terça-feira, 30 julho , 2024
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Sabe o que os astros guardam para você hoje?

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Áries (21/03 a 19/04)
Desapego é a energia evocada hoje e pode ser vivenciada de forma consciente ou estimulada pelas circunstâncias, que obrigam a uma mudança de mentalidade.

Touro (20/04 a 20/05)
Lua em desacordo com Vênus indica dificuldade de harmonizar a profundidade de vinculo emocional com o anseio por liberdade. Você quer afirmar seus valores idealistas.

Gêmeos (21/05 a 21/06)
Objetividade, concentração e conhecimentos relacionados à carreira profissional são aspectos enaltecidos atualmente. É o momento em que você vai além do imediatismo e consegue perceber o que pode ser realizado ao longo do tempo, esforçando-se para tal.

Câncer (22/06 a 22/07)
Emoções e sexualidade são aspectos enaltecidos com a Lua posicionada em Escorpião. Conscientização de sentimentos e de desejos. Mas pode haver extremismo nas atitudes. Um tudo ou nada emocional.

Leão (23/07 a 22/08)
Força de regeneração, seja ela física, emocional ou profissional. Possibilidade de eliminar hábitos ou atitudes que estejam lhe fazendo mal. Percepção do poder pessoal e de que não pode abdicar dele.

Virgem (23/08 a 22/09)
Atitudes solidárias favorecem os relacionamentos e o trabalho. Trabalho em equipe é beneficiado. Mas é preciso respeitar diferenças que existem nas relações, sejam elas de trabalho, amorosa, ou de amizade.

Libra (23/09 a 22/10)
Vênus, regente libriano, está em aspecto desafiador com a Lua, indicando desafio de harmonizar os sentimentos com a sua manifestação nos relacionamentos. Valores pessoais sendo questionados. Ousadia que quebra padrões, nativo de Libra.

Escorpião (23/10 a 21/11)
A Lua está em seu signo indicando um dia de intensas emoções e uma percepção profunda da realidade. Você tem esta facilidade de penetrar no significado oculto das experiências e dos sentimentos. Olha para as coisas com um olhar perspicaz, escorpiano.

Sagitário (22/11 a 21/12)
Dia que contém energia instrospectiva, gerando questionamento sobre as emoções. Tendência a temer mudanças, mas simultaneamente você percebe a necessidade de efetuá-las.

Capricórnio (22/12 a 19/01)
O final de formas obsoletas é uma tendência que começa a se manifestar e será a realidade dos próximos anos. Você percebe isso em sua própria vida.

Aquário (20/01 a 18/02)
Aproveite a passagem de Vênus pelo seu signo para cultivar novos valores e expressar o senso fraterno e ousado que lhe caracteriza. O afeto baseado no respeito à individualidade pode florescer em condições positivas.

Peixes (19/02 a 20/03)
Procure reconhecer os sentimentos que anteriormente estavam reprimidos, pisciano. Você está emocionalmente sensibilizado, idealizando os relacionamentos. Talvez eles apresentem uma realidade diferente da imaginada.

As canções natalinas

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É muito triste constatar, mas o fato é que, se deixarmos, o espírito de Natal transformar-se-á em simples apelo comercial. Há que façamos alguma coisa, pois isso já está acontecendo. Se prestarmos atenção, verificaremos que os meses que antecedem a data maior da cristandade são usados para se enfeitar nossas cidades com muitas luzes, cores, Papais Noéis e árvores decoradas para se vender mais. De tudo.

Mas esse cenário colorido, cheio de luzes, enfeitado com Noéis com barba falsa e roupa vermelha e árvores onde contrasta o colorido com o branco da neve também falsa para induzir a se comprar, não é, absolutamente, o espírito de Natal. É apenas consumo.
O verdadeiro significado do Natal quase não é lembrado: o nome da festa é usado, apenas, como propaganda para que compremos presentes, abusando dos signos a ela inerentes, como as árvores enfeitadas, os Papais Noéis, anjos e presépios. E canções.

As canções natalinas talvez devessem ser mais ouvidas, porque dizem muito e tocam a gente. Mas a verdade é que não damos a devida atenção às suas letras, e deveríamos.
Existe uma variedade bastante grande de canções de Natal. A maioria importada de outros países, mas elas existem. E, se ouvirmos com atenção as suas letras, veremos que muitas delas contam a verdadeira história do Natal. São, quase todas, canções tradicionais e antigas que contam a trajetória do menino de Belém desde antes do seu nascimento, em uma manjedoura do meio do caminho, até se transformar no homem de Nazaré.

E ajudam, assim, a criar o verdadeiro espírito de Natal. Aí sim, sabendo do real significado, poderemos dar presentes aos nossos entes queridos, enfeitar uma árvore e cantar juntos uma canção para comemorar o aniversário do Menino que está nascendo e que significa o nosso renascimento, a renovação da vida.
São canções como “Jingle Bells” – ou “Bate o Sino”, por exemplo, que nos lembram de um sino que anunciava o nascimento que é o motivo maior do Natal: “Bate o sino pequenino / Sino de Belém / Já nasceu Deus Menino / para o nosso bem”. Como também em “Natal das Crianças”: “Natal da noite de luz / Natal da estrela-guia / Natal do menino Jesus”.
E
m “Silent Night” – Noite Feliz, a história é recontada, mais completa: “Noite feliz, noite de paz / Oh, Senhor, Deus de amor / Pobrezinho, nasceu em Belém. / … / Oh, Jesus, que quiseste nascer / nosso irmão / e a nós todos salvar”.
E outras tantas canções nos enlevam e elevam o nosso espírito para que não percamos o verdadeiro sentido do Natal. Precisamos cantá-las e entendê-las. Para que o espírito de Natal se faça em nós, genuíno, verdadeiro.

Comércio no Vale: Hoje é o último dia de compras de Natal

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Wagner da Silva
Braço do Norte

Quem deixou para comprar o presente do cunhado ou da sogra por último tem somente até as 17 horas desta quarta-feira para correr atrás de uma lembrancinha. O horário da maioria das lojas no Vale de Braço do Norte é prolongado para atender os ‘atrasadinhos’.
Durante todo este mês, as Câmaras de Dirigentes Lojistas do Vale estiveram com programações especiais para a data mais festiva e celebrado do ano. Apresentações musicais, chegada do Papai Noel, missas especiais, entre outras atrações, ocorreram nos cinco municípios da região. Em Braço do Norte, a programação especial encerrou na noite de segunda-feira, com o Natal dos Anjos, o Natal Luz Cerbranorte e um show pirotécnico.

O diretor da CDL de Braço do Norte, Clayton Della Giustina Coan, destaca que, durante todo o mês, o comércio esteve movimentado e os lojistas deverão chegar ao fim do ano com a meta de crescimento, prevista para 7%, alcançada. “As consultas ao SPC são nosso termômetro. Apesar da situação econômica instável, a data mais importante do comércio provou que a cultura fala mais alto”, avalia.
Em São Ludgero, a programação de Natal termina somente nesta quarta-feira, às 18 horas, com o sorteio de vale-compras (cinco no valor de R$ 500,00; dez de R$ 200,00 e dez de R$ 50,00). “Logo que o comércio fechar, vamos recolher as urnas para o sorteio, que será realizado na praça da igreja matriz”, relembra a gestora executiva da CDL, Elaine Schlickmann.

Em Grão-Pará, a programação encerrou na noite desta terça-feira, com show de bandas na praça da igreja. Assim como nas outras cidades, o comércio funciona até as 17 horas desta quarta-feira, sem fechar para o almoço. Já em Rio Fortuna, o último dia para as compras, esta quarta, terá horário normal do comércio: das 8 às 18 horas.
Na cidade de Santa Rosa de Lima, uma novena, às 20 horas, a apresentação de uma peça teatral sobre a noite de natal e o sorteio de brindes do comércio encerram a programação de Natal do município, nesta quarta-feira. “O comércio fica aberto até 19 horas de amanhã (quarta-feira). Depois, a programação segue para a igreja matriz, onde terá o teatro e a novena”, orienta a associada da CDL, Claudia Tenfen Heidemann.

Polêmica entre PM e Guarda Municipal

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Maycon Vianna
Tubarão

O comando do 5º Batalhão da Polícia Militar reuniu-se nesta semana para tratar de um assunto que pode gerar polêmica entre os órgãos de segurança pública da cidade: qual é o papel da Guarda Municipal em Tubarão? Segundo o comandante do 5º Batalhão da Polícia Militar de Tubarão, tenente-coronel Eduardo Mendes Vieira, a função da Guarda Municipal é proteger o patrimônio da cidade, orientar e organizar o trânsito e fazer vigilância de ruas e estradas. “Eles não podem fazer policiamento ostensivo de trânsito e nem exigir documentos ou aplicar multas e notificações”, argumenta Eduardo.

Para o comandante, efetuar barreiras nas ruas e fazer abordagem de pessoas também não é papel da Guarda Municipal. “Se os guardas municipais atenderem um acidente de trânsito, os envolvidos podem recusar-se apresentar os documentos. Já a PM, tem este direito. Só para lembrar: a Guarda Municipal que atua em Tubarão não tem o poder de polícia”, enfatiza Eduardo.

Para o comando do 5º Batalhão da PM, a solução é criar, dentro da própria GM, um corpo de agentes de trânsito, orientá-los para que eles saibam até onde vai o trabalho e delinear em conjunto pontos que a Polícia Militar não consegue atender e que a Guarda Municipal possa enviar o seu efetivo. “Um ponto, por exemplo, que pode ser referência é colocar um guarda municipal na rodoviária. A PM não consegue atender quem chega e quem sai da cidade. É um local que necessita de segurança”, analisa Eduardo.

Para o diretor da Guarda Municipal, Adailton Livramento, a GM não ficará retrucando as colocações da Polícia Militar para evitar polêmica. “Posso garantir que a Guarda Municipal não atua fora de suas atribuições. Não vale a pena ficar discutindo. O importante é cuidarmos da segurança pública em Tubarão ao invés de perder tempo discutindo por pouca coisa”, contrapõe Adailton.

Autoridades buscam uma solução diplomática

Um documento sobre a atuação das guardas municipais em outras cidades do Brasil é preparado pelo comandante do 5º Batalhão da PM de Tubarão, Eduardo Mendes Vieira, para ser entregue ao prefeito eleito Manoel Bertoncini (PSDB). “Queremos buscar resolver diplomaticamente a ação da Guarda Municipal. Vou entregar pessoalmente um documento que mostra qual é a função dos guardas em âmbito municipal”, enfatiza Eduardo.

Ainda segundo o tenente-coronel, ase o problema com a atuação da GM persistir em Tubarão, a Polícia Militar recorrerá ao Ministério Público.
O secretário de segurança e trânsito da prefeitura de Tubarão, João Batista de Andrade, rebate as críticas do comando da Polícia Militar e diz que a Guarda Municipal atua dentro da lei e nada além do que foi atribuído. “Não queremos entrar em desavença com a PM. Trabalhamos pela segurança pública. Estamos dispostos a conversar e evitar o embate. Creio que não é preciso polemizar este assunto, já que pode ser resolvido entre as autoridades”, ressalta João Batista de Andrade.

Pacote de obras: Prefeitura conclui 90% dos trabalhos

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Amanda Menger
Tubarão

Do pacote de obras anunciado pelo prefeito Carlos Stüpp (PSDB) no início de janeiro, com 23 ruas, foram incluídas outras 18. Destas, cinco ficarão para o próximo ano, 33 foram concluídas e outras três estão em obras. Como o trabalho é feito por empresas vencedoras de licitações, a expectativa é que o serviço tenha continuidade nos próximos dias.

“As ruas Pio XII, Germano Kuerten e Luiz Magalhães Medeiros precisam apenas da capa asfáltica e isso tem que ser feito logo. As empresas podem fazer este trabalho nesta quarta-feira, ou ainda na próxima semana”, relata o engenheiro da secretaria de planejamento da prefeitura, Antônio Carlos dos Santos, o Caíto.
Duas vias foram concluídas nesta terça-feira: a Cândido Freire Leão (do Posto Texaco) e a Otto Feuerschuette (da câmara de vereadores), ambas na Vila Moema. As duas vias fazem parte do anel viário e, com a pavimentação da Pedro Zapellini, desafogarão o trânsito. “Só faltará pintar a sinalização das ruas. A capa asfáltica já foi concluída”, afirma o secretário de desenvolvimento urbano da prefeitura, Anselmo de Bonna Melo.

Segundo Anselmo, o trabalho só não rendeu mais por causa das chuvas. “Se não tivesse chovido tanto de julho para cá, poderíamos ter terminado tudo. Quatro ruas nem chegamos a mexer, como é o caso da Felipe Schmidt (da prefeitura), Porto Alegre (em Termas da Guarda), Coronel Martins Cabral (do posto Golfinho) e a Padre Dionísio da Cunha Laudt (ao lado da Unisul). Já a Pedro Zapellini, retorna os trabalhos no dia 5 de janeiro”, adianta o secretário de desenvolvimento urbano. A pavimentação das 43 vias soma 30 quilômetros de ruas pavimentadas com asfaltos em Tubarão e um investimento superior a R$ 7 milhões.

Ruas do ‘pacotão’ em Tubarão
1 – Treze de Maio (bairro Fábio Silva);
2 – 27 de Maio (no centro);
3 – Anita Garibaldi (rua transversal à funerária Santa Rita, conhecida como a ‘rua da toca’, no centro);
4 – Avenida Rodovalho (rua da Caixa Econômica Federal do centro).
5 – Canadá (a principal rua do bairro Passagem).
6 – Coronel Martins Cabral (rua do Posto Golfinho, em Humaitá – ficou para 2009).
7 – Conselheiro Mafra (desde a avenida Marcolino Martins Cabral até o Fórum).
8 – Eugênia dos Reis Perito (antiga rua Chile).
9 – Germano Kuerten (paralela a Coronel Martins Cabral – Humaitá de Cima – em obras);
10- Luiz Magalhães Menezes (Humaitá de Cima – em obras).
11- Felipe Schimidt (rua da prefeitura, no centro – 2009).
12- Pio XII (transversal à Padre Geraldo Spettman, próximo à rodoviária; em obras).
13- Porto Alegre (Termas da Guarda – 2009).
14- João Adolfo Corrêa (Estrada Geral do Passo do Gado, próximo a ponte do Andrino ).
15 – Jaime Aguiar de Souza (bairro Humaitá );
16 – José Amâncio Gomes (continuação da rua Jaime Aguiar de Souza – paralela a do presídio).
17 – José Botega (bairro São Cristóvão).
18 – Padre Dionísio da Cunha Laudth (bairro Dehon para 2009).
19 – Princesa Isabel (padaria Rainha, em Oficinas).
20 – Roberto Zumblick (lateral do Angeloni – concluída).
21- Laguna (em Oficinas).
22 – Lauro Müller (desde a rua Vidal Ramos até a ponte Dilney Chaves Cabral).
23 – Recife (paralela à escola Maria Emília Rocha).
24 – Rui Barbosa (desde a avenida Marcolino Martins Cabral até a linha férrea em Congonhas).
25 – Sílvio Búrigo (rua de acesso à Feinvest pelo bairro Monte Castelo).
26 – Simeão Esmeraldino de Menezes (trecho em frente ao bloco da saúde da Unisul, no bairro Dehon ).
27 – São José (rua do Ceja, no centro).
28- São João (rua da Incocesa, bairro São João).
29 – Vidal Ramos (rua do Hospital Nossa Senhora da Conceição, no centro).
30 – Marcolino Martins Cabral (trecho próxima a rótula da Unimed).
31- Pedro Zapelinni (Oficinas – em obras para 2009).
32 – Teodoto Tonon (Vila Moema ).
33 – Antenor Lemos (São Cristóvão).
34 – Pedro Gomes de Carvalho (Oficinas – fundos do mercado Machado).
35 – Galdino José de Bessa (Oficinas, rua ao lado da escola Ginásio Santíssimo Sacramento – Irmãs Bahianas ).
36 – Antonio Zacaron (São Cristóvão).
37- Flores (São Cristóvão).
38 – Estrada Geral do Rio do Pouso (trecho próximo ao hotel Termas do Rio do Pouso).
39- Paulo Souza Brasil (São Cristóvão).
40 – Cândido Freire Leão (Vila Moema, rua do posto Texaco).
41 – Otto Ferschuette (rua da câmara de vereadores, na Vila Moema).
obs: As ruas em negrito estão em obras ou ficaram para 2009.

Pacote de Imbituba é prorrogado
Das 31 ruas do pacote de obras da prefeitura de Imbituba, apenas 11 foram finalizadas. O problema, assim como em Tubarão, foi o mau tempo. As demais serão feitas apenas em 2009 e o prazo para conclusão dos trabalhos foi prorrogado para o dia 30 de abril. Para realizar as obras, a prefeitura fez um convênio com o Badesc, no valor de R$ 3 milhões e contrapartida de 30%.

“Lançamos o pacote em agosto e queríamos terminar em dezembro para que os turistas e moradores pudessem iniciar o ano trafegando em ruas com melhores condições, porém, não foi possível. Desde julho, tem chovido com frequência e, com o solo molhado, não conseguimos fazer nenhum serviço de drenagem ou terraplanagem”, explica o engenheiro da secretaria de obras da prefeitura, Moacir Freitas da Rosa.
Destas vias, 29 serão calçadas com lajotas de concreto e outras duas terão o asfalto revitalizado. “A lajota de concreto tem uma durabilidade maior, uma conservação mais fácil e, quando temos algum problema, com cano estourado ou ligação de água, é só retirar a lajota, fazer o trabalho e colocar a peça no lugar.

Já o asfalto, fica todo recortado. Sem contar que o asfalto impermeabiliza o solo e, em dias de chuva, fica mais difícil escoar a água”, esclarece Moacir.
Entre as ruas concluídas, estão duas no Vilage, três no Centro, uma na Roça Grande, uma na Guaíra e outras quatro na Vila Nova. “Esta da Roça Grande concluímos terça-feira. Outras obras estão na fase de terraplanagem e drenagem e terão continuidade na próxima semana, na segunda e terça. E pegaremos com força no início de janeiro”, garante o engenheiro.

A prefeitura também realizou nas últimas semanas um trabalho de tapa-buracos e revitalização de ruas que foram atingidas pelas chuvas de novembro. “Uma delas é a avenida Porto Novo. Essa via dá acesso à Praia do Rosa, e nesta época do ano é fundamental para o turismo da cidade. Precisa estar em condições de tráfego”, aponta Moacir.

Entrevista exclusiva: Os 8 anos de Stüpp no poder

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Priscila Loch
Tubarão

Notisul – Qual a sua avaliação destes oito anos de mandato?
Stüpp
– A função de prefeito é a maior oportunidade que o cidadão tem de ser útil a um número maior de outros co-cidadãos. A experiência de gestão pública vai amadurecendo ao longo do tempo. Tenho certeza que hoje estou muito mais maduro do que o dia que entrei aqui, oito anos atrás. Carrego comigo um sentimento muito forte de dever cumprido. Ainda tem muito por fazer, mas contribuí, e muito, para que esta cidade crescesse em todos os sentidos. No geral, pesa muito mais os grandes benefícios que conseguimos trazer para a cidade de Tubarão.

Notisul – Qual foi o seu grande projeto, e existe alguma frustração, de projeto não executado?
Stüpp
– Como legado, vamos lembrar das obras de infra-estrutura. O anel viário da cidade se transformou. Você vai não só ao Rio do Pouso sobre asfalto, como a São Martinho, a São Bernardo, ao Campestre, a Congonhas. As grandes transformações foram não só na periferia, como no centro da cidade. Os acessos asfaltados. A avenida Marcolino maravilhosa, a Pedro Zapellini está estendendo e alargando o horizonte da cidade. Lembrarão de mim por essas obras, e os números mostram que o asfalto faz muita diferença na forma como o cidadão enxerga a prefeitura e o prefeito, mas aquilo que eu quero lembrar é que um governo se faz para aqueles que menos têm e que menos podem. E nisso nós somos muito bons. A rede de proteção social formada na cidade é um exemplo de sucesso: na saúde, educação, nas políticas públicas voltadas à cidadania, e na geração de empregos. Por último, posso dizer que também fica como legado as ações ganhas na justiça. Há uma procuradoria eficiente. Oferecemos, não só para o próximo prefeito, mas para o futuro da cidade de Tubarão e para Santa Catarina, um belo exemplo, que foi a questão envolvendo o ISS, sobre as operações de leasing. Serão milhares de reais que entrarão agora em 2009, e a certeza de uma receita aproximada de R$ 6 milhões, extra, por ano, sobre estas operações. Este é um legado que deixo. Em 2009, podemos receber sobre esta questão algo em torno de R$ 60 a R$ 70 milhões, que já estão ajuizados, que dependem somente de uma rotina jurídica, tempo. São prazos que vencerão no decorrer no próximo ano. O total é de R$ 100 milhões. Até agora, recebemos algo em torno de R$ 20 milhões. E muito daquilo que se está vivendo em obras é fruto desse trabalho. Felizmente, a cidade me reelegeu. Porque, com isso, insisti, persisti, fui no Tribunal de Justiça, contratei novos advogados, busquei uma solução para a questão. Muitos municípios não acreditaram nessa questão, abandonaram.

Notisul – A cidade foi transformada em um canteiro de obras no fim de seus mandatos. Foi assim em 2004 e 2008. Na primeira vez, a alegação foi de que teve que arrumar a casa. E este ano?
Stüpp
– Eu tenho certeza que tudo está atrelado ao assunto anterior. Em 2003 e 2004, estávamos tendo muito sucesso com a entrada daqueles recursos. E para transformar um projeto em obra dentro de uma estrutura pública leva mais de um ano. Em 2004, dei um passo à frente no meu tempo, acreditando que aquela sequência de recursos entraria naquele momento, coisa que só veio a acontecer em 2007. Avancei o sinal e tive que pagar por isso, a austeridade foi a palavra de ordem para realmente equilibrar o fluxo financeiro do município. Hoje, felizmente, estamos chegando ao fim do mandado não só com salário em dia, estamos entregando a prefeitura sem nenhum financiamento, sem nenhum encargo atrasado, como fundo de garantia ou coisa parecida. Os fornecedores em dia, uma prefeitura não só com saúde financeira de fluxo de caixa, com capacidade de endividamento que poucos municípios no país vão ter. Só tive a oportunidade de realmente fazer com que as coisas voltassem a acontecer a partir de meados de 2007. Algumas obras a gente estava continua, mas o governo só é visível por asfalto. Estou sempre sendo analisado por causa do asfalto. E isso, de certa forma, é algo que me entristece, porque um governo não é só isso. Um prefeito pode até não fazer nada de asfalto durante o primeiro ano, mas será que por isso vai deixar de ser um bom prefeito. Eu sei que contribuí para aumentar a auto-estima do cidadão tubaronense com as obras. Eu também sou alguém que se encanta quando entro pela avenida Marcolino e vejo tudo limpo, ajardinado. Já pensou se eu pintasse essa cidade de preto, asfaltasse mais ruas, mas ficasse devendo nos posto de saúde, na escola, no funcionalismo?! Eu poderia ter tomado uma atitude que outros tomaram lá atrás. A média de atraso (dos salários dos servidores) do meu antecessor foi de 60 dias. Sabe o que representa 60 dias de atraso? R$ 5 milhões no caixa da prefeitura. Eu não precisaria ter parado nenhuma obra, era só ter atrasado o salário dos servidores, como faziam antes. Mas não, resolvi tomar por atitude honrar primeiro com aqueles que estão aqui dentro, porque ninguém é senhor lá fora sem ser senhor na sua casa. Apesar de as obras terem se concentrado muito no último ano, foi o que deu pra fazer. Não tive ajuda do governo do estado, do governo federal. Isso é recurso nosso, sem financiamento. Todo o asfalto que tem nessa cidade hoje está pago, e isso é um privilégio. Acredito que nós superamos 100 quilômetros.

Notisul – Rebatendo estas críticas, também tem muita gente que considera que você foi o prefeito que mais fez obras pela cidade. Você concorda?
Stüpp
– Para aqueles que me criticam pelo último ano, eu digo: todos que me antecederam tiveram o último ano, tiveram oportunidade. Por que não marcaram a sua presença no último ano também com obras, no mesmo volume? Porque tinham limitações financeiras. Eu tirei esse município de um orçamento de R$ 20 milhões em 2000 para R$ 100 milhões em 2008. É preciso ter persistência e muito trabalho. Tenho absoluta certeza que lá fora há cidadãos satisfeitos com todo o governo. Antes de mim, teve um prefeito que marcou a sua presença com obras, que foi Paulinho May. Depois dele, indiscutivelmente, eu fui o que mais realizou em termos de obra de infra-estrutura.

Notisul – É público que o seu relacionamento com o governador Luiz Henrique da Silveira nunca foi dos melhores. Como é está relação hoje e qual a expectativa para o governo de Dr. Manoel Bertoncini?
Stüpp
– Minha expectativa é que o governador realmente tenha identificado na minha pessoa, e não na cidade de Tubarão, um problema. Se for pessoal, tudo bem, estou saindo e ele que agora passe a atender Tubarão de forma diferente. Só quero tratamento igual àquele que ele oferece a Criciúma, Blumenau, Joinville, Florianópolis. De certa forma, estamos sendo discriminados. As justificativas foram as mais diversas. Primeiro, foi a falta de projetos; apresentei os projetos. Depois, falta de participação no conselho da SDR; fui para lá para aprovar. Depois, os encaminhamentos precisavam ser feitos dentro de outras secretaria. E a questão da negativa. Vão me desculpar, mas a questão envolvendo a Casan, não tenho dúvida, ninguém negaria judicialmente a condição de poder conveniar com o governo do estado, se fosse oferecido o convênio.

Notisul – A falta das negativas também ocorreu em Jaguaruna e o prefeito Marcos Tibúrcio (PP) conseguiu uma liminar. Por que não foi feito o mesmo em Tubarão?
Stüpp
– Não fui buscar a liminar por uma única razão: nunca veio um convênio para ser assinado. Fiquei esperando. Em 2002, eu não estive com ele (Luiz Henrique), fiz uma outra opção político-partidária e entendia que, durante aqueles quatro anos, de certa forma, estava me punindo por isso. Mas em 2006 foi bem diferente. Botei o adesivo no peito e pedi voto para ele e (Leonel) Pavan e, infelizmente, não obtive sucesso. Espero que Manoel tenha melhor sorte.

Notisul – A população tubaronense tem grande receio de passar por uma nova enchente, especialmente após as chuvas que assolaram o norte catarinense, há algumas semanas. Você acredita que a cidade estaria preparada para uma possível tragédia, a Defesa Civil teria estrutura para enfrentar o problema?
Stüpp
– Não tem Defesa Civil mais organizada em Santa Catarina que a de Blumenau. E, mesmo assim, teve problemas. Quando a situação torna-se atípica, você precisa da participação efetiva de todos dentro de uma prefeitura. Aqui, a nossa Defesa Civil existe principalmente no que diz respeito à estrutura interna da prefeitura, e mais que comprometimento com as questões envolvendo a segurança da cidade. Mas ainda tem muito o que fazer, organizar, buscar preparo. Falando nisso, uma das obras que deixo por legado também é a elevação da ponte do Morrotes. Já que se fala em enchente, aquele estresse todo de margem do rio, implode ou não implode a ponte, é coisa do passado. A demonstração clara de que foi uma atitude correta refazer aquele projeto.

Notisul – Você não acredita que deveria ter um secretário específico de Defesa Civil? Hoje esse cargo é acumulado por outro secretário…
Stüpp
– É intenção do Manoel fazer a indicação de uma pessoa para tocar exclusivamente a Defesa Civil no próximo ano.

Notisul – E o Canil Municipal? Qual o empecilho para não sair do papel?
Stüpp
– Não sei. Sinceramente, não faltou cobrança e, infelizmente, as coisas não aconteceram. Mas já tem encaminhamentos. Tenho dado todo o apoio para isso. Recentemente, Evaldo (Tonelli), que está ao lado de Manoel, mais Nilton de Campos foram a Itajaí e a intenção é, muito rapidamente, tirar o projeto do papel. Já está aprovado na câmara de vereadores e espero também que possa ser uma realidade já nos primeiros meses de 2009.

Notisul – Você foi criticado quando precisou exonerar 200 servidores, no ano passado. Surtiu efeito?
Stüpp
– A austeridade foi em todos os cantos da prefeitura. Naquele momento, era o que tinha a ser feito, era a atitude mais correta. Se hoje temos obras de infra-estrutura, tem muito a ver com aquela atitude tomada lá atrás. Quero reafirmar: nós ficamos descobertos em vários setores em função daqueles cortes. Eu não considero inchada a atual estrutura da prefeitura de Tubarão. Se todos os cargos de confiança forem preenchidos, ganha o cidadão, desde que não ultrapasse os 50% de comprometimento com a folha. Se tiver saúde financeira para segurar, é o quadro ideal. Não tem nada de absurdo 200 cargos de confiança em uma cidade com quase 100 mil habitantes como a nossa. Vamos dar um exemplo: eu criei praticamente 20 cargos com a secretaria de segurança e trânsito. Hoje, dá para abrir mão dela? Não. É uma secretaria muito importante. Aquilo que está aí é o ideal hoje para poder dar respostas ao cidadão, que é o que importa. Exonero todos e entrego a Manoel a estrutura limpa e aí ele e Pepê (Felippe Luiz Collaço, vice-prefeito), junto com a coligação, definirão o tamanho do governo. Como política de governo inicial, se ele quiser preencher 30% dos cargos, por exemplo, pode fazê-lo, mas vai sentir na estrutura operacional. Eu tive problemas como relação a isso, e sei o que estou falando.

Notisul – Falta pouco mais de uma semana para você transmitir o cargo para Dr. Manoel. Por ser o seu sucessor direto, com apoio irrestrito durante a campanha, de que forma contribuirá no mandato dele?
Stüpp
– Informalmente, toda hora que ele me consultar. Com certeza, não serei um sombra para ele. Trabalhei muito para que Manoel chegasse à prefeitura, dediquei-me muito na eleição, dei o máximo de mim, mas o prefeito será ele, não serei eu. Quero contribuir porque acredito muito nele e toda vez que me ligar ou bater na minha porta para pedir uma opinião, receberá com a maior boa intenção. E se eventualmente não quiser me ouvir, sei que ele é mais que qualificado para me suceder.

Notisul – Você responde na justiça uma ação justamente sobre a questão no ISS…
Stüpp
– Eu fui indiciado pelo Ministério Público a devolver, mas ainda não teve nenhuma decisão de mérito dizendo que estou condenado a devolver nada. Vamos fazer uma reflexão: um escritório foi contratado para ir atrás de algo que ninguém sabia, que vai dar a esse municípios R$ 100 milhões, dinheiro que não tinha, e vai receber uma comissão de R$ 2 milhões por esse sucesso. Dei algum prejuízo ao município? Dei lucro, resultado, obras, expectativa de sonhos diferentes para a nossa cidade e o estado, e eu não tenho dúvida que vou ter sucesso também na defesa dessa questão. Se assim não for, nós vamos ter um prefeito só fazendo o básico, com medo de tomar atitude. E eu não me elegi para isso, vim para cá para tomar atitude, com responsabilidade, e os resultados estão aí. Essa cidade cresceu muito no período que eu estou à frente, em todos os sentidos, principalmente em qualidade de vida.

Notisul – A retirada dos trilhos da avenida Marcolino Martins Cabral e a construção de um galpão para abrigar a oficina da Ferrovia Tereza Cristina foi uma obra lançada há mais de cinco anos e não está perto de ser concluída. Qual o problema?
Stüpp
– Burocracia. Não é nada mais que isso. Tivemos, durante estes últimos dois anos, idas e vindas de Brasília. Leva documentos, leva plantas, e refaz cálculos, refaz projeto… Os questionamentos mais diversos. É uma novela que está tendo um fim. O recurso que veio foi totalmente aplicado, mais a nossa contrapartida, nas obras de construção dos galpões, que estão praticamente prontos, que vão receber a atual estrutura da oficina da Ferrovia Tereza Cristina e, com isso, vai nos dar condições de abrir o centro da cidade. Mais um ano e Manoel estará inaugurando esta obra. Muito se falou, principalmente nesse ano de eleição, sugerindo desvios e outras coisas, mas todo o recurso está aplicado. É uma obra difícil, diferente, não uma obra qualquer, mas que vai ter um final feliz, não tenho dúvida. Junto com a Pedro Zapellini, essa era a obra dos meus sonhos. Infelizmente, é uma das que eu não consegui terminar.

Notisul – A construção de mais uma ponte e duas passarelas eram suas promessas de campanha. Mas ficaram para trás. O que houve?
Stüpp
– Você tem que priorizar. Se eu tivesse um pouco mais de sucesso na busca de recursos, com a ajuda do governo do estado, principalmente, poderíamos ter multiplicado os pães. Mas, com a saúde financeira oxigenada, são obras que sairão do papel, porque também têm o visto e a vontade de meu sucessor.

Notisul – A respeito do serviço de abastecimento e tratamento de água, a concessão realmente é o melhor modelo?
Stüpp
– É. Pelo atual quadro político-financeiro do país, não tem outra solução de curto prazo para o problema que não seja a concessão. Não tem recurso suficiente no Ministério das Cidades para resolver todos os problemas do país, nem na Caixa Econômica, nem no BNDS… Precisamos de um solução rápida, urgente. Se queremos o esgoto tratado nos próximos cinco, seis anos, temos que andar rápido, senão não teremos solução nos próximos 30.

Notisul – Existe uma expectativa para iniciar a coleta e o tratamento de esgoto, extremamente necessários, especialmente à ‘saúde’ do Rio Tubarão?
Stüpp
– Tão logo o edital seja liberado no Tribunal de Contas, é uma questão de meses para ver o trabalho ser iniciado. Eu sou muito otimista com relação a essa questão. Sei que Manoel pensa a respeito e acredito ele não vai abandonar o projeto e vai continuar, na busca dessa solução, que é a maior demanda que essa cidade tem. A maior vergonha que Tubarão tem hoje é de ter zero de esgoto tratado. Nós somos os maiores agressores da bacia lagunar. Temos que dar um basta nisso, e só tem uma solução: a concessão do sistema.

Notisul – Há alguma novidade com relação às irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas?
Stüpp
– É interpretação do Tribunal de Contas. Sinceramente, fizemos as alterações que entendíamos pertinentes, e acredito que, do jeito que ele (edital) está hoje, é o ideal e único caminho para fazer com que tenha interessados no sistema. Não dá para abrir mão daquilo que consta hoje no edital. Se você atender por inteiro o que foi posto pelo Tribunal de Contas, descaracteriza o edital. Hoje, temos vários processos de concessão emperrados no tribunal, que admite não ter condições técnicas para fazer a avaliação dos editais e, mesmo assim, não coloca a votação no pleno. Com isso, nós, que já estamos há dez meses com edital lá dentro, estamos aí mais um ano deixando que esse problema seja resolvido. Tínhamos dez grandes grupos, que pegaram o edital, caucionaram os R$ 5 milhões. Vários já cansaram, desistiram. Nessa questão, estamos perdendo tempo para uma solução a uma demanda muito séria ao meio ambiente da nossa região.

Notisul – Futuro político?
Stüpp
– Primeiro, quero terminar bem o mandato. Acredito que vou terminar, faltam poucos dias. Segundo, vou estar com meu nome à disposição do meu partido. Vou avaliar o quadro futuro, ver como é que o meu partido se posicionará no contexto estadual e se é prudente ou não enfrentar as urnas. Talvez uma candidatura a deputado.

Notisul – Deputado estadual ou federal?
Stüpp
– Ninguém me coloca em uma eleição a deputado federal. Cada passo de uma vez. Analisando o quadro, com a eleição de Clésio Salvaro em Criciúma abre um espaço enorme na região. Então, se eu estiver na eleição, estarei na condição de deputado estadual. É possível, viável, em termos eleitorais para a nossa região, considerando o rescaldo do que está ficando da minha participação à frente da prefeitura, do quadro político regional, uma candidatura a deputado estadual, mas vai depender a vontade do partido.

Notisul – Está animado para isso?
Stüpp
– Olha, por enquanto ainda estou cansado (risos). Oito anos à frente da prefeitura deixa qualquer um cansado, mas quem tem espírito público, quem se envolve politicamente, tem um partido político forte, organizado e coeso, como hoje o PSDB é em Tubarão, não posso negar que isso motiva. Acredito que posso dar ainda muito do meu suor e do meu trabalho em prol da minha gente.

Notisul – Voltaria a administrar a cidade de Tubarão?
Stüpp
– Não, já dei a minha contribuição. Acho que a política reoxigena-se, renova-se. Felizmente, temos lideranças políticas novas. Tenho certeza que contribuí para fortalecer esse quadro, para colocar gente nova na política. Acho que já cumpri com minha missão, fiz a minha parte. Eu descobri boas coisas à frente da prefeitura, mas descobri outras que não me dão saudade. Quando você é prefeito, você é prefeito 24 horas, você fica ligado diuturnamente. Não dá para ser diferente. Mas saio bem, pesquisas demonstram o percentual expressivo de aprovação. Terminar oito anos de mandato desse jeito é uma dádiva e agradeço a Deus.

Entrevista exclusiva: Os 8 anos de Stüpp no poder

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Priscila Loch
Tubarão

Notisul – Qual a sua avaliação destes oito anos de mandato?
Stüpp
– A função de prefeito é a maior oportunidade que o cidadão tem de ser útil a um número maior de outros co-cidadãos. A experiência de gestão pública vai amadurecendo ao longo do tempo. Tenho certeza que hoje estou muito mais maduro do que o dia que entrei aqui, oito anos atrás. Carrego comigo um sentimento muito forte de dever cumprido. Ainda tem muito por fazer, mas contribuí, e muito, para que esta cidade crescesse em todos os sentidos. No geral, pesa muito mais os grandes benefícios que conseguimos trazer para a cidade de Tubarão.

Notisul – Qual foi o seu grande projeto, e existe alguma frustração, de projeto não executado?
Stüpp
– Como legado, vamos lembrar das obras de infra-estrutura. O anel viário da cidade se transformou. Você vai não só ao Rio do Pouso sobre asfalto, como a São Martinho, a São Bernardo, ao Campestre, a Congonhas. As grandes transformações foram não só na periferia, como no centro da cidade. Os acessos asfaltados. A avenida Marcolino maravilhosa, a Pedro Zapellini está estendendo e alargando o horizonte da cidade. Lembrarão de mim por essas obras, e os números mostram que o asfalto faz muita diferença na forma como o cidadão enxerga a prefeitura e o prefeito, mas aquilo que eu quero lembrar é que um governo se faz para aqueles que menos têm e que menos podem. E nisso nós somos muito bons. A rede de proteção social formada na cidade é um exemplo de sucesso: na saúde, educação, nas políticas públicas voltadas à cidadania, e na geração de empregos. Por último, posso dizer que também fica como legado as ações ganhas na justiça. Há uma procuradoria eficiente. Oferecemos, não só para o próximo prefeito, mas para o futuro da cidade de Tubarão e para Santa Catarina, um belo exemplo, que foi a questão envolvendo o ISS, sobre as operações de leasing. Serão milhares de reais que entrarão agora em 2009, e a certeza de uma receita aproximada de R$ 6 milhões, extra, por ano, sobre estas operações. Este é um legado que deixo. Em 2009, podemos receber sobre esta questão algo em torno de R$ 60 a R$ 70 milhões, que já estão ajuizados, que dependem somente de uma rotina jurídica, tempo. São prazos que vencerão no decorrer no próximo ano. O total é de R$ 100 milhões. Até agora, recebemos algo em torno de R$ 20 milhões. E muito daquilo que se está vivendo em obras é fruto desse trabalho. Felizmente, a cidade me reelegeu. Porque, com isso, insisti, persisti, fui no Tribunal de Justiça, contratei novos advogados, busquei uma solução para a questão. Muitos municípios não acreditaram nessa questão, abandonaram.

Notisul – A cidade foi transformada em um canteiro de obras no fim de seus mandatos. Foi assim em 2004 e 2008. Na primeira vez, a alegação foi de que teve que arrumar a casa. E este ano?
Stüpp
– Eu tenho certeza que tudo está atrelado ao assunto anterior. Em 2003 e 2004, estávamos tendo muito sucesso com a entrada daqueles recursos. E para transformar um projeto em obra dentro de uma estrutura pública leva mais de um ano. Em 2004, dei um passo à frente no meu tempo, acreditando que aquela sequência de recursos entraria naquele momento, coisa que só veio a acontecer em 2007. Avancei o sinal e tive que pagar por isso, a austeridade foi a palavra de ordem para realmente equilibrar o fluxo financeiro do município. Hoje, felizmente, estamos chegando ao fim do mandado não só com salário em dia, estamos entregando a prefeitura sem nenhum financiamento, sem nenhum encargo atrasado, como fundo de garantia ou coisa parecida. Os fornecedores em dia, uma prefeitura não só com saúde financeira de fluxo de caixa, com capacidade de endividamento que poucos municípios no país vão ter. Só tive a oportunidade de realmente fazer com que as coisas voltassem a acontecer a partir de meados de 2007. Algumas obras a gente estava continua, mas o governo só é visível por asfalto. Estou sempre sendo analisado por causa do asfalto. E isso, de certa forma, é algo que me entristece, porque um governo não é só isso. Um prefeito pode até não fazer nada de asfalto durante o primeiro ano, mas será que por isso vai deixar de ser um bom prefeito. Eu sei que contribuí para aumentar a auto-estima do cidadão tubaronense com as obras. Eu também sou alguém que se encanta quando entro pela avenida Marcolino e vejo tudo limpo, ajardinado. Já pensou se eu pintasse essa cidade de preto, asfaltasse mais ruas, mas ficasse devendo nos posto de saúde, na escola, no funcionalismo?! Eu poderia ter tomado uma atitude que outros tomaram lá atrás. A média de atraso (dos salários dos servidores) do meu antecessor foi de 60 dias. Sabe o que representa 60 dias de atraso? R$ 5 milhões no caixa da prefeitura. Eu não precisaria ter parado nenhuma obra, era só ter atrasado o salário dos servidores, como faziam antes. Mas não, resolvi tomar por atitude honrar primeiro com aqueles que estão aqui dentro, porque ninguém é senhor lá fora sem ser senhor na sua casa. Apesar de as obras terem se concentrado muito no último ano, foi o que deu pra fazer. Não tive ajuda do governo do estado, do governo federal. Isso é recurso nosso, sem financiamento. Todo o asfalto que tem nessa cidade hoje está pago, e isso é um privilégio. Acredito que nós superamos 100 quilômetros.

Notisul – Rebatendo estas críticas, também tem muita gente que considera que você foi o prefeito que mais fez obras pela cidade. Você concorda?
Stüpp
– Para aqueles que me criticam pelo último ano, eu digo: todos que me antecederam tiveram o último ano, tiveram oportunidade. Por que não marcaram a sua presença no último ano também com obras, no mesmo volume? Porque tinham limitações financeiras. Eu tirei esse município de um orçamento de R$ 20 milhões em 2000 para R$ 100 milhões em 2008. É preciso ter persistência e muito trabalho. Tenho absoluta certeza que lá fora há cidadãos satisfeitos com todo o governo. Antes de mim, teve um prefeito que marcou a sua presença com obras, que foi Paulinho May. Depois dele, indiscutivelmente, eu fui o que mais realizou em termos de obra de infra-estrutura.

Notisul – É público que o seu relacionamento com o governador Luiz Henrique da Silveira nunca foi dos melhores. Como é está relação hoje e qual a expectativa para o governo de Dr. Manoel Bertoncini?
Stüpp
– Minha expectativa é que o governador realmente tenha identificado na minha pessoa, e não na cidade de Tubarão, um problema. Se for pessoal, tudo bem, estou saindo e ele que agora passe a atender Tubarão de forma diferente. Só quero tratamento igual àquele que ele oferece a Criciúma, Blumenau, Joinville, Florianópolis. De certa forma, estamos sendo discriminados. As justificativas foram as mais diversas. Primeiro, foi a falta de projetos; apresentei os projetos. Depois, falta de participação no conselho da SDR; fui para lá para aprovar. Depois, os encaminhamentos precisavam ser feitos dentro de outras secretaria. E a questão da negativa. Vão me desculpar, mas a questão envolvendo a Casan, não tenho dúvida, ninguém negaria judicialmente a condição de poder conveniar com o governo do estado, se fosse oferecido o convênio.

Notisul – A falta das negativas também ocorreu em Jaguaruna e o prefeito Marcos Tibúrcio (PP) conseguiu uma liminar. Por que não foi feito o mesmo em Tubarão?
Stüpp
– Não fui buscar a liminar por uma única razão: nunca veio um convênio para ser assinado. Fiquei esperando. Em 2002, eu não estive com ele (Luiz Henrique), fiz uma outra opção político-partidária e entendia que, durante aqueles quatro anos, de certa forma, estava me punindo por isso. Mas em 2006 foi bem diferente. Botei o adesivo no peito e pedi voto para ele e (Leonel) Pavan e, infelizmente, não obtive sucesso. Espero que Manoel tenha melhor sorte.

Notisul – A população tubaronense tem grande receio de passar por uma nova enchente, especialmente após as chuvas que assolaram o norte catarinense, há algumas semanas. Você acredita que a cidade estaria preparada para uma possível tragédia, a Defesa Civil teria estrutura para enfrentar o problema?
Stüpp
– Não tem Defesa Civil mais organizada em Santa Catarina que a de Blumenau. E, mesmo assim, teve problemas. Quando a situação torna-se atípica, você precisa da participação efetiva de todos dentro de uma prefeitura. Aqui, a nossa Defesa Civil existe principalmente no que diz respeito à estrutura interna da prefeitura, e mais que comprometimento com as questões envolvendo a segurança da cidade. Mas ainda tem muito o que fazer, organizar, buscar preparo. Falando nisso, uma das obras que deixo por legado também é a elevação da ponte do Morrotes. Já que se fala em enchente, aquele estresse todo de margem do rio, implode ou não implode a ponte, é coisa do passado. A demonstração clara de que foi uma atitude correta refazer aquele projeto.

Notisul – Você não acredita que deveria ter um secretário específico de Defesa Civil? Hoje esse cargo é acumulado por outro secretário…
Stüpp
– É intenção do Manoel fazer a indicação de uma pessoa para tocar exclusivamente a Defesa Civil no próximo ano.

Notisul – E o Canil Municipal? Qual o empecilho para não sair do papel?
Stüpp
– Não sei. Sinceramente, não faltou cobrança e, infelizmente, as coisas não aconteceram. Mas já tem encaminhamentos. Tenho dado todo o apoio para isso. Recentemente, Evaldo (Tonelli), que está ao lado de Manoel, mais Nilton de Campos foram a Itajaí e a intenção é, muito rapidamente, tirar o projeto do papel. Já está aprovado na câmara de vereadores e espero também que possa ser uma realidade já nos primeiros meses de 2009.

Notisul – Você foi criticado quando precisou exonerar 200 servidores, no ano passado. Surtiu efeito?
Stüpp
– A austeridade foi em todos os cantos da prefeitura. Naquele momento, era o que tinha a ser feito, era a atitude mais correta. Se hoje temos obras de infra-estrutura, tem muito a ver com aquela atitude tomada lá atrás. Quero reafirmar: nós ficamos descobertos em vários setores em função daqueles cortes. Eu não considero inchada a atual estrutura da prefeitura de Tubarão. Se todos os cargos de confiança forem preenchidos, ganha o cidadão, desde que não ultrapasse os 50% de comprometimento com a folha. Se tiver saúde financeira para segurar, é o quadro ideal. Não tem nada de absurdo 200 cargos de confiança em uma cidade com quase 100 mil habitantes como a nossa. Vamos dar um exemplo: eu criei praticamente 20 cargos com a secretaria de segurança e trânsito. Hoje, dá para abrir mão dela? Não. É uma secretaria muito importante. Aquilo que está aí é o ideal hoje para poder dar respostas ao cidadão, que é o que importa. Exonero todos e entrego a Manoel a estrutura limpa e aí ele e Pepê (Felippe Luiz Collaço, vice-prefeito), junto com a coligação, definirão o tamanho do governo. Como política de governo inicial, se ele quiser preencher 30% dos cargos, por exemplo, pode fazê-lo, mas vai sentir na estrutura operacional. Eu tive problemas como relação a isso, e sei o que estou falando.

Notisul – Falta pouco mais de uma semana para você transmitir o cargo para Dr. Manoel. Por ser o seu sucessor direto, com apoio irrestrito durante a campanha, de que forma contribuirá no mandato dele?
Stüpp
– Informalmente, toda hora que ele me consultar. Com certeza, não serei um sombra para ele. Trabalhei muito para que Manoel chegasse à prefeitura, dediquei-me muito na eleição, dei o máximo de mim, mas o prefeito será ele, não serei eu. Quero contribuir porque acredito muito nele e toda vez que me ligar ou bater na minha porta para pedir uma opinião, receberá com a maior boa intenção. E se eventualmente não quiser me ouvir, sei que ele é mais que qualificado para me suceder.

Notisul – Você responde na justiça uma ação justamente sobre a questão no ISS…
Stüpp
– Eu fui indiciado pelo Ministério Público a devolver, mas ainda não teve nenhuma decisão de mérito dizendo que estou condenado a devolver nada. Vamos fazer uma reflexão: um escritório foi contratado para ir atrás de algo que ninguém sabia, que vai dar a esse municípios R$ 100 milhões, dinheiro que não tinha, e vai receber uma comissão de R$ 2 milhões por esse sucesso. Dei algum prejuízo ao município? Dei lucro, resultado, obras, expectativa de sonhos diferentes para a nossa cidade e o estado, e eu não tenho dúvida que vou ter sucesso também na defesa dessa questão. Se assim não for, nós vamos ter um prefeito só fazendo o básico, com medo de tomar atitude. E eu não me elegi para isso, vim para cá para tomar atitude, com responsabilidade, e os resultados estão aí. Essa cidade cresceu muito no período que eu estou à frente, em todos os sentidos, principalmente em qualidade de vida.

Notisul – A retirada dos trilhos da avenida Marcolino Martins Cabral e a construção de um galpão para abrigar a oficina da Ferrovia Tereza Cristina foi uma obra lançada há mais de cinco anos e não está perto de ser concluída. Qual o problema?
Stüpp
– Burocracia. Não é nada mais que isso. Tivemos, durante estes últimos dois anos, idas e vindas de Brasília. Leva documentos, leva plantas, e refaz cálculos, refaz projeto… Os questionamentos mais diversos. É uma novela que está tendo um fim. O recurso que veio foi totalmente aplicado, mais a nossa contrapartida, nas obras de construção dos galpões, que estão praticamente prontos, que vão receber a atual estrutura da oficina da Ferrovia Tereza Cristina e, com isso, vai nos dar condições de abrir o centro da cidade. Mais um ano e Manoel estará inaugurando esta obra. Muito se falou, principalmente nesse ano de eleição, sugerindo desvios e outras coisas, mas todo o recurso está aplicado. É uma obra difícil, diferente, não uma obra qualquer, mas que vai ter um final feliz, não tenho dúvida. Junto com a Pedro Zapellini, essa era a obra dos meus sonhos. Infelizmente, é uma das que eu não consegui terminar.

Notisul – A construção de mais uma ponte e duas passarelas eram suas promessas de campanha. Mas ficaram para trás. O que houve?
Stüpp
– Você tem que priorizar. Se eu tivesse um pouco mais de sucesso na busca de recursos, com a ajuda do governo do estado, principalmente, poderíamos ter multiplicado os pães. Mas, com a saúde financeira oxigenada, são obras que sairão do papel, porque também têm o visto e a vontade de meu sucessor.

Notisul – A respeito do serviço de abastecimento e tratamento de água, a concessão realmente é o melhor modelo?
Stüpp
– É. Pelo atual quadro político-financeiro do país, não tem outra solução de curto prazo para o problema que não seja a concessão. Não tem recurso suficiente no Ministério das Cidades para resolver todos os problemas do país, nem na Caixa Econômica, nem no BNDS… Precisamos de um solução rápida, urgente. Se queremos o esgoto tratado nos próximos cinco, seis anos, temos que andar rápido, senão não teremos solução nos próximos 30.

Notisul – Existe uma expectativa para iniciar a coleta e o tratamento de esgoto, extremamente necessários, especialmente à ‘saúde’ do Rio Tubarão?
Stüpp
– Tão logo o edital seja liberado no Tribunal de Contas, é uma questão de meses para ver o trabalho ser iniciado. Eu sou muito otimista com relação a essa questão. Sei que Manoel pensa a respeito e acredito ele não vai abandonar o projeto e vai continuar, na busca dessa solução, que é a maior demanda que essa cidade tem. A maior vergonha que Tubarão tem hoje é de ter zero de esgoto tratado. Nós somos os maiores agressores da bacia lagunar. Temos que dar um basta nisso, e só tem uma solução: a concessão do sistema.

Notisul – Há alguma novidade com relação às irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas?
Stüpp
– É interpretação do Tribunal de Contas. Sinceramente, fizemos as alterações que entendíamos pertinentes, e acredito que, do jeito que ele (edital) está hoje, é o ideal e único caminho para fazer com que tenha interessados no sistema. Não dá para abrir mão daquilo que consta hoje no edital. Se você atender por inteiro o que foi posto pelo Tribunal de Contas, descaracteriza o edital. Hoje, temos vários processos de concessão emperrados no tribunal, que admite não ter condições técnicas para fazer a avaliação dos editais e, mesmo assim, não coloca a votação no pleno. Com isso, nós, que já estamos há dez meses com edital lá dentro, estamos aí mais um ano deixando que esse problema seja resolvido. Tínhamos dez grandes grupos, que pegaram o edital, caucionaram os R$ 5 milhões. Vários já cansaram, desistiram. Nessa questão, estamos perdendo tempo para uma solução a uma demanda muito séria ao meio ambiente da nossa região.

Notisul – Futuro político?
Stüpp
– Primeiro, quero terminar bem o mandato. Acredito que vou terminar, faltam poucos dias. Segundo, vou estar com meu nome à disposição do meu partido. Vou avaliar o quadro futuro, ver como é que o meu partido se posicionará no contexto estadual e se é prudente ou não enfrentar as urnas. Talvez uma candidatura a deputado.

Notisul – Deputado estadual ou federal?
Stüpp
– Ninguém me coloca em uma eleição a deputado federal. Cada passo de uma vez. Analisando o quadro, com a eleição de Clésio Salvaro em Criciúma abre um espaço enorme na região. Então, se eu estiver na eleição, estarei na condição de deputado estadual. É possível, viável, em termos eleitorais para a nossa região, considerando o rescaldo do que está ficando da minha participação à frente da prefeitura, do quadro político regional, uma candidatura a deputado estadual, mas vai depender a vontade do partido.

Notisul – Está animado para isso?
Stüpp
– Olha, por enquanto ainda estou cansado (risos). Oito anos à frente da prefeitura deixa qualquer um cansado, mas quem tem espírito público, quem se envolve politicamente, tem um partido político forte, organizado e coeso, como hoje o PSDB é em Tubarão, não posso negar que isso motiva. Acredito que posso dar ainda muito do meu suor e do meu trabalho em prol da minha gente.

Notisul – Voltaria a administrar a cidade de Tubarão?
Stüpp
– Não, já dei a minha contribuição. Acho que a política reoxigena-se, renova-se. Felizmente, temos lideranças políticas novas. Tenho certeza que contribuí para fortalecer esse quadro, para colocar gente nova na política. Acho que já cumpri com minha missão, fiz a minha parte. Eu descobri boas coisas à frente da prefeitura, mas descobri outras que não me dão saudade. Quando você é prefeito, você é prefeito 24 horas, você fica ligado diuturnamente. Não dá para ser diferente. Mas saio bem, pesquisas demonstram o percentual expressivo de aprovação. Terminar oito anos de mandato desse jeito é uma dádiva e agradeço a Deus.

Futsal do Brasil: Mas já?! Sim. Ele vai para a seleção adulta

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Marco Antonio Mendes
Tubarão

Semana passada, quando os três tubaronenses campeões do sul-americano de futsal chegaram, após integrarem a equipe sub-20 da seleção brasileira, o goleiro Nilton Júnior disse que o próximo passo era chegar à seleção adulta, mas acreditava que demoraria alguns anos ainda.

Nem bem deu tempo de vibrar o campeonato conquistado na Colômbia e o que, para ele, demoraria alguns anos, não durou nem uma semana. “Eu estava dormindo, aí meu pai chegou berrando no meu quarto dizendo que haviam ligado da Confederação (Brasileira de Futebol de Salão) para casa. Nem acreditei muito, mas depois retornaram a ligação e pude confirmar”, conta o atleta, que jogará ao lado Falcão, Schumacher e mais uma constelação de jogadores que foram campeões mundiais, em outubro.

Nilton se apresentará em São Paulo nesta sexta-feira e disputará dois amistosos. Os jogos serão contra a seleção do Paraguai, domingo e segunda, em Barueri e Guarulhos (SP), respectivamente. Na partida de domingo, às 9h50min, haverá transmissão ao vivo pela Rede Globo. No outro dia, às 20h30min, a transmissão será através do canal por assinatura SporTV.

Convocados
Goleiros
Danilo (Carlos Barbosa-RS)
Nilton Júnior (Unisul-SC)
Fixos
Carlinhos* (Santiago-ESP)
Schumacher* (Movistar-ESP)
Neto (Movistar-ESP)
Alas
Gabriel* (Movistar-ESP)
Marquinho* (Movistar-ESP)
Falcão* (Malwee-SC)
Thiaguinho (C. Barbosa-RS)
Pivôs
Betão* (Movistar-ESP)
Valdin (Cortiana-RS)
Diego (V&M-MG)
*Jogadores que estiveram na Copa do Mundo.

Falta muito para o topo
“O bom mesmo deve ser disputar um campeonato, mas as coisas vão acontecer gradualmente. Não acho que eu já esteja no topo, falta muito para isso”, acredita, com os pés no chão, o goleiro Nilton Júnior. Da seleção sub-20, além dele, mais dois também convocados. Substituirão o goleiro Franklin, o fixo Ciço e o pivô Wilde, que não poderão apresentar-se por lesões.

Se Nilton estava preocupado que em 2009 seria o terceiro goleiro da Unisul/Seguridade/Penalty e por isso quase não jogaria, as coisas tendem a ser diferentes. Com os títulos de 2008 (Campeonato Catarinense, Taça Brasil, Sul-americano e convocações), o jovem pode ser um concorrente direto com os colegas do time. “Acho que Ivan e Raphael terão mais concorrência ano que vem. Acredito que com tudo o que aconteceu eu possa jogar mais nos confrontos da Unisul”, torce.

Maus tratos contra animal: Cachorro leva picaretada na cabeça

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Zahyra Mattar
Capivari de Baixo

A cidadã Aline Cardoso de Souza é do tipo que adora animais. Se pudesse, ela teria um canil particular, somente para cuidar dos amigos de quatro patas. Sexta-feira, quando retornava do trabalho, em Tubarão, Aline teve uma surpresa extremamente chocante: um cão da raça boxer agonizava na rua de sua casa, a Raimundo Correia, no bairro Caçador, em Capivari de Baixo. O animal tinha uma profunda perfuração na cabeça. Mais tarde, Aline descobriu que o machucado tratava-se de uma picaretada.
O olhar vago do bicho foi suficiente para Aline sair desesperada pedindo ajuda. Rapidamente, chamou um veterinário, descobriu o dono do cachorro, foi à delegacia, acionou a Polícia Militar e tratou de acomodar o cão, de aproximadamente quatro anos, junto com o seu próprio, também um boxer, de três meses.

Aline descobriu que o bicho levou a picaretada há mais de uma semana. Desde então, vagava pela rua. “O Chicão (nome que batizou o ‘filho adotivo’) é lindo, mas está muito maltratado. Já vi muito bichinho largado em situação deplorável, mas fiquei desesperada quando vi este cachorro. É difícil acreditar que alguém possa fazer isso com um cãozinho tão doce e educado como ele”, lamenta.
Chicão passou por uma cirurgia e recupera-se bem do ferimento. “Sei de quem é o cachorro, mas não vou devolvê-lo. Se o dono fez isso e ainda largou o bichinho à própria sorte, imagine o que pode ocorrer daqui para frente. O que foi feito com Chicão é um crime. E grave. As autoridades devem agir com mais rigor nestas horas”, reivindica a cidadã.

Decreto lei N° 24.645, de julho de 1934
Art. 2 – Aquele que, em lugar público ou privado, aplicar ou fizer aplicar maus tratos aos animais, incorrerá em multa e na pena de prisão de dois a 15 dias, seja ou não o proprietário.
Art. 3 – Consideram-se maus tratos:
I – Praticar ato de abuso ou crueldade em qualquer animal;
IV – Golpear, ferir ou mutilar voluntariamente qualquer órgão ou tecido de economia, exceto a castração, só para animais domésticos;
V – Abandonar animal doente, ferido ou mutilado, bem como deixar de ministrar-lhe tudo o que humanitariamente se lhe possa prover, inclusive assistência veterinária;
Art. 8 – Consideram-se castigos violentos, sujeitos ao dobro das penas, castigar o animal na cabeça, baixo ventre ou pernas.
Art. 15 – Em todos os casos de reincidência ou quando os maus tratos venham a determinar a morte, ou produzir mutilação, as penas (multa e prisão) serão aplicadas em dobro.
Art. 16 – As autoridades federais, estaduais e municipais prestarão aos membros das sociedades protetoras de animais a cooperação necessária para fazer cumprir a presente lei.

Cartas para o Bom-Velhinho: Presentes chegam pelos Correios

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Amanda Menger
Tubarão

Para mais de 100 crianças de Tubarão, o Natal chegou mais cedo este ano e ‘pelas mãos’ dos Correios. Meninos e meninas de até 12 anos receberam, ontem, a visita do Bom-Velhinho com os presentes dos padrinhos que adotaram as cartinhas escritas pelos pequenos e enviadas pelos Correios.
Carolina Rossetti, 11 anos, escreveu pela primeira vez para o Papai Noel e foi atendida. Ela ganhou uma boneca, um jogo e uma cesta básica. “Eu pedi na carta uma ajuda para minha mãe e um brinquedo. Ganhei mais do que pedi! O Natal será diferente este ano”, anima-se Carolina.

Wellington Melo de Souza, 8, foi presenteado com o que mais queria: uma bicicleta. “Foi o que eu pedi, é a primeira carta que escrevo para o Papai Noel e fui atendido. Estou bem feliz”, comemora.
Pelo terceiro ano, a auxiliar de contabilidade Eliege Cascaes Dandoline adota cartinhas enviadas aos Correios. “A carta foi escrita por uma menina de 8 anos que tem mais dois irmãos, um de 6 e outro de um ano e três meses. Ela pedia uma cesta básica e material escolar. No escritório, resolvemos ajudá-la com a cesta, os materiais e ainda roupas para o bebê e alguns brinquedos”, relata.

E se para as crianças receber o presente é alegria pura, para os padrinhos que proporcionam isso a felicidade é redobrada. “Estou aqui na expectativa para ver quem são as crianças e se eles gostarão dos presentes. Espero que sim, porque nós compramos tudo com muito carinho”, emociona-se Eliege.
Um outro padrinho adotou três cartas. “Duas pediam material escolar e outra uma boneca. Como são crianças, resolvi colocar um brinquedo dentro da mochila dos que pediram o material. Estou aqui para ver se conheço as crianças, espero que gostem dos presentes”, afirma.

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