terça-feira, 30 julho , 2024
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Turismo e economia: Da serra ao porto de Imbituba

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Amanda Menger
Imbituba

O movimento de cargas no porto de Imbituba poderá crescer ainda mais nos próximos anos. E não é apenas pela revitalização da infra-estrutura do próprio porto, mas pela conclusão da pavimentação de outras rodovias, além da duplicação da BR-101. A expectativa do Fórum Parlamentar Catarinense é que a produção, seja industrial ou agrícola da serra gaúcha, possa ser escoada pelo Porto de Imbituba.

Para encurtar as distâncias, foi apontada como prioridade pelos deputados e senadores a pavimentação da BR-285, que segue a Serra da Rocinha, passando por Ermo, Turvo, Timbé do Sul até São José dos Ausentes, no Rio Grande do Sul. A outra rodovia tida como importante é a SC-450, que faz a rota da Serra do Faxinal, ligando Praia Grande, no extremo sul catarinense a Cambará do Sul, no alto da serra gaúcha.

“Estas novas rodovias interligarão a serra gaúcha ao litoral catarinense, porque as duas rodovias poderão ser acessadas pela BR-101. O Porto de Imbituba estará muito mais perto do que o porto de Rio Grande. A exportação de produtos será muito mais fácil e barata”, observa o deputado federal Edinho Bez (PMDB).

O parlamentar lembra ainda outro atrativo logístico do litoral catarinense. “Temos ainda a possibilidade de levar essa produção via ferrovia. Com a expansão da malha ferroviária todos os portos de Santa Catarina estarão integrados também. Este será um outro fator de desenvolvimento e que irá atrair mais investimentos para a região”, avalia Edinho.

O edital de elaboração do projeto de expansão da ferrovia poderá ser relançado no início de janeiro. “O primeiro edital tinha alguns problemas, por isso, o Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit) adiou a abertura das propostas e revise o documento. O novo lançamento deve ocorrer em janeiro”, explica Edinho.

Novas rodovias poderão integrar o turismo

Além do potencial econômico que se revela com a pavimentação da BR-285 e da SC-450, há a possibilidade de criar roteiros turísticos integrados, ligando assim a serra do Rio Grande do Sul com o litoral sul e a serra de Santa Catarina. “O melhor roteiro dos gaúchos é a serra, com a pavimentação das rodovias para chegar a Santa Catarina será ainda mais fácil. A intenção é criar roteiros que integrem as potencialidades das regiões. Temos que lembrar que o Aeroporto Regional Sul, em Jaguaruna, será fundamental para isso, porque será mais uma via de acesso para os turistas”, aponta o deputado federal Edinho Bez.

E há outras ações em desenvolvimento em prol da integração turística. “O projeto Serramar é um exemplo, que unirá o litoral à serra catarinense. E os governos estadual e federal já sinalizaram que ajudarão. A proposta vai mais além da pavimentação entre Pedras Grandes e Orleans. É a padronização da sinalização, da indicação de equipamentos turísticos e também dos estabelecimentos localizados às margens da rodovia”, afirma.

Segundo o secretário de desenvolvimento regional em Tubarão, César Damiani, a pavimentação do trecho entre Pedras Grandes e Orleans poderá ser financiada pelo programa do Banco Interamericano de Desenvolvimento, o Bid-5. “Esta obra é a prioridade da regional no Bid-5. O governo do estado já indicou que poderá sair do papel. O outro trecho que precisa ser pavimentado é entre Tubarão e Laguna. Essa parte é de responsabilidade do município, mas o estado poderá ser parceiro da prefeitura de Tubarão”, assegura.

Aeroporto Regional Sul: LHS promete novidades sobre a obra

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Zahyra Mattar
Jaguaruna

Está confirmado a vinda do governador catarinense, Luiz Henrique da Silveira (PMDB), a Tubarão até o dia 20 de janeiro. Na oportunidade, ele assinará a ordem de serviço para a continuidade de uma das obras mais importantes para o sul do estado: a segunda etapa do Aeroporto Regional Sul Humberto Ghizzo Bortoluzzi, em Jaguaruna.

A data foi confirmada neste fim de semana, pelo deputado Edson Bez de Oliveira (PMDB), ao presidente da Associação Empresarial de Tubarão (Acit), Eduardo Silvério Nunes. A maior expectativa está nas novidades que o governador promete trazer à região. Edinho assegurou boas novas quanto à possível inclusão do terminal de cargas, parte removida do projeto da segunda etapa. Mas nada está confirmado. Há possibilidade, inclusive, de uma ordem de serviço paralela, em outra oportunidade, para a construção do terminal.

A ordem de serviço para o início da segunda etapa será dada à construtora Espaço Aberto, de Florianópolis, vencedora da licitação. O orçamento de R$ 6,1 milhões para o empreendimento, cujos valores estão aprovados na peça orçamentária do estado para o próximo ano, diz respeito à construção do terminal de passageiros e núcleo de proteção ao vôo; subestação, abastecimento de água e tratamento de esgoto.

O acesso para o empreendimento – através da BR-101 – será feito pelo governo federal e custará R$ 15,842 milhões. Estes recursos já foram sancionados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e fazem parte do Sistema Rodoviário Federal do Plano Nacional de Viação. Agora, o próximo passo é oficializar o convênio, para que o governo do estado então licite e execute a obra. Inclusive, esta oficialização é uma das surpresas que Luiz henrique também poderá trazer para Tubarão, até o dia 20 de janeiro.

Sabe o que os astros guardam para você hoje?

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Áries (21/03 a 19/04)
O tempo é o senhor da razão, como diz um enunciado. Que faz agora muito sentido, já que tempo é um dos temas de Capricórnio, o signo em evidência atualmente. Para os arianos significa olhar além do imediatismo e agir com paciência.

Touro (20/04 a 20/05)
Todas as realizações nascem da visão de uma possibilidade. Para os taurinos o período atual remete a compreender como podem realizar as suas visões. E também que necessitam mais consciência, mudando pontos de vista.

Gêmeos (21/05 a 21/06)
O que você sente estar estagnado em sua vida deve ser modificado. Terá força interior para realizar as mudanças, que pressupõe desapego. O ser humano teme o desconhecido, mas é nele que está evolução.

Câncer (22/06 a 22/07)
Aquilo que mais temos dificuldade de aceitar nos outros é possivelmente o que temos temor de perceber em nós mesmos. Por meio dos relacionamentos as coisas acontecerão em sua vida.

Leão (23/07 a 22/08)
Você estará ao longo do próximo ano reavaliando a atuação profissional e o modo como cuida da saúde e da qualidade de vida. Desejará alcançar o máximo de desenvolvimento.

Virgem (23/08 a 22/09)
Começam a aparecer limitações que antes você não estava consciente. Elas servem ao crescimento emocional, para agir de forma adulta, sem perder a leveza do contato com a sua criança interior.

Libra (23/09 a 22/10)
Você entregou a alguém a capacidade de se sentir bem ao seu próprio respeito? Se é este o caso, é hora de recuperar a sua autoridade. De compreender que ninguém, a não ser você mesmo, é quem determina sua auto-estima, nativo de Libra.

Escorpião (23/10 a 21/11)
Momento interessante para aprimorar habilidades relacionadas ao trabalho e aos objetivos, escorpiano. Como diz o ditado: a quem muito é dado, muito é cobrado. Desenvolva a inteligência e acate a responsabilidade.

Sagitário (22/11 a 21/12)
Valores que anteriormente você preservava agora parecem estar perdendo o sentido. Tornaram-se obsoletos para a sua evolução. Tornaram-se mais uma prisão do que uma estrutura sólida.

Capricórnio (22/12 a 19/01)
Que momento, capricorniano. Vários planetas transitando o seu signo, um novo ano se aproximando. E este novo ciclo que você vivencia. Está sendo chamado à responsabilidade no reconhecimento do poder que possui.

Aquário (20/01 a 18/02)
O período que antecede o aniversário é caracterizado pelo final de um ciclo, com a respectiva colheita do que foi empreendido anteriormente. Uma fase para cultivar o silêncio e orar.

Peixes (19/02 a 20/03)
Reconheça quem são as pessoas com quem terá algo importante a realizar. Faça alianças, mas não transfira aos outros as suas próprias responsabilidades.

Braço do Norte: Como será definidoo prefeito interino

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Wagner Silva
Braço do Norte

No primeiro dia de 2009, esta quinta-feira, enquanto os demais municípios recebem os seus prefeitos, a população de Braço do Norte conhecerá ‘apenas’ o chefe de executivo interino. O escolhido, entre os nove vereadores eleitos, permanecerá no cargo até que haja a nova eleição, provavelmente em março. Até lá, administrar o município será tarefa do presidente da câmara de vereadores.

Para definir quem ocupará a vaga, logo após o início da sessão de posse, serão montadas as chapas que concorrerão à presidência do legislativo. Ainda poderá haver mudanças. Segundo o assessor da mesa diretora, Edinei Wiggers, logo após, serão feitas as cédulas de votação, que serão entregues aos vereadores em ordem alfabética. “Eles devem votar e assinar. Após a votação, será feita a leitura dos votos e proclamado o novo presidente”, detalha o assessor.

O último voto da casa será o do vereador reeleito Salésio Meurer. Poderá ser dele o voto que decidirá o futuro, em curto prazo, do município. Após a posse no legislativo, será realizada a convocação do suplente, cujo partido deverá ser o mesmo do eleito presidente da casa. Concluídos todos estes passos, ocorrerá a cerimônia de transmissão de posse do atual prefeito, Luiz Kuerten (PP), e Tilico, para o interino.

Princípio de incêndio: Por pouco, o fogo não se alastrou…

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Maycon Vianna
Tubarão

Um curto-circuito em um dos ventiladores de uma sala de aula causou um princípio de incêndio que assustou os moradores do bairro Oficinas por volta das 19h09min de ontem. O fogo começou em uma das salas do segundo andar do Colégio Gallotti, localizado na rua Altamiro Guimarães, em Tubarão.

O local estava vazio e a equipe do Corpo de Bombeiros teve trabalho para conter as chamas. Para chegar até o local, eles tiveram que quebrar o cadeado do portão principal do colégio e depois colocar uma escada até chegar as janelas da sala, onde a fumaça aumentava. Uma das janelas teve que ser quebrada, o que causou ainda mais demora para encontrar o foco de incêndio
Ao chegar na sala, os bombeiros viram o foco em um ventilador, que já estava com defeito. Inclusive, havia um comunicado: “Com defeito, não usar!” (veja detalhe na foto).

Os bombeiros então usaram extintores de incêndio para evitar que o fogo se alastrasse pelos corredores e outros ambientes.
No local, não havia sensor de alarme, por isso, a sirene de emergência não disparou. Minutos depois, o fiscal de vigilância William Pires, da empresa Triângulo, foi até a escola e percebeu que havia algo errado.
Ao subir para o segundo piso, já por volta das 20 horas, William sentiu o forte cheiro de queimado e logo avistou a sala e o ventilador queimado no chão.
O funcionário da empresa de vigilância acionou uma das diretoras do colégio. A Polícia Militar de Tubarão também foi acionada para dar suporte à ocorrência.

Morro da Praia do Rosa,
na parte norte, é incendiado

Um incêndio de grandes proporções tomou conta de um morro na localidade da Praia do Rosa, na parte norte, em Garopaba. O caminhão do Corpo de Bombeiros da cidade e mais uma viatura do Auto Socorro de Urgência (ASU) atenderam a ocorrência com o suporte do caminhão de Imbituba.

As equipes dos bombeiros das duas cidades tiveram muita dificuldade para chegar até o local, por causa da mata nativa. “Ficamos preocupados com a possibilidade do fogo alastrar-se e atingir as casas e pousadas localizadas perto de onde foi encontrado os primeiros focos”, diz um dos soldados do Corpo de Bombeiros de Garopaba.
As chamas começaram a se expandir rapidamente por volta das14h21min de ontem. Há suspeitas de que o fogo foi colocado por alguém na vegetação rasteira. Os ventos fortes fizeram o incêndio aumentar.

De acordo com o comando do Corpo de Bombeiros de Imbituba, por volta das 16 horas, a equipe conseguiu controlar os focos ainda existentes. Os dois caminhões do Corpo de Bombeiros de Garopaba e Imbituba transportavam juntos mais de 14 mil litros de água.

A polícia e o trânsito: Acidentes representam até 35% das ocorrências

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Zahyra Mattar
Tubarão

No Brasil, os acidentes de transporte terrestre (ATTs) ocupam a segunda posição entre as mortes por causas externas. São ultrapassados ‘apenas’ pelos homicídios. Com relação às mortes causadas pelo trânsito, o país apresenta números muito elevados de óbitos. Foram 35.155 óbitos causados por ATTs no ano passado. Os dados referente a 2008 não estão prontos, mas não diferem muito do apresentado.

Santa Catarina tem o pior indicador nacional quando o assunto é acidente de trânsito. O estado só perde para Minas Gerais. Mas comparar um local com outro é até absurdo, já que o número de habitantes e de veículos lá é bem maior. Na Amurel, não existe um órgão específico que colete e processo quantas ocorrências. A maioria dos traumas atendidos no Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), em Tubarão, por exemplo, é advinda de acidentes de trânsito. Sabe-se, superficialmente, que a proporção é de 80% dos atendimentos de trauma.

Em Tubarão, os acidentes de trânsito representam de 30% a 35% das ocorrências registradas diariamente pelas polícias. No Samu, esta taxa é de 13%. Em meio aos dados assustadores, está uma crescente preocupante. A combinação jovem, motocicleta e irresponsabilidade. Mesmo com tantas campanhas educativas, os jovens são os que mais perdem a vida no trânsito. E na maioria das vezes estão em motociclistas. Em Tubarão, de todos os acidentes de trânsito atendidos pela polícia, 33,78% das vítimas são desta categoria.

Outro fator complicador em boa parte das ocorrências há o envolvimento do motorista (tanto de motocicleta quanto de carros de passeio) com álcool ou drogas. Neste ponto, o que mais chama atenção é que, com a aprovação da ‘Lei Seca’, o número de acidentes de trânsito caiu, comprovadamente, entre 30% e 40% em todo o país, ainda que os dados parecem mostrar o contrário. Somente daí é possível voltar no tempo e tentar imaginar qual a realidade em 2006, por exemplo, quando a ‘Lei Seca’ não existia.

Um dado que comprova a gravidade é disponibilizado pelo Ministério da Saúde. A partir de 1998, os municípios que não fazem parte das regiões metropolitanas (caso de todas as cidades da Amurel, por exemplo) passaram a assumir os maiores riscos de morte causada pelo trânsito, principalmente por conta da elevação das taxas de ocupantes de veículos e de motocicletas.
Os óbitos de motociclistas saltaram de 300 em 1990 para mais de sete mil em 2007. Os maiores riscos de morte foram nas faixas etárias de 15 a 39 anos, nos municípios de porte populacional menor que 100 mil habitantes e entre as regiões estão a sul, a centro-oeste e a nordeste, as que apresentaram mais riscos.

Números
As regiões centro-oeste e sul são as que mais registram acidentes de transporte terrestre (ATTs). Santa Catarina, Mato Grosso e Paraná são os estados que apresentam as maiores taxas.
O atropelamento de pedestres (27,9%) é a maior causa de morte. Na avaliação da taxa específica de idade, observa-se maior frequência entre as crianças e os idosos acima de 60 anos, com taxa de 15,7 por 100 mil habitantes – quase o dobro do que ocorre na faixa de 40 a 59 anos (8,3 por 100 mil habitantes).

Em segundo lugar, estão os ocupantes de automóveis (21%) e, em terceiro, estão os motociclistas (19,8%) – categoria que mais cresce a cada ano.
Em 2007, foram realizadas 11.721.412 internações nos hospitais do SUS no Brasil. Dessas, 123.100 (15%) foram devido a ATTs. Dos pacientes, 76,7% eram homens e 23,3% mulheres.
O gasto total dessas internações foi de R$ 117.947.085,46.
O valor gasto com as internações por ATT para cada 100 habitantes no Brasil, em 2007, foi de mais de R$ 69,1 mil.

“Queremos que paguem menos. Mas que todos paguem”

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Amanda Menger
Tubarão

Notisul – Como é a tramitação da Reforma Tributária?
Edinho
– Tem uma comissão especial que trata da reforma do sistema tributário brasileiro. A comissão foi instalada em abril, fizemos inúmeras audiências públicas, conferências, visitamos 21 estados brasileiros – não conseguimos ir a todos devido ao tempo e também por ser ano eleitoral. Dividimos as tarefas: o presidente da comissão é o ex-ministro da fazenda, Antonio Palocci (PT/SP); eu sou o primeiro vice-presidente; o segundo vice é Paulo Renato de Souza (PSDB/SP), ex-ministro da educação; e o relator é Sandro Mabel, que é deputado por Goiás (PR). Nós somos em 24 deputados na comissão e, após esses contatos todos, votamos a proposta na comissão. Enviamos para o presidente da câmara dos deputados, Arlindo Chinaglia (PT/SP) para pautar e pôr em votação na câmara. Nesse ínterim, houve um entendimento entre os líderes partidários da câmara para priorizar outras matérias pendentes na casa e que retomaremos as discussões no fim de fevereiro para votarmos a Reforma Tributária. A votação ocorre em dois turnos. Precisamos de 308 votos nos dois turnos para que seja aprovada e aí vai para o senado. Como eles já estão acompanhando as discussões, esperamos que a tramitação lá seja mais rápido.

Notisul – No senado, precisará passar por alguma comissão especial?
Edinho
– Poderá ser constituída uma comissão também, mas poderá com o entendimento entre os partidos e a mesa diretora do senado ser votada diretamente no plenário, uma vez que foi discutido e rediscutida na câmara. Mas há uma tendência de criar uma nova comissão. Costumamos dizer que, lá no senado, são os senadores que votam, não nós, deputados. Só votamos juntos quando há reuniões do Congresso Nacional. O que é essa sessão? Reúnem-se deputados e senadores e votamos juntos, mas depende da matéria, do projeto, um veto do governo, por exemplo. Neste caso, votam separados. Se o senado modificar alguma coisa, volta para a câmara. Se a iniciativa fosse do senado, passasse por lá e nós modificássemos alguma coisa na câmara, teria que voltar ao senado e vice-versa. Só não retorna quando há consenso.
Notisul – O senhor fez um resumo dos trabalhos. Mas, o que exatamente é discutido?
Edinho – O governo federal, depois de um amplo estudo, entendeu, e também por pressão dos parlamentares, dos trabalhadores, sindicatos, autônomos e dos contadores, que reclamavam muito, que é preciso simplificar o sistema tributário brasileiro. Nós temos um sistema atrasado, arcaico. Eu cito como exemplo nas minhas palestras um caso de uma empresa de São Paulo. Eles têm dois mil funcionários na área administrativa, 500 funcionários só cuidando da parte tributária. Isso é um absurdo! O custo só para cuidar, analisar essa parte tributária é 3% do faturamento dessa empresa. Isto diminui a nossa competitividade na hora de vender mercadoria, tanto interna quanto externamente, principalmente nas exportações. Nós temos mais de 50 tipos de tributos, pagamos hoje cerca de 38% do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma das riquezas produzidas no país – só de tributos. Ou seja, do que é produzido no país, 38%, pagamos como tributos. Se nós vamos fabricar e vender, estamos concorrendo com outras empresas e países, ainda mais em era de globalização. Nós precisamos buscar o equilíbrio disso.

Notisul – Como a globalização influi nesse aspecto de tributação?
Edinho
– O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que o mundo não viverá sem os Estados Unidos e os Estados Unidos não viverão sem o mundo. Hoje, estamos todos interligados. Quando eu era relator do sistema financeiro nacional, ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), visitei diversos países discutindo o sistema financeiro, eu disse em Washington que um dia a bolha iria estourar. Porque são bilhões para cá, bilhões para lá, mas são papéis, títulos, não é dinheiro, espécie circulando. Então, por exemplo, você financia por R$ 100 mil e assina uma cédula hipotecária nesse valor. A Caixa Econômica Federal, e eu fui gerente da Caixa, desembolsa R$ 100 mil e gera uma cédula hipotecária. O que o mundo estava fazendo? Pega essa cédula e passa para frente, e pega mais R$ 100 mil faz dinheiro e financia outra casa, aí pega outra cédula hipotecária e, então, de R$ 100 mil faz um R$ 1 milhão, mas isso é falso, como se tivesse R$ 1 milhão e não tem esse valor, porque o que realmente tem circulando é R$ 100 mil. Chega uma hora que estoura. E quando estoura é uma reação em cadeia. Precisamos ter um sistema tributário que nos permita ter um custo de produção menor para que possamos continuar competitivos, mesmo diante de cenários de crise.

Notisul – Qual é a idéia básica da Reforma Tributária?
Edinho
– Fazer com que todos paguem menos, mas que todos paguem. Essa é a filosofia da nossa reforma. Se vamos conseguir o nosso objetivo? Estamos trabalhando para isso. Todos que nós visitamos, todos os segmentos que discutiram conosco foram favoráveis à reforma. Isso é impressionante. Claro que há pontos dissonantes, que um deputado concorda, que um governador discorda, mas é esse ajuste que estamos tentando fazer. Ninguém se manifestou contra.

Notisul – E isso é uma evolução. Já se tentou diversas vezes fazer a reforma e nunca avançou…
Edinho
– Verdade. O mundo evoluiu e nós continuamos com o sistema atrasado. Por isso, queremos que todos paguem menos, mas paguem. Outro ponto que defendemos é diminuir a burocracia. Nós temos um sistema complexo, mais de 50 tipos de tributos. O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), cada estado tem uma alíquota, nós vamos unificar, será a mesma alíquota para todos os estados. Isso evita que a empresa tal tenha crédito porque vendeu para tal lugar, o que é uma confusão danada. E vamos acabar com essa quantidade imensa de tributos com a criação do IVA-F, que reunirá outros tributos. Só aí as empresas já vão ganhar, porque simplifica a forma de contribuição. Quando formos aprovar o orçamento da União para o próximo ano, vamos exemplificar, o presidente precisa de R$ 100 mil para tocar o país, então nós vamos aprovar esse orçamento. Com a reforma, todos vão pagar menos, mas vão pagar e isso vai aumentar a arrecadação do governo, toda vez que passar de 100, nós vamos estabelecer uma trava, que ele não pode arrecadar mais. Cada vez que bater nessa trava, diminui a carga tributária para os próximos anos. Com isso, nós teremos ter mais produção, vamos gerar mais emprego, renda e o governo arrecadando sempre a mesma coisa.

Notisul – Para dar certo, o governo terá que frear os gastos públicos. Isso é possível?
Edinho
– Sim, porque quanto mais se arrecada mais se gasta também. E todos os governos fizeram isso, independente de partido político. O próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mesmo com seus 20 anos de discurso de oposição, foi o que mais criou ministérios. Ele me disse que ‘as pessoas não entendem que quando estamos na oposição, e parte do PT não entende, critica-se o que está errado; quando se está no governo, tem que governar’. Aí eu disse ‘mas toda a oposição tem que ser como a liberdade, tem que ter responsabilidade. Por que o cara vai preso? Porque não teve responsabilidade, fugiu dos limites’. A oposição tem que ter responsabilidade. Ninguém vê o deputado Edinho fazendo bobagem, vocês nunca viram. Quando alguém mexer comigo, vou até o fim, porque não agi com maldade. Essa é a forma de agir.

Notisul – Quais os outros pontos importantes da reforma?
Edinho
– A desoneração em 1% da folha de pagamento ao ano até seis anos. Porque essa reforma será feita gradativamente. Queremos desonerar a folha de pagamento para gerar mais empregos formais e facilitar a vida do cidadão. Se hoje paga-se 20%, por exemplo, no próximo será 19%, até completar os seis anos de prazo. Vai diminuindo para aumentar a formalidade. Vamos ainda desonerar 100% os investimentos. O Brasil é o único país do mundo, ao que me consta, que cobra imposto para investimento. A pessoa vai investir e não vai mais pagar impostos. Também será desonerada a exportação, ou seja, não terá mais que pagar impostos sobre essa exportação.

Notisul – E a Lei Kandir, de compensação das exportações?
Edinho
– Acaba com esta lei. A lei Kandir, que eu ajudei a aprovar, na época era para favorecer a exportação, foi bom. Mas, na prática, não funcionou. Um exemplo, o empresário tem R$ 100 mil de crédito porque ele exportou, mas o governo federal não repassa. Tem que falar com deputado, senador, ministro para que o governo pague algo que é direito dele. Aí o governo federal não passa R$ 100 mil, passa R$ 70 mil para o governo estadual, e aí tem que correr novamente, falar com deputado estadual, secretário, governador para poder liberar, e o governo paga para quem ele quer. A nossa proposta, você é exportador tem direito a R$ 100 mil de crédito, isso vai automaticamente, será constitucionalizado, não tem como o governo segurar. São avanços extraordinários para isso.

Notisul – A guerra fiscal será realmente extinta?
Edinho
– Hoje, é uma vergonha o tipo de incentivo que os municípios, governos oferecem para as empresas. Nós temos empresas, e nem muito grandes não, que deixam de pagar R$ 2,5 milhões de impostos por mês devido aos incentivos que os governos ofereceram. A guerra fiscal nasceu com os incentivos dados pelos governos para que as empresas se instalassem em determinadas regiões. A idéia é que as empresas se instalem em áreas longe dos grandes centros, para que essas regiões também se desenvolvam. Mas não foi o que ocorreu, fugiu do controle. Ocorre mais ou menos assim: uma empresa quer se instalar aqui no sul, aí o prefeito de Tubarão oferece R$ 1 milhão de incentivos ao mês, mas aí o prefeito de Criciúma oferece R$ 1,5 milhão de incentivos ao mês, e aí Imbituba oferece R$ 2 milhões. Para onde a empresa vai? Quem der mais. Isso é um absurdo, porque quem paga por isso é o contribuinte. Para acabar com isso, nós estamos criamos incentivos regionais. Será diferente.

Notisul – E o fundo nacional, como funcionará?
Edinho
– Com a unificação das alíquotas de ICMS, alguns estados poderão ter prejuízo, e este fundo irá bancar isso, até que esteja adequado. É uma forma de compensar. Até hoje, foram 12 tentativas de fazer a reforma. Nunca deu certo, porque é interesse de deputado, de governador, de ministro, de empresário e aí não se tem uma visão macro da realidade.

Notisul – A cesta básica também será desonerada?
Edinho
– O objetivo nosso é desonerar 100% da cesta. Porque quem mais paga imposto hoje é o pobre. Porque se o rico compra um quilo de arroz e o pobre um quilo também, está pagando o mesmo imposto, mas se o rico tem uma renda maior, quem está pagando mais? O pobre. Até porque a alimentação tem um peso maior no orçamento das famílias com menor renda.

Notisul – Qual outra vantagem da reforma?
Edinho
– A segurança jurídica. Hoje, o que tem de processo na justiça sobre tributos. Um bom advogado e um bom contador ‘enrolam’ o juiz. Eu já disse para alguns amigos juízes: ‘vocês têm que usar o bom senso’. Mas aí eles argumentam: ‘nós trabalhamos em cima de papéis, aí o advogado arruma testemunha fria e passa’, aí responsabilidade do advogado. Com esta reforma, queremos simplificar ao máximo para termos segurança jurídica.

Notisul – O que resolveria pendências como essa da cobrança do ISS sobre leasing?
Edinho
– Na nossa reforma, o que vamos fazer agora, (Carlos) Stüpp (PSDB – prefeito de Tubarão) não teria como entrar na justiça. Nós vamos facilitar para evitar essa enrolação. Sabe que quanto mais complexo, melhor para os advogados, aí é que eles vão dentro das falhas. Ações como essa da prefeitura de Tubarão com o ISS dificilmente ocorreriam após a aprovação da reforma. Mas Stüpp foi correto. Foi atrás, parabéns para ele.

Notisul – O senhor falou em algumas palestras sobre a reforma, que ninguém quer perder receita, com a aprovação da proposta, será necessário um novo pacto federativo?
Edinho
– Essa distribuição dos recursos é uma conversa que estamos tendo com o governo federal. Primeiro, nós temos que acertar a arrecadação, o pacto é uma outra história. A maioria está defendendo isso, que venha mais recursos para os municípios, depois para os estados e, por fim, a União. Mas também tem que repassar as responsabilidades para municípios, estados e União.

Notisul – Pagar menos e que todos paguem. Esse é o intuito da reforma. Mas como conseguir que todos paguem?
Edinho
– Nós pensamos em como controlar isso, já que o Brasil é um dos países que mais sonegam. Isso é cultural, e cultura não se muda de uma outra para outra. Então, aí tivemos a idéia, não foi minha, mas acatei, de utilizarmos a nota fiscal eletrônica, até pelo avanço tecnológico hoje no mundo. Se nós implantarmos a nota fiscal eletrônica, dificilmente alguém vai sonegar. Mas, tem que exigir que qualquer empresa, mesmo pequena, tenha esse sistema. Queremos fazer isso gradativamente, queremos implantar 70% da reforma até 2010 e eu não tenho dúvida que vai aumentar a base de arrecadação e todos irão pagar. A nota fiscal eletrônica permite a conferência de informações e o cruzamento de dados incluindo aqueles repassados na declaração de Imposto de Renda para a Receita Federal.

Notisul -Essas medidas propostas pela Reforma Tributária precisarão de regulamentação?
Edinho
– Alguns itens sim. Terão que ser regulamentados antes, não gostaria de adiantar quais, porque dependem de algumas conversas que ainda teremos que fazer na comissão. Porque se nós falarmos agora, segmentos já se mobilizaram. Nós vamos acertar, vamos negociar, isso será implantado em seis meses. Alguém pode perguntar: e se não regulamentar em seis meses? Na Constituição de 1988, tem coisas que até hoje não foram regulamentadas, aí nós estamos colocando a garantia: se não for regulamentado no prazo, não entra em vigor. E terá que ser regulamento em um exercício para entrar em vigor no outro. Não tem que enganar ninguém. O Brasil é nosso, não precisamos disso.

Notisul – Muita pressão, deputado?
Edinho
– Muita. Agora diminuiu um pouco. Tenho que ser sincero. Li, vi, assisti e escutei entrevistas de jornalistas, de comentaristas que diziam bobagens, porque o empresário vai perder, e coisas do tipo. A interpretação das coisas é algo sério. O que houve foi muita distorção da nossa intenção e, com as discussões, foram clareadas as coisas, tiradas as dúvidas. Porque ninguém quer perder, tirar do bolso.

Notisul – Qual ponto da reforma tem gerado mais polêmica?
Edinho
– Um deles é a questão dos royaltes. A Petrobras, por exemplo, no Rio de Janeiro, explora petróleo em alguns municípios e eles vão diminuir um pouco a arrecadação. Não é justo que um município que tem os mesmos problemas que o outro, vizinho, só porque tem a exploração de petróleo, passa a arrecadar 50 vezes mais do que o vizinho. Na nossa proposta, ninguém vai arrecadar mais, mesmo tendo exploração, do que quatro vezes a média do estado. A diferença será distribuída nos demais municípios. Essa é a nossa proposta, mas está dando dor de cabeça, o Rio de Janeiro está esperneando, Manaus também. Nós achamos que temos que buscar o equilíbrio. Hoje, vamos supor que Armazém e Gravatal arrecadem R$ 500 mil por mês, mas aí acham petróleo em Gravatal, e a arrecadação pula para R$ 5 milhões, só que os problemas dos dois municípios são os mesmos. É justo que Gravatal tenha essa arrecadação e Armazém não, se isso está instalado em Santa Catarina, na Amurel? Pela nossa proposta, Gravatal arrecadaria até quatro vezes mais do que a média do estado e uma parte da arrecadação seria distribuída para os vizinhos. Estamos ainda estudando essa possibilidade. A reforma tem que ser para o Brasil e não para o governo.

Atlético Tubarão: Na espera pelo dia 2

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Marco Antonio Mendes
Tubarão

Quatorze jogadores estão confirmados para integrar o elenco do Atlético Tubarão no Campeonato Catarinense da Divisão Principal. A ida do diretor de futebol, Robertinho Rodrigues, ao Rio de Janeiro definiu a vinda dos atletas que devem apresentar-se no estádio Domingos Gonzales no dia 2 de janeiro. Além deles, a comissão técnica, comandada por Marcelo Cabo, será composta por quatro profissionais.

“Estamos montando uma equipe que possa disputar bem o Estadual. Neste momento, ainda não vamos divulgar os nomes, queremos aguardar mais alguns dias. Os jogadores vêm de times cariocas e tiveram passagem por Botafogo, Fluminense, CFZ, entre outros”, afirmou Robertinho.
Confirmados e já divulgados são o atacante Marco Brito e o goleiro Marcos Leandro. O treinador Marcelo Cabo está confirmado para seguir no comando do time. Marcelo esteve à frente durante os confrontos da Copa Santa Catarina.

Para o Campeonato Catarinense da Divisão Principal, o Atlético Tubarão e o Atlético de Ibirama são os times que estão mais atrasados para a preparação às disputas. Ontem, algumas equipes já voltaram ao trabalho, como o Avaí, um dos favoritos ao título da próxima temporada, e o Joinville, que tenta recuperar um 2008 não muito agradável. A maioria dos times volta, mesmo, somente após as comemorações de fim de ano.

Rodovias catarinenses: Estradas estão melhores, mas exigem atenção

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Zahyra Mattar
Tubarão

As condições das rodovias federais e estaduais em Santa Catarina estão melhores do que no ano passado. Ainda com as obras de duplicação, na principal estrada que corta o estado, a BR-101, e a tragédia que assolou o norte catarinense, foi possível regularizar a situação para garantir a temporada de verão, a mais lucrativa para Santa Catarina. Nas estradas estaduais, todos os pontos considerados críticos passaram por manutenção.

No início da noite desta sexta-feira, o trecho sul da BR-101, o principal acesso aos balneários mais procurados no estado, já registrava trânsito lento. Em Jaguaruna, Tubarão, Laguna e Imbituba, não havia formação de congestionamentos, mas o tráfego era intenso, especialmente no sentido sul/norte.
A BR-282, outro acesso muito procurado por turistas, foi totalmente liberada na tarde de sexta-feira. Parte da pista ainda estava interditada por causa de um deslizamento de terra em Santo Amaro da Imperatriz, na Grande Florianópolis. Na terça-feira, parte do asfalto cedeu, comprometendo a rodovia. O trânsito voltou ao normal na região, mas as famílias que moram próximas da área do deslizamento continuam impedidas de voltar para casa.

Para facilitar o fluxo de veículos, as obras da BR-101 continuarão paralisadas até o dia 5 de janeiro. A medida não é nova. Pelo contrário. É adotada desde que as obras iniciaram. Durante temporada de verão, as obras serão mais fortes nos pontos já atacados. A intenção do Departamento Nacional de Infra-Estrutura em Transportes (Dnit) é trabalhar na liberação de novos trechos duplicados e não criar novos desvios.

Equipes de conservação e manutenção do departamento estão de plantão para eventuais emergências. A sinalização, nos pontos considerados mais críticos (os próximos a desvios, principalmente) é reforçada. A previsão da Polícia Rodoviária Federal é que até terça-feira o tráfego triplique, no comparativo com esta sexta-feira. De qualquer forma, o maior alerta continua a ser para o trecho sul da BR-101. São mais de 50 desvios entre Palhoça e Passo de Torres, na divisa com o Rio Grande do Sul.

Pesquisa experimental: Primeira colheita de maçã é animadora

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Amanda Menger
Braço do Norte

O Vale do Braço do Norte é conhecido pela produção de suínos e de gado leiteiro. E, em breve, poderá também se tornar conhecido pelo cultivo de frutas. Há dois anos, a Unidade de Ciências Agrárias da Unisul, em Braço do Norte, desenvolve pesquisas com quatro cultivares de maçãs. A primeira colheita ocorreu há poucos dias e os resultados são considerados animadores.

“Temos indícios de que dois cultivares podem ser adequados para a região, que tem um clima mais quente do que a serra, produtora tradicional de maçãs. Estamos ainda em testes, e ainda precisamos de mais uns dois a três anos para que possamos dar a recomendação de que é um bom negócio plantar maçãs no Vale”, revela o engenheiro agrônomo Celso Albuquerque, professor do curso de agronomia e mestre em fruticultura.

As macieiras foram plantadas há mais de dois anos e é a primeira colheita. São quatro cultivares: Condessa, Eva, Castel Gala e Princesa. As que apresentam melhores resultados são Eva e Princesa. “Desde que plantamos estas variedades, acompanhamos o crescimento delas, como a ramificação, grossura do caule, período de floração, quantas flores se tornaram frutos e ainda a qualidade desses frutos”, revela Celso.

Se a avaliação for positiva também nos próximos anos, haverá a recomendação para o plantio da fruta. “Como o clima é mais quente, a colheita é feita em dezembro; já na serra, é em fevereiro. Com isso, poderemos oferecer ao mercado maçãs frescas em um período que só há fruta que está estocada em câmaras frias há mais de nove meses. Com isso, ganha o consumidor e o produtor, que poderá vender o produto a um preço melhor”, explica o professor. No Paraná, há um trabalho semelhante. Lá, os produtores chegam a vender o quilo da maçã a R$ 1,50 com a colheita em dezembro. Já as regiões produtoras tradicionais, não conseguem passar de R$ 0,60 o quilo em fevereiro.

A próxima fase é a avaliação das doenças e dos insetos. “Temos que comparar com as pragas que infestam as macieiras na serra. Neste ano, tivemos poucos problemas. Precisamos ver como serão os próximos anos até que possamos recomendar a produção”, diz Celso.

Outras frutas
Outro projeto de pesquisa envolve a produção de uvas. Mais de duas mil mudas de 20 espécies diferentes de uvas européias foram plantadas na Unidade de Ciências Agrárias da Unisul, em Braço do Norte. A intenção é pesquisar quais cultivares de uvas são mais adequadas para a produção de espumantes.

“Recebemos algumas críticas quando fechamos alguns cursos na unidade em Braço do Norte, mas acreditamos que as características da região precisam ser respeitadas. Estas pesquisas com frutas e outros projetos mostram que é possível gerar desenvolvimento sustentável observando estas características regionais e isso é o papel da universidade”, avalia o diretor dos campi da Unisul em Tubarão e Araranguá, Valter Alves Schmitz Neto.

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