quinta-feira, 1 agosto , 2024
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Corpo de Bombeiros: Cães farejadores são utilizados nas buscas

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Wagner da Silva
Braço do Norte

O faro dos cães é utilizado há muito tempo pelas polícias de todo o mundo, principalmente na busca por drogas. Mas esta característica canina também é bem-vinda em resgates de pessoas perdidas em mata ou soterradas, por exemplo. E é exatamente isso que ocorre no norte do estado. Uma equipe de bombeiros das cidades de Xanxerê, São José, Florianópolis, Chapecó e Rio do Sul utilizou cachorros farejadores para encontrar as vítimas de soterramento durante uma semana. Esta semana, o único cão do sul, treinado para atuar nestas situações, retornou para casa.

Em Santa catarina, apenas oito cachorros estão aptos a atuar em ações deste porte. No sul, o único animal a participar das buscas pertence ao soldado Moacir Franco, do Corpo de Bombeiros de Braço do Norte. Téo, um labrador de um ano e sete meses, foi treinado desde filhote para farejar vítimas em escombros e soterramentos. No norte, o auxílio dos animais foi fundamental: até terça-feira, quando suspenderam o uso dos farejadores, dez corpos e dois sobreviventes foram encontrados pelos animais.

A área de atuação da equipe abrangia Blumenau e o Morro do Baú, em Gaspar, onde o acesso era feito de helicóptero. A operação com os farejadores foi suspensa devido à movimentação de escombros e retirada de terra. Os animais ficaram desorientados com isso. Eles devem retornar às áreas afetadas assim que os acessos forem melhorados. “Quando o terreno está intacto, os cães conseguem farejar e, na maioria das vezes, indicam o ponto exato. Para ter certeza, soltamos outro cão, se ele for ao mesmo local, é ali que devemos cavar. Com a movimentação de terra, eles ficam desorientados”, explica o soldado e treinador de Téo.

O soldado Moacir conta que a equipe teve que ficar em locais com mais de dois metros de lama e água até que os bichos achassem os corpos. “É triste, mas alguém tinha que fazer o trabalho. Como faltava gente para cavar, quando os cães achavam algum corpo, nós mesmos fazíamos o serviço. Trabalhamos sobre pressão constante devido ao risco de deslizamento na maioria das áreas que atuamos”, detalha Moacir.

Treinamento de Téo começou quando ele era um filhote

Para tornar o cão apto às ações e atuar junto à equipe de resgate, o soldado Moacir Franco, do Corpo de Bombeiros Militar de Braço do Norte e dono do labrador Téo, participou de diversos cursos com o amigo de quatro patas: desde adestramento até faro. Téo é o único farejador especializado em busca de vítimas sob escombros e soterradas do sul catarinense.

Moacir explica que trabalha com três cães: dois labradores e um bloondhound, cada qual com uma peculiaridade. Os labradores, por exemplo, são ativos fisicamente e possuem habilidades naturais para atuar como guias, assistentes e caçadas. A raça também é de fácil adestramento por serem cães muito inteligentes.
Já o bloondhound, além de companheiro, tem um olfato muito apurado, o que lhe confere a especialidade de buscar pistas e seguir rastros, mesmo que a trilha já tenha sido formada há vários dias. A raça também tem facilidade para localizar pessoas perdidas. “Para treinar, é bom pegar os cães ainda filhotes e fazer a socialização deles. Também é preciso impôr limites para que eles tornem-se bons em cada função”, ensina o soldado Moacir.

Ele acrescenta que o treinamento é valido, mesmo que o objetivo não seja a utilização do cão em situações como a que Téo atuou. “Nas buscas durante a tragédia no norte do estado, Téo foi um integrante da equipe muito importante para a localização das pessoas”, conta Moacir, orgulhoso.

Acusado de homicídio será julgado hoje

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Maycon Vianna
Tubarão

Um assassinato. Uma sentença. Um pedido de justiça. Um júri popular formado por cinco pessoas definirão o destino de Orlando João Rigo, acusado de homicídio doloso (com a intenção de matar). O crime ocorreu no dia 5 de agosto de 2000, no pátio da Sorgitu, no bairro Vila Esperança. Ele foi preso em flagrante após a morte de Luciano de Souza Mendes (veja o retrospecto do crime no quadro abaixo).

Hoje, a partir das 9 horas, com previsão de término por volta das 18 horas, ocorre o julgamento. A esposa da vítima, que está fora do país, pede justiça.
“Sei que me encontro muito distante (ela mora nos Estados Unidos, onde foi em busca de melhores condições de vida), mas, mesmo não morando em minha cidade, ainda sofro com a perda de meu companheiro, e meu filho chora e sente muito por não ter o seu ‘paizinho’ junto a ele. Particularmente, espero que a justiça seja feita”, diz a esposa da vítima, Rachel Fernandes Martins.

Ele ainda espera que os jurados não deixem passar impune este caso. O filho do casal, Lucas Martins Mendes, hoje está com apenas 9 anos, e perdeu o seu pai ainda muito pequeno, com apenas um ano e seis meses. “Gostaria de um dia poder dizer ao meu filho que, além de Deus, a comunidade tubaronense também sabe fazer o julgamento”, desabafa.
O juiz substituto da primeira vara criminal da comarca de Tubarão que analisará o caso no fórum será Lírio Hoffmann Júnior.

Júri popular decidirá o destino de Orlando

Como o próprio nome diz, o júri é formado por representantes do povo, ou seja, pessoas que foram escolhidas aleatoriamente e que podem ter as mais variadas profissões, contanto que tenham 18 anos ou mais. Segundo o advogado Sergey Cobra Arbex, especialista em direito criminal em Santa Catarina, o júri popular julga crimes contra a vida, como assassinato e infanticídio.

De início, geralmente, são selecionados 25 jurados, mas isso depende de cada caso. Normalmente, são sorteados apenas cinco, que formarão o chamado júri popular. Durante o julgamento, os membros do júri ouvem a defesa, a acusação e as testemunhas. Eles podem fazer perguntas ou até pedir para rever as provas.
Ao fim do julgamento, o juiz pergunta aos jurados se todos entenderam tudo. “Um jurado não pode ficar com dúvidas”, diz Sergey.

Depois, os cinco devem responder aos questionamentos do juiz, que geralmente dizem respeito ao acontecimento ou não do crime, à identificação do autor e se o réu é culpado ou não, entre outras perguntas.
Do início ao fim do processo, os membros do júri permanecem incomunicáveis e só são liberados após o veredicto do juiz e o fim do julgamento.

Como foi o crime…
O crime ocorreu no dia 5 de agosto de 2000, durante baile na Sociedade Recreativa e Ginástica Tubarão (Sorgitu). Orlando João Rigo pretendia ir embora quando encontrou o seu carro trancado por outro veículo, no estacionamento. Ele chegou a chamar pelo proprietário do carro que impedia a saída pelo sistema de som da casa. Como não obteve resposta, o réu e mais alguns amigos quebraram o vidro do veículo e o empurraram para abrir passagem.

Foi quando Luciano Mendes, dono do veículo removido, apareceu com amigos. Iniciou uma discussão. No meio do bate-boca, Rigo sacou um revólver calibre 22 e disparou contra Mendes, que teve o pulmão perfurado pela bala e não resistiu ao ferimento. Após o crime, Rigo chegou a ficar 122 dias preso, mas foi solto porque o flagrante foi lavrado irregularmente.

Na época, a defesa alegou legítima defesa, já que a vítima tinha uma faca no banco do seu carro. A tese, porém, não foi aceita pelo júri. O réu recebeu duas sentenças em um primeiro julgamento: uma de um ano de prisão, pelo homicídio, e outra de um ano e dois meses, por porte ilegal de arma. A promotoria recorreu e o júri será realizado hoje.

Aeroporto Regional Sul: Cinco cidades não pagaram o consórcio

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Zahyra Mattar
Tubarão

A Câmara de Vereadores de Tubarão trouxe à tona, na sessão de ontem, uma urgência que poderá emperrar as obras da segunda etapa do Aeroporto Regional Sul, em Jaguaruna, tanto quanto a demora na liberação dos recursos: a falta de pagamento do consórcio pró-aeroporto, firmado entre todos os municípios da Amurel para a compra dos lotes de terra necessários para a construção do empreendimento.
A questão financeira foi resolvida, mas foi uma “pedra no sapato” até bem pouco tempo. Agora, falta “apenas” a liberação da ordem de serviço para o início das obras. Já a do pagamento das parcelas do consórcio… esta parte está emperrada há muito tempo. Cinco cidades não quitaram as suas partes: Gravatal, Laguna, Rio Fortuna, Grão-Pará e Imaruí.

“Não é um ato inteligente destes prefeitos negarem-se a pagar o consórcio. Também não é ético e justo com os outros municípios que se esforçaram e quitaram aquilo que se comprometeram. Até mesmo porque o aeroporto beneficiará a todos. Minha maior preocupação é que o estado já sinalizou o início das obras e não temos ainda o terreno acertado, como deveria”, lamenta o vereador Maurício da Silva, autor do requerimento.

Esta preocupação de Maurício foi subscrita por todos os outros vereadores tubaronenses e será estendido em forma de requerimento para os cinco prefeitos que ainda não quitaram. O mesmo foi encaminhado à Amurel. “Se o que impede os prefeitos de pagarem for a negativa das câmaras, vamos fazer uma caravana até estas cidades e conversar com nossos colegas. Tubarão tem moral para tomar a frente, assim como as cidades que já fizeram a sua parte”, destaca Maurício.

Chuvas em Santa Catarina: Mais do que solidários

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Tatiana Dornelles
Tubarão

Para ajudar os desabrigados e desalojados do norte de Santa Catarina, inúmeras pessoas resolveram ‘mexer’ no guarda-roupas e no armário da cozinha para separar tudo o que pode doar. Outras trabalham incasavelmente no ginásio municipal Paulo Jacob May, em Tubarão, na triagem dos donativos que chegam no local. Ontem, dois caminhões saíram rumo ao norte, um deles cedido pela Magazine Luiza.

O pequeno Guilherme Teleginski da Costa, 10 anos, é lobinho do 9º Grupo Escoteiro Tubarão e deixou as brincadeiras de lado, típicas da idade, para auxiliar na triagem realizada no ginásio. “As pessoas de Blumenau perderam tudo. As famílias precisam de roupas, alimentos. Estamos, de alguma forma, ajudando estas pessoas. Nosso lema é ‘sempre alerta’, por isso demonstramos nossa solidariedade”, explica Guilherme. Para o também lobinho Alef Emerich Vieira, 10 anos, vale a pena todo o trabalho e esforço. “Estou fazendo minha boa ação ao ajudar as pessoas que perderam tudo. Vale a pena vir auxiliar”, admite.

Nove agentes comunitárias do posto de saúde do bairro Dehon também tiraram o dia para ajudar na triagem. “É o mínimo que podemos fazer. Tubarão já passou por isso e conseguiu se reerguer. Estamos todos com este espírito solidário”, conta a agente comunitária Juceneide Crocetta Gadzinski de Sousa.

Ontem à tarde, um grande número de voluntários compareceu ao ginásio para ‘arregaçar as mangas’ e trabalhar na separação dos materiais. A turma de guarda-vidas em formação no Corpo de Bombeiros trabalhou no local de manhã. Bombeiros também estiveram o dia inteiro no local. Quem quiser doar, basta levar os donativos no ginásio. No caso das doações que necessitam de transporte, as pessoas devem ligar ao telefone 153, que um caminhão fará o recolhimento.

Para doar…
Produtos de higiene pessoal: sabonetes, escovas de dente, creme dental, rolos de papel higiênico, caixas de cotonetes, xampus, pentes, toalhas de rosto, pacotes de absorventes e fraldas geriátricas.
Produtos de limpeza: vassouras, rodos, panos de chão, baldes, sabão em pó, água sanitária e sacos de lixo (50 e 100 litros).

Para as crianças e bebês: mamadeiras com bicos, fraldas e brinquedos.
Outros materiais: velas, fósforos, travesseiros, cobertores, pratos e copos de plástico, talheres, colchões, lonas plásticas e sacos de plástico (3 e 5 litros).

Invasão em área verde é contida

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Amanda Menger
Tubarão

Após uma denúncia, fiscais de obras e postura da prefeitura de Tubarão e guardas municipais desmancharam ontem uma casa que estava em construção em uma área verde, no bairro São João Margem Esquerda. O local fica em uma encosta e pertence à prefeitura. “Recebemos a denúncia e viemos olhar a construção. Decidimos desmanchar o que já estava pronto para evitar que concluíssem a obra. Este local é de preservação permanente e não pode ter construções”, explica o fiscal Anderson Pereira.

Durante a ação dos fiscais, não foram encontrados os responsáveis pela obra. “Estas ações são frequentes e visam coibir novos casos. A ocupação irregular e inadequada do solo tem uma série de consequências. Um exemplo é o que está ocorrendo em Blumenau”, observa Anderson. Os ‘donos’ da obra poderão ser responsabilizados com um processo administrativo que depois será encaminhado ao Ministério Público.

Sabe o que os astros guardam para você hoje?

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Áries (21/03 a 19/04)
As questões práticas, como as envolvidas com os seus objetivos, trabalho e atividades cotidianas demandam atenção. Façacom o coração.

Touro (20/04 a 20/05)
Você tem a responsabilidade de desenvolver uma nova consciência sobre a vida, compreendendo que constrói o seu destino, segundo os seus pensamentos e sentimentos. O poder da mente está potencializado.

Gêmeos (21/05 a 21/06)
Geminianos terão uma importância fundamental na transformação da sociedade, que ocorrerá ao longo dos próximos anos. Exercerão este poder com a força curativa dos relacionamentos e do compartilhar de recursos e potenciais.

Câncer (22/06 a 22/07)
O poder operará em você por meio dos relacionamentos. Há uma grande revolução anunciada para esta área. E isso envolve relação amorosa, de amizade, de trabalho, de negócios. Pessoas são o seu canal de cura e de transformação, canceriano.

Leão (23/07 a 22/08)
A falta de prazer no trabalho pode adoecer. Há uma crise de consciência nos leoninos, caso não estejam vendo sentido no que fazem.

Virgem (23/08 a 22/09)
A vida chama a evoluir no amor, na relação com filhos e no exercício pleno da vocação. As antigas atitudes, baseadas em controle devem ceder lugar a um fluir mais harmonioso e um renovar de seu poder, autoridade e afeto.

Libra (23/09 a 22/10)
A relação com a família, o lar, as emoções e o trabalho tende a se modificar. Faz parte do seu processo de crescimento, uma espécie de recuperação do poder de gerir a própria vida. Reestruturação interior, nativo de Libra.

Escorpião (23/10 a 21/11)
Escorpianos tendem a mudar a relação com o meio e as pessoas, podendo vir a buscar ambientes e contatos mais sintonizados com o novo desenvolvimento que surge. Poder de comunicação e poder mental.

Sagitário (22/11 a 21/12)
Você tende a utilizar com uma nova função e consciência os seus talentos e com isso pode se modificar a situação material. Isso é algo que começou a despontar em 2008.

Capricórnio (22/12 a 19/01)
Júpiter e Plutão se movimentam em seu signo agora. Representa a visão de um futuro diferente, de uma consciência mais ampla e das mudanças que se fazem necessárias em sua vida. Não tenha receio delas.

Aquário (20/01 a 18/02)
Os aquarianos repensarão seus objetivos, ambições e trabalho, compreendendo que o mais importante desenvolvimento é interior. É preciso redesenhar o equilibrio entre atividade e descanso, dever e lazer.

Peixes (19/02 a 20/03)
Transformação na natureza das amizades, grupos e instituições com os quais anteriormente você estava vinculado. A partir de agora novas pessoas se aproximam e você construirá com elas objetivos que beneficiem a todos.

Comboio da solidariedade pelas ruas de Tubarão

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“Sobe, Fabio!”, disse Walmor Double J, do seu Jeep safra 1965, incrementado mais pelo amor do seu proprietário do que pelas novas descobertas tecnológicas (a sirene não funcionou!). “Com toda a família”, completou. Minha esposa e as meninas aceitaram de bom grado. Subimos para uma bela aventura de solidariedade, pelas ruas da cidade de Tubarão, às 19h30min de segunda-feira, 1º de dezembro.

No comboio, mais do que a quantidade de pessoas (expressiva), impressionava a qualidade dos voluntários: gente feliz, com o prazer da solidariedade prática fixado no rosto. Walmor JJ separava-se do comboio para fazer rally nas ruas paralelas. Bastava avistar uma mão segurando uma sacola, e disparava: “Moço, essa sacola é a das compras da padaria, para o café, mas espera que vou buscar um quilinho de arroz lá em casa”, explicavam, segurando firme a sacola, com medo que fosse recolhida para dentro do Jeep e, depois, para o caminhão. Uma senhora pediu que a seguíssemos até sua casa. Desci do Jeep para pegar duas sacolas, uma com roupa e outra com cobertores.

Ela tirou da sacola peça por peça e dava para eu cheirar: “Veja você, moço, e diga se não estão bem cheirosas. Lavei tudo com carinho”, explicou, enquanto mais uma blusinha aproximava-se do meu nariz. Gosto de odorar vinhos, mas odorei de bom grado as roupas, para confirmar que o perfume da limpeza aumentava o valor moral das roupas doadas. De repente, fomos ultrapassados por um carro com o porta-malas aberto. Lá dentro, um fogão. Pensei que se tratasse de uma mudança, mas era doação. “Saí de carro atrás de vocês, pois pensei que não passariam na minha rua.

Quero doar o fogão. Ainda é novo, e vai deixar alguém feliz”, explicou. A cena bizarra tornou-se experiência emocionante. Em segundos, colocamos o fogão dentro do caminhão. “Tomem cuidado com as bocas, não as deixem cair”, recomendou-nos a doadora. Na verdade, a impressão que eu tinha, quando recolhia qualquer produto doado, era de estar segurando um objeto sagrado, divinizado pelo amor. A sacralidade da solidariedade nos fazia sentir dentro de um belo mosteiro, animados por cantos gregorianos, mesmo estando num Jeep, animados pelas explosões da buzina a ar de um caminhão.

Enquanto o Jeep estava parado, um senhor aproximou-se. Com ele, um festeiro buldogue, que assemelhava – pela simpatia que irradiava – a um colega da Unisul, agora aposentado. “Como se chama o cachorrinho?”, perguntei. “O nome dele é Antero”, respondeu. Impressionante! Eu havia mesmo pensado no querido professor Antero (imaginem se eu não fosse amigo dele!). A coincidência de pensamento explicou-me que a solidariedade não é obra do acaso (a lei do amor é lei divina) nem é experiência sisuda. A solidariedade aquece o coração (de quem doa e de quem recebe) e diverte a alma.

Mesmo na tragédia, quando motivado pelo amor, o ser humano encontra também o prazer do bom humor, que solidifica os vínculos de fraternidade. Um estudante doou uma calça e uma camisa. “Deve ter tirado agora do armário”, pensei. A cara de felicidade dele me comoveu. Olhei para o lado e vi que Walmor estava em lágrimas. Voltamos para casa às 23 horas. O comboio do amor foi, também, uma bela ocasião de aprendizado para minhas duas filhas. Antes de dormir, lembrei das lições do professor Osvaldo Della Giustina sobre a “massa de consciência”: sujeito pessoal e coletivo, crítico e criativo, do amor.

Ele tem razão. Existe uma massa de consciência, mesmo se às vezes adormecida. Situações emergenciais a despertam. Mas não deveríamos viver a solidariedade somente em situações emergenciais. Precisamos dela todos os dias. Precisamos, também, de teorias científicas da solidariedade, que coloquem a amorização como referência central na pesquisa acadêmica, na política, no direito, na engenharia de trânsito, na economia, nas famílias, nas relações internacionais.

Centro de Educação e Cidadania: Entidade agora será oficial em São Ludgero

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Wagner da Silva
São Ludgero

Auxiliar crianças em situação de risco e oferecer um futuro a elas é uma tarefa árdua, mas que traz grande satisfação e benefícios a toda a sociedade que luta por um mundo melhor e mais digno. Para colaborar neste aspecto, o projeto do Centro de Educação e Cidadania (CEC), idealizado pelo Conselho Municipal dos Direitos a Crianças e Adolescentes (CMDCA) e Conselho Tutelar de São Ludgero, saiu do papel. O local será oficialmente inaugurado na próxima quinta-feira.

A instituição, instalada no antigo seminário do município, é gerenciada pelo CMDCA. Após cinco anos de persistência para a implantação do projeto, os trabalhos iniciaram em abril deste ano. Neste período, a entidade já recebeu investimento de R$ 150 mil, através do Instituto Souza Cruz. O dinheiro foi utilizado para equipar o CEC, casa da sala de informática.

Hoje, o centro tem oito colaboradores que atendem 80 crianças, com idades entre 6 e 15 anos. Elas participam de oficinas de dança, artesanato, informática, música, além de aulas de educação física e acompanhamento de psicóloga e pedagoga, com reforço escolar. As crianças permanecem na instituição até o início da aula e recebem alimentação e banho. “Há profissionais empenhados em ajudar estas crianças. Conseguimos equipar as salas e mostrar tudo isso para a comunidade é muito importante para nós”, valoriza a coordenadora do CEC, Márcia da Silva Lunardi.

Comprometimento das equipes de profissionais
e professores fazem a diferença na entidade

As equipes de profissionais e professores que atuam no Centro de Educação e Cidadania (CEC) de São Ludgero são o que fazem a diferença. Nada de comodismo. Todos querem fazer algo a mais e empenham-se ao máximo para isso. Um exemplo é o professor Daniel Buss. Ele foi contratado para as aulas de educação física e, como também é músico, resolveu tomar a iniciativa e apresentou um projeto para ensinar as crianças em suas horas de folga.

Músico há 12 anos, Daniel resolveu fazer o “seu a mais”. Enquanto os instrumentos não chegaram (foi feita uma licitação, tudo conforme manda o figurino), o grupo improvisava com latas e tampas de panela mesmo. “Meu objetivo é mostrar para eles o prazer que a música traz. Quando começamos com as latas, foi muito legal. Mesmo sem recursos, eles vinham empolgados para aprender o ritmo das músicas”, emociona-se o professor.

As aulas são oferecidas duas vezes por semana, nos dois períodos de funcionamento do centro. O objetivo principal não é criar músicos, e sim ensinar as crianças a tornarem-se cidadãos responsáveis. “Não importa se sairá um novo ídolo daqui, o que importa é que saiam todos cidadãos de bem”, valoriza Daniel.

Afogamento em São Ludgero: Desaparecido é encontrado morto

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Wagner da Silva
São Ludgero

Um corpo de homem foi encontrado por populares, ao meio-dia de ontem, boiando no rio Braço do Norte, que corta o município. Uma guarnição dos Corpo de Bombeiros de Braço do Norte foi acionada para retirar o cadáver da água. Familiares de um rapaz dado como desaparecido desde o dia 22 do último mês foram até o local e confirmaram ser quem procuravam: Márcio Oliveira dos Santos, o Gamarra, 28 anos.
O rapaz era natural de Urubici e trabalhava em São Ludgero como servente de pedreiro. Ele era conhecido na região por participar de jogos de futebol em campeonatos do Vale. Márcio residia atualmente em São Ludgero, na casa de sua avó, no bairro Encosta do Sol.

O corpo já estava em estado avançado de decomposição. Segundo o Instituto Geral de Perícia (IGP) de Tubarão, para onde o corpo foi encaminhado, ele morreu há, pelo menos, três dias. O desaparecimento de Márcio foi registrado por um tio. “Conforme informações repassadas pelos familiares, ele chegou em casa de uma festa, no dia 22, por volta das 3h30mim. Logo em seguida recebeu um telefonema, saiu e desapareceu”, informa o delegado de Polícia Civil de São Ludgero, Agostinho Schlickmann.

A polícia aguarda agora o laudo do IGP para descobrir qual a real causa da morte de Gamarra. O corpo tinha uma perfuração na altura das costelas. Outro detalhe que a polícia investiga é o fato de que o rapaz, conforme a família, saiu de casa com outra roupa, mas ele foi encontrado com um uniforme de futebol.

Participação de Gamarra
em outro crime é descartada

A morte de Márcio Oliveira dos Santos, o Gamarra, cujo corpo foi encontrado ontem, pôs fim a uma das linhas de investigação da Polícia Civil de Braço do Norte sobre o corpo encontrado carbonizado na última segunda-feira, na localidade de Rio Santo Antônio, no interior da cidade. Havia a suspeita de Gamarra estar envolvido com drogas e ser o autor do homicídio.

A partir de agora, a polícia segue apenas a pista da caminhonete queimada, encontrada também na segunda-feira, em Orleans. O corpo ainda está no Instituto Geral de Perícias (IGP) de Tubarão e segue sem identificação. Até agora, a polícia sabe que o homem era casado e foi morto com um golpe na cabeça, única parte do corpo que não queimou.

Falta de gás natural: Alternativa para o abastecimento

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Tatiana Dornelles
Tubarão

Enquanto o fornecimento de gás natural através do gasoduto não volta ao normal no sul de Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, o que deve levar cerca de 12 dias, os motoristas estão ‘desesperados’ com os gastos que têm com outros combustíveis, como gasolina e álcool, por exemplo.

Ontem, uma imensa fila foi formada nas duas entradas de um dos estabelecimentos da Rede de Postos A. Nunes, em Tubarão. Tudo porque a rede resolveu disponibilizar o gás natural comprimido (GNC), em caráter emergencial, aos consumidores. Os abastecimentos ocorrem diretamente no caminhão que transporta o gás natural. Ontem, alguns motoristas ficaram de uma a duas horas na fila.

Devido à logística necessária para que o produto chegasse ao consumidor, o preço do GNC está um pouco mais elevado do que o GNV: R$ 1,89 por metro cúbico. Para a empresa, os custos chegam a R$ 0,80 por metro cúbico. Contudo, o preço final (que vai para o consumidor) teve um acréscimo de apenas R$ 0,23 por metro cúbico. O GNC deve ser disponibilizado em Tubarão pelo A. Nunes até o restabelecimento do fornecimento de GNV através da SCGás pelo sistema de gasodutos. Depois da normalização, os preços serão automaticamente reduzidos aos patamares anteriores.

Somente na região, cerca de cinco mil veículos são convertidos para GNV. Em Tubarão, são 2.943 carros a gás. Nas outras cidades da região, 518 veículos são de Capivari de Baixo; 195 de Gravatal; 122 de Armazém; 333 em Jaguaruna e 420 em Braço do Norte. Nas outras cidades da Amurel, o número gira em torno de 190 para cada município. Algumas empresas que usam gás natural também foram prejudicadas.

O que ocorreu?
O fornecimento de gás em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul ficou comprometido após a explosão no gasoduto em Gaspar, dia 23, em decorrência das fortes chuvas. As obras haviam sido suspensas por motivo de segurança, mas foram retomadas ontem.
A empresa TBG, responsável pelo gasoduto, apresentou um plano de contingência especial para garantir a integridade física dos trabalhadores na obra. A Defesa Civil coordenará a segurança da obra e fará acompanhamento até o fim. Quarenta pessoas trabalharão nos reparos.

Dados
O número de mortos com as enchentes no norte do estado subiu: 117. Trinta e duas pessoas estão desaparecidas, 8.089 desabrigadas e 27.236 desalojadas.

Integrantes do Exército de Tubarão irão para Blumenau

Amanda Menger
Tubarão

Sábado, às 6h30min um grupo de 45 militares da 3ª Companhia do 63º Batalhão de Infantaria do Exército em Tubarão seguirá para Blumenau. Eles passarão a integrar a força-tarefa que auxilia as vítimas das enchentes no norte de Santa Catarina.
Amanhã, outros 60 militares sediados em Florianópolis irão para o Vale do Itajaí. De Criciúma, também partiu ontem um grupo com 105 homens. A ‘missão’ deles é fazer a guarda nos abrigos e ainda ajudar na distribuição dos donativos. “Vamos nos unir aos outros militares do Exército que estão trabalhando desde o dia 23 de novembro.

Ajudaremos no que for preciso, resgatando pessoas, se necessário, fazendo guarda nos abrigos, na triagem das doações, levando para as comunidades o que for arrecadado. O Exército é a mão amiga”, afirma o comandante da 3ª Cia, major Paulo Henrique Corrêa dos Santos.
O grupo permanecerá em Blumenau por uma semana (retorna no dia 13). Uma outra equipe seguirá para o norte no dia 26 e voltará no dia 2 de janeiro. “Até que a situação esteja resolvida, haverá um revezamento de militares. O importante é auxiliar o próximo”, destaca o major.

Nesta primeira ‘leva’, seguem os militares há mais tempo em serviço. O objetivo é passar tranquilidade à população, por isso, a experiência dos oficiais, sargentos, cabos e soldados foi levada em conta. Um dos integrantes do grupo é o relações públicas da 3ª Cia, subtenente Elói Marins. Há 20 anos no Exército, o subtenente passou por uma situação semelhante. Ele ficou desabrigado após um vendaval que atingiu Cascável, no Paraná, em 1997. “O vento levou parte da minha residência, na vila do Exército. Entendo o que estas pessoas estão sentindo. É muito triste ver a sua casa destruída”, conta Marins.

Outros exemplos
Policiais militares da 8ª Região de Polícia Militar (8ªRPM) e bombeiros voluntários de Jaguaruna também participam da força-tarefa que auxilia as vítimas de enchentes no Vale do Itajaí.
Uma equipe do Corpo de Bombeiros Voluntários de Jaguaruna partiu para Ilhota na última quarta-feira. Eles participaram do resgate de vítimas da cheia e também do desmoronamento no morro do Baú. O grupo de sete bombeiros efetuou o resgate de 11 pessoas que estavam perdidas e ilhadas, e de três corpos encontrados soterrados. A equipe retornou sexta-feira, quando as buscas foram encerradas devido à forte chuva que ainda caía no Vale do Itajaí.

Na segunda-feira, 43 policiais militares seguiram para o norte. De Tubarão, foram 15 policiais; de Treze de Maio um; de Pedras Grandes três; de Capivari de Baixo quatro; de Braço do Norte nove; de Imbituba cinco; e dois de Laguna, de onde uma equipe do Pelotão de Patrulhamento Tático partiu na última semana.

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