quinta-feira, 1 agosto , 2024
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“Quero contribuir com a minha cidade”

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Amanda Menger
Tubarão

Notisul – O seu envolvimento com a política não é algo novo. Desde quando participa mais ativamente?
Dionísio
– Sou filiado ao Partido Progressista desde a década de 80. Entendo que o cidadão precisa envolver-se com as coisas que acontecem em sua comunidade. Sempre estive envolvido com as questões envolvendo a agricultura, até porque sou médico veterinário; depois, me envolvi com questões do meu bairro, o Monte Castelo, consequentemente, também a cidade, com a região. Entendo que a produção e aplicação das leis pelo poder público norteia os destinos da sociedade, então, participar faz parte das obrigações do cidadão.

Notisul – E por que disputar uma vaga na câmara de vereadores? Seu nome chegou a mencionado para compor a majoritária…
Dionísio
– Atendendo a um pedido do deputado estadual e presidente estadual do PP, Joares Ponticelli, e do secretário nacional de saneamento básico, Leodegar Tiscoski, resolvi participar do processo de reestruturação do partido. Na visão deles, naquele momento, o PP estava desunido. Após a eleição do novo diretório, surgiu a necessidade de apontar nomes para serem candidatos à majoritária. Eu prontamente disse que o partido não ficaria sem candidato, se houvesse a necessidade estaria à disposição. Começamos a discutir isso dentro do partido e outros nomes surgiram, como o nome do vice-prefeito eleito, Felippe Luiz Collaço, o Pepê, do vereador José Luiz Tancredo e do secretário de educação, José Santos Nunes. Na sequência, o partido definiu por manter a coligação com o PSDB, então, a pedido da classe que eu represento, os agricultores, empresários, amigos e familiares, disputei a câmara de vereadores e fui eleito.

Notisul – A diferença de votos entre Dr. Manoel e Genésio foi exatamente a que as pesquisas apontavam. Como você vê esse resultado? O que contribui para a vitória?
Dionísio
– Vejo como algo normal. O mundo tem passado por uma evolução grande e rápida com o desenvolvimento tecnológico, e isso também influencia na modernização de idéias. Nesta eleição, sobretudo, a chapa formada por Dr. Manoel e Pepê representava, se não na totalidade, mas a expressão desta tendência mundial e a sociedade percebeu isso. Associe-se a isso a exposição na mídia, e a televisão com a propaganda eleitoral transmitida pela Unisul TV foi importantíssima. Esta exposição demonstrou claramente o que essa chapa estava muito mais adequada para o momento político e social que se vive.

Notisul – A câmara de vereadores passou por uma renovação de 60%. Isso também faz parte desse contexto de idéias e modernização política?
Dionísio
– Sim, faz parte. Eu defendo um limite no número de mandatos também para o legislativo, inclusive para senador: como o mandato é de oito anos, não deveria ter reeleição. Todos nós temos um limite de capacidade, de inovação e até mesmo do exercício de algumas funções. Há um desgaste natural. Entendo que todo cargo deveria ter um limitador. Por outro lado, a sociedade também tem a prerrogativa de criar este limitador por si só, reelegendo ou não. A renovação é, dentro desta visão de idéias e do mundo globalizado, algo salutar. Os seis novos vereadores irão emprestar o seu conhecimento, a sua experiência, para que Tubarão possa crescer, desenvolver-se.

Notisul – Você é a favor da reforma política? Em quais aspectos?
Dionísio
– A fidelidade partidária é essencial. Acredito que é possível em situações específicas a mudança de partido. É preciso que exista realmente uma ideologia política e que o programa dos partidos seja seguido no comportamento e procedimentos dos políticos. Além disso, é preciso repensar a distribuição da representação. O voto distrital é fundamental para que não tenhamos uma concentração de representantes de uma região em detrimento de outra. Essas duas questões são básicas.

Notisul – Para 2010, qual o cenário que se desenha?
Dionísio
– Muito equilibrado no estado. Temos aí pelo menos cinco partidos em condições de fazer o governador: PP, PMDB, PT, DEM e PSDB. Isso demonstra um equilíbrio de forças. Acredito que a eleição se ganha no amarrar e não no correr. Espero que o meu partido esteja no poder a partir de 2011 e, para isso, será preciso compor muito bem. Em um primeiro momento, acredito que a maioria dos partidos sairá de chapa pura, ou com coligações com partidos menores.

Notisul – Há possibilidade de Ponticelli fazer parte desta majoritária?
Dionísio
– Sim. Quem sabe ele possa ser um candidato a governador, a vice. Quando o comando do estado estava com o casal Amin (Esperidião e Ângela), a região da Grande Florianópolis foi beneficiada, com um grande crescimento econômico. Quando o domínio político passou para Joinville, com o atual governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB), nós vimos quanto o governo do estado investe naquela região e também em Criciúma, já que o vice-governador no primeiro mandato, Eduardo Pinho Moreira (PMDB), é daquela cidade, e como hoje se investe na região do Vale do Itajaí e Balneário Camboriú, porque é a região do atual vice, Leonel Pavan (PSDB). Por isso, temos que apoiar uma candidatura que tenha na majoritária alguém da nossa região. É fundamental para o desenvolvimento da região.

Notisul – Como estão os arranjos para a formação do secretariado municipal? O seu nome tem sido cotado para a secretaria da agricultura. Se convidado, aceitará?
Dionísio
– Confesso que em uma conversa totalmente informal, ainda durante a campanha, comentamos sobre isso. Eu deixei claro que, em função das minhas atividades profissionais na Copagro, não teria como conciliar uma secretaria. Além disso, fui eleito para ser vereador. Na última semana, Dr. Manoel disse que esse assunto será tratado a partir de dezembro, mas que os partidos fossem pensando em nomes e cargos. Mas antes ainda é preciso definir qual a estrutura da prefeitura, o número de secretarias que serão mantidas.

Notisul – Poderemos então ter uma redução do número de secretarias?
Dionísio
– Se esta proposta for encaminhada à câmara de vereadores, terá o meu apoio. Defendo que se reduza o número de agentes políticos dentro da administração municipal. Defendo também a criação efetiva e implementação de três fundações municipais. Parece-me inclusive que uma delas já foi criada, a de cultura, mas ainda não foi implantada devido à reforma do prédio da antiga rodoviária. As outras duas são de esportes e de meio ambiente. Tem que ser uma instituição com poder, força, orçamento, para fazer as ações necessárias, inclusive licenciando e controlando atividades não feitas nem pela Fatma e nem pelo Ibama: como as oficinas mecânicas e os ferros-velhos.

Notisul – Você tem acompanhado as reuniões do Movimenta-Cão como cidadão. Qual é a solução para o problema dos cães de rua?
Dionísio
– É um problema sério e que precisa ser encarado de frente. Tem a questão da segurança, da saúde pública, porque os animais podem transmitir doenças comuns aos homens e animais. Por outro lado, tenho muita preocupação com a criação de um canil público. Essa é uma atividade relativamente nova no Brasil e a grande maioria dos municípios não tem canil. Se você é de uma cidade periférica a Tubarão e sabe que o seu cão será recolhido e bem tratado aqui, corremos o risco de ‘despacharem’ os animais para cá. E aí não tem como dimensionar um canil para atender a tudo isso, e vira um ’depósito’ de animais. A sociedade não está conscientizada e não sei se estará algum dia para aceitar a eutanásia dos animais, duvido que ela concorde. Ainda há um gasto público para manter a estrutura. Será que a sociedade está disposta a pagar por isso? Defendo uma ação mista. A sociedade organizada através de associações não-governamentais com participação no controle, gestão e parte financeira do poder público.

Notisul – Quais os primeiros projetos, idéias que pretende levar à discussão na câmara?
Dionísio
– Defendo algumas bandeiras que passam pelo desenvolvimento econômico, com equilíbrio social e respeito ambiental. Além disso, defendo na área ambiental quatro pontos: a criação da Fundação Municipal de Defesa do Meio Ambiental; a implantação do sistema de coleta e tratamento de esgoto; o início dos estudos e implantação do projeto lixo zero – a intenção é que todo o lixo produzido seja reciclado. O quarto ponto é a criação de áreas de reserva municipal, onde tenhamos as áreas de preservação permanente (APPs), mas não aquela que se prega – eu acho uma hipocrisia ‘margem de rio e várzea proteger 50 metros, 100 metros, aquilo só serve para proteger as barrancas do rio. As APPs são importantes para rios de declives e montanhas, e acho que deve ser preservado até mais do que os 20% previstos no Código Florestal, se for possível 30%, 40% que se preserve para que tenhamos a recarga dos aquíferos e assim tenhamos a manutenção das nascentes para que tenhamos água de qualidade e em quantidade para esta e as próximas gerações.

Unisul Futsal: Pela primeira vez, equipe tem lucro

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Marco Antonio Mendes
Tubarão

Os investidores da Unisul/Seguridade/Penalty tiveram em 2008 um retorno de cerca de R$ 840 mil de todo o valor repassado ao clube somente durante as competições da Liga Futsal. Em três anos de participação no campeonato nacional, é a primeira vez que o time tubaronense comemora o lucro adquirido durante uma temporada.

E não poderia ser diferente. Afinal, os investimentos foram realizados para “salvar” o time. Caso a equipe não conseguisse realizar uma boa campanha na liga, havia a chance de deixar de existir. “O dinheiro foi, sim, importante para nós este ano. Conseguimos montar um bom time com uma boa comissão técnica, o que nos possibilitou chegar onde chegamos”, analisa o supervisor de futsal Michel Guedes.

Foram 132 gols a favor e 113 sofridos se somados os jogos da Liga Futsal e do Campeonato Catarinense. Uma diferença equilibrada de 19. Entre estes gols, foram 25 vitórias, sete empates e 12 derrotas. Um ano bom? “Melhor impossível. Estamos com o sentimento de dever cumprido”, diz Michel, ainda que lamente a equipe não ter conquistado um título.

O planejamento para 2009 começou. No escritório do dirigente, uma montoeira de papéis. Diversos relatórios e alguns desenhos do que poderá ser o novo uniforme da equipe. Para o próximo ano, já há motivos para comemorar antes da hora. Os jogos da competição nacional serão transmitidos pela televisão aberta através da TV Band, além do canal fechado SporTV.

Segundo Michel, esta é a chance de Tubarão ser reconhecido como um pólo do futsal brasileiro, tamanha a visibilidade que receberá. Há outras novidades. “O calendário da liga não será como este ano. A competição será maior. Algumas equipes sairão e outras vão entrar. Acredito que será mais organizado que em 2008”, adianta o supervisor da Unisul.

Uns ficam, uns saem e outros chegam

Entre os nomes que permanecem no elenco que defenderá a Unisul/Seguridade/Penalty em 2009 estão os alas Gordo e Gustavo. Os fixos Ariel e Jeffe, o pivô Christian e os goleiros Ivan, Raphael e Nilton Júnior (da equipe sub-20) também integram o time. O ala Marco Antônio da equipe sub-20 está em negociação para ficar.
Por outro lado, deixam o time: os alas Adeirton, Pakito e Paraíba; os pivôs Gerson e Raphael Pernambucano; o fixo Léo e o goleiro Denner.

Na lista dos novos, estão o fixo Jonas que este ano defendeu a Ulbra/Suzano, o pivô Vitor, do Umuarama, e Deivis, que jogava na Espanha.
“Agora, só nos resta saber se esse time vai dar certo, porque não adianta termos ótimos jogadores e eles não trabalharem com vontade, em um ambiente agradável”, acrescenta o supervisor de futsal Michel Guedes.

Além dos reforços, a categoria de base será acrescida por uma equipe sub-17. Somente este ano, os garotos do sub-20 ganharam dois títulos (Campeonato Catarinense e Taça Brasil) e mais três atletas foram convocados para integrar a seleção brasileira da categoria.
O início da próxima temporada está marcado para 26 de janeiro, quando os atletas se apresentam para as avaliações físicas, antes do início da Liga Futsal.

Jogadores
Quem fica
Gordo, Gustavo, Ariel, Jeffe, Christian, Ivan, Raphael, Nilton Júnior (su8b-20) e Marco Antônio (sub-20).

Quem sai
Adeirton, Pakito, Paraíba, Gerson, Raphael Pernambucano, Léo, Denner.

Quem chega
Jonas (Ulbra/Suzano), Vitor (Umuarama), Deivis (Espanha).

Geografia de Tubarão é propensa a enchentes

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Amanda Menger
Tubarão

A previsão do tempo tornou-se uma verdadeira ‘atração’ nos meios de comunicação. E não é para menos. A região sul tem se mostrado suscetível a diversos fenômenos climáticos que causam impacto como enchentes, furacões, ciclones, tornados. A maioria destes fenômenos climáticos pode ser prevista, porém, o monitoramento deles poderia ser melhor.

“A região sul possui 13 estações, três delas são meteorológicas e nos trazem dados praticamente em tempo real. A cada uma hora, temos as informações atualizadas. As demais são apenas hidrometeorológicas, medem apenas as chuvas e algumas delas medem chuva e temperatura. Mas nem todas são informatizadas. Algumas são convencionais, precisam de um observador que monitora os dados e os encaminha para a Epagri”, explica o responsável pela rede de estações meteorológicas do Ciram/Epagri, Renato

Victório. As estações meteorológicas ficam em Laguna, Urussanga e Anitápolis.
Para o engenheiro químico e pesquisador Rafael Marques, é preciso ampliar esta rede. “Temos um projeto que já foi apresentado ao Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão e enviado à secretaria estadual de desenvolvimento sustentável para instalar 20 estações nos municípios da região. Três delas seriam meteorológicas, em Tubarão, Imbituba e Gravatal. As demais hidrometeorológicas”, revela Rafael.
A intenção é formar uma rede de monitoramento. “Assim, poderíamos dar os alertas com maior precisão, sabendo de fato como está a situação nos municípios que compõem a bacia do rio Tubarão”, afirma Rafael. O investimento previsto para este projeto entre implantação e manutenção por um ano é de R$ 430 mil.

Os dados obtidos com as estações ajudariam também na formação de um histórico sobre os períodos de maior precipitação. Os dados existentes são da Agência Nacional das Águas (ANA). “Os registros começaram em 1940, porém, são incompletos, devido às próprias mudanças na forma e na responsabilidade de captar as informações. Precisamos ter um sistema que nos possibilite conhecer o regime de águas”, argumenta Rafael.

Catarina serviu com um ‘empurrão’

A ocorrência de um furacão no Atlântico Sul era algo impensado até março de 2004. Porém, após o Catarina, muitos conceitos precisaram ser modificados na meteorologia. Incluindo a própria maneira de fazer a previsão do tempo.
Desde 2004, os investimentos no setor aumentaram. “O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) instalou 23 estações meteorológicas no estado. Cada uma custa R$ 100 mil. O bom é que podemos utilizar os dados deles e eles os captados pelas estações do Ciram/Epagri”, revela o responsável pela rede de estações meteorológicas do Ciram/Epagri, Renato Victório.

Mesmo com os investimentos do Inmet, nem todos os municípios de Santa Catarina contam com monitoramento. “Temos um projeto ambicioso, queremos instalar mais 30 estações. Os documentos já foram encaminhados para a diretoria da Epagri que tem parceria com a secretaria estadual de desenvolvimento sustentável (SDS) e aguardamos a resposta”, adianta Renato.

Outros instrumentos ainda são necessários. Entre eles, bóias meteorológicas. “Temos um projeto que será feito em parceria com a Marinha. Seriam inicialmente duas bóias, uma no litoral norte e outra no sul, próximo ao Farol de Santa Marta”, explica Renato. Uma outra ‘ferramenta’ é o radar. O estado possui um no Morro da Igreja, em Urubici, mas hoje é utilizado apenas para controlar o espaço aéreo. “Estamos tentando um convênio para conseguir as imagens do radar que é meteorológico para usá-las na previsão do tempo”, esclarece Renato.

Geografia de Tubarão é problemática

Localizada em um vale, a geografia de Tubarão é propensa a enchentes. A maior parte da área urbana está situada em uma ‘baixada’, além disso, o lençol freático é alto, ou seja, não precisa muita chuva para que ocorram alagamentos. Outro ponto crucial são os morros. As áreas de encosta também já são habitadas e a maioria não possui infra-estrutura.

Uma pesquisa realizada pelo professor Rogério Bardini, do curso de engenharia da Unisul, mostra com dados estatísticos quais áreas são mais propensas a alagamentos (mapa acima). “Pelos dados, uma enchente de proporção semelhante da de 1974 ocorreria em 100 anos e outras menores ocorreriam também em períodos menores de tempo. Mas isso é probabilidade, depende muito das condições climáticas. Em Blumenau, ocorreu enchente em 1983, fizeram uma previsão que também dava 100 anos, mas em 1984 ocorreu outra”, afirma Rogério.

Para o professor, é necessário investir em ações estruturais e não-estruturais. “As estruturais seriam obras de engenharia como barragens, diques, drenagens. As não-estruturais seriam as de conscientização das pessoas para não jogarem lixo em bueiros, plantação de árvores, construção de áreas de contenção de água”, sugere.

Senac de Tubarão: Alunos promovem ação social

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Tatiana Dornelles
Tubarão

Uma ação social recheada de solidariedade, auxílio e diversão. Amanhã, cerca de 30 alunos do curso de tecnólogo em processos gerenciais da Faculdade Senac Tubarão organizarão uma ação beneficente na comunidade do Morro da Caixa D’Água. O evento será das 13 às 18 horas.

“Queremos fazer uma integração com a sociedade. Isso já é uma tradição do Senac, que participa de várias ações sociais. Visitamos várias comunidades de Tubarão e escolhemos uma”, conta o estudante Heriton Alves Corrêa.
Durante o evento, haverá palestras educacionais e motivacionais, com foco no jovem. Além disso, contará ainda com a ajuda de outros cursos da faculdade, como técnico em enfermagem e cabeleireiro, que proporcionarão massagens, exames médicos e corte de cabelo às pessoas da comunidade.

“Para quem gosta de ler, também terá o cantinho da leitura, onde os jovens e adultos poderão enriquecer-se com histórias. No decorrer da tarde, será oferecido cachorro-quente e suco aos participantes”, explica Heriton. No próximo dia 6, a turma de marketing e vendas do Senac irá proporcionar alegria às crianças de uma escola da cidade. Os alunos adorataram a unidade escolar do Sertão da Jararaca e doarão brinquedos.

Sabe o que os astros guardam para você hoje?

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Áries (21/03 a 19/04)
A Lua nova indica novos conhecimentos, ideais, sonhos. Plutão ingressa em Capricórnio representando a mudança nas estruturas de poder, profissionais e econômicas que começou a atuar em 2008 e se estenderá nos próximos anos.

Touro (20/04 a 20/05)
Você está sendo chamado a libertar-se do que lhe oprime interiormente, para realizar as mudanças necessárias. Tempo de deixar ir o que não faz mais sentido, mesmo que você resista brutalmente, porque tem medo da mudança.

Gêmeos (21/05 a 21/06)
O encontro entre Sol e Lua ocorre em Sagitário, que representa a energia complementar de Gêmeos. Implica em dinamizar seus relacionamentos. Plutão simboliza a grande transformação pessoal e coletiva que já pode ser sentida.

Câncer (22/06 a 22/07)
A fase lunar nova indica que você deverá aprimorar conhecimentos, métodos e técnicas de trabalho. Estudar, viajar, publicar, palestrar são atividades em destaque.

Leão (23/07 a 22/08)
Dia de poderoso simbolismo astrológico, com a Lua nova e o ingresso de Plutão em Capricórnio. A Lua simboliza novo direcionamento emocional e criativo e Plutão sinaliza as transformações institucionais em larga escala.

Virgem (23/08 a 22/09)
A Lua nova indica momento de novas situações na vida familiar e emocional. Talvez você se sinta impelido a viajar, buscar outros rumo e sentido para a sua vida. E Plutão mostra que emocionalmente muita coisa mudará a partir de agora.

Libra (23/09 a 22/10)
Uma transformação emocional ocorre, para que você redescubra seus tesouros internos. Algo que começa a se manifestar intensamente agora e prossegue nos próximos anos.

Escorpião (23/10 a 21/11)
Plutão ingressa em definitivo no signo de Capricórnio, onde permanecerá muitos anos, simbolizando as transformações governamentais, econômicas, o fim dos sistemas e estruturas, tais quais os conhecemos até aqui.

Sagitário (22/11 a 21/12)
Sol e Lua fazem conjunção em seu signo, caracterizando a fase lunar nova, tempo de semear novos passos e atitudes. Favorecimento para estudos, viagens e resignificação da vida.

Capricórnio (22/12 a 19/01)
Em seu signo Plutão passa a se movimentar e nele permanecerá muitos anos, sinalizando poderosas transformações sociais, econômicas e estruturais, que atingirão a coletividade e os indíviduos.

Aquário (20/01 a 18/02)
Vivenciamos um momento único da história humana, que começou a se desenhar em 2008 e irá atravessar os próximos anos. Um período em que todas as estruturas obsoletas findarão.

Peixes (19/02 a 20/03)
A fase lunar nova indica que se abrem novas possibilidades relativas à carreira profissional e à realização, depois que certos interesses perderam o sentido. Você se reposiciona profissionalmente, socialmente e vê o futuro de uma forma diversa.

“Escapamos!”. Da paralisação à solidariedade

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Resido em Tubarão há 12 anos e também pratico o “esporte” municipal de dias de chuva intensa: monitorar as águas do rio observando o medidor nas imediações dos fundos do Farol Shopping.
Sábado, estávamos preocupados. Domingo pela manhã, respiramos mais aliviados, pois o rio iniciou sua descida em direção à normalidade.

“Escapamos!”, disse-me um senhor que também monitorava o rio domingo passado. Voltando para casa, encontrei uma amiga, irmãzinha da Divina Providência: “Fabio, aqui melhorou, mas no norte a situação está crítica”. Em casa, iniciei a tomar conhecimento da tragédia no norte do estado. Sinceramente, pensava que a região sob perigo fosse a de Tubarão. O temor vigilante deu lugar ao alívio; o alívio foi substituído pelo estupor, pelas notícias vindas do norte; o estupor gerou paralisação. Alívio e paralisação se misturaram. Lembrei-me de alguns colegas de universidade, em Roma, que, de retorno, após as férias, narravam tristes histórias. Um colega do Oriente Médio encontrou a sua residência destruída pelas infindas guerras e/ou bombardeios em tempos de paz. Outro colega, africano, teve a família assassinada pelas bárbaras guerras étnicas.

A tragédia nos anestesia, paralisa, deixa sem ação. A ficha custa a cair, mas cai. Agora, é o momento de agir (já o é faz dias, mas não para a maioria). Passar da paralisação à solidariedade é questão de responsabilidade e sinal de maturidade. O realismo é bom quando favorece a ação, e não quando é usado para justificar omissão: “A culpa é disso, dele, daquele ou daquilo”. Não interessa, agora, saber de quem é a culpa (como já disse outras vezes, é do sistema, é culpa compartilhada). Interessa, agora, agir. A prática da solidariedade, além de ajudar quem necessita, reforça os vínculos societários, gera consenso social, ingrediente substancial, unificador segundo as análises sociológicas brilhantes de Émile Durkheim e Pitirin Sorokin.

O governador do estado de Santa Catarina afirmou que se trata da pior tragédia climática do estado de Santa Catarina. Em número de mortos, não é a pior. Em 1974, morreram 199 pessoas em Tubarão e região. Em 2008, morreram 97 pessoas até o momento em que escrevo este artigo. A tragédia do norte foi tremenda, pelas mortes e extensão dos danos. Mas a pior, pelo número de mortos, continua sendo a do sul. Não quero dizer com isso que o governador seja mais sensível às dores do norte do que às dores do sul. Faço tal ponderação não para competir na macabra concorrência da dor, mas por amor à precisão, aos dados, à “verdade efetiva da coisa”, para usar expressão clássica do italiano Niccolò Machiavelli.

Podemos ajudar de muitas formas. Em primeiro lugar, não sentindo tal problema como se fosse dos outros. Não é. É problema meu, teu, nosso. Como escrevi sexta, para a edição de sábado passado do Notisul – quando ainda não sabíamos do desastre humano e ambiental do norte – somos todos da mesma família, pois há vínculos mais profundos entre os seres humanos que os vínculos de sangue. Por isso, o problema do norte é problema nosso. Depois de tal tomada de consciência necessária para ser evitar distâncias descabidas (assistencialismo), cabe fazer o que a criatividade do amor sugerir.

Dentre os vários grupos que estão trabalhando em Tubarão e região para aliviar o sofrimento dos nossos irmãos do norte, a Unisul também está fazendo a sua parte. Você pode dirigir-se ao Espaço Integrado de Artes (EIA – a popular Bolha) para doar seu ato de amor em forma de alimentos não perecíveis; água mineral; material para higiene pessoal; material para limpeza de casas; etc. No futuro, constará na memória do seu coração não o círculo vicioso da indiferença, da omissão, mas o círculo virtuoso da solidariedade que você ajudou a expandir no mundo por meio de atos concretos de amor.

Chuvas em Santa Catarina: Água potável será enviada em caminhões tanque

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Wagner da Silva
Braço do Norte

Lacticínios do Vale do Braço do Norte e Armazém uniram forças para amenizar a tragédia que assola o norte do estado. Até o momento, oito caminhões tanque estão confirmados para transportar água potável para a região de Blumenau. A princípio, a carga com 100 mil litros d’água deve ser encaminhada segunda-feira para hospitais e locais de armazenagem de água.

A iniciativa partiu do médico veterinário da Cidasc, José Alves da Silva, que entrou em contato com os proprietários de lacticínios e com as empresas Água da Serra e Água Mineral Gravatal para disponibilizar a água e o transporte. “Devido à dificuldade, o momento de colaborar é agora. Em contato com estas pessoas, o apoio foi unânime. Devem fazer a coleta mais cedo e encaminhar os caminhões aos postos de abastecimento. A situação é trágica e qualquer apoio que a região de Blumenau receber será bem-vindo”, enfatiza.

A intenção era sair sábado, mas a polícia orientou para evitar viagem no fim de semana. “Informaram que há diversos problemas, como estradas em meia pista, o que pode atrapalhar a chegada aos locais da tragédia. Optamos por segunda e estaremos com escolta da polícia para que a água potável, uma das maiores necessidades, chegue o mais rápido possível”, destaca. Os caminhões, de preferência, devem vir higienizados para o abastecimento.

Além da disponibilizar a água para os tanques, a empresa Água da Serra enviará fardos com água mineral e roupas. Segundo o diretor, Adejair Godoy Ilha, cestas básicas seguirão para depósitos afetados de distribuidores da empresa. “Este sentimento é muito forte e o gesto solidário é considerado maior. São pessoas próximas, colaboradores da empresa atingidos, que perderam tudo. Desde sábado passado, não conseguimos mandar suprimentos à região”, ressalta.
Os tanques, com dez mil litros, levam dez minutos para estarem cheios. O comboio deve sair por volta de 9 horas de segunda.

Outras empresas
Ajuda aos desabrigados
Outras empresas mobilizam-se para enviar mantimentos para a região de Blumenau e Vale do Itajaí.
• Outros proprietários de caminhões tanque que quiserem ser solidários devem entrar em contato com o médico veterinário José Alves da Silva, pelos telefones (48) 3658-2257, 3658-3150 ou 99229532.
• Quem quiser fazer doações, como alimentos, roupas, produtos de limpeza, devem procurar o Corpo de Bombeiros ou a Cruz Vermelha, no salão paroquial de Braço do Norte. • Lacticínios que participam: Áurea Alimentos e Lacticínios; Darolt; Fortuna; Della Vitta; Becker; D’Nona e Wagner.

Furto e susto: Jovem sofre infarto após perseguir ladrão

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Maycon Vianna
Tubarão

A história que você acompanhará a seguir é digna de filmes. Tudo começou quando um jovem furtou, na tarde de ontem, três barras de chocolate e duas cargas de lâmina de barbear do Supermercado Angeloni, na avenida Expedicionário José Pedro Coelho, em Tubarão. A ação foi flagrada pelo circuito de monitoramento interno da loja. Dois funcionários – um deles faz serviços terceirizados – ao serem informados do furto, correram atrás do ladrão, que fugiu a pé.

O jovem foi para um lado e os funcionários para outro. “Foi tudo muito rápido. Conseguimos recuperar os produtos e um capacete foi encontrado. Informamos os policiais sobre o furto e eles fizeram rondas”, relata a gerente do Angeloni, Cristina da Silva.
Quando atravessava a esquina da avenida, o funcionário terceirizado, de 20 anos, sofreu um ataque cardíaco e caiu no chão sem os sinais vitais. Os bombeiros foram acionados em seguida e realizaram o atendimento da vítima no local. Fizeram todo o procedimento para tentar reanimá-lo.

Cinco minutos depois, a equipe dos bombeiros decidiu encaminhar o rapaz ao Hospital Nossa Senhora da Conceição. No caminho do Angeloni ao HNSC, os soldados continuaram o trabalho. Ao chegarem em frente à rampa da emergência do hospital, o jovem conseguiu ser reanimado e voltou a apresentar os sinais vitais. “A hora de ouro é o que chamamos no trabalho para reanimar as vítimas com parada cardio-respiratória. Felizmente, obtivemos êxito nos movimentos de massagens e o jovem foi reanimado, mas mesmo assim foi internado em estado grave”, detalha o soldado do Corpo de Bombeiros de Tubarão Anderson Mattos, que atendeu a ocorrência.

Equipe dos bombeiros faz o salvamento da vítima

Os três soldados do Corpo de Bombeiros fizeram um trabalho eficaz para reanimar o jovem de 20 anos vítima de uma parada cardio-respiratória. Os ‘anjos de plantão’ conseguiram salvar mais uma vítima de um ataque cardíaco. “Foi um caso muito grave. Na prática, conseguimos ressuscitá-lo, com muito esforço. Até chegar à emergência do hospital, ele não apresentava os sinais vitais”, relata o soldado Jefferson da Silva.

A equipe dos bombeiros utilizou o desfilibrador (aparelho utilizado por socorristas em emergências cardíacas) durante o trajeto de cinco minutos entre a Expedicionário José Pedro Coelho e o Hospital Nossa Senhora da Conceição. “Se não conseguimos recuperar os batimentos cardíacos da vítima em um tempo de no máximo cinco minutos, fica muito complicado”, explica Jefferson.

Para o soldado Cresceni Rosa, quando ocorre uma parada cardio-respiratória repentina, a possibilidade de recuperação da vítima é de 30%.
Até o fechamento desta página, por volta das 21 horas, o jovem de 20 anos seguia internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Nossa Senhora da Conceição. O quadro era estável. A previsão da equipe médica é que ele fica internado por mais três dias até a recuperação física completa.

Chuvas em Santa Catarina: Amurel mobilizada para ajudar quem precisa

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Tatiana Dornelles
Tubarão

Alimentos não perecíveis, leite, alimentos que possam ser consumidos sem preparo (como biscoitos), água, mamadeiras, material de limpeza e higiene, roupas, calçados, roupas de cama. Enfim, tudo o que puder ser doado em prol das vítimas das enchentes no norte de Santa Catarina pode ser entregue em vários postos de recolhimento na Amurel.
Entidades, empresas, órgãos públicos, autoridades e pessoas comuns estão engajadas nas mais diversas campanhas. O povo, mais uma vez, mostra-se solidário neste momento triste e de desespero para milhares de desabrigados. Em Tubarão, o número de postos de recolhimento dos donativos é grande.

A prefeitura de Tubarão recebe donativos para enviar aos atingidos pelas chuvas, por meio da defesa civil e assistência social e saúde. A princípio, foram doados roupas e sapatos que estavam no Galpão Solidário da prefeitura. A campanha municipal segue até o dia 2. O Sesc é parceiro e também recebe donativos. Faculdade Senac, Unisul, Casa da Cidadania são alguns locais de recebimento (mais postos no box).
Dois caminhões com produtos foram encaminhados ontem à empresa de transporte Catarinense, que levará a encomenda até a Defesa Civil de Itajaí. Grande parte dos donativos arrecadados pela Amurel é água. Alimentos, roupas e outros produtos também foram doados.

Em Braço do Norte, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil farão uma ação nos bairros para efetuar a coleta no fim de semana. Grupos de Jovens, Leo Clube e Conseg também participam. Já em Imbituba, a campanha deflagrada é para arrecadar água. Participam do movimento a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil do município, sob a coordenação da secretaria de desenvolvimento social, trabalho e habitação da prefeitura.

A secretária da pasta, Valéria Rodrigues, conversou com donos de supermercados para que ajudem a estocar o material, que será encaminhado à Defesa Civil do estado nos próximos dias. Os clientes, na hora das compras, podem pedir para que o valor do galão seja incluso. Assim, a água já fica no supermercado, de onde será enviada a Florianópolis.

Defesa civil do estado recebe doações constantes

Centenas de empresas, instituições públicas, organizações não governamentais e particulares fazem doações às vítimas da maior tragédia climatológica da história catarinense. Os telefones da coordenadoria de doações do departamento estadual de defesa civil ficaram congestionados ontem.
As principais necessidades de ajuda são de alimentos, medicamentos, material de limpeza e de higiene pessoal. Pequenas quantidades devem
direcionadas às coordenadorias municipais de defesa civil, empresas e instituições que promovem arrecadações.

Para doações maiores, a orientação deve ser solicitada nos telefones (48) 4009-9886 ou 4009-9879. A defesa civil catarinense coordena o encaminhamento de todas as doações para os seis centros de arrecadação e distribuição montados pelo governado do estado, através das secretarias de desenvolvimento regional (SDRs), nas cidades de Timbó, Jaraguá do Sul, Blumenau, Itajaí, Joinville e Brusque. O transporte dos suprimentos, na maioria das vezes, é feito por transportadoras voluntárias ou pelas próprias empresas que fazem as doações.

As quantidades e tipos de doações que já foram encaminhadas ainda não foram contabilizadas devido ao grande número. A contagem final só poderá ser divulgada no fim dos trabalhos, pois a relação deverá ser enviada por cada central de distribuição.
As empresas que fazem doações podem requerer a isenção do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), utilizando o código CFOP na nota fiscal 5910. Também deve constar em complemento: doação para defesa civil do estado de Santa Catarina.

“Quero contribuir com a minha cidade”

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Amanda Menger
Tubarão

Notisul – O seu envolvimento com a política não é algo novo. Desde quando participa mais ativamente?
Dionísio
– Sou filiado ao Partido Progressista desde a década de 80. Entendo que o cidadão precisa envolver-se com as coisas que acontecem em sua comunidade. Sempre estive envolvido com as questões envolvendo a agricultura, até porque sou médico veterinário; depois, me envolvi com questões do meu bairro, o Monte Castelo, consequentemente, também a cidade, com a região. Entendo que a produção e aplicação das leis pelo poder público norteia os destinos da sociedade, então, participar faz parte das obrigações do cidadão.

Notisul – E por que disputar uma vaga na câmara de vereadores? Seu nome chegou a mencionado para compor a majoritária…
Dionísio
– Atendendo a um pedido do deputado estadual e presidente estadual do PP, Joares Ponticelli, e do secretário nacional de saneamento básico, Leodegar Tiscoski, resolvi participar do processo de reestruturação do partido. Na visão deles, naquele momento, o PP estava desunido. Após a eleição do novo diretório, surgiu a necessidade de apontar nomes para serem candidatos à majoritária. Eu prontamente disse que o partido não ficaria sem candidato, se houvesse a necessidade estaria à disposição. Começamos a discutir isso dentro do partido e outros nomes surgiram, como o nome do vice-prefeito eleito, Felippe Luiz Collaço, o Pepê, do vereador José Luiz Tancredo e do secretário de educação, José Santos Nunes. Na sequência, o partido definiu por manter a coligação com o PSDB, então, a pedido da classe que eu represento, os agricultores, empresários, amigos e familiares, disputei a câmara de vereadores e fui eleito.

Notisul – A diferença de votos entre Dr. Manoel e Genésio foi exatamente a que as pesquisas apontavam. Como você vê esse resultado? O que contribui para a vitória?
Dionísio
– Vejo como algo normal. O mundo tem passado por uma evolução grande e rápida com o desenvolvimento tecnológico, e isso também influencia na modernização de idéias. Nesta eleição, sobretudo, a chapa formada por Dr. Manoel e Pepê representava, se não na totalidade, mas a expressão desta tendência mundial e a sociedade percebeu isso. Associe-se a isso a exposição na mídia, e a televisão com a propaganda eleitoral transmitida pela Unisul TV foi importantíssima. Esta exposição demonstrou claramente o que essa chapa estava muito mais adequada para o momento político e social que se vive.

Notisul – A câmara de vereadores passou por uma renovação de 60%. Isso também faz parte desse contexto de idéias e modernização política?
Dionísio
– Sim, faz parte. Eu defendo um limite no número de mandatos também para o legislativo, inclusive para senador: como o mandato é de oito anos, não deveria ter reeleição. Todos nós temos um limite de capacidade, de inovação e até mesmo do exercício de algumas funções. Há um desgaste natural. Entendo que todo cargo deveria ter um limitador. Por outro lado, a sociedade também tem a prerrogativa de criar este limitador por si só, reelegendo ou não. A renovação é, dentro desta visão de idéias e do mundo globalizado, algo salutar. Os seis novos vereadores irão emprestar o seu conhecimento, a sua experiência, para que Tubarão possa crescer, desenvolver-se.

Notisul – Você é a favor da reforma política? Em quais aspectos?
Dionísio
– A fidelidade partidária é essencial. Acredito que é possível em situações específicas a mudança de partido. É preciso que exista realmente uma ideologia política e que o programa dos partidos seja seguido no comportamento e procedimentos dos políticos. Além disso, é preciso repensar a distribuição da representação. O voto distrital é fundamental para que não tenhamos uma concentração de representantes de uma região em detrimento de outra. Essas duas questões são básicas.

Notisul – Para 2010, qual o cenário que se desenha?
Dionísio
– Muito equilibrado no estado. Temos aí pelo menos cinco partidos em condições de fazer o governador: PP, PMDB, PT, DEM e PSDB. Isso demonstra um equilíbrio de forças. Acredito que a eleição se ganha no amarrar e não no correr. Espero que o meu partido esteja no poder a partir de 2011 e, para isso, será preciso compor muito bem. Em um primeiro momento, acredito que a maioria dos partidos sairá de chapa pura, ou com coligações com partidos menores.

Notisul – Há possibilidade de Ponticelli fazer parte desta majoritária?
Dionísio
– Sim. Quem sabe ele possa ser um candidato a governador, a vice. Quando o comando do estado estava com o casal Amin (Esperidião e Ângela), a região da Grande Florianópolis foi beneficiada, com um grande crescimento econômico. Quando o domínio político passou para Joinville, com o atual governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB), nós vimos quanto o governo do estado investe naquela região e também em Criciúma, já que o vice-governador no primeiro mandato, Eduardo Pinho Moreira (PMDB), é daquela cidade, e como hoje se investe na região do Vale do Itajaí e Balneário Camboriú, porque é a região do atual vice, Leonel Pavan (PSDB). Por isso, temos que apoiar uma candidatura que tenha na majoritária alguém da nossa região. É fundamental para o desenvolvimento da região.

Notisul – Como estão os arranjos para a formação do secretariado municipal? O seu nome tem sido cotado para a secretaria da agricultura. Se convidado, aceitará?
Dionísio
– Confesso que em uma conversa totalmente informal, ainda durante a campanha, comentamos sobre isso. Eu deixei claro que, em função das minhas atividades profissionais na Copagro, não teria como conciliar uma secretaria. Além disso, fui eleito para ser vereador. Na última semana, Dr. Manoel disse que esse assunto será tratado a partir de dezembro, mas que os partidos fossem pensando em nomes e cargos. Mas antes ainda é preciso definir qual a estrutura da prefeitura, o número de secretarias que serão mantidas.

Notisul – Poderemos então ter uma redução do número de secretarias?
Dionísio
– Se esta proposta for encaminhada à câmara de vereadores, terá o meu apoio. Defendo que se reduza o número de agentes políticos dentro da administração municipal. Defendo também a criação efetiva e implementação de três fundações municipais. Parece-me inclusive que uma delas já foi criada, a de cultura, mas ainda não foi implantada devido à reforma do prédio da antiga rodoviária. As outras duas são de esportes e de meio ambiente. Tem que ser uma instituição com poder, força, orçamento, para fazer as ações necessárias, inclusive licenciando e controlando atividades não feitas nem pela Fatma e nem pelo Ibama: como as oficinas mecânicas e os ferros-velhos.

Notisul – Você tem acompanhado as reuniões do Movimenta-Cão como cidadão. Qual é a solução para o problema dos cães de rua?
Dionísio
– É um problema sério e que precisa ser encarado de frente. Tem a questão da segurança, da saúde pública, porque os animais podem transmitir doenças comuns aos homens e animais. Por outro lado, tenho muita preocupação com a criação de um canil público. Essa é uma atividade relativamente nova no Brasil e a grande maioria dos municípios não tem canil. Se você é de uma cidade periférica a Tubarão e sabe que o seu cão será recolhido e bem tratado aqui, corremos o risco de ‘despacharem’ os animais para cá. E aí não tem como dimensionar um canil para atender a tudo isso, e vira um ’depósito’ de animais. A sociedade não está conscientizada e não sei se estará algum dia para aceitar a eutanásia dos animais, duvido que ela concorde. Ainda há um gasto público para manter a estrutura. Será que a sociedade está disposta a pagar por isso? Defendo uma ação mista. A sociedade organizada através de associações não-governamentais com participação no controle, gestão e parte financeira do poder público.

Notisul – Quais os primeiros projetos, idéias que pretende levar à discussão na câmara?
Dionísio
– Defendo algumas bandeiras que passam pelo desenvolvimento econômico, com equilíbrio social e respeito ambiental. Além disso, defendo na área ambiental quatro pontos: a criação da Fundação Municipal de Defesa do Meio Ambiental; a implantação do sistema de coleta e tratamento de esgoto; o início dos estudos e implantação do projeto lixo zero – a intenção é que todo o lixo produzido seja reciclado. O quarto ponto é a criação de áreas de reserva municipal, onde tenhamos as áreas de preservação permanente (APPs), mas não aquela que se prega – eu acho uma hipocrisia ‘margem de rio e várzea proteger 50 metros, 100 metros, aquilo só serve para proteger as barrancas do rio. As APPs são importantes para rios de declives e montanhas, e acho que deve ser preservado até mais do que os 20% previstos no Código Florestal, se for possível 30%, 40% que se preserve para que tenhamos a recarga dos aquíferos e assim tenhamos a manutenção das nascentes para que tenhamos água de qualidade e em quantidade para esta e as próximas gerações.

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