terça-feira, 30 julho , 2024
Início Site Página 9157

Seleção de futsal: Brasil coroa ano de ouro com Nilton Júnior

0

Marco Antonio Mendes
Tubarão

O jogo era da seleção brasileira de futsal, mas o principal motivo de tanta gente reunida em frente à televisão não era simplesmente assistir ao amistoso contra o Paraguai, e sim a possibilidade de ver o tubaronense Nilton Júnior em quadra, defendendo o país.

Tios, primos, amigos e os pais do goleiro da Unisul/Seguridade/Penalty fizeram festa quando o técnico PC de Oliveira deu uma chance ao atleta. Nilton entrou nos últimos dez minutos do segundo tempo. O suficiente para mostrar, pelo menos um pouco, do que sabe fazer.

Sem Falcão, que saiu logo no início do confronto, depois de torcer o tornozelo, o Brasil venceu os visitantes por 8 a 2, na noite de ontem, em Guarulhos. Domingo, os brasileiros já haviam vencido por 4 a 1. As vitórias consolidam com excelência o ano de ouro da seleção brasileira, que foi hexacampeã do mundo, em outubro, após derrotar a Espanha e quebrar a hegemonia do principal rival.

Em uma partida onde os brasileiros dominaram, os gols foram marcados por Gabriel e Betão (duas vezes). Neto, do outro lado da quadra, ampliou marcando o quarto. Thiaguinho fechou o primeiro período a dois minutos do término.
No segundo tempo, o Paraguai conseguiu diminuir a diferença, mas não o suficiente para abalar os brasileiros. Valdin, Thiaguinho e Gabriel ainda ampliaram para a seleção verde e amarela (que ontem estava de azul).

Entrada no fim da partida e proposta da Espanha

Cada gol brasileiro era comemorado com muita gritaria na família do goleiro Nilton. Com mais folga no placar, as chances do tubaronense entrar tornavam-se maiores. Dario Bogado, da seleção paraguaia, marcou aos três do período final, ainda com Danilo como goleiro. Uma falha na defesa brasileira possibilitou o segundo gol dos visitantes, já com o jogador da Unisul em quadra.

Com o ano coroado com tantas vitórias, os familiares do garoto só têm a comemorar. Em conversa por telefone com o pai, o goleiro revelou uma proposta recebida por um time espanhol. “Mas acho que este ainda não é o momento dele ir”, analisa Nilton Mendes Nunes, o pai do atlesul. “Tanto Júnior, quanto Murilo e Acco que jogaram pela seleção sub-20, têm potencial de estarem daqui a quatro ou oito anos defendendo o país em um mundial. Vamos ver”, orgulha-se Nilton pai.

Lombadas eletrônicas: Equipamentos não voltarão a funcionar

0

Zahyra Mattar
Tubarão

Quem trafega pela BR-101 ou outras rodovias federais em Santa Catarina deve ter observado que algumas lombadas eletrônicas nem estão ligadas. Outras deixaram de existir – caso do equipamento que ficava próximo ao trevo da Feinvest, em Tubarão -, outras marcam apenas a velocidade (um exemplo é a lombada próximo à lanchonete Estação, em Cabeçudas, Laguna). Na realidade, em toda a extensão da BR-101, especialmente onde as obras de duplicação avançam, no trecho sul, o instrumento não funciona desde agosto de 2007. E deve continuar assim por muito tempo.

Em abril deste ano, era anunciado, em matéria no Notisul, que em sete meses, ou seja, em novembro, as lombadas eletrônicas na BR-101 seriam reativadas. Até então, os equipamentos estavam desligados, pois o contrato com a empresa que realizava manutenção das lombadas havia expirado. Um processo de licitação chegou a ser aberto em março deste ano, um mês antes dos equipamentos pararem. Nenhum resultado foi anunciado desde então. Existia uma expectativa de que uma empresa começasse a operar até o fim deste ano.

Amanhã, 2008 termina e as lombadas começam a desaparecer da rodovia, aos poucos. Em Tubarão, o equipamento que ficava em frente a Feinvest cedeu espaço para à construção de uma viaduto. Em Laguna, apenas a de Cabeçudas está no mesmo local e marca apenas a velocidade. O de Taquaruçu, também em Laguna, igualmente foi removido. Não há previsão de quando e onde estes equipamentos serão religados.

Atualmente, são 25 lombadas espalhadas pelas BRs-101, 116, 280, 282 e 470. O edital previa a instalação de mais 56 aparelhos. Desta forma, a BR-101 passaria a contar com 81 redutores, no total. As primeiras lombadas eletrônicas foram instaladas em 1999. Desde então, o Dnit arrecadou R$ 271 milhões, nos 321 equipamentos divididos em 14 estados.

Indústria do álcool: Crise pode afetar a produção e a oferta

0

Zahyra Mattar
Tubarão

Pelo menos 6% dos canaviais ou 29,8 milhões de toneladas de cana-de-açúcar deixaram de ser colhidas no centro-sul do país, a principal região produtora. A sobra de 330 mil hectares de cana em pé é um dos efeitos da desaceleração dos investimentos no setor, provocada pela crise financeira internacional.
No interior de São Paulo, pelo menos dez usinas que deveriam entrar em operação este ano não ficaram prontas. Em Mato Grosso do Sul, dos 43 projetos com operação prevista até 2018, cerca de 20 já sofreram corte de recursos.

Tudo pode parecer bem distante para o consumidor da Amurel, mas não é. A falta da base para a produção do álcool combustível pode afetar o mercado de todo o país, inclusive o da região, cujo consumo deste tipo em específico de combustível é grande, dada a quantidade de carros flex em circulação.
Conforme esclarecimento do Sindicato dos Petroleiros de Santa Catarina, o momento é de cautela, mas as expectativas, para 2009, são de melhora no setor, pego em uma situação de baixo preço do açúcar no mercado internacional, baixa demanda para exportação de etanol e um nível de investimento altíssimo, feito com recurso de curto prazo.

Os juros altos também são um problema a ser transposto. Com a escassez de crédito, a usina ficou sem caixa para tocar os negócios. Em quase todas as regiões produtoras, concentradas na maioria no sudeste brasileiro, houve atraso no pagamento de fornecedores. Apesar de quatro grupos usineiros já terem requerido a recuperação judicial, não se acredita em “quebradeira generalizada ou aumento no preço do combustível”, avalia o sindicato.

Sabe o que os astros guardam para você hoje?

0

Áries (21/03 a 19/04)
Marte está próximo de Plutão indicando força que pode ser utilizada positiva ou negativamente, segundo a consciência pessoal. Positivamente indica poder interior de regeneração.

Touro (20/04 a 20/05)
Ações que evocam um sonho que se desenvolverá ao longo do tempo, baseado numa verdade interior, taurino. O momento atual é delicado, tenta-se modificar a realidade, com a força da mente.

Gêmeos (21/05 a 21/06)
Intensidade emocional e conscientização de elementos antes obscuros na própria personalidade e no relacionamento com pessoas. Sexualidade intensa. Poder de reestruturação pessoal, material, emocional, profissional e espiritual. Renascimento.

Câncer (22/06 a 22/07)
Tendência a conflitos, se você ou as pessoas com quem se relaciona insistirem em atitudes impositivas. A colaboração não parece fácil agora. Há emoções conflitantes. Mas também há força interior.

Leão (23/07 a 22/08)
Questões importantes envolvendo o trabalho e a saúde. Momento ideal para abandonar hábitos que têm causado desgaste. Pode haver indisposição com colegas, devido a atitudes autoritárias ou a limites impostos.

Virgem (23/08 a 22/09)
Cuidado com as atitudes radicais e extremistas que podem gerar sérios conflitos no amor ou no relacionamento com filhos. A intensidade emocional é uma marca do tempo atual, mas deve ser temperada pela consciência.

Libra (23/09 a 22/10)
Possibilidade de conflitos envolvendo familiares ou relacionamentos. Desafio de se posicionar de maneira firme mas sem seguir convenções. Desafio de vencer obstáculos, que parecem vir de fora.

Escorpião (23/10 a 21/11)
Plutão está próximo de Marte, símbolos astrológicos relevantes para os escorpianos. Significa todo o poder que possuem, mas que deve ser utilizado com sabedoria. Algo será construído ao longo do tempo.

Sagitário (22/11 a 21/12)
Força para empreendimentos profissionais, realização de projetos e questões financeiras. Mas atenção com o pensamento de que os fins justificam os meios, pois isso poderá causar prejuízos e levar a problemas difíceis.

Capricórnio (22/12 a 19/01)
Marte e Plutão se movimentam em seu signo indicando poder de superação de adversidades, de resistência a dificuldades e de colocar em prática os seus objetivos. Use com sabedoria tamanha força.

Aquário (20/01 a 18/02)
Poder de regeneração que pode atuar no aspecto físico, emocional, profissional ou espiritual. Há muita energia interior, mas com dificuldade de exteriorizá-la.

Peixes (19/02 a 20/03)
Empreendimentos envolvendo outras pessoas, anseios de um grupo ou de uma comunidade podem levar os piscianos a liderarem, utitlizando sua experiência. Maturidade e temperança são importantes.

O que é ser normal?

0

Pense rápido: quantas vezes na sua vida você chamou alguém de louco ou ouviu alguém falar: você é louco(a)!
Caso nunca tenha ouvido antes, então agora estará ouvindo, você deve ser louco(a) de tão certo(a). Então, virou chavão falar em loucura quando se fala em atitudes inesperadas, situações engraçadas, pessoas diferentes…

Apesar disso, existe ainda na sociedade um mito enorme envolvendo o conceito de normal ou doentio no que tange os problemas psíquicos. Dizer que tem problema cardíaco ou gastrite, não é problema, no entanto, falar que tem esquizofrenia, certamente pode ser impeditivo para que alguém namore com você ou lhe dê um emprego, assim como pode ser um grande agravante para que lhe responsabilizem por um crime.

A sociedade trata das mentes doentias com preconceito, encara a doença psíquica com “cara feia”. No entanto, quando alguém se mostra agradável, nos faz rir, nos diverte ou somente age diferente a chamamos de louco(a), mas sem o caráter preconceituoso. O que é ser louco, então? Quem é louco nesta sociedade? Será que, quem hoje é normal, ontem não era louco ou amanhã não o será?
Esse assunto sobre ser normal ou louco aparentemente não tem relação com direito, parece ser papo de gente louca e que mais louco ainda deve ser aquele que deixou uma psicóloga escrever para a coluna.

Mas há relação, sim. Como alguém poderia fazer justiça, defender, acusar ou julgar alguém, sem refletir sobre os seres humanos? Refletir sobre os comportamentos e formas de agir da nossa sociedade? Como se pretende trabalhar com justiça sem pensar no que pode ou não ser normal?

Sou professora da disciplina de psicologia forense no curso de direito. E tenho a difícil tarefa de fazer com que os alunos compreendam os conteúdos que constam na ementa, pois eles precisam parar e refletir sobre o homem, suas diversas facetas, sua forma de agir na sociedade; tenho a difícil responsabilidade de humanizar a justiça, tornar, ao menos aqueles que forem meus alunos, advogados, juízes ou promotores de justiça, realmente humanos, e assim, consequentemente, fazer com que pensem o direito, não enquanto um emaranhado de leis a interpretar e vantagens a serem tiradas, mas como um instrumento de busca da Justiça.

Voltemos, então, ao conceito de normalidade. O que é justo ou injusto em relação à loucura?
Numa sociedade em que se considera normal comprar DVD ou CD falsificado (“pirata”), sonegar impostos, enganar o outro e que se julga aquele que faz o mesmo em maiores proporções, o que é ser normal? Numa sociedade de pessoas que não olham para si mesmas e levantam o nariz com muita facilidade para julgar o outro… O que é ser normal? Um questionamento passa pelo pensamento de muitas pessoas: Será que mais inteligentes não são os que fogem da realidade e se refugiam na doença?

Neste mundo de normais que se dizem loucos e loucos que se dizem normais, já não mais podemos falar em loucura. Diz-se que foge a normalidade aquele que prejudica a si mesmo ou aos outros, mas quem nunca prejudicou o outro ou a si mesmo?
Sempre gostei do termo “sofredor psíquico” para designar os doentes mentais; hoje prefiro “doentes” mesmo, porque não considero certo tudo o que esta acontecendo na nossa sociedade e essa gente louca, certamente, não sofre com o mal que causa ao outro.

A loucura então é questão de ponto de vista. Classificações não faltam, e certamente todos os operadores jurídicos já ouviram falar em personalidade psicopata, dissocial, narcisica… No entanto, e infelizmente, a maioria das pessoas que trabalham com direito, dificilmente parou para pensar no que é ser normal. Ser louco, então, é ser diferente. E ser justo é muito mais do que levar leis a sério, mas levar o homem e suas relações muito a sério. Assim, deixo um questionamento para reflexão: existem pessoas normais?

‘Novo prefeito’ de Braço do Norte é escolhido

0

Bertoldo Weber
Braço do Norte

Um acordo selado entre o PP, PSDB e DEM ‘elegeu’ Ronaldo Fornazza (DEM) presidente da câmara de vereadores de Braço do Norte. A eleição, na verdade, ocorrerá somente nesta quinta-feira, quando os eleitos serão empossados. Após a confirmação como chefe do legislativo, Fornazza receberá, das mãos do atual prefeito, Luiz Kuerten (PP), o Tilico, as chaves da prefeitura e conduzirá os trabalhos até a realização da nova eleição no município.

O aperto de mão entre as siglas foi dado, oficialmente, no dia 24. Todos garantem que serão fiéis ao acordo, sem possibilidade de qualquer mudança de última hora. Fornazza, que se reelegeu em outubro e foi indicado para assumir a presidência da casa pelo PP, afirma que somente aceitou o cargo após conversar com o presidente municipal do Democratas, José Nei Alberton Ascari. “Somente após ter carta branca dele (Ascari) é que decidi dizer sim”, confirma o futuro prefeito interino.

Na vice-presidência do legislativo, o escolhido foi Laércio José Michels Júnior (PSDB). Assim como Fornazza, ele só aceitou o cargo após o aval da presidência dos tucanos. O vereador eleito Jordão Walter Santana (PP), futuro secretário da câmara e um dos integrantes do acordo, elogia as habilidades de Fornazza e Laércio para assumir grandes responsabilidades. “Tanto a prefeitura quanto a câmara estarão em boas mãos. A maneira como foi conduzido todo o processo (refere-se ao acordo) é exemplar. Foi muito transparente. Queremos o bem de Braço do Norte e os objetivos estão voltados para a cidade e a população”, salienta o tucano.

Os colegas Cléber Manoel da Silva (PP) e Maria da Silva Kulkamp, eleitos à casa em outubro e igualmente compactuados em torno de Fornazza para a presidência, lembram que muitas vezes é preciso abrir mão para que as coisas boas ocorram. “Nosso pedido é que sempre estejam em primeiro lugar as pessoas”, condiciona Maria da Silva.

Acordo é bem aceito na cidade

O presidente do PP de Braço do Norte, Valério Perin, diz que o acordo saiu depois que os três vereadores da sigla abriram mão de negociações individuais e deixaram o partido conduzir os trâmites. “Todos deixaram de lado interesses pessoais em prol do bem comum. Acredito que todos honrarão o combinado, independente de pressões, se houver”, avalia.

O empresário Arley Felipe (PP), presente no momento em que o vereador reeleito Ronaldo Fornazza (DEM) foi oficializado presidente do legislativo, diz estar satisfeito em de ver a nova geração da política mostrando uma grandiosa vontade de trabalhar pelo bem da cidade. “Este grupo terá um futuro promissor. A individualidade foi deixada de lado e houve unidade e humildade”, pondera.

O pecuarista Edésio Oenning, líder progressista no Vale, reforça as palavras de Arley Felipe, e acrescenta: “Estamos no caminho certo. Ganham o município e os cidadãos. Humildade é a palavra de ordem”, discursa. Evanísio Uliano, também líder do PP em Braço do Norte, avalia a condução da aliança em torno de Fornazza um ato de sensibilidade. “O acordo firmado tem um objetivo comum: Braço do Norte. E isso por si só já vale muito. Não tenho dúvidas que todos manterão sua palavra. É uma equipe de muitas qualidade e competência”, celebra.

Suplente
Com a nomeação de Ronaldo Fornazza (DEM) à presidência da câmara e ascensão à prefeitura de Braço do norte, o suplente de vereador Roberto Kuerten Marcelino (DEM) assume uma cadeira no legislativo.
A vaga está em aberto e, quinta-feira, será oficializado o convite a Lauro Beckhauser ou Nivaldo irineu Ricken, ambos do PMDB.

Incêndio misterioso: Fogo pode ter sido criminoso

0

Maycon Vianna
Imaruí

Um incêndio em uma residência de dois andares na Estrada Geral do Rio Prainha, em Imaruí, está cercado de mistério para as polícias Civil, Militar e integrantes dos bombeiros. O fogo iniciou logo no início da manhã de ontem, por volta das 7 horas. A Polícia Militar de Imaruí foi avisada, o Corpo de Bombeiros de Laguna atendeu a ocorrência, deslocou um caminhão para conter as chamas.

A equipe chegou ao local e percebeu que a parte da frente da casa, no segundo piso, estava toda queimada. “Os nossos soldados saíram da base por volta das 7h10min e retornaram por volta das 8h50min. Foi tudo muito rápido. Creio que os moradores conseguiram conter as chamas utilizando mangueiras comuns”, avalia o sargento Manoel Tadeu de Souza, do Corpo de Bombeiros de Laguna.

Os investigadores da Polícia Civil de Imaruí suspeitam que o incêndio tenha sido criminoso, pois a residência pertence a familiares do jovem de 17 anos que assassinou com dois tiros Horácio de Oliveira, na localidade de Rio Prainha, no último dia 21. Ao que tudo indica, a briga foi motivada pela cobrança de uma dívida antiga. O caso causou comoção nos moradores da localidade e também na família da vítima. O menor não foi preso e aguarda decisão judicial.

“Os peritos chegaram ao local e investigam se houve sabotagem. Ainda não dá para precisar se houve intenção de incendiar a casa. O certo mesmo é que ninguém ficou ferido”, diz um policial da cidade.
O sargento Manoel Tadeu de Souza não acredita na hipótese de incêndio criminoso. “Não é possível confirmar, mas não há indícios de combustíveis (gasolina, álcool, diesel) espalhados no local. Creio que pode ter sido um curto-circuito ou algum problema técnico em um eletrodoméstico”, analisa.

Geração de empregos: Laguna tem índice negativo

0

Amanda Menger
Tubarão

Os índices de empregos no estado caíram em novembro. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontam que foram criados 3,8 mil vagas formais em Santa Catarina. O índice é 71,4% menor do que o registrado em novembro de 2007. Este é também o resultado mais baixo dos últimos dez anos no estado. Das três cidades da Amurel que enviam dados para o Caged, Laguna é a que tem o pior resultado. Em novembro, o mercado de trabalho na Cidade Juliana encolheu: 76 vagas foram fechadas. O setor que mais demitiu foi o comércio, com 38 postos. Em segundo lugar, foi a agropecuária, com menos 28 empregos.

De janeiro a novembro deste ano, o saldo também é negativo, 126 postos de trabalho foram fechados. No ano, o setor que mais demitiu foi o de serviços, 87, seguido por comércio, com menos 67 trabalhadores. Nos últimos 12 meses, de novembro de 2007 a novembro de 2008, o saldo é positivo: 51 empregos, e o setor que mais criou postos foi o comércio.

Para o secretário de desenvolvimento econômico da prefeitura de Laguna, Natanael Wisintaener, a realidade do município é diferente. “Tivemos indústrias se instalando no município e gerando empregos também indiretos. Pelas nossas estimativas, Laguna gerou 17% mais vagas do que a Amurel”, garante o secretário.
Em 2009, a expectativa é um incremento de 300 postos. “Temos alguns contatos com indústrias que se mostraram interessadas em se instalar em Laguna. Além disso, temos os empregos temporários devido ao verão. Muitos só entrarão na estatística de dezembro, porque as contratações ocorreram no início do mês”, observa Natanael.

Tubarão ‘caminha’ na
contramão do estado

As estatísticas da geração de empregos em Santa Catarina foi considerada negativa em dezembro. Em Tubarão, a situação é diferente. Em novembro de 2007, foram gerados 162 postos de trabalho. Neste ano, foram 292. A variação é positiva: 80%. O setor que mais gerou empregos foi o de comércio. Em 2007, foram 80 vagas e, neste ano, 154.

“Uma boa parte destas contratações em novembro é de empregos temporários para atuar nas vendas de fim de ano. Fizemos um levantamento preliminar com os comerciantes e apontava 25% de incremento nas contratações. A expectativa é que uma boa parte deles seja efetivada”, observa o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Walmor Jung Júnior.

O saldo de empregos é positivo no ano: 2.033 postos. Até novembro, o Sine de Tubarão registrou 16.732 admissões e 14.699 demissões. No acumulado do ano, o setor de serviços foi o que mais gerou empregos: 705; seguido pela administração pública, com 603; comércio, com 530; e indústria, com 151 postos de trabalho.
Já as demissões, ocorreram mais nos serviços industriais e utilidade pública, um total de 29. Ainda em novembro, o setor que mais encolheu foi o de construção civil, que demitiu 68 trabalhadores e contratou outros 66.

Geração de empregos cresce em Imbituba

A criação de novos postos de trabalho em Imbituba é positiva. Em novembro, foram 56 vagas a mais, um salto comparado a novembro de 2007, quando foram criados 15 empregos. O setor que mais contribuiu com o resultado foi o comércio, com 27 novas vagas, seguido por serviços, com 39.

De janeiro a novembro, o saldo também é positivo. Foram criados 126 empregos, com destaque para a indústria, com 79 vagas. A área que teve redução de trabalhadores foi serviços, com menos 33 postos. No acumulado de 12 meses, entre novembro do ano passado e o mesmo mês de 2008, o resultado é positivo: 21 empregos.
No período, a administração pública foi a que mais demitiu: 148, seguida pela construção civil, com menos 20 vagas. O que mais admitiu foi a indústria, com 84, e o comércio em segundo lugar, com 40.

Para o prefeito José Roberto Martins (PSDB), o Beto, o bom desempenho do município faz parte do planejamento. “É fruto de um trabalho realizado há mais de três anos. Em 2009 e nos próximos anos, a expectativa é de um crescimento ainda maior e em diversos setores, principalmente devido à revitalização do porto”, analisa.
Segundo o prefeito, com o investimento inicial da Santos Brasil, de R$ 120 milhões para a concessão do terminal de contêineres, foram injetados na economia do município R$ 15 milhões em pagamento de dívidas trabalhistas.

“Isso movimenta a economia, são mais empregos no comércio, na construção civil, só com o ‘saneamento’ das dívidas do porto. Em breve, devem começar as obras de construção de um novo berço no porto, um investimento de R$ 120 milhões e centenas de empregos diretos e indiretos”, adianta Beto.

Com os problemas no porto de Itajaí – que ficou destruído com as chuvas em novembro – muitas empresas transferiram as atividades para Imbituba. “Tínhamos uma movimentação de 600 contêineres por mês e agora estamos em quatro mil. A tendência é de crescimento. Nos próximos cinco anos, a estimativa é que movimente 30 mil contêineres por mês e isso representa mais empregos”, comemora o prefeito reeleito.

Número de empregos criados
Município Novembro No ano
Tubarão 292 2.033
Laguna -76 -126
Imbituba 56 126

“Queremos que paguem menos. Mas que todos paguem”

0

Amanda Menger
Tubarão

Notisul – Como é a tramitação da Reforma Tributária?
Edinho
– Tem uma comissão especial que trata da reforma do sistema tributário brasileiro. A comissão foi instalada em abril, fizemos inúmeras audiências públicas, conferências, visitamos 21 estados brasileiros – não conseguimos ir a todos devido ao tempo e também por ser ano eleitoral. Dividimos as tarefas: o presidente da comissão é o ex-ministro da fazenda, Antonio Palocci (PT/SP); eu sou o primeiro vice-presidente; o segundo vice é Paulo Renato de Souza (PSDB/SP), ex-ministro da educação; e o relator é Sandro Mabel, que é deputado por Goiás (PR). Nós somos em 24 deputados na comissão e, após esses contatos todos, votamos a proposta na comissão. Enviamos para o presidente da câmara dos deputados, Arlindo Chinaglia (PT/SP) para pautar e pôr em votação na câmara. Nesse ínterim, houve um entendimento entre os líderes partidários da câmara para priorizar outras matérias pendentes na casa e que retomaremos as discussões no fim de fevereiro para votarmos a Reforma Tributária. A votação ocorre em dois turnos. Precisamos de 308 votos nos dois turnos para que seja aprovada e aí vai para o senado. Como eles já estão acompanhando as discussões, esperamos que a tramitação lá seja mais rápido.

Notisul – No senado, precisará passar por alguma comissão especial?
Edinho
– Poderá ser constituída uma comissão também, mas poderá com o entendimento entre os partidos e a mesa diretora do senado ser votada diretamente no plenário, uma vez que foi discutido e rediscutida na câmara. Mas há uma tendência de criar uma nova comissão. Costumamos dizer que, lá no senado, são os senadores que votam, não nós, deputados. Só votamos juntos quando há reuniões do Congresso Nacional. O que é essa sessão? Reúnem-se deputados e senadores e votamos juntos, mas depende da matéria, do projeto, um veto do governo, por exemplo. Neste caso, votam separados. Se o senado modificar alguma coisa, volta para a câmara. Se a iniciativa fosse do senado, passasse por lá e nós modificássemos alguma coisa na câmara, teria que voltar ao senado e vice-versa. Só não retorna quando há consenso.
Notisul – O senhor fez um resumo dos trabalhos. Mas, o que exatamente é discutido?
Edinho – O governo federal, depois de um amplo estudo, entendeu, e também por pressão dos parlamentares, dos trabalhadores, sindicatos, autônomos e dos contadores, que reclamavam muito, que é preciso simplificar o sistema tributário brasileiro. Nós temos um sistema atrasado, arcaico. Eu cito como exemplo nas minhas palestras um caso de uma empresa de São Paulo. Eles têm dois mil funcionários na área administrativa, 500 funcionários só cuidando da parte tributária. Isso é um absurdo! O custo só para cuidar, analisar essa parte tributária é 3% do faturamento dessa empresa. Isto diminui a nossa competitividade na hora de vender mercadoria, tanto interna quanto externamente, principalmente nas exportações. Nós temos mais de 50 tipos de tributos, pagamos hoje cerca de 38% do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma das riquezas produzidas no país – só de tributos. Ou seja, do que é produzido no país, 38%, pagamos como tributos. Se nós vamos fabricar e vender, estamos concorrendo com outras empresas e países, ainda mais em era de globalização. Nós precisamos buscar o equilíbrio disso.

Notisul – Como a globalização influi nesse aspecto de tributação?
Edinho
– O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que o mundo não viverá sem os Estados Unidos e os Estados Unidos não viverão sem o mundo. Hoje, estamos todos interligados. Quando eu era relator do sistema financeiro nacional, ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), visitei diversos países discutindo o sistema financeiro, eu disse em Washington que um dia a bolha iria estourar. Porque são bilhões para cá, bilhões para lá, mas são papéis, títulos, não é dinheiro, espécie circulando. Então, por exemplo, você financia por R$ 100 mil e assina uma cédula hipotecária nesse valor. A Caixa Econômica Federal, e eu fui gerente da Caixa, desembolsa R$ 100 mil e gera uma cédula hipotecária. O que o mundo estava fazendo? Pega essa cédula e passa para frente, e pega mais R$ 100 mil faz dinheiro e financia outra casa, aí pega outra cédula hipotecária e, então, de R$ 100 mil faz um R$ 1 milhão, mas isso é falso, como se tivesse R$ 1 milhão e não tem esse valor, porque o que realmente tem circulando é R$ 100 mil. Chega uma hora que estoura. E quando estoura é uma reação em cadeia. Precisamos ter um sistema tributário que nos permita ter um custo de produção menor para que possamos continuar competitivos, mesmo diante de cenários de crise.

Notisul – Qual é a idéia básica da Reforma Tributária?
Edinho
– Fazer com que todos paguem menos, mas que todos paguem. Essa é a filosofia da nossa reforma. Se vamos conseguir o nosso objetivo? Estamos trabalhando para isso. Todos que nós visitamos, todos os segmentos que discutiram conosco foram favoráveis à reforma. Isso é impressionante. Claro que há pontos dissonantes, que um deputado concorda, que um governador discorda, mas é esse ajuste que estamos tentando fazer. Ninguém se manifestou contra.

Notisul – E isso é uma evolução. Já se tentou diversas vezes fazer a reforma e nunca avançou…
Edinho
– Verdade. O mundo evoluiu e nós continuamos com o sistema atrasado. Por isso, queremos que todos paguem menos, mas paguem. Outro ponto que defendemos é diminuir a burocracia. Nós temos um sistema complexo, mais de 50 tipos de tributos. O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), cada estado tem uma alíquota, nós vamos unificar, será a mesma alíquota para todos os estados. Isso evita que a empresa tal tenha crédito porque vendeu para tal lugar, o que é uma confusão danada. E vamos acabar com essa quantidade imensa de tributos com a criação do IVA-F, que reunirá outros tributos. Só aí as empresas já vão ganhar, porque simplifica a forma de contribuição. Quando formos aprovar o orçamento da União para o próximo ano, vamos exemplificar, o presidente precisa de R$ 100 mil para tocar o país, então nós vamos aprovar esse orçamento. Com a reforma, todos vão pagar menos, mas vão pagar e isso vai aumentar a arrecadação do governo, toda vez que passar de 100, nós vamos estabelecer uma trava, que ele não pode arrecadar mais. Cada vez que bater nessa trava, diminui a carga tributária para os próximos anos. Com isso, nós teremos ter mais produção, vamos gerar mais emprego, renda e o governo arrecadando sempre a mesma coisa.

Notisul – Para dar certo, o governo terá que frear os gastos públicos. Isso é possível?
Edinho
– Sim, porque quanto mais se arrecada mais se gasta também. E todos os governos fizeram isso, independente de partido político. O próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mesmo com seus 20 anos de discurso de oposição, foi o que mais criou ministérios. Ele me disse que ‘as pessoas não entendem que quando estamos na oposição, e parte do PT não entende, critica-se o que está errado; quando se está no governo, tem que governar’. Aí eu disse ‘mas toda a oposição tem que ser como a liberdade, tem que ter responsabilidade. Por que o cara vai preso? Porque não teve responsabilidade, fugiu dos limites’. A oposição tem que ter responsabilidade. Ninguém vê o deputado Edinho fazendo bobagem, vocês nunca viram. Quando alguém mexer comigo, vou até o fim, porque não agi com maldade. Essa é a forma de agir.

Notisul – Quais os outros pontos importantes da reforma?
Edinho
– A desoneração em 1% da folha de pagamento ao ano até seis anos. Porque essa reforma será feita gradativamente. Queremos desonerar a folha de pagamento para gerar mais empregos formais e facilitar a vida do cidadão. Se hoje paga-se 20%, por exemplo, no próximo será 19%, até completar os seis anos de prazo. Vai diminuindo para aumentar a formalidade. Vamos ainda desonerar 100% os investimentos. O Brasil é o único país do mundo, ao que me consta, que cobra imposto para investimento. A pessoa vai investir e não vai mais pagar impostos. Também será desonerada a exportação, ou seja, não terá mais que pagar impostos sobre essa exportação.

Notisul – E a Lei Kandir, de compensação das exportações?
Edinho
– Acaba com esta lei. A lei Kandir, que eu ajudei a aprovar, na época era para favorecer a exportação, foi bom. Mas, na prática, não funcionou. Um exemplo, o empresário tem R$ 100 mil de crédito porque ele exportou, mas o governo federal não repassa. Tem que falar com deputado, senador, ministro para que o governo pague algo que é direito dele. Aí o governo federal não passa R$ 100 mil, passa R$ 70 mil para o governo estadual, e aí tem que correr novamente, falar com deputado estadual, secretário, governador para poder liberar, e o governo paga para quem ele quer. A nossa proposta, você é exportador tem direito a R$ 100 mil de crédito, isso vai automaticamente, será constitucionalizado, não tem como o governo segurar. São avanços extraordinários para isso.

Notisul – A guerra fiscal será realmente extinta?
Edinho
– Hoje, é uma vergonha o tipo de incentivo que os municípios, governos oferecem para as empresas. Nós temos empresas, e nem muito grandes não, que deixam de pagar R$ 2,5 milhões de impostos por mês devido aos incentivos que os governos ofereceram. A guerra fiscal nasceu com os incentivos dados pelos governos para que as empresas se instalassem em determinadas regiões. A idéia é que as empresas se instalem em áreas longe dos grandes centros, para que essas regiões também se desenvolvam. Mas não foi o que ocorreu, fugiu do controle. Ocorre mais ou menos assim: uma empresa quer se instalar aqui no sul, aí o prefeito de Tubarão oferece R$ 1 milhão de incentivos ao mês, mas aí o prefeito de Criciúma oferece R$ 1,5 milhão de incentivos ao mês, e aí Imbituba oferece R$ 2 milhões. Para onde a empresa vai? Quem der mais. Isso é um absurdo, porque quem paga por isso é o contribuinte. Para acabar com isso, nós estamos criamos incentivos regionais. Será diferente.

Notisul – E o fundo nacional, como funcionará?
Edinho
– Com a unificação das alíquotas de ICMS, alguns estados poderão ter prejuízo, e este fundo irá bancar isso, até que esteja adequado. É uma forma de compensar. Até hoje, foram 12 tentativas de fazer a reforma. Nunca deu certo, porque é interesse de deputado, de governador, de ministro, de empresário e aí não se tem uma visão macro da realidade.

Notisul – A cesta básica também será desonerada?
Edinho
– O objetivo nosso é desonerar 100% da cesta. Porque quem mais paga imposto hoje é o pobre. Porque se o rico compra um quilo de arroz e o pobre um quilo também, está pagando o mesmo imposto, mas se o rico tem uma renda maior, quem está pagando mais? O pobre. Até porque a alimentação tem um peso maior no orçamento das famílias com menor renda.

Notisul – Qual outra vantagem da reforma?
Edinho
– A segurança jurídica. Hoje, o que tem de processo na justiça sobre tributos. Um bom advogado e um bom contador ‘enrolam’ o juiz. Eu já disse para alguns amigos juízes: ‘vocês têm que usar o bom senso’. Mas aí eles argumentam: ‘nós trabalhamos em cima de papéis, aí o advogado arruma testemunha fria e passa’, aí responsabilidade do advogado. Com esta reforma, queremos simplificar ao máximo para termos segurança jurídica.

Notisul – O que resolveria pendências como essa da cobrança do ISS sobre leasing?
Edinho
– Na nossa reforma, o que vamos fazer agora, (Carlos) Stüpp (PSDB – prefeito de Tubarão) não teria como entrar na justiça. Nós vamos facilitar para evitar essa enrolação. Sabe que quanto mais complexo, melhor para os advogados, aí é que eles vão dentro das falhas. Ações como essa da prefeitura de Tubarão com o ISS dificilmente ocorreriam após a aprovação da reforma. Mas Stüpp foi correto. Foi atrás, parabéns para ele.

Notisul – O senhor falou em algumas palestras sobre a reforma, que ninguém quer perder receita, com a aprovação da proposta, será necessário um novo pacto federativo?
Edinho
– Essa distribuição dos recursos é uma conversa que estamos tendo com o governo federal. Primeiro, nós temos que acertar a arrecadação, o pacto é uma outra história. A maioria está defendendo isso, que venha mais recursos para os municípios, depois para os estados e, por fim, a União. Mas também tem que repassar as responsabilidades para municípios, estados e União.

Notisul – Pagar menos e que todos paguem. Esse é o intuito da reforma. Mas como conseguir que todos paguem?
Edinho
– Nós pensamos em como controlar isso, já que o Brasil é um dos países que mais sonegam. Isso é cultural, e cultura não se muda de uma outra para outra. Então, aí tivemos a idéia, não foi minha, mas acatei, de utilizarmos a nota fiscal eletrônica, até pelo avanço tecnológico hoje no mundo. Se nós implantarmos a nota fiscal eletrônica, dificilmente alguém vai sonegar. Mas, tem que exigir que qualquer empresa, mesmo pequena, tenha esse sistema. Queremos fazer isso gradativamente, queremos implantar 70% da reforma até 2010 e eu não tenho dúvida que vai aumentar a base de arrecadação e todos irão pagar. A nota fiscal eletrônica permite a conferência de informações e o cruzamento de dados incluindo aqueles repassados na declaração de Imposto de Renda para a Receita Federal.

Notisul -Essas medidas propostas pela Reforma Tributária precisarão de regulamentação?
Edinho
– Alguns itens sim. Terão que ser regulamentados antes, não gostaria de adiantar quais, porque dependem de algumas conversas que ainda teremos que fazer na comissão. Porque se nós falarmos agora, segmentos já se mobilizaram. Nós vamos acertar, vamos negociar, isso será implantado em seis meses. Alguém pode perguntar: e se não regulamentar em seis meses? Na Constituição de 1988, tem coisas que até hoje não foram regulamentadas, aí nós estamos colocando a garantia: se não for regulamentado no prazo, não entra em vigor. E terá que ser regulamento em um exercício para entrar em vigor no outro. Não tem que enganar ninguém. O Brasil é nosso, não precisamos disso.

Notisul – Muita pressão, deputado?
Edinho
– Muita. Agora diminuiu um pouco. Tenho que ser sincero. Li, vi, assisti e escutei entrevistas de jornalistas, de comentaristas que diziam bobagens, porque o empresário vai perder, e coisas do tipo. A interpretação das coisas é algo sério. O que houve foi muita distorção da nossa intenção e, com as discussões, foram clareadas as coisas, tiradas as dúvidas. Porque ninguém quer perder, tirar do bolso.

Notisul – Qual ponto da reforma tem gerado mais polêmica?
Edinho
– Um deles é a questão dos royaltes. A Petrobras, por exemplo, no Rio de Janeiro, explora petróleo em alguns municípios e eles vão diminuir um pouco a arrecadação. Não é justo que um município que tem os mesmos problemas que o outro, vizinho, só porque tem a exploração de petróleo, passa a arrecadar 50 vezes mais do que o vizinho. Na nossa proposta, ninguém vai arrecadar mais, mesmo tendo exploração, do que quatro vezes a média do estado. A diferença será distribuída nos demais municípios. Essa é a nossa proposta, mas está dando dor de cabeça, o Rio de Janeiro está esperneando, Manaus também. Nós achamos que temos que buscar o equilíbrio. Hoje, vamos supor que Armazém e Gravatal arrecadem R$ 500 mil por mês, mas aí acham petróleo em Gravatal, e a arrecadação pula para R$ 5 milhões, só que os problemas dos dois municípios são os mesmos. É justo que Gravatal tenha essa arrecadação e Armazém não, se isso está instalado em Santa Catarina, na Amurel? Pela nossa proposta, Gravatal arrecadaria até quatro vezes mais do que a média do estado e uma parte da arrecadação seria distribuída para os vizinhos. Estamos ainda estudando essa possibilidade. A reforma tem que ser para o Brasil e não para o governo.

Retrospectiva 2008: O adeus à esperança da Unisul, em agosto

0

Marco Antonio Mendes
Tubarão

Se por um lado a equipe da Unisul/Seguridade/Penalty comemorava o primeiro lugar da segunda fase, lamentou ter pego a Malwee nas fases finais da Liga Futsal. Era tudo o que o time não queria. Isto resultou na despedida da equipe tubaronense da competição. Após a derrota, em pleno Salgadão lotado, o público aplaudiu os atletas comandados por Paulinho Gambier.
“Quanto mais jogos a gente ganha e quanto mais fases passamos, acreditamos que é possível chegar ao fim. E por mais que sabíamos que era difícil; sonhamos com o título. É decepcionante não conseguir”, disse, emocionado, o pivô Raphael após a derrota.

Uma outra decepção viria semanas depois. Com boa parte do elenco já com o contrato renovado, o ala Cabreúva, principal estrela do time, anunciava o seu desligamento do time. O jogador havia aceitado o convite da Malwee para integrar a equipe na próxima temporada.
Na natação, um jovem despontava nas piscinas. Lucas Remor somava uma coleção de medalhas nas competições estaduais e nacionais. Entre o fim de julho e início de agosto, foram sete medalhas seguidas.

Verified by MonsterInsights