços”, lamenta o secretário de obras da prefeitura, Antenor José Pavei.

Na cidade de Rio Fortuna, a prefeitura prepara-se para agilizar os trabalhos de recuperação das estradas. “Os acessos ao interior do município estão horríveis. Temos fazer o máximo para não deixar as comunidades isoladas. Mas, com a chuva, fica tudo muito mais difícil. Para agilizar, improvisamos depósitos de areão em vários pontos da cidade para que tudo seja feito com mais rapidez assim que o tempo melhorar”, justifica o secretário de obras da prefeitura, Valdino Schuelter.

Em Santa Rosa de Lima, o trabalho feito anteriormente com um material de melhor qualidade tem mantido as estradas em boas condições. Apenas a limpeza precisa ser realizada periodicamente. “Mantemos as valas limpas para que não prejudique as estradas. Até o momento, o transporte escolar, por exemplo, não teve problema em nenhum dia. Estamos atentos à previsão do tempo e realizamos o monitoramento dos pontos mais críticos para minimizar possíveis ocorrências que possam surgir”, salienta o secretário de obras da prefeitura, Lourivaldo Schmitz.

O mesmo é verificado em São Ludgero, onde apenas os trabalhos prioritários são executados. “Não há como colocar as máquinas para trabalhar. Aliás, as estradas ficariam pior ainda”, argumenta o secretário de obras da prefeitura, Bertino Hobold.
Em Grão-Pará, cuja cidade tem histórico problema com as chuvas, não há informações de como estão as estradas de chão batido da cidade. O secretário de obras da prefeitura, Amilton Ascari, não foi localizado.

Assalto em Criciúma: PM de Tubarão ajuda a fechar o cerco

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Maycon Vianna
Tubarão

A Polícia Militar de Tubarão montou uma operação ontem, durante todo o dia, após o Centro de Operação da Polícia Militar (Copom) receber informações dos policiais de Criciúma, que registraram um assalto na Pan Americano financeira, na manhã de ontem, na rua Getúlio Vargas, no centro.

A dupla levou cerca de R$ 80 mil do estabelecimento. A ação dos bandidos foi registrada pelo circuito interno de segurança, logo passado para as delegacias da região. “Eles pediram ajuda para tentar encontrar os bandidos e nos passaram as características deles, pois possivelmente tenham escapado em direção a Tubarão ou região”, relata o policial militar Gilvan Silva, de Tubarão.

Por volta das 9 horas, um homem de mochila entrou na financeira, enquanto o comparsa, vestido de terno e gravata, aguardava do lado de fora.
O ladrão de mochila anunciou o assalto e levou o gerente para os fundos do estabelecimento, onde roubou o dinheiro da empresa que era colocado em um malote. No momento do assalto, havia dez pessoas no local. Todos foram feitos reféns.

Assim que pegou o que queria, o ladrão fugiu a pé com o comparsa. Um deles andou em direção ao Banco do Brasil e outro em direção à Praça Nereu Ramos.
Os dois bandidos estavam armados com pistolas 765 milímetros. As imagens do assalto já foram analisadas pela Polícia Civil de Criciúma. Os investigadores suspeitam que os ladrões sejam do Paraná ou do Rio Grande do Sul, pois não usaram capuzes.

Pós-eleições: Mais demissões de servidores

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Amanda Menger
Laguna

Depois da prefeitura de Capivari de Baixo, foi a vez de Laguna controlar os gastos para se ajustar à lei de responsabilidade fiscal. Cerca de 50 funcionários foram exonerados.
A principal justificativa é que os funcionários demitidos são comissionados e podem ter os contratos rescindidos a qualquer momento. De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, a medida tomada pela administração foi apenas antecipar as dispensas, previstas para dezembro.

O número exato de exonerados não foi divulgado, até porque mais pessoas poderão ser demitidas. Um comunicado oficial deverá ser distribuído aos meios de comunicação quando todas as exonerações tiverem ocorrido. A garantia da prefeitura é que os serviços essenciais, como saúde e educação, além da limpeza das praias e manutenção das vias urbanas, não serão comprometidos.

Capivari
Em Capivari de Baixo, as demissões de servidores contratados em caráter temporário ocorreram na semana posterior ao pleito. A argumentação da prefeitura foi de enxugamento das despesas, em especial as com o quadro de funcionários. O número exato de exonerados não foi divulgado, mas estima-se que tenham sido em torno de 500 pessoas. A maioria comissionados e estagiários.

Além das demissões, a prefeitura adotou outras medidas para diminuir os custos. Uma delas foi reduzir o horário de atendimento do Pronto-Atendimento 24 horas, que funcionará 12 horas por dia até o fim do ano. Alguns serviços foram suspensos, como os de endoscopia, por exemplo.

Braço do Norte: Não há prazo para definir nova eleição

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Amanda Menger
Braço do Norte

Após a declaração, em entrevista coletiva, de que Ademir Matos (PMDB) de Braço do Norte, não recorrerá no processo de registro de candidatura (confira mais detalhes na página 8), a população aguarda com expectativa a decisão do juiz eleitoral Fernando de Castro. Ele definirá se os eleitores de Braço do Norte deverão comparecer novamente às urnas. Contudo, não há prazos estipulados pela justiça eleitoral para que isso ocorra.

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é preciso aguardar a publicação do acórdão. O documento, em geral, é redigido pelo relator do processo, porém, neste caso, o relator ministro Fernando Gonçalves foi voto vencido (ele deu parecer a favor de Ademir) e a responsabilidade pela redação ficou com o ministro Joaquim Barbosa.

Depois da publicação do acórdão é que o processo ganhará o ‘status’ de trânsito em julgado (ou seja, que não há mais possibilidade de recurso em nenhuma esfera do judiciário). Esta publicação é feita no Diário de Justiça. Após este trâmite burocrático, os autos e o acórdão são enviados ao Tribunal Regional Eleitoral, em Florianópolis. O TRE, por sua vez, encaminha ao juiz da comarca de Braço do Norte.
Ao receber a documentação, o juiz Fernando de Castro deverá decidir pela realização ou não de uma nova eleição.

Caso a decisão for por um novo pleito, o pedido será enviado ao TRE, que deverá baixar uma resolução estipulando os prazos para o registro de candidatura, propaganda eleitoral e a data da eleição.
O entendimento de algumas fontes jurídicas consultadas pelo Notisul é que o artigo 224 do Código Eleitoral será cumprido. Este artigo prevê que, se mais da metade dos votos for de votos nulos, será convocada uma nova eleição. Em Braço do Norte, Ademir recebeu 11.249 votos, o equivalente a 61,27% do eleitorado.

TSE
Dos nove processos de registro de candidatura da Amurel que ‘subiram’ ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ainda faltam dois para serem julgados. As ações são de candidatos a vereador, um de Imbituba e outro de Imaruí.

Presidente da câmara poderá assumir o cargo
Caso a decisão do juiz eleitoral de Braço do Norte, Fernando de Castro, seja pela realização de uma nova eleição, não há garantias de que o pleito ocorra ainda este ano. Afinal, há um trâmite burocrático para ser seguido entre os Tribunais Superior Eleitoral (TSE) e Regional Eleitoral (TRE). Além dos prazos estipulados para o novo pleito.

Se esta eleição não ocorrer neste ano, o atual presidente da câmara de vereador, Lauro Beckhauser (PMDB), assumirá o cargo de prefeito até que os vereadores eleitos façam a eleição interna para definir a mesa diretora da câmara. Lauro então transmitirá o cargo ao presidente eleito do legislativo, que assumirá interinamente o cargo de prefeito, até que seja realizada a eleição e a diplomação do vencedor.

Por outro lado, se a decisão do juiz for pela não realização de uma nova eleição, o segundo colocado no último pleito, em outubro, Ademir Schmoeller (PP), que obteve 4.875 votos, será considerado eleito, diplomado e assumirá o cargo no dia 1º de janeiro do próximo ano.

“Tentaram me prejudicar e se reverteu contra eles”

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Tatiana Dornelles
Tubarão

Notisul – Você foi eleito pela quinta vez consecutiva. O que tem a dizer sobre isso?
Maurício da Silva
– Agradeço o povo de Tubarão por me conceder por cinco vezes consecutivas, pelo voto direto e secreto, a possibilidade de representar a câmara de vereadores.

Notisul – Como avalia este resultado nas urnas?
Maurício
– Tive que travar uma briga interna dentro do PMDB por discordar com uma série de encaminhamentos, que vieram lá de trás, quando queria que o partido fizesse um consenso para disputar o diretório mas teve uma turma que quis bater chapa. Depois, preguei que o PMDB fosse para a campanha com chapa pura, auxiliado por outros partidos, porque era a única forma de unir o PMDB, rachado devido à convenção. Não foi aceito. Aí, teve outro ato: exonerar o pessoal da educação para me atingir. Isto, inclusive, virou-se contra a própria candidatura à majoritária. E lançou um descrédito dentro do PMDB.

Notisul – Que descrédito?
Maurício
– Houve ataques aos companheiros de partido. As pessoas tiradas da gerência de educação já vêm desde o governo de Pedro Ivo, Paulo Afonso e agora Luiz Henrique, ou seja, são militantes da educação. Comprometidos. E tem outro fator: estas pessoas fazem parte do diretório. E, evidente, lançou desconfiança diante da sociedade por alguns do partido terem atacado um setor tão prioritário. Isso foi ruim sob todos os aspectos.

Notisul – E o resultado da disputa para prefeito? O racha do PMDB influenciou?
Maurício
– Bastante. Houve o descontentamento de partidários que não queriam que o pessoal da educação saísse. Na verdade, a educação é um dos setores de maior visibilidade do governo de Luiz Henrique, porque na área da cultura e do entretenimento espera-se pela arena multiuso, que não acontece. Na segurança, essa espera pelo presídio é uma novela interminável. No setor viário, aguarda-se o término da estrada do Camacho. Então, a área mais visível é a educação por dois motivos: 1º) pelas excelentes escolas construídas; 2º) pelo nível de aprendizagem. Isso causou desconforto dentro do próprio partido e junto à população. Foi o fator principal que levou à derrota da chapa à majoritária. Mas teve outro: a coligação. Uma parte do PMDB pregava chapa pura, com apoio de outros partidos, para sair unido. E se fez uma coligação tão infeliz que desagradou parte do PMDB e rachou o DEM. Saímos ‘capengas’ com a coligação. A soma destes fatores e a presença da TV fizeram com que tivéssemos um desempenho ruim para a majoritária. Na proporcional, para vereador, subimos de três para quatro.

Notisul – A televisão influenciou em que aspecto?
Maurício
– Infelizmente, o nosso candidato não teve um desempenho à altura daquilo que se esperava para uma cidade pólo da região, universitária, comercial, com uma série de desafios pela frente com a duplicação da BR-101 e com o aeroporto regional. Nos debates e no programa televisivo, isso não apareceu. Quando fui presidente do partido, convidei cabeças privilegiadas da cidade para fazermos um projeto de futuro para Tubarão. De cada setor importante, foi alguém dar as orientações. Queríamos nos apresentar ao eleitor com um diagnóstico claro de cada setor da cidade e com as possíveis soluções. Se o candidato chegasse na frente da TV com estes estudos, o desempenho seria outro, pois ganharia credibilidade.

Notisul – Quanto aos concorrentes à majoriária, se o PMDB tivesse saído com chapa pura, as chances seriam maiores de vencer?
Maurício
– Bem maiores, pois haveria a reaglutinação do partido. O PMDB ficou rachado na convenção. Quando unido, o PMDB é muito forte. Por isso se pregava chapa pura com apoio de outros partidos, como ocorreu em Capivari de Baixo, Grão-Pará. Paulo Afonso e José Hülse ganharam o governo do estado com chapa pura, mas não estavam sozinhos. Luiz Henrique e Eduardo Moreira, no primeiro governo, também. Se repetíssemos a fórmula aqui em Tubarão, o resultado poderia ser outro.

Notisul – Quanto às verbas de campanha? O PMDB arrecadou pouco perto da outra coligação.
Maurício
– Ninguém aposta em cavalo que não vai chegar lá. Se o candidato não aparece bem nas pesquisas, ninguém vai ‘botar’ dinheiro ali. Doação é uma espécie de aposta. Ninguém quer perder. Se estivesse confirmada, ao longo da campanha, aquela primeira pesquisa (realizada pelo Notisul) em que Genésio (Goulart) aparecia com 60%, a arrecadação seria outra. O partido ficou naquela de ‘já ganhou’. Foi uma espécie de relaxamento, acomodação.

Notisul – O PMDB já teve esse sentimento de ‘já ganhou’ em outros pleitos e, nas urnas, perdeu…
Maurício
– Mas tem um diferencial. Na última campanha, com Amilton (Lemos), não vencemos. Mas perdemos juntos. Todos os candidatos a vereadores pediam voto a Amilton. O partido estava engajado. A candidatura de Amilton só não foi vitoriosa porque foi improvisada. Tivemos que arranjar praticamente na véspera da campanha. Porque quem ficou o tempo todo dizendo que ia ser candidato não foi ele. A nossa vice, a Vitemária (Bez), foi registrada nas últimas horas. Se estas candidaturas fossem preparadas com tempo, poderia ter sido outro resultado nas urnas.

Notisul – O clima de ‘já ganhou’ também ocorreu na eleição em que Genésio concorreu com Stüpp, em 2000.
Maurício
– Ocorreu também. Era uma expectativa de que ganharia fácil. Isso fez com que muitas pessoas, em vez de trabalhar, fossem festejar. Quando as urnas foram abertas, o resultado não era o esperado.

Notisul – Agora que ‘baixou a poeira’, como você analisa o afastamento da gerente de educação (Maria de Lourdes Bitencourt) e pessoas ligadas diretamente a você?
Maurício
– Eleitoralmente, não perdi nada. O resultado foi contrário. Aumentei o número de votos, inclusive, no setor de educação. Mas perderam o candidato a prefeito, o partido, a cidade e o governo (estadual). As trocas se deram não por uma questão técnica ou de administração, mas por vingança política. E a educação é um bem muito importante da população para servir a negociadas, trocas, vinganças ou coisas menores.

Notisul – Ouvia-se pessoas do próprio partido dizerem, por exemplo, que votariam em você, mas não em Genésio. Isso foi algo comum?
Maurício
– Com certeza. E uma das razões foi justamente o que ocorreu na educação. Eles sempre desenvolveram o raciocínio equivocado. Sempre disseram: ‘Maurício se elege porque obriga os professores a votarem nele’. Isso é uma idiotice incomensurável. Por quê? Porque 99,9% dos professores são concursados, não devem satisfação para ninguém. Em segundo lugar, é uma classe esclarecida. Muitas pessoas da educação que não votavam em mim vieram para minha campanha. Passaram a pedir voto para mim, mas não votavam em Genésio. Pela primeira vez, os candidatos a vereadores do partido fizeram mais votos do que o candidato a prefeito. Votaram nos vereadores do PMDB, mas descarregaram no Olávio Falchetti (PT).

Notisul – Por isso o crescimento do PT nestas eleições…
Maurício
– Parte significativa de Falchetti se deu por votos de peemedebistas que não quiseram votar na nossa chapa majoritária. Diziam abertamente: ‘Voto no Maurício, mas vou votar no Olávio Falchetti’.

Notisul – Como você avalia a imagem de Genésio hoje?
Maurício
– Ele tem a sua liderança, tem seu serviço prestado, mas deve avaliar esta possibilidade de não se desgastar de dois em dois anos participando de eleições. Ele deveria estar preocupado em criar novas lideranças até para dividir as responsabilidades com outras pessoas, não só do município como também da região. Na medida em que ele é candidato a tudo, fica sobrecarregado, não dá todas as respostas e desgasta-se.

Notisul – Como está o seu relacionamento com Genésio?
Maurício
– Da minha parte, não tenho raiva, mágoa de ninguém. Costumo agradecer aqueles que me atacaram porque me deram a oportunidade de mostrar o quanto sou forte. Foi uma eleição em que me criaram vários problemas. Quem trabalhou comigo foi hostilizado. Na véspera do dia do pleito, pagaram pessoas para ficarem nos locais de urna dizendo que o ‘professor Maurício estava preso e não adiantava votar nele’. Criaram situações para tentar me prejudicar. E todas se reverteram contra eles. Quanto mais atacaram, mais mostramos o quanto nosso grupo é sólido. Não estou ressentido. A hora em que o deputado quiser conversar, conversaremos, desde que seja uma conversa consistente. Esse papo de ‘meu querido, eu te adoro, eu te amo’ não mais tenho tempo e nem idade. Para uma conversa consistente sobre a reestruturação da identidade do partido, os novos encaminhamentos, estou disposto, a hora em que for preciso.

Goleiro tetracampeão Taffarel também estará no futebol solidário, em São Ludgero

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São Ludgero

Além de craques como Viola, Vampeta, Ricardo Rocha, Mauro Galvão, Márcio Santos, Valdomiro e Silas, o Futebol Solidário, que será realizado no próximo dia 28 em São Ludgero, terá a presença do goleiro Taffarel.
O tetracampeão mundial jogou pelo Internacional, Parma, Reggiana, Atlético Mineiro e Galastasaray. Ele foi o jogador com o maior números de partidas disputadas pela seleção brasileira, com 101 aparições.

O jogo será realizado no estádio Reinaldão e os ingressos do primeiro lote custam R$ 15,00. Estão à venda na Thahel Esportes, na Eletrocel, em São Ludgero; na panificadora Kuerten, em Braço do Norte; em Orleans, em A Musical e Ponto do Esporte e; em Criciúma, no Castelo Esportes, A Musical e São Paulo Magazine.

Rio está 3,5 metros acima do nível

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Zahyra Mattar
Tubarão

Mesmo com tantas informações precisas, o tubaronense vê o nível do rio subir e inevitavelmente preocupa-se com possíveis inundações. A previsão, conforme o setor de clima e previsão do tempo da Epagri/Ciran, é que a chuva continue pelo menos até amanhã. Ainda que de fraca intensidade, devido à circulação marítima, o acumulado de um mês bastante chuvoso, como foi outubro, coloca o estado mais um vez em alerta. “O solo ainda está muito saturado. Está no limite. Há previsão de alagamentos e deslizamento de terra. Ainda que a chuva seja fraca, devido ao acumulado até o momento, estamos em alerta”, informa o meteorologista Marcelo Martins.

E o dia será de alerta vermelho em Tubarão. “A preocupação é sempre com a chuva que cai nos rios Santa Luzia e Laranjeiras, nas proximidades de Lauro Müller. Eles desembocam no Tubarão e podem fazer o nível aumentar. Mas o monitoramento é feito quase de hora em hora. Está tudo sob controle”, garante o engenheiro da Defesa Civil de Tubarão, Caíto dos Santos.

O aumento do volume de água, quando ocorre até três metros e meio, não gera problemas. A partir daí, até quatro metros, é sinal de alerta. De quatro metros e meio até cinco metros, já há pontos alagados. Acima disso, enchente nas áreas mais baixas. Para facilitar o entendimento, o próprio engenheiro dá um exemplo: “Digamos que está quatro metros acima e em Lauro Müller chove uma lâmina de meio metro. Esta água demora cerca de três horas para chegar na ponte do Morrotes. É este tempo que temos para agir e remover as pessoas que vivem em áreas de risco. Mas, neste momento, a situação não passa nem perto disso”, reforça. O mais preocupante é a continuidade da chuva. “Precisamos de pelo menos mais 12 horas de chuva para ocorrer qualquer problema. Pelo nosso monitoramento, isto não ocorrerá”, tranquiliza.

Chuva atrapalha o andamento das obras

Amanda Menger
Tubarão

Conferir a previsão do tempo virou uma das ‘atividades’ do secretário de obras da prefeitura de Tubarão, Anselmo de Bona Melo. E não é à toa. Com as frequentes chuvas ocorridas em setembro, outubro e neste início de mês, os trabalhos da secretaria foram prejudicados.

“Não temos como trabalhar com o solo molhado. É perda de tempo e de dinheiro. Só temos feito a manutenção das ruas de chão batido e há 550 quilômetros deste tipo de via na cidade, tanto na área urbana quanto rural. Temos patrolado uma rua em um dia e no outro a chuva estraga tudo, lá vamos nós novamente passar a máquina, senão as pessoas não conseguem se movimentar”, explica o secretário.

Entre os trabalhos que foram suspensos, está o de drenagem, pavimentação asfáltica e calçamento com lajotas. Para Anselmo, mesmo com estes percalços, o cronograma estabelecido pela prefeitura não está comprometido. “Das praticamente 50 ruas do pacote de pavimentação, já concluímos em torno de 90% das obras. A que poderia ter andado um pouco mais se não fosse a chuva é extensão da Pedro Zapellini, em Oficinas”, avalia.

Alguns pontos ainda são considerados críticos. “As encostas de morro sempre são um problema. Ainda mais quando as ruas são de chão batido. Há diversos casos assim no Fábio Silva, Cruzeiro, Congonhas e Madre”, exemplifica.
O secretário observa que as obras melhoraram as condições de tráfego na cidade. “Com as pavimentações, é preciso fazer um trabalho de drenagem, colocação de rede de água e isso resolve aos poucos o problema de alagamento das ruas. Antes, a situação de Tubarão era bem pior”, ressalva Anselmo.

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