segunda-feira, 29 julho , 2024
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“Como enfrentar a crise? É só trabalhar”

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Zahyra Mattar
Orleans

Notisul – Como nasceu a Librelato?
Lussa – Na verdade, herdamos alguma coisa do meu falecido pai (Berto Librelato). Em 1969, iniciamos a fabricação de carroçaria de madeira. Meu pai já era empresário no interior, no tempo em que a indústria era tocada a água. Tínhamos engenho de farinha, de açúcar e serraria. Em 1964, quando as águas estavam diminuindo, viemos para a cidade, para Orleans. O pai, a mãe e os 11 filhos. Iniciamos uma madeira e fabricávamos casas de madeira. Viemos até em Tubarão construir casa. Alguns anos depois, percebemos o crescimento rodoviário e foi onde mudamos o foco da fábrica e começamos a construção de carroçarias de madeira. Levávamos uns 30 dias para fazer uma. Hoje, é uma hora e meia, duas horas.

Notisul – Mas o senhor que fabricava?
Lussa – Sim! Olha aqui (mostra o dedo torto), isto aqui foi em uma das máquinas de processar a madeira. Esmagou meu dedo em 13 de agosto de 1973…

Notisul – O senhor é bom de data…
Lussa – Ah, mas essa data não tem como esquecer. Na verdade, as datas boas e ruins a gente nunca esquece, né!?

Notisul – A empresa continua familiar, como no início?
Lussa – Italiano adora uma família (risos). Somos em 11 irmãos: oito homens e três mulheres. Mas sabe que o italiano tem uma encrenca com mulher, então, somente os homens administram os negócios. Não sou ao mais velho, mas sempre me coube ter o comando. Acho que é uma questão de perfil. Com 9 anos, já escrevia cartas para as embaixadas, para buscar informações do país e do mundo. Morávamos no interior e não tinha outra forma de comunicação. Bem, depois chegou o rádio. Sempre fui ambicioso. Mas não aquela pessoa dinheirista. Só queria ter uma vida boa. Até porque a gente teve uma educação do pai que era assim: “Não adianta ser rico, rodeado por miseráveis. Tem que ser rico e quem o cerca também estar bem”. E foi o que segui. Sempre fui muito persistente, obstinado. Quando fiz 17 anos, fiz uma lista com 17 objetivos na minha vida. Dentre eles, era ser prefeito da minha cidade (risos). Já sou o vice.

Notisul – A empresa do senhor fazia parte destas 17 metas…
Lussa – Faz parte.

Notisul – O senhor não cumpriu todos ainda?
Lussa – Não. O último é comprar um avião. Ainda não deu (risos).

Notisul – Um avião?
Lussa – É! Um aviãozinho. Não um Boing né! Um monomotor só para passear um pouquinho! (risos).

Notisul – Nossa! Qual é o penúltimo?
Lussa – (risos) É ser o presidente do meu time preferido de futebol, que hoje é o Criciúma. Antes, era o Santos. É quando chegou na meta 13, já não tinha mais o que botar. Tinha 17 anos e, naquela época, ter um avião era algo completamente impossível. Graças a Deus, o tempo foi passando e fui vendo que o impossível está na nossa cabeça. Tudo é possível quando se trabalha com determinação e honestidade.

Notisul – O senhor é um homem de sucesso. Qual o segredo?
Lussa – Não tem segredo. É trabalhar mesmo. Trabalhar com honestidade e determinação. Mas não somente para si. Para quem te cerca, como ensinou o pai. Na minha empresa, por exemplo, a telefonista está lá há 25 anos. O financeiro há 28 anos. Você tem que ter o respeito por quem trabalha com você. Acho que vem daí o nosso sucesso. Mas também o empresário tem que descobrir o perfil do trabalhador e incentivar a equipe. Não pode ter vergonha de querer ganhar dinheiro. Eu não tenho e não deixo meus trabalhadores terem. A gente vive em uma sociedade capitalista. Não pode ser hipócrita.

Notisul – O senhor tem alguma formação em nível superior?
Lussa – Tenho um ano e meio em administração de empresas, na Unisul de Tubarão. Não consegui terminar porque minhas atividades eram fisicamente muito forçadas. Eu vinha de ônibus em estrada de chão. Claro que o estudo é algo importantíssimo. Mas também não é isso que divide aqueles que chegam lá dos que não chegam. A força de vontade e a persistência que são decisivos. Meus pais tiveram oito homens e os transformaram em oito líderes.

Notisul – Então, oito donos de uma fábrica de carroçaria. Como vocês conseguiram administrar isso?
Lussa – Com o tempo, percebi que era mesmo muita gente em um único lugar. Foi então que fomos diversificando e criamos o Grupo Librelato. Hoje, temos uma cerâmica de tijolos refratários, em Lauro Müller, uma madeireira e fazenda de gado em Alta Floresta, no Mato Grosso, uma indústria de plástico em Orleans, um britador e uma empresa de terraplanagem também em Orleans. Temos ainda a Rádio Cruz de Malta, fundada em Lauro Müller, em 1949, a Rádio Guarujá, em Orleans, que foi alugada e temos uma proposta de compra para este ano, um jornal semanário, o Hoje, também em Orleans. Também somos sócios do Jornal da Manhã, em Criciúma. Em Içara, temos um distribuidor da Marcopolo (empresa do ramo rodoviário) e uma oficina que dá assistência técnica para os produtos que fabricamos e depois as duas unidades (em Orleans e Capivari de Baixo) da Librelato Implementos Agrícolas e Rodoviários, que eu administro e é o ramo em que mais somos conhecidos, porque é o segmento mais antigo em que a família atua. Em breve, teremos mais uma filial da implementos em Içara.

Notisul – Então é a Implementos que está no roll das empresas que mais cresceram em 2008?
Lussa – É. Hoje, a Librelato Implementos Rodoviários é a quinta maior empresa do ramo no Brasil. A revista Exame de agosto nos apontou como 58ª empresa brasileira que mais cresceu no país em 2008. Em Santa Catarina, somos a terceira empresa que mais registrou crescimento no ano passado, conforme o roll da revista Você S/A. Traçamos o objetivo de crescer 50% em 2008 e conseguimos atingi-lo em novembro. Em dezembro, fomos pegos por essa crise.

Notisul – Pois é. A crise. Como senhor avalia este fim de ano com crise e o começo de 2009 não muito diferente?
Lussa – A crise chegou, mas como o ano foi ótimo para a Librelato, os efeitos foram pequenos. Do Grupo, o setor que mais sentiu foi a Librelato Implementos (Agrícolas e Rodoviários), porque dependemos 100% de financiamentos. As outras ainda não sentiram os reflexos.

Notisul – Mas o senhor chegou a ter reflexos diretos no caixa da empresa?
Lussa – Direto. Tanto é que antecipamos as férias coletivas. Antes da crise, o juro era de 1.1%, o bem era financiado em 36 ou 60 meses e o valor era de 90% a 100% financiado. Aí veio a crise. O juro foi para 2%, o financiamento passou para 24 ou 48 meses e o valor permitido para financiar ficou em 70% a 60%. O suficiente para dar um baque. Um pouco foi psicológico, as pessoas ainda não entenderam de onde veio a crise e onde ela está. O mercado se retraiu. Esta insegurança também refletiu o preço dos insumos e por ser fim de ano.

Notisul – E qual a expectativa para 2009, em virtude deste momento de crise?
Lussa – Continua positiva. Em agosto, fizemos um planejamento estratégico para crescer 30% em 2009 e não abro mão de um número até que me provem o contrário. Sou persistente como todo bom e digno brasileiro, não desisto nunca! (risos). E agora não é momento de grandes análises, porque o caminhão para no fim do ano. Como costumo dizer: o Brasil anda somente depois do Carnaval. No meu setor, é bem isso que ocorre. Acredito que em março tudo comece a entrar, novamente, nos eixos.

Notisul – O senhor não é nem um pouco pessimista.
Lussa – Não. Veja bem. Qual o país do mundo que tem tudo que o nosso tem? Um clima tropical, quatro safras de grão por ano, somos quase autossuficientes em petróleo. Não tem outro país. Não tenho dúvidas de que se os governantes, o congresso fossem mais ágeis, nos tornaríamos a maior potência do mundo em dez anos. A questão ambiental, por exemplo, como somos atrasados. A duplicação da BR-101. Que dilema foi para trazer esta obra.

Notisul – Tem algum ramo que vocês não atuam?
Lussa – (risos) A família tem esta característica. Um sócio descobre um negócio novo e todos vão na onda. Até minha mãe, no alto dos seus 84 anos, tira o dinheirinho da poupança e ajuda. Somos todos sócios e todos do mesmo partido, para não dar briga (risos).

Notisul – Pois é! Como foi esta candidatura de última hora?
Lussa – O candidato que nós apoiávamos (Valmir Bratti – PP) foi impugnado na quinta-feira, dia 2 de outubro. Minha candidatura foi registrada na sexta-feira, às 18 horas. A eleição foi domingo e ganhamos (Lussa como vice e Jacinto Redivo – DEM – como prefeito) nas urnas com 71 votos (risos).

Notisul – E prefeito? Quando o senhor se candidata?
Lussa – Já poderia ter concorrido, mas não podia abrir mão da empresa. Mas agora já vou começar a preparar a empresa para ficar quatro anos sem mim. Deus me deu sabedoria e força e eu quero contribuir mais diretamente com a minha cidade. Hoje, sou vice e ainda vou concorrer a prefeito. Quero transformar meu município em um pólo, como são Criciúma e Tubarão.

Notisul – O senhor começou na política quando?
Lussa – Sempre gostei de política. Sempre coordenava as campanhas, há mais de 30 anos. A nossa família é terrível para a política. Se não tiver alguém para puxar o freio, eles fecham a empresa e vão tudo para a rua pedir voto (risos). E os filhos já vêm com o mesmo ímpeto.

Notisul – O senhor, pelo visto, é bem ligado à família…
Lussa – Ah, sou sim! É uma mistura. Herdamos a agregação familiar dos nossos pais italianos e o carisma do brasileiro (risos). Italianos não são muito de abraçar, reunir a família, ir visitar. A raça é ruim mesmo. A gente costuma dizer que o italiano só se encontra em casamento ou enterro (risos). Mas nossa família mudou isso. Somos muito unidos. Algumas coisas mantemos. Um exemplo são as mulheres. Mulher de sócio não trabalha nas empresas. É proibido porque complica tudo.

Notisul – O senhor é machista?
Lussa – Não. Tanto que nas nossas empresas, a maioria dos colaboradores são mulheres. Eu acredito nas mulheres no trabalho. No nosso governo em Orleans, que assumimos no dia 1º, nomeamos duas mulheres secretárias (saúde e educação), no departamento jurídico também será uma mulher. Mas, nas empresas, temos que evitar porque já somos todos família. Aí fica gente demais e estraga o casamento. Depois, os dois chegam em casa e vão falar de quê?

Notisul – E o futebol. O senhor segue com os patrocínios este ano?
Lussa – Sou santista de coração, Criciúma por opção e agora tubaronense, porque também patrocinaremos o Atlético Tubarão este ano. Este ano, vamos patrocinar o Criciúma e o Atlético Tubarão. Fechamos um contrato de seis meses com as duas equipes. Adoro futebol. É um vício. E também porque tinha o meu sobrinho, Maycon Librelato (jogador do Internacional gaúcho, falecido em 2005, em um acidente de carro), então, sempre fui ligado ao esporte. Futebol é uma das coisas que me tiram do sério. Brigo e xingo (risos). Acompanho os jogos. Coisa de louco. Fui na copa da Argentina com a Brasília emprestada do meu irmão, e na da França, onde vi a seleção perder naquele jogo de dar ódio a qualquer torcedor. Que absurdo!

Notisul – O senhor pode adiantar alguma coisa do contrato?
Lussa – Não. Cifras não vêm ao caso. Só posso dizer que não é barato. Mas o investimento maior é na socialização com a população, tanto em Criciúma quanto em Tubarão. O futebol tem a façanha de unir todos, independente de situação financeira, raça, credo. E é disso que gosto. Estar no meio do povo. Além disso, no domingo, não tem nada melhor do que ver um futebolzinho na TV. É melhor do que o mala do Faustão (risos).

Notisul – O senhor joga?
Lussa – Não. Meu negócio é ser torcedor. Morávamos no interior e não tinha essa de brincar de futebol. Naquela época, se começava a trabalhar muito cedo. Com oito anos, eu saía do interior e ia para a cidade vender leite. Era quatro quilômetros a pé, descalço. Não tinha dinheiro para comprar sapatos. Não é a facilidade que é hoje. Íamos à missa com o sapato na mão, chegava na igreja, lavava o pé, e colocava o sapato. A volta: pé no chão. Se chegasse em casa com o sapato calçado, apanhava. E isso ocorreu ontem. Por isso que eu digo: o Brasil começou ontem, há 30 anos. As pessoas têm mania de comparar com a Europa, mas a Europa existe há séculos. Temos que dar mais crédito para nós mesmos. Confiar mais no nosso país e lutar por ele. Quem fabricou esta crise, por exemplo, foram os poderosos do mundo. Não podemos pagar a conta.

Campeonato Catarinense: Sob chuva, iniciam os treinos

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Marco Antonio Mendes
Tubarão

Estava chovendo, o gramado encharcado, mas nem por isso o novo time do Atlético Tubarão deixou de começar a preparação, no fim da tarde desta sexta-feira. A duas semanas do início do Campeonato Catarinense, o grupo está quase completo. “Alguns jogadores chegam neste fim de semana. O atacante Marco Brito e o volante Rocha devem chegar segunda-feira e aí todo o elenco estará pronto”, anunciou o diretor de futebol, Robertinho Rodrigues.

Os jogadores foram apresentados nesta sexta-feira. No mesmo dia, fizeram alguns testes físicos e entraram em campo para os primeiros treinos, que seguem em dois turnos até o próximo dia 16. Enquanto quase todos os times começaram a trabalhar em dezembro, o técnico do Atlético, Marcelo Cabo, novamente terá que lutar contra o tempo.

“Duas semanas não é o período ideal. Mas já é melhor do que dois dias, como foi na Copa Santa Catarina. Temos que levar em consideração que muitos jogadores estavam em atividades, seja no CFZ, seja em treinos particulares. Para o primeiro jogo, contra o Figueirense, acredito que o nosso estágio físico e técnico esteja em 70%”, salienta o treinador.

Do time para esta temporada do Estadual, quase não há rostos conhecidos dos tubaronenses. Boa parte já trabalhou com o atual comandante, que traçou como meta chegar entre os quatro primeiros. “O título é o que todos queremos, claro, mas nossa intenção é chegar entre os quatro e conseguirmos a vaga para a Série D”, diz Marcelo.

O diretor de futebol, Robertinho, admite perceber que o clube está em descrédito perante os torcedores e os possíveis investidores. Imagem que ele, os outros dirigentes e toda a comissão técnica querem apagar nesta temporada do Catarinense.

No elenco, a juventude alia-se com a experiência
Se o tempo pode ser o grande inimigo do clube, o diretor de futebol Robertinho Rodrigues acredita que a montagem do time foi feita de maneira correta, o que minimiza a contagem regressiva ao início do Estadual. “Estamos com o pé no chão. Com o pouco dinheiro que temos, conseguimos fazer uma boa equipe. Unimos a juventude com a experiência”, compara o dirigente, que não deixa de ressaltar a vinda de atletas de grandes clubes brasileiros.

Entre os nomes que poderão ser os destaques estão os atacantes Marco Brito e Allan, o volante Rocha, o goleiro Marcos Leandro e o zagueiro Élder.

Amistosos estão previstos, mas ainda não há confirmação dos adversários. O primeiro confronto está marcado para o próximo dia 19, uma segunda-feira, contra o Figueirense, em Florianópolis.

Prainha do Farol continua imprópria para o banho

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Zahyra Mattar
Laguna

O Farol de Santa Marta, em Laguna, assim como as outras praias do município e de outros balneários como Imbituba e Jaguaruna, reserva espaços maravilhosos para os turistas que visitam o sul do estado todos os anos. Cada lugar tem o seu ponto forte, um atrativo diferente e único, que transforma o litoral sul em um verdadeiro paraíso, que não deixa absolutamente nada a desejar para os locais mais badalados do mundo.

Paralelamente, a região perde por um problema mais que antigo e que precisa ser tratado com maior propriedade pelos prefeitos eleitos e reeleitos: o esgoto a céu aberto nas praias. O Farol de Santa Marta é um triste exemplo. De um lado, o esplendor da pequena vila de pescadores que ‘ferve’ na temporada de verão. Do outro, bem no meio da praia, o esgoto contamina a areia e o mar.

Não é a toa que a Praianha do Farol, como é conhecida a extensão de areia na pequena baía, é o único lugar da Amurel que iniciou a temporada de verão, em dezembro do ano passado, com a água imprópria para o banho, conforme atesta o relatório semanal de balneabilidade disponibilizado pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma).

O quinto documento foi divulgado nesta sexta e, na região, o Farol é o único que figura nesta condição. O outro fica em Garopaba, na praia de Garopaba, bem no meio da faixa de areia. Em comparação com o relatório da última semana de 2008, existe, no estado, um ponto a menos impróprio. Antes, eram 62 pontos ruins; agora, são 61.

Na análise, a Fatma indica se a água está ou não contaminada por esgoto doméstico por meio da contagem da bactéria Escherichia colia, presente nas fezes de animais de sangue quente e que é prejudicial à saúde. Ao todo, 182 pontos em toda a extensão do litoral catarinense são analisados semanalmente na temporada de verão. No restante do ano, o teste de balneabilidade nas praias é feito mensalmente.

Ruas de Tubarão: Ano novo, alagamento velho

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Zahyra Mattar
Tubarão

A rua Laguna, no bairro Oficinas, mais parecia uma extensão do Rio Tubarão nesta sexta-feira, após algumas horas de chuva. O mais preocupante é que nem mesmo chegou a chover todo o previsto pelo meteorologia entre esta sexta-feira e domingo. A estimativa é que o acumulado fique entre 100 a 200 milímetros. Muita água para ser “filtrada” pelos bueiros insuficientes.

Os tradicionais pontos de alagamento, como a Padre Geraldo Spettmann e as proximidades do fórum, por exemplo, ficaram com uma lâmina de água bastante considerável. Os maiores problemas foram constatados no bairro Oficinas. A localidade tem um histórico de alagamento acentuado com a chuva é muito intensa. Caminhões tiveram dificuldade em trafegar em várias ruas.

A coleta de lixo também foi prejudicada. Em alguns locais, os profissionais de recolhimento quase tiveram que ir ‘a nado’ buscar os sacos de lixo. Devido ao feriado prolongado de Ano-Novo, o trânsito não ficou complicado no centro da cidade. O grande problema deve ser segunda-feira, caso a chuva continue. Conforme o setor de clima e previsão do tempo da Epagri/Ciram, entre esta sexta-feira e domingo, há a formação de um sistema de baixa pressão sob o estado, que provocará chuva intensa até sábado.

Para domingo, também é previsto chuva, mas de menor intensidade. “O maior volume de água será em Tubarão. Existe possibilidade de alagamento e outros problemas devido à chuva e possibilidade de temporais com ventos fortes”, alerta a meteorologista Gilsânia Cruz. Ainda, durante o primeiro fim de semana do ano, são previstos ventos intensos no litoral sul, mar forte e agitado, inclusive com possibilidade de ressaca em Imbituba e Laguna.

Ainda conforme a meteorologista, o tempo volta a melhorar segunda-feira, mas não na região. “A circulação marítima mantém a nebulosidade variável e a condição de chuva fraca a moderada na Amurel”, completa Gilsânia.

Sabe o que os astros guardam para você hoje?

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Áries (21/03 a 19/04)
Olhe para a vida como um mistério a ser reverenciado. A dimensão sagrada é tantas vezes esquecida, em meio à escravidão do relógio e da matéria. O começo do ano nos dá a esperança de que as coisas podem ser diferentes.

Touro (20/04 a 20/05)
Mudanças nas estruturas de vida serão a tônica de 2009. Taurinos habitualmente temem as mudanças, mas são elas que levarão a um viver mais pleno.

Gêmeos (21/05 a 21/06)
A evolução geminiana pressupõe perceber os novos caminhos que deve trilhar e ao mesmo tempo firmar bases seguras. Para voar deverá ter os pés firmes no chão.

Câncer (22/06 a 22/07)
A vida convida a outras paisagens. A arriscar pensar diferente, agir intuitivamente, ver horizontes novos. Mas para isso terá que se desapegar de velhos pensamentos. Não há como ser igual diante de tanta coisa que está se modificando.

Leão (23/07 a 22/08)
Enquanto tentar firmar os seus valores, a relação íntima desafia os leoninos a repensarem o que realmente tem importância. São os valores, sentimentos e recursos alheios que causam mudanças em sua vida, convidando-o a vivenciar outra realidade.

Virgem (23/08 a 22/09)
Saturno está em seu signo, enquanto Lua e Urano estão no signo oposto. Uma mensagem de que os relacionamentos o forçarão a mudar. As coisas e as pessoas não são mais o que eram. Como então manter tudo em velhas fórmulas? Não funcionam mais…

Libra (23/09 a 22/10)
Este é um tempo de cura, não somente individual, mas coletiva, libriano. Muitos acontecimentos despertarão a consciência humana para a necessidade de reinventar o viver, compreendendo que o espírito é tão real quanto a matéria.

Escorpião (23/10 a 21/11)
Muita emoção neste começo de ano. E você sente tudo intensamente. É da natureza escorpiana esse contato com os sentimentos, as sutilezas, a alma. Que em 2009 você aprofunde esta habilidade.

Sagitário (22/11 a 21/12)
Externamente talvez você procure manter as coisas como estão, embora interiormente saiba que tudo mudou. Terá que expressar na realidade o que dentro de você já é real.

Capricórnio (22/12 a 19/01)
Preparo para a realização dos objetivos profissionais é necessário. Mas este preparo não inclui somente conhecimentos técnicos. Diz respeito também à intuição, à sensibilidade, à empatia, hoje valores muito importantes.

Aquário (20/01 a 18/02)
Uma mudança de valores vem ocorrendo nos últimos anos e em 2009 atingirá um ponto culminante. Representa a transformação de prioridades e da forma de lidar com os seus recursos, finanças e talentos.

Peixes (19/02 a 20/03)
Urano em seu signo está oposto à Saturno, simbolizando mudanças que serão a tônica do novo ano. Mudanças na expressão da individualidade que afetarão os relacionamentos.

Certas coisas não acabam após o brinde de champanha

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Sempre tive o hábito de guardar coisas que penso que um dia poderão ter alguma utilidade: ferramentas, objetos, escritos, etc. Diante da resistência em me desfazer de certas tralhas, minha mulher passou até a aceitar essa mania com resignação. Mas o tempo, as traças, a falta de espaço e a maturidade me convenceram de que é necessário e também saudável que, de vez em quando, se faça uma limpeza geral nas gavetas e estantes. Um dia antes de acabar 2008 me vi diante de pilhas e pilhas de coisas que, percebo, tiveram pouca ou nenhuma utilidade, e provavelmente não teriam a menor importância, mesmo que ficassem guardadas por muito mais tempo.

No entanto, algumas folhas “xerocadas”, do tamanho de uma folha de jornal tablóide e dobradas duas vezes me chamaram a atenção: é a fotocópia de uma entrevista de Gershon Knispel publicada na revista Caros Amigos, de junho de 2002. Presente de um amigo, o material seria mais um dos que iriam pro lixo se não se tratasse do que se trata. A entrevista é intitulada “Um judeu das arábias” e teve a participação de nada menos do que oito pessoas (não sei se todas são jornalistas). Gershon Knispel é um judeu alemão. A família fugiu da Alemanha nazista em 1935 e foi para a Palestina quando ele tinha somente 2 anos. Foi educado e cresceu entre os árabes palestinos, em Haifa. Viveu cinco guerras entre Israel e os vizinhos árabes.

Em sete longas páginas de entrevista, Knispel expõe seu ponto de vista sobre diversas faces do conflito entre árabes e judeus. E o interessante é que, por ter toda essa proximidade com o mundo árabe, o judeu Knispel não pensa nem como a maioria do seu povo de origem, tampouco, quem sabe, quanto à maioria dos árabes.

Crítico da política praticada por Israel em relação à Palestina, o professor Knispel se despe da tradicional hipocrisia tão presente em um punhado de homens públicos e faz uma análise capaz de confundir cabeças de judeus e árabes ao mesmo tempo. Sustenta entre tantas coisas que os governos israelenses têm sido formados por militares, o que, segundo ele, explica a maneira truculenta e autoritária com que a questão árabe-judaica tem sido tratada há pelo menos cinco décadas.

Em Israel, os oficiais de carreira quando atingem 43 anos de idade passam por uma seleção. São escolhidos os três melhores e um deles é alçado a chefe do estado-maior. Como muitos oficiais percebem que não têm chance de chegar nem entre os três primeiros ingressam na política e viram ministros no governo. “É um governo militar sem golpe”, diz Knispel. São vários os exemplos, mas me atenho a apenas um: Ariel Sharon. Em 82, foi Sharon, então ministro da defesa, quem costurou um acordo secreto com uma organização fascista libanesa. O exército de Sharon encurralou entre 2,3 mil e 3,5 mil velhos, crianças e mulheres (o grupo de Yasser Arafat já tinha se mandado para a Síria) e a tal organização dizimou um a um impiedosamente.

Foi o conhecido massacre de Sabra e Chatila. Eu tinha apenas 16 anos na época e, até hoje, antes de ler essa “tralha” esquecida na gaveta, o massacre de Sabra e Chatila resumia-se a apenas pequenos flashes na minha memória. Agora, depois de lê-la, e com Israel caminhando rápido para mais uma carnificina, na Faixa de Gaza, a “tralha” passa a ser uma relíquia.

Gabriel Pensador (confesso que estou um pouco encabulado de ter de citá-lo) disse certa vez que “as canções que falam de política e corrupção mantêm-se sempre atuais” no Brasil. Da mesma forma, eu diria que coisas sobre os conflitos no Oriente Médio são sempre atuais, no mundo. Especialmente, porque os homens da guerra não vão mudar de idéia por causa do tilintar das taças. Nem nós ganhamos saúde, dinheiro, prestígio e felicidade em um simples movimento do ponteiro do relógio. Longe de querer ser um artigo anti-semita, isso é apenas a maneira de dizer que certas coisas precisam ser guardadas, para nós ou para nossos filhos, por muitos e muitos réveillons.

Prefeitura de Braço do Norte: “Não haverá mudanças”, diz prefeito

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Wagner da Silva
Braço do Norte

Um dia após assumir o cargo de prefeito interino de Braço do Norte, Ronaldo Fornazza (DEM) afirma que o momento é de transição com coerência e não é ideal para grandes mudanças, mas para ações. Ele não fez, ainda, nenhuma indicação para compor as secretárias. Fornazza diz que fará isso somente depois de conhecer melhor o executivo.

Nesta sexta-feira, durante o dia, o prefeito interino esteve com alguns secretários. As definições do que será tratado como prioridade ficará para segunda-feira. “Precisamos trabalhar com coerência, responsabilidade e humildade, nos situar dentro da administração para gerir os problemas e agir”, conceitua.

Entre as pastas que receberão a primeira atenção estão educação, saúde e transportes e obras. “Nestas, poderá ocorrer algumas mudanças. Vamos avaliar o quadro de cada pasta com atenção e respeito. Porém, como são três áreas de necessidade urgente, não podemos perder tempo. Começaremos por estas (três secretarias)”, adianta.

Início do ano letivo, convênios para aquisição de remédios e similares e época de enxurradas são as preocupações de Fornazza. “Temos agora é que aproveitar as pessoas que já possuem conhecimento e trabalhar”, determina. Para ele, a melhor agora é reunir a equipe técnica. “Não há como trabalhar, neste momento, sem o apoio desta equipe”, justifica.

Ronaldo considera a participação do legislativo muito importante neste momento. “O vereador deve ser valorizado e estou confiante de que estarão comprometidos com a administração, em busca do melhor para o município, especialmente neste momento”, complementa.

Dinheiro em caixa ajudará o novo prefeito
Quinta-feira, quando recebeu as chaves da prefeitura de seu antecessor, Luiz Kuerten (PP), o Tilico, o prefeito interino de Braço do Norte, Ronaldo Fornazza (DEM), recebeu também uma outra boa notícia. Em seu discurso de despedida, Tilico informou que a prefeitura possui R$ 2 milhões em caixa, disponíveis para dar início a alguns projetos de Fornazza.

O ex-prefeito de Braço do Norte explicou que Fornazza herdará, também, uma dívida de R$ 150 mil, referentes a compromissos que não pode quitar até o último dia de 2008. “É uma honra entregar a prefeitura desta forma, com dinheiro em caixa. Muitos projetos poderão ser agilizados”, declarou Tilico, emocionado.

Ele ainda destacou que há obras que não puderam ser inauguradas, mas que estão em fase de finalização. “A saúde foi uma prioridade de nossa administração. Sem contar as reformas, construímos três postos do programa Estratégia Saúde da Família (ESF), um deles entregue na ante-véspera do Ano-Novo aos moradores do bairro Rio Bonito, onde mais de quatro mil pessoas serão assistidas”, consagrou Tilico.

Em tom de brincadeira, o ex-prefeito entregou as chaves do automóvel oficial a Fornazza. “Fique à vontade para usá-lo, prefeito. Ele (o veículo) está em dia e com tanque cheio”, disparou Tilico, arrancado risos da platéia.

Muitos furtos: Ladrões ‘fazem a festa’ em Tubarão

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Maycon Vianna
Tubarão

Foi só terminar o Natal e iniciar a temporada de verão para os ladrões ‘entrarem em cena’ em Tubarão. Nesta época, quando os veranistas vão para as praias e saem de férias, aumenta o número de furtos nas cidades não litorâneas.

O trabalho de policiamento ostensivo da PM culminou na prisão em flagrante, na última quarta-feira, por volta das 16h35min, de um homem que furtou em uma residência localizada na avenida Marechal Deodoro. Após prestar depoimento na Central de Polícia Civil de Tubarão, o rapaz foi encaminhado ao Presídio Regional de Tubarão.

Já por volta das 2h30min desta sexta-feira, foi conduzido por policiais militares um jovem trajando uma bermuda xadrez, furtada na véspera do Réveillon de uma residência no bairro Oficinas. Ele também foi conduzido à delegacia, onde foi interrogado para a instauração de inquérito policial.

Desde a última quarta-feira, foram registrados 16 furtos em residências na cidade. Os alvos, na maioria das vezes, são casas em que os donos não se preocuparam com a questão da segurança. “Logicamente que nem todos os lugares arrombados apresentam sistema de segurança, mas quanto mais oportunidade para o bandido, mais fácil fica para eles invadirem as residências”, alerta o capitão Reinaldo Pires, da Polícia Militar de Tubarão.

A recomendação é que os veranistas instalem alarme ou até mesmo coloquem no quintal um cão de guarda, medidas que dificultam a ação dos criminosos. “Se na sua casa tem um sistema de segurança adequado, por exemplo, o bandido irá procurar um local mais fácil para ele entrar”, diz Reinaldo.

Luzes acesas durante todo o dia, correspondências espalhadas na frente da morada e grama alta são sinais de que não há ninguém em casa.

Eleições nas câmaras: Vereadores trocam socos em Jaguaruna

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Amanda Menger
Jaguaruna

O clima de tensão na política de Jaguaruna não marcou apenas a campanha eleitoral, mas também a transição de governo e a eleição da câmara de vereadores. Um desentendimento entre os vereadores acabou em briga durante a votação da mesa diretora. Edenilson Montini da Costa (PMDB) chegou a trocar socos com o presidente eleito, Alexandre Rodrigues Martins (PMDB). A Polícia Militar foi chamada para conter a confusão.

A briga teria ocorrido após a apresentação das duas chapas. Uma deles encabeçada por Sérgio Luiz de Bittencourt (DEM) e outra por Alexandre. “Tínhamos um acordo, os três vereadores do PP e mais Adriano Souza dos Santos do DEM apoiariam Sérgio. A intenção era fazer uma mesa diretora de oposição ao prefeito Inimar Felisbino Duarte (PMDB), tínhamos, portanto, cinco votos, a maioria. Porém, Sérgio rompeu o acordo”, justifica Alício da Cruz Bitencourt (PP), eleito vice-presidente do legislativo.

Em um novo entendimento, Sérgio teria apoio do PMDB, com três vereadores e do PT. Porém, o peemedebista Alexandre não concordou com o acerto. “Nós procuramos Alexandre, e pensamos: se a oposição não terá a presidência, também não deixaremos Sérgio ganhar. Ele concordou com a nossa proposta e foi eleito”, afirma Alício.

Segundo o vice-presidente, o PP continuará a fazer oposição ao prefeito. “Não é porque estamos compondo a mesa diretora que deixaremos de fazer oposição. Nossa postura será crítica, o que for bom vamos aprovar, o que não for será reprovado”, assegura. O vereador Edenilson foi procurado, mas estava em uma reunião com o prefeito Inimar e não atendeu às ligações.

Presidente da câmara de Tubarão deve ser conhecido neste sabádo
A votação da mesa diretora da câmara de vereadores de Tubarão foi mais uma vez adiada por falta de quorum. A convocação ocorreu nesta sexta-feira, porém, os vereadores Deka May e Dionísio Bressan, do PP, Nilton de Campos, João Batista de Andrade, o Sargento Batista, do PSDB, e Edson Firmino (PDT) não compareceram. A decisão foi transferida para este sábado, às 9 horas, e a votação ocorrerá com qualquer número de vereadores.

A sexta-feira foi de muitas conversas nos bastidores políticos e há, inclusive, a possibilidade de retirada das duas chapas e a formação de uma única, com entendimento entre todos os partidos. “Pode ser que isso ocorra, mas depende dos vereadores do PMDB e de João Fernandes (PSDB). Mas, para definir exatamente como seria, só em uma reunião”, afirma Firmino, candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por Sargento Batista.

Segundo o vereador Maurício da Silva (PMDB), Firmino fez um contato e chegou a propor uma composição. “Eu disse a ele que precisaria conversar com os demais colegas da bancada. Porém, não consegui nenhum contato”, relata.

O PSDB ainda tenta convencer João a mudar o voto. “Ele corre o risco, sim, de perder o mandato, pois a executiva municipal do partido e os integrantes da bancada fizeram o fechamento da questão, que obriga os vereadores a acompanharem o voto da sigla. João pode ser processado pelo conselho de ética, ser desfiliado e perder o cargo. Temos base legal para isso”, explica Sargento Batista.

A possibilidade de perder o mandato não assusta João. “Não acredito em retaliação do partido. Tomei a minha decisão, os meus atos todos entenderão o porquê”, garante.

Redivo deverá anunciar a equipe na próxima semana
Orleans

As eleições de 5 de outubro de 2008 tiveram um ‘gosto’ especial em Orleans. A dois dias do pleito, o prefeito do município, Valmir Bratti (PP), que concorria à reeleição, teve a candidatura impugnada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Desta forma, o então vice, Jacinto Redivo (DEM), foi alçado ao posto de candidato à prefeitura e o empresário José Carlos Librelato (DEM), o Lussa (confira a entrevista com o empresário nas páginas 10 e 11 desta edição), convidado para compor a chapa, como vice.

Ainda que o Democratas estivesse coligado com o PP, não houve oposição em formular a chapa “pura”. Apresentados apenas dois dias antes das eleições, nenhum dos candidatos, especialmente Lussa, puderam ser testados. Mesmo assim, o ex-vereador e vice-prefeito, ao lado do empresário, garantiram 7.503 votos, 71 a mais que os adversários Marco Antônio Bertoncini Cascaes (PMDB), que concorreu ao cargo de prefeito, e Enor Tessmann (PSDB).

Redivo anunciou, nesta sexta-feira, que deverá anunciar a formação do primeiro escalão do secretariado já na próxima semana. Inicialmente, serão conhecidos os nomes que ocuparão as pastas da administração, educação e saúde, estas duas últimas serão comandadas por mulheres.

Brunel faz mistério sobre seus secretários
Zahyra Mattar

Capivari de Baixo

Continua uma incógnita o secretariado da dupla peemedebista Luiz Carlos Brunel Alves e Nivaldo de Sousa, prefeito e vice de Capivari de Baixo, respectivamente. Esperava-se que eles anunciassem os primeiros nomes ainda nesta sexta-feira, o que não ocorreu.

Nada está certo. Mas há boas especulações. A pasta da educação, por exemplo, deverá ficar com o PMDB. A de agricultura cairá nas mãos de um tucano, a saúde deverá ficar com o PPS, enquanto o PT do B poderá administrar a secretaria de indústria e comércio. É sabido ainda que serão criadas pelo menos mais duas ou três novas pastas. Brunel, no entanto, não diz quais são. Acredita-se que uma delas seja a de assistência social. Mas a informação não é confirmada pelo prefeito ou pelo vice.

Nesta sexta-feira, Brunel e Sousa aproveitaram a manhã para “vistoriar” alguns setores, aos quais foram impedidos de entrar, antes da posse. Entre os que ficarão mais prejudicados, ao menos até o próximo mês, estão a pasta de agricultura, responsável também pela limpeza pública. Praticamente todo o material da pasta está quebrado, enferrujado ou desapareceu. O único carro, uma Saveiro, foi proibido de ser usada pelo prefeito já que o tanque de combustível é uma garrafa de plástico improvisada.

A saúde também inspira planejamento urgente. Além da falta de pessoal, não há estrutura em nenhum dos postos de saúde. O Prontoatendimento também não foi reaberto nesta sexta-feira. O prefeito fará uma avaliação, junto com uma equipe técnica, para levantar o mínimo necessário a fim de reabrir o local.

No galpão do sacolão e do mercado do produtor, a situação também não é boa. Há possibilidade do local ser interditado temporariamente porque foram encontradas profundas rachaduras nas paredes.

Campeonato Catarinense: Equipes em contagem regressiva…

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Marco Antonio Mendes
Tubarão

Agora é pra valer. Os times das primeiras divisões de todo o Brasil entram em período oficial de preparação aos campeonatos estaduais a partir de hoje. Alguns esticaram a folga até o início da próxima semana, mas porque já estavam em treinamentos antes das festas de fim de ano.

Figueirense, Criciúma, Avaí, Metropolitano, Marcílio Dias, Joinville, Atlético de Ibirama, Chapecoense, Atlético Tubarão e Brusque são os clubes que disputarão o título do Campeonato Catarinense. Neste ano, o Estadual será ainda mais disputado. No ano passado, 12 times enfrentaram-se; agora, serão apenas dez. E dois caem para a Divisão Especial (esses dois só poderão tentar voltar à elite em 2010, diferente do que acontecia até 2008, quando os rebaixados tinham a chance de subir no segundo semestre).

Apesar de todos buscarem o título, alguns clubes possuem interesses distintos. Uns querem manter a hegemonia. Outros uma das duas vagas para a Copa do Brasil do próximo ano. E mais alguns uma oportunidade de disputar a nova Série D do Campeonato Brasileiro, que começa em julho.

Enquanto o dia 17 de janeiro não chega, as equipes seguem em pré-temporada e os dirigentes na captação de recursos e mais algumas contratações. Até o fim do ano passado, alguns clubes já haviam começado a testar os seus grupos.

Grandes entre recuperação e ascensão
Figueirense, Avaí e Criciúma, os grandes do futebol catarinense, pararam apenas no período em que encerraram as competições nacionais. Rebaixado à Série B do Brasileiro e campeão de 2008 do Estadual, o Figueira volta aos trabalhos na quarta-feira, com muitas dispensas, poucos reforços e a promoção de 13 juniores.

Um dos favoritos ao título deste ano, o Avaí vem confiante por ter conseguido acesso à elite nacional. Manteve a comissão técnica, promoveu atletas da categoria de base e também trouxe reforços. Em Gramado (RS), o time volta às atividades hoje com o início da sua pré-temporada.

Vice-campeão do Catarinense de 2008, o Criciúma tenta recuperar o ano que fez o time cair para a Série C. Assim, sob o comando de Leandro Machado, os treinos com bola iniciam no domingo, no centro de treinamentos do clube. O mais recente reforço anunciado pela diretoria do Tigre é o atacante Danilo Santos que já atuou no Figueirense. Novas contratações estão previstas.

Uma boa surpresa para este ano poderá ser o Brusque. Incrivelmente recuperado do rebaixamento do ano passado, o time não só voltou à elite, mas conquistou a Copa Santa Catarina (e uma vaga na Série D) e a Recopa Sul-brasileira. A base do time para o Catarinense foi mantida.

O Marcílio Dias, quinto colocado do Estadual de 2008 e confirmado na Série C do Brasileiro, começou a trabalhar na metade de dezembro. Os treinos serão retomados hoje para uma intensa pré-temporada.

A briga pela Série D
Se de um lado da tabela do Campeonato Catarinense da Divisão Principal estão os times que já fazem parte das competições nacionais, cinco clubes seguem em busca da tão sonhada vaga para manter um calendário de confrontos durante todo o ano, assim, o Joinville, a Chapecoense, o Atlético Tubarão, o Metropolitano e o Atlético de Ibirama têm objetivos em comum: chegar à Série D.

A Chapecoense, que iniciou os treinos em dezembro, fez um amistoso em Erechim (RS), contra o Ypiranga, recém-promovido à primeira divisão gaúcha. O time do oeste perdeu por 1 a 0. Na quarta-feira, o confronto volta a acontecer, desta vez em Chapecó.

O Joinville quer deixar de lado o seu pior ano. Tentando reorganizar-se, o time volta aos trabalhos hoje. Jogadores que já tiveram passagem pelo Jec em temporadas anteriores voltam para integrar a equipe. No dia 30 de dezembro, a equipe do norte enfrentou os juniores do Figueirense e venceu por 1 a 0.

O Metropolitano treinou entre os dias 2 e 20 do mês passado. As atividades também reiniciam hoje. Os jogadores reapresentam-se no centro de treinamentos Itoupava, onde o clube concentra toda a sua preparação. Uma cancha de areia servirá para que os atletas aprimorem a força física.

As duas grandes incógnitas seguem Atlético Tubarão e Atlético de Ibirama. Os dois times atrasaram a montagem do plantel. A expectativa é que o estádio Domingos Gonzales receba os jogadores ainda hoje. Cerca de 14 atletas devem vir do Rio de Janeiro para compor o elenco.

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