sexta-feira, 2 agosto , 2024
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“Tentaram me prejudicar e se reverteu contra eles”

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Tatiana Dornelles
Tubarão

Notisul – Você foi eleito pela quinta vez consecutiva. O que tem a dizer sobre isso?
Maurício da Silva
– Agradeço o povo de Tubarão por me conceder por cinco vezes consecutivas, pelo voto direto e secreto, a possibilidade de representar a câmara de vereadores.

Notisul – Como avalia este resultado nas urnas?
Maurício
– Tive que travar uma briga interna dentro do PMDB por discordar com uma série de encaminhamentos, que vieram lá de trás, quando queria que o partido fizesse um consenso para disputar o diretório mas teve uma turma que quis bater chapa. Depois, preguei que o PMDB fosse para a campanha com chapa pura, auxiliado por outros partidos, porque era a única forma de unir o PMDB, rachado devido à convenção. Não foi aceito. Aí, teve outro ato: exonerar o pessoal da educação para me atingir. Isto, inclusive, virou-se contra a própria candidatura à majoritária. E lançou um descrédito dentro do PMDB.

Notisul – Que descrédito?
Maurício
– Houve ataques aos companheiros de partido. As pessoas tiradas da gerência de educação já vêm desde o governo de Pedro Ivo, Paulo Afonso e agora Luiz Henrique, ou seja, são militantes da educação. Comprometidos. E tem outro fator: estas pessoas fazem parte do diretório. E, evidente, lançou desconfiança diante da sociedade por alguns do partido terem atacado um setor tão prioritário. Isso foi ruim sob todos os aspectos.

Notisul – E o resultado da disputa para prefeito? O racha do PMDB influenciou?
Maurício
– Bastante. Houve o descontentamento de partidários que não queriam que o pessoal da educação saísse. Na verdade, a educação é um dos setores de maior visibilidade do governo de Luiz Henrique, porque na área da cultura e do entretenimento espera-se pela arena multiuso, que não acontece. Na segurança, essa espera pelo presídio é uma novela interminável. No setor viário, aguarda-se o término da estrada do Camacho. Então, a área mais visível é a educação por dois motivos: 1º) pelas excelentes escolas construídas; 2º) pelo nível de aprendizagem. Isso causou desconforto dentro do próprio partido e junto à população. Foi o fator principal que levou à derrota da chapa à majoritária. Mas teve outro: a coligação. Uma parte do PMDB pregava chapa pura, com apoio de outros partidos, para sair unido. E se fez uma coligação tão infeliz que desagradou parte do PMDB e rachou o DEM. Saímos ‘capengas’ com a coligação. A soma destes fatores e a presença da TV fizeram com que tivéssemos um desempenho ruim para a majoritária. Na proporcional, para vereador, subimos de três para quatro.

Notisul – A televisão influenciou em que aspecto?
Maurício
– Infelizmente, o nosso candidato não teve um desempenho à altura daquilo que se esperava para uma cidade pólo da região, universitária, comercial, com uma série de desafios pela frente com a duplicação da BR-101 e com o aeroporto regional. Nos debates e no programa televisivo, isso não apareceu. Quando fui presidente do partido, convidei cabeças privilegiadas da cidade para fazermos um projeto de futuro para Tubarão. De cada setor importante, foi alguém dar as orientações. Queríamos nos apresentar ao eleitor com um diagnóstico claro de cada setor da cidade e com as possíveis soluções. Se o candidato chegasse na frente da TV com estes estudos, o desempenho seria outro, pois ganharia credibilidade.

Notisul – Quanto aos concorrentes à majoriária, se o PMDB tivesse saído com chapa pura, as chances seriam maiores de vencer?
Maurício
– Bem maiores, pois haveria a reaglutinação do partido. O PMDB ficou rachado na convenção. Quando unido, o PMDB é muito forte. Por isso se pregava chapa pura com apoio de outros partidos, como ocorreu em Capivari de Baixo, Grão-Pará. Paulo Afonso e José Hülse ganharam o governo do estado com chapa pura, mas não estavam sozinhos. Luiz Henrique e Eduardo Moreira, no primeiro governo, também. Se repetíssemos a fórmula aqui em Tubarão, o resultado poderia ser outro.

Notisul – Quanto às verbas de campanha? O PMDB arrecadou pouco perto da outra coligação.
Maurício
– Ninguém aposta em cavalo que não vai chegar lá. Se o candidato não aparece bem nas pesquisas, ninguém vai ‘botar’ dinheiro ali. Doação é uma espécie de aposta. Ninguém quer perder. Se estivesse confirmada, ao longo da campanha, aquela primeira pesquisa (realizada pelo Notisul) em que Genésio (Goulart) aparecia com 60%, a arrecadação seria outra. O partido ficou naquela de ‘já ganhou’. Foi uma espécie de relaxamento, acomodação.

Notisul – O PMDB já teve esse sentimento de ‘já ganhou’ em outros pleitos e, nas urnas, perdeu…
Maurício
– Mas tem um diferencial. Na última campanha, com Amilton (Lemos), não vencemos. Mas perdemos juntos. Todos os candidatos a vereadores pediam voto a Amilton. O partido estava engajado. A candidatura de Amilton só não foi vitoriosa porque foi improvisada. Tivemos que arranjar praticamente na véspera da campanha. Porque quem ficou o tempo todo dizendo que ia ser candidato não foi ele. A nossa vice, a Vitemária (Bez), foi registrada nas últimas horas. Se estas candidaturas fossem preparadas com tempo, poderia ter sido outro resultado nas urnas.

Notisul – O clima de ‘já ganhou’ também ocorreu na eleição em que Genésio concorreu com Stüpp, em 2000.
Maurício
– Ocorreu também. Era uma expectativa de que ganharia fácil. Isso fez com que muitas pessoas, em vez de trabalhar, fossem festejar. Quando as urnas foram abertas, o resultado não era o esperado.

Notisul – Agora que ‘baixou a poeira’, como você analisa o afastamento da gerente de educação (Maria de Lourdes Bitencourt) e pessoas ligadas diretamente a você?
Maurício
– Eleitoralmente, não perdi nada. O resultado foi contrário. Aumentei o número de votos, inclusive, no setor de educação. Mas perderam o candidato a prefeito, o partido, a cidade e o governo (estadual). As trocas se deram não por uma questão técnica ou de administração, mas por vingança política. E a educação é um bem muito importante da população para servir a negociadas, trocas, vinganças ou coisas menores.

Notisul – Ouvia-se pessoas do próprio partido dizerem, por exemplo, que votariam em você, mas não em Genésio. Isso foi algo comum?
Maurício
– Com certeza. E uma das razões foi justamente o que ocorreu na educação. Eles sempre desenvolveram o raciocínio equivocado. Sempre disseram: ‘Maurício se elege porque obriga os professores a votarem nele’. Isso é uma idiotice incomensurável. Por quê? Porque 99,9% dos professores são concursados, não devem satisfação para ninguém. Em segundo lugar, é uma classe esclarecida. Muitas pessoas da educação que não votavam em mim vieram para minha campanha. Passaram a pedir voto para mim, mas não votavam em Genésio. Pela primeira vez, os candidatos a vereadores do partido fizeram mais votos do que o candidato a prefeito. Votaram nos vereadores do PMDB, mas descarregaram no Olávio Falchetti (PT).

Notisul – Por isso o crescimento do PT nestas eleições…
Maurício
– Parte significativa de Falchetti se deu por votos de peemedebistas que não quiseram votar na nossa chapa majoritária. Diziam abertamente: ‘Voto no Maurício, mas vou votar no Olávio Falchetti’.

Notisul – Como você avalia a imagem de Genésio hoje?
Maurício
– Ele tem a sua liderança, tem seu serviço prestado, mas deve avaliar esta possibilidade de não se desgastar de dois em dois anos participando de eleições. Ele deveria estar preocupado em criar novas lideranças até para dividir as responsabilidades com outras pessoas, não só do município como também da região. Na medida em que ele é candidato a tudo, fica sobrecarregado, não dá todas as respostas e desgasta-se.

Notisul – Como está o seu relacionamento com Genésio?
Maurício
– Da minha parte, não tenho raiva, mágoa de ninguém. Costumo agradecer aqueles que me atacaram porque me deram a oportunidade de mostrar o quanto sou forte. Foi uma eleição em que me criaram vários problemas. Quem trabalhou comigo foi hostilizado. Na véspera do dia do pleito, pagaram pessoas para ficarem nos locais de urna dizendo que o ‘professor Maurício estava preso e não adiantava votar nele’. Criaram situações para tentar me prejudicar. E todas se reverteram contra eles. Quanto mais atacaram, mais mostramos o quanto nosso grupo é sólido. Não estou ressentido. A hora em que o deputado quiser conversar, conversaremos, desde que seja uma conversa consistente. Esse papo de ‘meu querido, eu te adoro, eu te amo’ não mais tenho tempo e nem idade. Para uma conversa consistente sobre a reestruturação da identidade do partido, os novos encaminhamentos, estou disposto, a hora em que for preciso.

Atlético Tubarão: Para dirigente, dá para competir com qualquer outro time

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Marco Antonio Mendes
Tubarão

As duas consecutivas derrotas do Atlético Tubarão na Copa Santa Catarina têm apenas uma justificativa para o diretor de futebol do clube, Robertinho Rodrigues: falta de planejamento.

O desempenho do time na competição até já era esperado, uma vez que a preparação iniciou menos de uma semana antes da estréia. “Quando não temos tempo para planejar algo, isto está mais propício a não dar certo”, avalia. Robertinho, porém, ressalta a qualidade do grupo, o que já foi possível perceber no segundo tempo do jogo contra o Joinville, quarta-feira à noite. O dirigente tem a certeza que, com um pouco mais de tempo, será possível perceber mudanças significativas.

“O Atlético Tubarão terá capacidade de competir com qualquer outra equipe catarinense”, almeja.
“Estamos ensaiando para o Estadual. É como se estivéssemos nos preparando ao nosso foco principal”, diz o dirigente, que também afirma não estar arrependido de colocar o time em campo após o convite “forçado” da Federação Catarinense de Futebol.

A parceria com o Clube de Futebol Zico (CFZ), que veio para, de certa forma, salvar o time, ainda segue sem confirmação se continua após o mini-campeonato ou se termina antes, porque, para Robertinho, é impossível apenas duas pessoas fazerem o time, no caso ele e o presidente Pedro Almeida.
“Até agora, ninguém veio nos apoiar. Temos que correr atrás de tudo. Precisamos de empresários que nos ajudem e que invistam em nosso futebol. Se não for assim, ficaremos neste amadorismo para sempre”, reclama.

Ibama libera licença ambiental da SC-439

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Amanda Menger
Tubarão

A integração turística do litoral sul e da serra catarinense ganhou um novo ‘empurrãozinho’ esta semana. O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) concedeu a licença ambiental que faltava para começarem as obras de pavimentação asfáltica do primeiro trecho da SC-439, que ligará Urubici a Grão-Pará.

A SC-439 começa em Braço do Norte e no primeiro trecho até Grão-Pará a rodovia está asfaltada. Porém, nos 54 quilômetros de Grão-Pará, passando pela Serra do Corvo Branco até Urubici, a estrada é de chão batido. A pavimentação já tem projeto e foi divida em três lotes. A primeira fase, de Urubici à serra, orçada em R$ 29 milhões, poderá iniciar em breve.

“Este trecho de 20 quilômetros já foi licitado e tem uma vencedora. O governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB) esperava apenas a decisão do Ibama para assinar a ordem de serviço. Esta obra pertence à SDR de Lages, mas acompanhamos porque temos interesse. Acredito que em mais 15 dias o governador assina a ordem e a obra começa”, afirma o secretário de desenvolvimento regional em Braço do Norte, Gelson Padilha.

A expectativa é que a segunda fase seja licitada e comece ainda no próximo ano. “Este lote é o da Serra do Corvo Branco propriamente dito. E acreditamos que esse trecho seja licitado em 2009 durante a execução da primeira parte”, revela Padilha.
Já a terceira fase, da Serra até Grão-Pará, poderá ser licitada em 2010. “Esta é a previsão, já que há um compromisso do governador de iniciar esta última parte ainda no seu mandato. Estamos confiantes”, relata o secretário.

BID 5
A segunda e terceira etapas da SC-439 já têm projetos, porém ainda não existem estimativas de custos. Estas obras poderão contar com os recursos do financiamento que o governo do estado espera firmar com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Os deputados estaduais aprovaram o convênio e agora o assunto está em discussão na comissão de assuntos econômicos do senado, por se tratar de financiamento internacional.

Laguna tem queda na arrecadação de impostos

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Amanda Menger
Laguna

A arrecadação de impostos é fundamental para a ‘sobrevivência’ dos municípios. Em alguns, a principal renda é o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU); em outros, é o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS); em outros, ainda é o Fundo de Partição dos Municípios (FPM). Em Laguna, a maioria destas fontes teve reduções.

“Nós tivemos uma queda brusca entre os meses de julho e outubro. No comparativo entre um mês e outro, a arrecadação do FPM caiu R$ 107 mil. Não conseguimos ainda saber quanto era para termos recebido e o quanto efetivamente recebemos”, afirma o secretário de administração Nauro Pinho.
Entre as consequências do ‘tombo’ na arrecadação, está a dispensa dos servidores comissionados. “Tivemos que cortar inclusive no quadro de pessoal, por isso, antecipamos a exoneração dos comissionados”, explica.

No caso do IPTU, a prefeitura lançou R$ 6 milhões, porém, arrecadou apenas 44% do valor: R$ 2,640 milhões. “Temos um problema sério de inadimplência do IPTU em Laguna. Chega a ser cultural. A média fica em torno de 50%”, revela.
O orçamento deste ano foi projetado em R$ 40 milhões, entretanto, a arrecadação deve chegar a R$ 28 milhões. “Queríamos vender alguns terrenos do município, o que garantia um recurso de R$ 10 milhões, porém, não foi possível, e o IPTU ficou uns R$ 2 milhões abaixo do que projetamos”, lamenta Nauro.

Outra fonte que ‘secou’ foi o ISS proveniente das obras federais. “A duplicação da BR-101 no nosso trecho está andando muito devagar, com isso, o município não arrecada o que poderia. Com a obra do porto, a mesma coisa. Esperamos que a situação melhore quando começar a construção da ponte de Cabeçudas. Laguna deverá receber de ISS cerca de 5% do total da obra, estimada em R$ 250 milhões”, adianta o secretário.

Repasses
Fundo de Participação dos Municípios (FPM):

Mês Valor
Junho 810.925,78
Julho 734.600,00
Agosto 897.297,00
Setembro 790.203,18
Outubro 751.546,29

Sabe o que os astros guardam para você hoje?

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Áries (21/03 a 19/04)
Lua cheia representando o auge de energias de conscientização e transformação, principalmente em relação às emoções e à intimidade. Renascimento pessoal.

Touro (20/04 a 20/05)
Ápice de situações que envolvem os relacionamentos. Momento em que você se conscientiza das energias emocionais, psicológicas e espirituais que regem o seu contato com as pessoas.

Gêmeos (21/05 a 21/06)
Saúde e trabalho são temas nos quais há um esclarecimento de situações, com a percepção do que não está bem e necessita ser modificado. Assim também com as emoções, a vivência da sexualidade e os recursos que compartilha.

Câncer (22/06 a 22/07)
A fase lunar cheia simboliza intensas energias emocionais. Momento de auge das situações afetivas, da expressão da sexualidade, dos instintos, da criatividade e da vocação.

Leão (23/07 a 22/08)
A Lua cheia representa a conscientização dos sentimentos, desejos, questões familiares e relativas à intimidade e privacidade. A alma leonina ilumina os porões escuros, trazendo luz ao que antes era inconsciente.

Virgem (23/08 a 22/09)
Você percebe coisas que antes não conseguia ver e que mostram a força de certas emoções e pensamentos. Isso promove o poder de transformação na relação com as pessoas e com o meio em que vive. O poder está na mente e no coração.

Libra (23/09 a 22/10)
Auge de situações emocionais e financeiras, libriano. Percepção das energias psicológicas e emocionais envolvendo o dinheiro, o uso dos recursos e a expressão dos dons e talentos. Mudam os seus valores e isso deve ser saudado como fator de evolução.

Escorpião (23/10 a 21/11)
A Lua se torna cheia, nesta lunação que pertence ao signo de Escorpião. Símbolo das poderosas novas energias emocionais, psíquicas e espirituais com as quais você se identifica.

Sagitário (22/11 a 21/12)
Você está encerrando um ciclo e até que faça aniversário vivencia este período de finalização. Dá-se conta das emoções e das mudanças que necessita efetuar. É uma fase de términos, de renovação, de preparo para as novas sementes que irá cultivar.

Capricórnio (22/12 a 19/01)
Forte estímulo às questões que envolvem amizades, grupos, instituições, planos para o futuro e percepção das energias emocionais. Poder na atuação com outras pessoas em prol de objetivos comuns.

Aquário (20/01 a 18/02)
A fase lunar cheia sinaliza um momento em que as questões emocionais, financeiras e profissionais chegam ao ápice. Torna-se esclarecido o que é preciso transformar.

Peixes (19/02 a 20/03)
Emoções, conhecimentos e crenças são alguns dos aspectos enfatizado. Momento em que você redefine sua ligação com a divindade, no que acredita, na força dos pensamentos e emoções e na transformação das situações.

De uma leitora: “Fabio, qual a tua opinião sobre pornografia?”

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Arte é cultura e cultura é produção humana. Mas nem tudo o que o ser humano produz é arte. Corrupção é produção humana, mas não é arte. A ética refere-se ao bom (comportamento) e a estética refere-se ao belo. A cultura precisa ser estética (bela) e ética para ser arte. Claro que temos noções diferentes sobre o que seja belo ou feio, mas alguns critérios devem ser considerados. Afirmar “tudo é arte” é banal, falso, descabido. Há concursos de cinema, literatura, pintura porque há critérios para se definir uma produção humana (cultura) como arte, e boa arte, de qualidade.

Razões comerciais fazem de uma produção uma não-arte, porque regida pela quantidade e não pela qualidade. Isso vale para pornografia e erotismo. Produções (revistas, filmes) caracterizadas pelo erotismo e pela pornografia são produções para o consumo, distantes dos objetivos típicos das produções realmente artísticas. Mas não é somente a exacerbação do aspecto comercial que afasta o erotismo e a pornografia da possibilidade de reconhecimento como arte. A pornografia oscila entre o grotesco e o aberrante.

Talvez exista o que alguns chamam de nu artístico (esculturas e pinturas), mas não se pode igualar a produção artística de grandes escultores e pintores ao erotismo comercial e à grotesca (e comercial) pornografia. O sexo explícito de filmes e revistas não é sexo “selvagem”, pois a lei da selva é mais lógica e, às vezes, até mais “humana” que a dos seres humanos. Haveria arte na colisão frenética de genitálias? Critico tais produções contrárias à estética e à ética (erotismo e pornografia) porque sou a favor do sexo e da sua beleza ética e estética. O sexo bom e belo, criado por Deus, é desprestigiado radicalmente por tais aberrações visuais.

Há uma ética e estética do sexo que precisa ser preservada tanto dos ataques dos puritanos rigoristas (um extremo) quanto dos ataques dos falsos profetas do sexo “livre” de vitrine (outro extremo). Sexo bom e belo é o praticado por pessoas responsáveis, compromissadas, que se amam, e não o sexo de vitrine das imagens grotescas produzidas para fins comerciais, que perderão consumidores quando a sociedade trocar a centralidade do sexo pela centralidade do amor. Sexo bom e belo é o praticado por amor, com respeito e delicadeza recíproca, entre um homem e uma mulher, casados, e num ambiente apropriado (não é atividade pública, de vitrine).

Jovens enamorados preparam-se para o casamento praticando intensamente o amor, mas transferindo as relações sexuais para o contexto sociológico da oficialização (religiosa e/ou jurídica) dos seus compromissos. O amor cria vínculos explícitos de responsabilidade pessoal e social (família). Grotesca não é a boa ética sexual cristã, mas o troca-troca insano, que conta com o suporte desequilibrado de falsas teorias que prometem felicidade e libertação, e produzem infelicidade e frustração. Para a ética cristã, os casais relacionam-se sexualmente por amor (união entre eles) e abertos aos filhos.

Quando, por razões de responsabilidade, decidem não ter mais filhos, continuam relacionando-se sexualmente (união conjugal), utilizando um método responsável de regulação da natalidade. A igreja católica recomenda o uso de métodos naturais. Aos casais com dificuldades biológicas, psicológicas, filosóficas e/ou sociológicas com os métodos naturais, resta (minha opinião) a possibilidade do uso do preservativo como método melhor que os farmacológicos (pílulas) e irreversíveis (vasectomia e laqueadura). Sou do parecer que o uso do preservativo é ético em tal situação.

No caso dos jovens ainda não casados, mais seguro é o amor sem sexo (por enquanto). Todavia, quando não conseguissem esperar, o uso do preservativo ajudaria a diminuir o risco de óbvios problemas maiores. Tratar-se-ia do recurso moral tradicional do mal menor. Será que há mesmo segurança na moral do sexo de consumo: “Transe sempre, em qualquer idade, e com qualquer um, mas use a camisinha”? Isso seria “sexo seguro”? Não é seguro nem humano. A verdadeira liberdade não é fácil, exige disciplina, responsabilidade, mas é uma conquista prazerosa.

Santa Rosa de Lima: Funcionários ainda não receberam salário

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Santa Rosa de Lima

Os ânimos exaltaram-se na reunião da câmara de vereadores de Santa Rosa de Lima esta semana. Boa parcela de funcionários públicos municipais compareceram como forma de pressionar os edis a aprovarem o projeto de lei nº 24, que autoriza abertura de crédito suplementar de R$ 485 mil. Em jogo, estão os salários de outubro, novembro, dezembro e o 13º.

O projeto entrou em pauta dia 30 de setembro e foi encaminhado a uma comissão, responsável por sua avaliação. Após 41 dias, não foi emitido parecer a respeito e uma emenda substitutiva, de R$ 220 mil, foi apresentada pelo vereador Claudiomir Mendes (PMDB).
Segundo a emenda, então aprovada por seis votos a dois terça-feira, este valor seria para pagar a folha com os encargos trabalhistas de outubro e um financiamento contraído pela aquisição de caminhões para a secretaria de obras.

O que revolta os funcionários é que o salário de outubro está atrasado há quase 15 dias e a não aprovação do projeto atrasará mais ainda. “Trabalhamos direitinho e queremos receber direitinho também. Temos compromisso com farmácia, mercado, enfim, contas para pagar”, desabafa o funcionário público Loreci Medeiros. “Agora, atrasará também nos próximos meses, inclusive o pagamento do 13º salário”.

Segundo o vereador Nivaldo Vandresen (PP), a suplementação é uma forma legal de repassar o valor de uma secretaria para outra. “A prefeitura tem dinheiro para pagar os funcionários e outras despesas, mas através de decreto não é possível tirar de uma secretaria e passar para outra. Para isso é necessária a suplementação. Isso é comum em uma administração”, explica.

O presidente da câmara, Rodinei Pacheco, diz que faltou informação do executivo para o legislativo sobre o projeto de lei. “Alguém da contabilidade deveria ter esclarecido o projeto aos vereadores. A meu ver, o prefeito repassou um orçamento incompleto, para não dizer mal feito”, declara.
De acordo com Nivaldo, não foi oficializado um pedido para este esclarecimento e, se houvesse dúvida, o presidente da casa deveria ter solicitado assessoria imediata e não ter arrastado o prazo por tanto tempo, prejudicando os trabalhadores.

Hoje
Uma sessão extraordinária foi marcada para hoje à noite, onde se espera que seja aprovado o projeto com a emenda substitutiva. Se aprovada, o salário de outubro deve sair na próxima semana. Para os outros meses, não há previsão de data para pagamento.

Homicídio no Vale: Suspeita de assassinar pedreiro é presa

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Wagner da Silva
Braço do Norte

Mais um crime na região pode ter sido esclarecido. Através de intensas investigações realizadas pela Polícia Civil de Braço do Norte, o delegado do município, Alessandro de Souza Isoppo, cumpriu mandado de prisão e prendeu a principal suspeita do assassinato do pedreiro Sedenir da Rosa Alves. A ação foi realizada por volta de 17h30min de terça-feira, em Curitiba.

O crime ocorreu em São Ludgero, no dia 23 de agosto de 2007. Sedenir supostamente tinha um relacionamento com a acusada. Ele foi encontrado enforcado, amarrado à cama, na quitinete onde ele morava. Vizinhos informaram que, na madrugada do crime, dois homens e uma mulher em um Gol estiveram no apartamento e levaram vários pertences. Baianinha (a acusada) estava foragida desde a data do crime.

Ela chegou em Braço do Norte na tarde de ontem. O delegado informou que o depoimento da suspeita ocorreu ontem à tarde. No caminho de Curitiba a Tubarão – ela foi encaminhada ao Presídio Regional de Tubarão e depois levada a Braço do Norte -, o delegado Alessandro (que foi até o Paraná buscá-la) perguntou se ela era a pessoa com quem Sedenir aparecia abraçado em uma foto.

Em um primeiro momento, ela negou, mas depois acabou confessando que era em companhia da vítima.
O delegado também investiga o envolvimento de Baianinha no desaparecimento de Neno da Rosa de Oliveira. Ele foi visto pela última vez em 27 de junho 2007 em sua companhia. Ele teria fugido com ela após o assassinato e levado R$ 5 mil.

“Tentaram me prejudicar e se reverteu contra eles”

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Tatiana Dornelles
Tubarão

Notisul – Você foi eleito pela quinta vez consecutiva. O que tem a dizer sobre isso?
Maurício da Silva
– Agradeço o povo de Tubarão por me conceder por cinco vezes consecutivas, pelo voto direto e secreto, a possibilidade de representar a câmara de vereadores.

Notisul – Como avalia este resultado nas urnas?
Maurício
– Tive que travar uma briga interna dentro do PMDB por discordar com uma série de encaminhamentos, que vieram lá de trás, quando queria que o partido fizesse um consenso para disputar o diretório mas teve uma turma que quis bater chapa. Depois, preguei que o PMDB fosse para a campanha com chapa pura, auxiliado por outros partidos, porque era a única forma de unir o PMDB, rachado devido à convenção. Não foi aceito. Aí, teve outro ato: exonerar o pessoal da educação para me atingir. Isto, inclusive, virou-se contra a própria candidatura à majoritária. E lançou um descrédito dentro do PMDB.

Notisul – Que descrédito?
Maurício
– Houve ataques aos companheiros de partido. As pessoas tiradas da gerência de educação já vêm desde o governo de Pedro Ivo, Paulo Afonso e agora Luiz Henrique, ou seja, são militantes da educação. Comprometidos. E tem outro fator: estas pessoas fazem parte do diretório. E, evidente, lançou desconfiança diante da sociedade por alguns do partido terem atacado um setor tão prioritário. Isso foi ruim sob todos os aspectos.

Notisul – E o resultado da disputa para prefeito? O racha do PMDB influenciou?
Maurício
– Bastante. Houve o descontentamento de partidários que não queriam que o pessoal da educação saísse. Na verdade, a educação é um dos setores de maior visibilidade do governo de Luiz Henrique, porque na área da cultura e do entretenimento espera-se pela arena multiuso, que não acontece. Na segurança, essa espera pelo presídio é uma novela interminável. No setor viário, aguarda-se o término da estrada do Camacho. Então, a área mais visível é a educação por dois motivos: 1º) pelas excelentes escolas construídas; 2º) pelo nível de aprendizagem. Isso causou desconforto dentro do próprio partido e junto à população. Foi o fator principal que levou à derrota da chapa à majoritária. Mas teve outro: a coligação. Uma parte do PMDB pregava chapa pura, com apoio de outros partidos, para sair unido. E se fez uma coligação tão infeliz que desagradou parte do PMDB e rachou o DEM. Saímos ‘capengas’ com a coligação. A soma destes fatores e a presença da TV fizeram com que tivéssemos um desempenho ruim para a majoritária. Na proporcional, para vereador, subimos de três para quatro.

Notisul – A televisão influenciou em que aspecto?
Maurício
– Infelizmente, o nosso candidato não teve um desempenho à altura daquilo que se esperava para uma cidade pólo da região, universitária, comercial, com uma série de desafios pela frente com a duplicação da BR-101 e com o aeroporto regional. Nos debates e no programa televisivo, isso não apareceu. Quando fui presidente do partido, convidei cabeças privilegiadas da cidade para fazermos um projeto de futuro para Tubarão. De cada setor importante, foi alguém dar as orientações. Queríamos nos apresentar ao eleitor com um diagnóstico claro de cada setor da cidade e com as possíveis soluções. Se o candidato chegasse na frente da TV com estes estudos, o desempenho seria outro, pois ganharia credibilidade.

Notisul – Quanto aos concorrentes à majoriária, se o PMDB tivesse saído com chapa pura, as chances seriam maiores de vencer?
Maurício
– Bem maiores, pois haveria a reaglutinação do partido. O PMDB ficou rachado na convenção. Quando unido, o PMDB é muito forte. Por isso se pregava chapa pura com apoio de outros partidos, como ocorreu em Capivari de Baixo, Grão-Pará. Paulo Afonso e José Hülse ganharam o governo do estado com chapa pura, mas não estavam sozinhos. Luiz Henrique e Eduardo Moreira, no primeiro governo, também. Se repetíssemos a fórmula aqui em Tubarão, o resultado poderia ser outro.

Notisul – Quanto às verbas de campanha? O PMDB arrecadou pouco perto da outra coligação.
Maurício
– Ninguém aposta em cavalo que não vai chegar lá. Se o candidato não aparece bem nas pesquisas, ninguém vai ‘botar’ dinheiro ali. Doação é uma espécie de aposta. Ninguém quer perder. Se estivesse confirmada, ao longo da campanha, aquela primeira pesquisa (realizada pelo Notisul) em que Genésio (Goulart) aparecia com 60%, a arrecadação seria outra. O partido ficou naquela de ‘já ganhou’. Foi uma espécie de relaxamento, acomodação.

Notisul – O PMDB já teve esse sentimento de ‘já ganhou’ em outros pleitos e, nas urnas, perdeu…
Maurício
– Mas tem um diferencial. Na última campanha, com Amilton (Lemos), não vencemos. Mas perdemos juntos. Todos os candidatos a vereadores pediam voto a Amilton. O partido estava engajado. A candidatura de Amilton só não foi vitoriosa porque foi improvisada. Tivemos que arranjar praticamente na véspera da campanha. Porque quem ficou o tempo todo dizendo que ia ser candidato não foi ele. A nossa vice, a Vitemária (Bez), foi registrada nas últimas horas. Se estas candidaturas fossem preparadas com tempo, poderia ter sido outro resultado nas urnas.

Notisul – O clima de ‘já ganhou’ também ocorreu na eleição em que Genésio concorreu com Stüpp, em 2000.
Maurício
– Ocorreu também. Era uma expectativa de que ganharia fácil. Isso fez com que muitas pessoas, em vez de trabalhar, fossem festejar. Quando as urnas foram abertas, o resultado não era o esperado.

Notisul – Agora que ‘baixou a poeira’, como você analisa o afastamento da gerente de educação (Maria de Lourdes Bitencourt) e pessoas ligadas diretamente a você?
Maurício
– Eleitoralmente, não perdi nada. O resultado foi contrário. Aumentei o número de votos, inclusive, no setor de educação. Mas perderam o candidato a prefeito, o partido, a cidade e o governo (estadual). As trocas se deram não por uma questão técnica ou de administração, mas por vingança política. E a educação é um bem muito importante da população para servir a negociadas, trocas, vinganças ou coisas menores.

Notisul – Ouvia-se pessoas do próprio partido dizerem, por exemplo, que votariam em você, mas não em Genésio. Isso foi algo comum?
Maurício
– Com certeza. E uma das razões foi justamente o que ocorreu na educação. Eles sempre desenvolveram o raciocínio equivocado. Sempre disseram: ‘Maurício se elege porque obriga os professores a votarem nele’. Isso é uma idiotice incomensurável. Por quê? Porque 99,9% dos professores são concursados, não devem satisfação para ninguém. Em segundo lugar, é uma classe esclarecida. Muitas pessoas da educação que não votavam em mim vieram para minha campanha. Passaram a pedir voto para mim, mas não votavam em Genésio. Pela primeira vez, os candidatos a vereadores do partido fizeram mais votos do que o candidato a prefeito. Votaram nos vereadores do PMDB, mas descarregaram no Olávio Falchetti (PT).

Notisul – Por isso o crescimento do PT nestas eleições…
Maurício
– Parte significativa de Falchetti se deu por votos de peemedebistas que não quiseram votar na nossa chapa majoritária. Diziam abertamente: ‘Voto no Maurício, mas vou votar no Olávio Falchetti’.

Notisul – Como você avalia a imagem de Genésio hoje?
Maurício
– Ele tem a sua liderança, tem seu serviço prestado, mas deve avaliar esta possibilidade de não se desgastar de dois em dois anos participando de eleições. Ele deveria estar preocupado em criar novas lideranças até para dividir as responsabilidades com outras pessoas, não só do município como também da região. Na medida em que ele é candidato a tudo, fica sobrecarregado, não dá todas as respostas e desgasta-se.

Notisul – Como está o seu relacionamento com Genésio?
Maurício
– Da minha parte, não tenho raiva, mágoa de ninguém. Costumo agradecer aqueles que me atacaram porque me deram a oportunidade de mostrar o quanto sou forte. Foi uma eleição em que me criaram vários problemas. Quem trabalhou comigo foi hostilizado. Na véspera do dia do pleito, pagaram pessoas para ficarem nos locais de urna dizendo que o ‘professor Maurício estava preso e não adiantava votar nele’. Criaram situações para tentar me prejudicar. E todas se reverteram contra eles. Quanto mais atacaram, mais mostramos o quanto nosso grupo é sólido. Não estou ressentido. A hora em que o deputado quiser conversar, conversaremos, desde que seja uma conversa consistente. Esse papo de ‘meu querido, eu te adoro, eu te amo’ não mais tenho tempo e nem idade. Para uma conversa consistente sobre a reestruturação da identidade do partido, os novos encaminhamentos, estou disposto, a hora em que for preciso.

Copa Santa Catarina: Atlético Tubarão perde em casa

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Marco Antonio Mendes
Tubarão

No primeiro jogo em casa pela Copa Santa Catarina, o Atlético Tubarão deixou escapar mais uma oportunidade de tentar a classificação para a final da competição. Mesmo com bom público para uma noite fria e chuvosa, o time do treinador Marcelo Cabo perdeu para o Joinville por 4 a 2.

As coisas não dependem apenas do Atlético se quiser ter alguma chance ainda. Na próxima rodada, terá que torcer por um empate entre Chapecoense e Joinville, domingo. Aliás, na próxima rodada, a primeira do returno, os tubaronenses folgarão e só voltam a jogar na terça-feira, às 18h15min, no estádio Domingos Gonzales, contra a Chapecoense. A partida seria na quarta-feira, mas foi antecipada para um dia antes por causa da transmissão ao vivo pelo SBT.

No confronto de ontem à noite, os dois primeiros gols saíram logo no início do primeiro tempo. Marcelinho Silva abriu o placar aos cinco minutos e Lima aumentou a diferença aos 12. O meia Thiago Coimbra deixou o jogo na metade do período inicial por conta de uma lesão.

Após os dois primeiros gols, o joinvilenses deram uma acalmada, mas assim mesmo demonstravam perigo. A reação do Atlético Tubarão veio aos 41 minutos, quando, no único chute a gol do primeiro tempo, Juninho marcou para os tubaronenses. Porém, dois minutos depois, a diferença, que havia diminuído, foi retomada. Em uma cobrança de escanteio, Carlinhos fez o terceiro para os visitantes.

No segundo tempo, equipe da casa muda o sistema
No período final do confronto, o Atlético Tubarão entrou bastante diferente em campo. O treinador Marcelo Cabo mudou o sistema tático de 3-5-2 para 4-4-2, o que fez com que os tubaronenses estivessem mais presentes no campo de ataque.
A mudança logo surgiu efeito e, aos 18 minutos, Rodriguinho fez o segundo a favor da camisa azul e branca. Ele estava próximo da linha de fundo, pela diagonal.

Depois da expulsão de Vitor Hugo, o Atlético, com um a menos, desestabilizou-se um pouco e deixou margem para o quarto gol do Joinville, aos 34 minutos, por Lima, mais uma vez.
No fim, o goleiro Vinicius saiu escoltado pelo técnico Marcelo Cabo, em uma partida em que grandes problemas se resumiram ao jogador.

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