sexta-feira, 2 agosto , 2024
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Canil municipal: Projeto de Itajaí poderá servir de exemplo

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Amanda Menger
Tubarão

A construção de um canil municipal em Tubarão não será apenas uma promessa de campanha. A garantia é do prefeito eleito Manoel Bertoncini (PSDB). Mesmo afastado para um tratamento de saúde (confira mais na página 3), Dr. Manoel já prepara os primeiros passos de seu governo. Um de seus assessores, Evaldo Tonelli, cuida deste projeto. “Visitei o canil mantido pela prefeitura de Itajaí e queremos fazer em Tubarão algo semelhante. Eles enviarão nos próximos dias um projeto de engenharia e os valores gastos para a construção para termos uma base”, revela Evaldo.

O canil de Itajaí tem espaço para abrigar 300 cães, 38 gatos e 25 equinos. A área destinada aos animais pertence à prefeitura e fica afastada do centro da cidade. “Queremos também um local distante, sem vizinhos, para que as pessoas não fiquem incomodadas com os ruídos. A prefeitura tem um terreno nos fundos do cemitério Horto dos Ipês, vamos avaliar a possibilidade de fazer o canil lá”, reafirma o assessor.

Por dia, são consumidos 50 quilos de ração. Nove funcionários trabalham no canil e o custo mensal gira em torno de R$ 53 mil. “A nossa preocupação é este custo de manutenção. Porque talvez seja necessário um espaço para mais animais. Em Itajaí, já abrigaram mais cães, com o tempo diminuiu porque os animais doados foram castrados”, observa Evaldo.

A intenção é que o projeto, com estimativa de custos (para execução e manutenção) esteja concluído até o fim deste ano. “Vamos adiantar o que for possível. Depois, o projeto precisa seguir um trâmite burocrático, analisado pela secretaria de planejamento da prefeitura, além da licitação para contratar a empresa. O compromisso do Dr. Manoel é que nos primeiros meses de governo essa questão esteja resolvida”, assegura Evaldo.

Encontro
O grupo de voluntários do Movimenta-cão realiza hoje, às 19h30min, na sede da Amurel, o terceiro encontro. O objetivo da reunião é organizar os grupos de trabalho para pôr em prática as ações sugeridas nas outras assembléias.
Entre as atividades propostas, está a de cadastro/controle; mídia e divulgação; arrecadação/doações; distribuição e convênios.

Informações são tatuadas na orelha dos animais
O abandono de animais não é um problema isolado de Tubarão. Pelo contrário. Diversas cidades de Santa Catarina procuram uma solução. Em Itajaí, o canil abriga cães, gatos e cavalos. O modelo adotado lá poderá servir de exemplo para a Cidade Azul.

Um dos diferenciais do trabalho de Itajaí é a organização do espaço. “Os animais são divididos entre as espécies, machos e fêmeas, mas também entre filhotes e adultos, sendo que os adultos são pelo porte: pequeno, médio e grande. Já os cães agressivos, com comportamento instável, ficam em um outro espaço, para evitar brigas entre eles”, explica Evaldo Tonelli, assessor do prefeito eleito de Tubarão, Dr. Manoel Bertoncini.

Segundo Evaldo, não há um prazo para que os animais fiquem abrigados. “Em Itajaí, não há limite, mas há uma rotatividade porque eles são adotados. A maioria dos animais chega ao canil porque as pessoas ligam para lá pedindo para buscá-los, mas eles também tem um veículo utilizado como carrocinha”, afirma.
Os animais que chegam ficam em uma espécie de quarentena. Eles são isolados dos demais e passam por exames médicos e por um banho. Só então são encaminhados para uma das baias, seguindo critérios de comportamento e porte.

A esterilizarão ocorre quando os bichinhos são doados. “Isso evita que os custos sejam ainda maiores e que o animal passe por uma cirurgia às vezes sem necessidade. Os dados do animal e do novo dono são cadastradas em um sistema que gera uma espécie de código, que é ‘tatuado’ na orelha do animal. Assim é possível saber de quem era o animal que foi abandonado”, diz Evaldo.

O comércio e o Natal: Consumidor busca resgatar o crédito

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Zahyra Mattar
Tubarão

Em novembro do ano passado, o movimento no comércio de Tubarão já era grande. O bom momento da economia brasileira tornou o Natal de 2007 um dos melhores dos últimos anos. Agora, os lojistas lançam mão de promoções, decoram bem as vitrines e capricham no atendimento para reconquistar o cliente, um pouco retraído devido às últimas notícias da economia mundial, a tal crise.

Em Tubarão, ao contrário, a palavra crise não existe. O que vigora é um clima de boas expectativas para a melhor data ao comércio. “Este baixo fluxo de vendas neste mês, quando comparamos ao ano passado, não se deve, acredito, por conta de crise nenhuma. Não vimos isso. O grande vilão mesmo é o tempo. Isto prejudica muito o comerciante porque as pessoas gostam de esperar para ter certeza da compra”, avalia o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Tubarão, Walmor Jung Júnior.

De maneira preventiva, porém, o presidente analisa que este será o Natal do presente útil. “Prevemos um incremento de 15% a 20% no próximo mês. Os lojistas estão bem preparados, com bons estoques e de olho nas novidades. Outro ponto positivo é a busca, pelo consumidor, na recuperação do crédito. Muitos usarão o 13º salário para pagar o atrasado e passar o ano tranquilo”, argumenta.

A tendência é que os clientes evitem parcelamentos e que, por outro lado, os lojistas sejam mais criteriosos na concessão do crédito. Um reflexo disso é o crescimento no número de consultas ao SPC, no mês passado, frente aos dados do mesmo período do ano anterior.
No que diz respeito à abertura de vagas de trabalho temporárias, a estimativa é que também haja aumento em Tubarão. A CDL remete incremento de 25% a 30% a mais do que no Natal passado.

Sabe o que os astros guardam para você hoje

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Áries (21/03 a 19/04)
Valorize o que sente, nativo de Áries. A semana inicia sob uma configuração astrológica de sensibilidade e emoção. É o reino dos sentimentos, do invísivel, do essencial.

Touro (20/04 a 20/05)
Tentar manter tudo como sempre foi nos relacionamentos não é atitude sábia. Este é um momento único na evolução humana e compreende a percepção de que as transformações são necessárias.

Gêmeos (21/05 a 21/06)
O dia valoriza as questões profissionais e financeiras, bem como as emoções. Você percebe que seu tesouro maior são os sentimentos. Eles é que estimulam as transformações que são necessárias para que você se aprimore espiritualmente.

Câncer (22/06 a 22/07)
A Lua está em seu signo e o Sol em Escorpião, indicando um início de semana emotivo. Você percebe a força dos sentimentos. O ventre canceriano pulsa intensamente, tudo é vivido de forma profunda, transformadora e curativa.

Leão (23/07 a 22/08)
Fase de recolhimento e de acesso a emoções às quais você anteriormente não estava consciente. Promovem uma transformação interna, com reflexos na convivência doméstica, na família e na auto-imagem.

Virgem (23/08 a 22/09)
Deixe os sentimentos lhe nutrirem. Não fique buscando explicação racional, pois as emoções mostram tudo o que necessita saber. Uma mudança de pensamentos se faz necessária para que você evolua.

Libra (23/09 a 22/10)
Dia que enfatiza o trabalho e as finanças. Também os valores emocionais. Bom momento para perceber como a união de recursos pode gerar situações interessantes. Mas é preciso também praticar o desapego.

Escorpião (23/10 a 21/11)
O Sol continua em seu signo e a Lua está em Câncer, indicando um dia em que a intuição, a sensibilidade e a emoção são os fatores primordiais. Está sentindo tudo intensamente, promovendo transformações interiores.

Sagitário (22/11 a 21/12)
O medo deve ser combatido com a confiança de que tudo o que acontece tem um propósito espiritual. Não tenha receio de perder o controle das situações, pois é justamente no desconhecido e nas mudanças que reside a evolução.

Capricórnio (22/12 a 19/01)
A Lua percorre hoje o seu signo oposto, caracterizando um dia que estimula os relacionamentos, principalmente as relações familiares. Por meio das pessoas você é instigado a desenvolver a sensibilidade.

Aquário (20/01 a 18/02)
Emoções são o aspecto principal do momento e promovem mudanças. Dar-se conta do que antes era inconsciente é fundamental. Tende a haver transformações no comportamento.

Peixes (19/02 a 20/03)
Um astral sensível caracteriza este dia, interessante para contemplar, valorizar sentimentos, perceber mistérios e desenvolver a fé. Tudo o que sentimos, mas que muitas vezes não conseguimos explicar.

(In)Tolerância

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Atualmente, em que pesem a modernidade e a informação, qualquer excentricidade é motivo de polêmica. E um dos temas que gerariam debates ferrenhos entre as diversas classes sociais é a implantação de uma técnica muito utilizada na Europa e EUA, a chamada “castração química”, usada como ‘punição’ para crimes sexuais.

A técnica submete o paciente, que neste caso é aquele criminoso condenado por estupro, pedofilia ou outros do gênero, voluntariamente, a um tratamento em que os medicamentos usados irão inibir seus impulsos sexuais. Trata-se de um tratamento paliativo e com efeito momentâneo, ou seja, não é uma ‘cura’. A reversibilidade é possível com a não administração do tal medicamento.

A castração química afeta os hormônios, a libido, que é diminuída com as doses das drogas a ele ministradas.
Não modifica, porém, a personalidade do criminoso, que, apesar de ter seus impulsos sexuais abrandados, permanecerá com os mesmos desejos. Isto em virtude de que não há como se modificar a personalidade de maníacos sexuais, que na maioria das vezes são tratados como psicopatas.

Não podemos afirmar que tal tratamento irá extirpar da face da Terra tais pessoas (como é o desejo da maioria da população), muito menos que sessões de terapia em grupo, juntamente com calmantes, irão resolver o problema da violência sexual. Não.
Como já dito antes, não se trata de castigo, já que os medicamentos são fornecidos àqueles criminosos sexuais que, voluntariamente, procuram pelo mesmo. O que por si só gera, de certa forma, uma segurança. No entanto, não é o que pensam as vítimas desta violência.

Aqueles que sofrem abusos sexuais desejariam que este ‘tratamento’ fosse compulsório. É o que afirma Sara Payne, cuja filha Sarah foi assassinada pelo pedófilo Roy Whiting há sete anos, na Grã-Bretanha. Sara, em sua entrevista à rede internacional BBC, afirma que este programa implantado pelo governo baseia-se na honra do criminoso (ou seja, sua integridade sexual), mas que essas mesmas pessoas não respeitam a integridade física dos filhos das outras pessoas, molestando e até matando-os.

Por serem praticados na maioria das vezes contra crianças, tais crimes geram comoção e fazem surgir na população o sentimento de revolta pela impunidade e o de justiça com as próprias mãos, em função do outro.
No Brasil, tema já foi abordado pelo deputado Wigberto Tartuce (PPB-DF), que, com o Projeto de Lei 7.021, de 2002, propôs a modificação dos artigos que tratam de estupro e atentado violento ao pudor, que passariam a ter como pena a ‘castração através de recursos químicos’ em substituição à atual pena de prisão.

Em sua justificativa, o deputado afirmou “ser preciso que medidas drásticas entrem em ação eis que a população já não suporta mais viver em meio a tantas atrocidades”. Em seu entendimento, a melhor forma de atacar tais criminosos e frear essas barbáries seria tocar no brio, na integridade moral de um homem, diante da iminência de ser extirpado ou diminuído. Seria uma forma de coagi-lo, evitando assim que surjam novos casos de crimes sexuais, no melhor estilo de que ‘os fins justificam os meios’.

Câncer de pele: Projeto piloto inicia em São Ludgero

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Wagner da Silva
São Ludgero

O município de São Ludgero sai na frente e pode tornar-se referência no país em uma das áreas mais deficientes de qualquer administração pública: a saúde. O município será cede de um projeto piloto que consiste na implantação de uma ambulatório para casos de câncer de pele. A idéia surgiu na secretaria de saúde e promoção social da prefeitura, com o apoio da secretaria de desenvolvimento regional em Braço do Norte.
Para alinhavar a parceria, o projeto foi apresentado aos gerentes estaduais de saúde na região, pela gestora de projetos da secretaria municipal, Rosivete Coan Niehues.

“Queremos ser referência em saúde e com o auxílio dos parceiros podemos alcançar este objetivo. A partir deste projeto piloto, poderemos dar o próximo passo a outros já elaborados”, destaca Rosivete. Outro ponto que ela salienta é que a aprovação deste projeto implica na liberação de vários recursos estaduais e federais para a implementação deste e de outros programas.

Além de trabalhar a conscientização das pessoas, o projeto tem como objetivo detectar a doença entre a população e trabalhar a prevenção, com acompanhamento de especialistas na área. De todos os casos de câncer registrados no país, 25% é de pele. Destes, 94% dos casos ocorrem por exposição ao sol. “Nosso objetivo é enriquecer o banco de dados do município para poder rastrear as ocorrências de cada habitante. Desta forma, teremos subsídios para oferecer um diagnóstico rápido e um tratamento completo”, argumenta o pediatra e pós-graduando em dermatologia Odivan José Rabelo Varela.

Investimento em prevenção ganha parceria de voluntárias
Além de ser um problema de saúde, o câncer de pele acarreta a questão estética. Daí a importância de desenvolver o projeto em São Ludgero. O maior argumento está na grande quantidade de agricultores na cidade. A maioria deles passa praticamente toda a vida exposta ao sol forte, sem proteção adequada. “Estudando a origem étnica e a cultura agrícola de nossa região, vamos observar que a doença é facilmente detectada”, justifica a secretária de saúde da prefeitura de São Ludgero, Janete Felipe Pavanate.

Janete defende ainda que investir na prevenção sai mais barato para a população e para os gestores de saúde. “Por este motivo, trabalhamos para identificar rapidamente os casos”, enfatiza. O futuro ambulatório de câncer de pele funcionará na sede da Rede Feminina de Combate ao Câncer do município, e os atendimentos serão feito uma vez por semana, com consultas pré-agendadas.

As voluntárias da rede também dispensarão um tempo do trabalho para auxiliar na prevenção ao câncer de pele. “Trabalharemos em conjunto com outras áreas da saúde na luta contra o câncer”, destaca, empolgada, a presidenta da Rede Feminina de Combate ao Câncer de São Ludgero , Neli Weber Stang.

Assalto em Tubarão: Motociclistas roubam posto

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Maycon Vianna
Tubarão

“Passa o dinheiro, entrega tudo o que você tem aí no caixa. Não chama a polícia, senão eu te furo”. A ameaça de dois criminosos que assaltaram o posto de combustível Franzini, na rua Sílvio Búrigo, próximo à Feinvest, no bairro Monte Castelo, fez o frentista Roberto Chaves Trupper (foto), 17 anos, passar por momentos de sofrimento. O roubo ocorreu ontem, por volta das 10 horas.
No momento em que os bandidos chegaram em uma moto azul, Roberto estava sozinho no estabelecimento. “Um dos ladrões chegou a me dar um soco com o revólver (coronhada). Pediu para eu ficar quieto e, caso chamasse a polícia, eles me ameaçaram de morte”, relata o funcionário.

Os assaltantes pararam em frente à sala que dá acesso ao caixa e pediram todo o dinheiro. A ação não durou mais que cinco minutos. “Só tínhamos R$ 92,00 no posto. O gerente tinha acabado de sair com um malote com todo o dinheiro. Eles disseram que a quantidade era pouca, sabiam que poderia ter uma quantia maior de dinheiro”, detalha a vítima.

Não satisfeitos, os ladrões levaram também três maços de cigarro, comercializados no local. “Eles estavam de capacete, por isso, não deu para reconhecê-los. Cheguei a anotar a placa da moto e a polícia constatou que o veículo era roubado”, diz.
Os policiais do Pelotão de Patrulhamento Tático (PPT) da Polícia Militar de Tubarão fizeram sucessivas rondas na localidade, mas nada encontraram.
Roberto Chaves está em Tubarão há cerca de quatro anos. Ele é natural de Florianópolis. “Já fui assaltado três vezes na cidade. Os tubaronenses passam por apuros devido à falta de segurança. É lamentável”, desabafa.

Dr. Manoel fala pela 1ª vez que tem câncer

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Zahyra Mattar
Tubarão

Após três semanas em São Paulo, o prefeito eleito de Tubarão, Manoel Bertoncini (PSDB), passou rapidamente por Tubarão. Ele chegou na última sexta-feira e passou o fim de semana em casa, com a família. Hoje, ele segue para Florianópolis, onde fará alguns exames. Retornará da capital catarinense sábado e, na próxima semana, iniciará o tratamento de quimioterapia a fim de combater uma neoplasia maligna do pulmão (câncer no pulmão).

Em pouco mais de cinco minutos, Dr. Manoel falou pela primeira vez sobre a sua doença e esclareceu, sem muitos detalhes, como será o tratamento. A entrevista coletiva proferida às 19 horas, em sua casa, também serviu para tranquilizar a população a respeito da transição de governo.
O médico tubaronense disse que o seu problema de saúde é sério. “Tenho uma neoplasia no pulmão com lesão na coluna. O que mais preocupa é a coluna. Tanto que tive que iniciar o tratamento em São Paulo. O câncer no pulmão é muito pequeno”, explicou. Das três semanas em São Paulo, a primeira ele ficou internado no Hospital A. C. Camargo.

As outras duas foram dedicadas ao tratamento de radioterapia. Durante este período, ele e a esposa, a cardiologista Márcia Regina Pereira, ficaram hospedados em um apartamento alugado. “Esta parte do tratamento está concluída. Agora, vou encarar, como sempre fiz em minha vida, a quimio. Estou bem, me alimento direito, não sinto dor ou qualquer outro mal-estar. Uma boa parte disso deve-se ao povo de Tubarão. Acompanhei as orações, as notícias e os votos de melhoras”, agradeceu.

Ao todo, serão seis sessões de quimioterapia com intervalo de três semanas entre cada uma delas. O tratamento será iniciado na próxima semana e terminará na primeira quinzena de abril do próximo ano. As aplicações serão feitas em Tubarão, no Hospital Socimed. “Paralelamente a isso, vou buscar métodos alternativos, como a homeopatia, para ajudar o meu organismo a reagir. Este é apenas mais um desafio a ser vencido”, tranquiliza.

Correntes de orações
Ontem, quando anunciou estar com câncer, o prefeito eleito de Tubarão salientou diversas vezes a importância das orações e mensagens positivas que recebeu no tempo em que esteve fora da cidade, a tratamento. “Foram importantes e, com certeza, refletiram na minha rápida melhora. À minoria que acreditava no contrário… o que posso dizer é apenas que lamento”, alfinetou.

Quando começou
Durante a campanha, Dr. Manoel sentiu dores em uma das pernas. Depois da eleição, as dores estenderam-se também para a região de coluna e quadril. Até então, pensava-se que ele tinha obtido a lesão devido a um mau jeito ao sair de um carro, enquanto comemorava a vitória nas urnas. Semanas depois, o pré-diagnóstico apontou o tumor, o que foi confirmado em São Paulo.

“No dia 1º de janeiro, estarei lá para tomar posse”
Extremamente otimista, o prefeito eleito de Tubarão, Manoel Bertoncini (PSDB), também falou ontem a respeito da transição de governo. Existia um clima de dúvidas se o médico tubaronense poderia estar à frente das negociações com os partidos. Ontem, ele mesmo anunciou que sim. Antes da entrevista coletiva com a imprensa, Dr. Manoel reuniu-se com os presidentes de partidos e vereadores eleitos em outubro.

O encontro serviu para iniciar as diretrizes de troca do poder e também tranquilizar os companheiros. “Todos temos certeza que Manoel irá se recuperar muito bem, melhor que agora, até janeiro. Sei disso porque ele voltou a dar aquela gargalhada. E quando ele faz isso é porque está tudo bem. Acordamos que as conversas para a troca de poder seriam feitas em dezembro. Estamos dentro do prazo”, reforça o vice-prefeito eleito, Felippe Luiz Collaço (PP).
Pepê também explicou que Dr. Manoel é bastante descentralizador e pediu aos aliados que já comecem a pensar nos nomes que indicarão.

“No mais, ele pediu um pouco de paciência, porque iniciará as sessões de quimioterapia e isto poderá deixá-lo abatido”, ressaltou. Durante a coletiva, o prefeito eleito não detalhou a conversa com a base aliada, mas deu garantias de que está apto e pronto para exercer a função para a qual foi eleito, há pouco mais de um mês.

“Este é meu objetivo daqui para frente. Prometi total dedicação à cidade e cumprirei. Dia 1º de janeiro, estarei lá para ser empossado. Pode ser que eu tenha que me afastar uns dois dias por mês por conta dos efeitos colaterais da quimio, mas isso não atrapalhará a administração como um todo”, reafirmou Dr. Manoel.

“Você conhece o verbo pazear? Está no dicionário”

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Tatiana Dornelles
Tubarão

Notisul – Como embaixadora universal da paz, como você vê a violência hoje no Brasil?
Delasnieve
– É decorrência da falta de estrutura familiar, financeira, falta da vida religiosa, de respeito, dignidade, um salário decente com que as pessoas possam sustentar suas famílias, educá-las, vesti-las, transformá-las em cidadãs. E também o consumo exacerbado de drogas de todos os tipos, como químicas, álcool. Isso tem levado a violência ao extremo. Além da própria estruturação governamental, que não consegue transpor este problema. Estamos chegando em alguns estados da federação onde a violência se sobrepõe ao poder constituído, como é o caso do Rio de Janeiro. A estrutura do governo está falha. Alguma coisa tem que ser mudada na estrutura para que realmente possa se combater a violência no seu ponto de origem.

Notisul – O que é feito pela sociedade para mudar esse quadro? Ou as pessoas não estão fazendo?
Delasnieve
– Acredito que existam muitas pessoas fazendo muita coisa em todo o mundo. Aqui no Brasil, também. São focos isolados, mas em um momento vai ver como um rompante, como uma força, e vai sobrepujar toda essa violência. Na verdade, quando o homem conseguir resgatar a sua dignidade, quando pararmos de depender de salário, de ajuda do governo, quando se pagar um salário decente às pessoas, grande parte do problema vai parar de existir. Quando o homem puder, com o seu trabalho, conduzir a sua família e não mais depender de favores de um bolsa disso e uma bolsa daquilo, quando puder concorrer de igual para igual em nível de estudo, aí estaremos exercendo a cidadania com dignidade. Isso, sim, vai servir para diminuir a violência. Aplicar-se em estudo, em educação, nas creches. A criança tem que começar, desde cedo, a ter o melhor para que possa crescer. Além dos direitos, temos obrigações.

Notisul – Há também muita violência nas escolas. O que fazer para minimizar o problema?
Delasnieve
– A gente tem percebido muito isso. A violência na escola começa com uma violência que a gente nem percebe: quando o colega chama você de gorda, de magrela, de quatro-olhos. Porque criança tem essa “maldade” inconsciente. Precisamos fazer com que elas aprendam a conviver entre si. A respeitar os limites. O respeito que se deve ao professor, ao educador, ao colega, isso precisa voltar a ser ensinado nas escolas. O professor tem medo dos alunos, hoje em dia, em muitos casos e com razão. Você não sabe com quem está lidando. Mas é necessário que isso seja debatido e se volte a ter na escola a formação de cidadãos que vão gerir o país de amanhã.

Notisul – Como é o seu trabalho como embaixadora universal da paz?
Delasnieve
– O embaixador universal da paz é um título concedido a qualquer pessoa da sociedade que lute pela paz, pelo meio ambiente, pela solidariedade, pela humanidade. Qualquer cidadão que esteja trabalhando essas áreas. Coisas que digam respeito à humanidade, ao povo, ao ser humano. Fui indicada em 2005 e pertenço ao círculo de embaixadores da paz, entidade ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), cuja sede é em Genebra, na Suíça. Todos nós trabalhamos a paz como uma instituição, como algo a ser conquistado, como algo a ser plantado dia a dia. A paz começa em mim, em você, no vizinho, em quem está em nosso lado. E essa paz é a que temos que dividi-la, carregá-la e construí-la. Você conhece o verbo pazear?

Notisul – Não conheço.
Delasnieve
– Pois é. Grande parte dos brasileiros vai morrer sem conhecer o verbo pazear. E está no dicionário. O verbo pazear é o verbo harmonizar, construir a paz. Mas isso também é normal na história da civilização, porque aprendemos a brigar, a conhecer quem foram os grandes heróis de guerra. Procura a rua Madre Tereza de Calcutá, ou rua Irmã Dulce, rua Jesus Cristo, rua Gandhi. Você não acha. São benfeitores da humanidade. Deveríamos, nós, também promover a cultura da paz.

Notisul – Como promover a cultura da paz?
Delasnieve
– Nas escolas, com atos, atitudes, exemplos. A gente cobra mas não dá o exemplo do trabalho feito. Aprendendo a conjugar o verbo pazear, no presente do indicativo, ajudará. A paz futura dependerá da paz presente. Essa é a norma que idealiza esse trabalho que fazemos pelo país todo, onde somos convidados. No meu estado, Mato Grosso do Sul, trabalhamos. Temos a Carta da Paz, que fizemos junto com a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, e já ultrapassou fronteiras. Foi lida no Fórum Mundial da Paz no Quênia, na África. É um grito nosso. Precisamos de uma escola de paz, onde nós venhamos a aprender como fazer a paz, como praticar essa utopia, como torná-la real. Trabalhamos com poesias, com música, palestras, encontros. Quanto mais pessoas virem a gente fazer alguma coisa, mais exemplos estaremos levando às crianças e à coletividade.

Notisul – O mundo fala de paz, mas há muitas guerras. Como você vê essa disparidade?
Delasnieve
– Fico preocupada com o presidente Barack Obama (eleito nos Estados Unidos). Não sei como ele vai conseguir cumprir o que ele prometeu, porque não depende só dele. Assim como não depende dos países a matéria paz. Tem vários interesses econômicos e financeiros atrás disso. Por exemplo: a guerra do Iraque todo mundo sabe que é a guerra do petróleo. Existiu ou existem armas químicas? Até agora ninguém ouviu falar. É uma grande incógnita. Mas a violência lá fora é igual aqui. No Brasil, não tem guerra civil, mas morre muito mais gente aqui do que em uma guerra do Iraque. Morre gente de acidente de trânsito, assassinatos nos morros. A guerra civil que nós vivemos, que não é declarada, é muito maior do que a declarada, como a do Iraque, a do Afeganistão. As pessoas morrem aqui dia a dia, sem saber por que. O que está acontecendo? É a mesma coisa na África, onde as pessoas morrem de fome. São violências que vamos ter que tratar um dia. Fazemos uma rede mundial de pessoas sonhadoras que com a palavra possam ajudar a mudar essa situação.

Notisul – O que é Poetas del Mundo para as Américas?
Delasnieve
– Essa entidade que se encontra hoje em 116 países. Pensamos pela poesia modificar esse estado de coisa que a gente acabou de falar. A minha poesia é a biopoesia (poesia da vida). Claro que também falo de dor-de-cotovelo, de tristeza, de amor. Temos levado essa nossa forma de pensar às pessoas através da poesia. E estamos tentando fazer chegar a todos os continentes a palavra do poeta em favor do desaquecimento global, da união dos povos, do extermínio da fome, da miséria. Temos como parâmetro de trabalho as oito metas do milênio da ONU. Tem surtido efeito bom. Temos mais de 4,5 mil poetas pelo mundo todo. Desse total, 1,6 mil são brasileiros. E me honraram com a nomeação de ser a embaixadora do Brasil.

Notisul – Você já foi premiada…
Delasnieve
– Ano passado, fui premiada pela Academia Francesa de Ciências e Letras com medalha de prata pela solidariedade e na literatura. Com isso, obtive uma obra minha toda traduzida para o francês e deve ser lançada em 2009 pela Academia de Letras de lá e isso é o sonho de todo o escritor: ser lançado na França. O prêmio me deixou muito motivada, honrada, feliz, porque é um reconhecimento que você nem espera e vem perante o seu trabalho. Escrevo poemas, prosas, crônicas… Mas gosto mesmo é de poesia. Meu campo é esse.

Notisul – O que você diria às pessoas que querem promover a paz?
Delasnieve
– Convidamos a todos a conjugar o verbo pazear. É fácil conjugar no presente do indicativo: eu pazeio, tu pazeias, ele pazeia, nós pazeamos, vós pazeais, eles pazeiam. Eu me harmonizo contigo. Essa é a nossa proposta, é a nossa vontade, é nosso desejo. É uma utopia? Pode até ser. Mas de grandes sonhos surgem grandes realizações. Todos podem sonhar o mesmo sonho: construir a paz.

Catarinense sub-20: Unisul goleia a Malwee e garante o título

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Maycon Vianna
Tubarão

Quem compareceu ao ginásio Salgadão na tarde de sábado pôde conferir um grande jogo de futsal. A Unisul não tomou conhecimento da forte equipe da Malwee e goleou por 6 a 1. Só na primeira etapa da partida, o placar já era elástico, 4 a 0. “Não esperávamos que seria um resultado tão elástico. A equipe está de parabéns. Encaixou bem os contra-ataques e ficou bem montada na defesa”, detalha o treinador João Júnior.

Os gols da Unisul foram marcados por Bruno (duas vezes), Marco, Bilão, Michel e Fio. A torcida tubaronense pôde prestigiar uma atuação de gala dos garotos. O atleta Michel, autor de um golaço, ficou feliz ao ver o apoio dos torcedores. “É muito legal você jogar ao lado da galera. Isso motiva ainda mais os jogadores, que se empenham durante o jogo e buscam dar o mehor de si durante a disputa da competição”, destaca Michel.

Os integrantes da comissão técnica e supervisão de futebol da Unisul começam agora a planejar e estruturar o time para a próxima temporada. “Alguns jogadores do time sub-20 devem ser aproveitados para a equipe principal da Unisul. É uma questão para avaliar e em breve devemos ter alguma novidade”, adianta o técnico.
Os jogadores devem receber folga nos próximos dias e logo voltar aos treinamentos visando a estruturação para a temporada 2009.

BID 5: Rodovias da região podem ser incluídas

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Amanda Menger
Tubarão

Sete obras de pavimentação asfáltica de rodovias da Amurel poderão receber recursos do financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (Bid). A assembléia legislativa autorizou o governo do estado a firmar a parceria pela quinta vez. O pedido de empréstimo está em análise pela secretaria nacional de assuntos internacionais em Brasília e seguirá para aprovação da Comissão de Assuntos Econômicos do senado.

O senado precisará ainda aprovar uma lei federal autorizando esse financiamento. Só depois disso, o governo do estado fará a tratativa final para a concessão da carta de crédito e a assinatura do contrato. O recurso solicitado ao Bid é de US$ 300 milhões e a contrapartida do estado é de R$ 157 milhões. A primeira parte dos recursos, cerca de US$ 50 milhões, pode ser liberada já no próximo ano. O restante a partir de 2011.
“O governo só conseguiu a autorização porque a oposição garantiu o quorum para aprovação. Temos que esperar a tramitação na CAE, o que tem que ocorrer até o fim do ano para que o contrato seja assinado”, explica o deputado estadual Joares Ponticelli (PP).

Ainda não há definição de quais obras receberão recursos do Bid 5. “Todas são elegíveis, mas não há garantias de quais serão incluídas. Isso é preocupante, porque todas podem ser contempladas, algumas sim outras não. Dependerá da força política da região, que precisa batalhar por estas pavimentações”, observa Joares.
A decisão sobre quais obras serão contempladas será feita pelo Departamento Estadual de Infra-Estrutura (Deinfra) após a assinatura do contrato. “Temos consciência de que será preciso empenho político e cobrança da sociedade, mas estamos confiantes de que as obras elegíveis da região poderão ser incluídas no Bid 5”, afirma o secretário de desenvolvimento regional em Braço do Norte, Gelson Padilha.

Saiba mais
Os Programas de Obras Rodoviárias com participação do Banco Interamericano de Desenvolvimento (Bid) tiveram início em 1980. O objetivo é melhorar e expandir a malha pavimentada estadual. Segundo o Departamento Estadual de Infra-estrutura (Deinfra), os financiamentos possibilitam o crescimento econômico do estado porque aumentam a competitividade dos setores produtivos, com a redução dos custos de transportes.

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