domingo, 28 julho , 2024
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A visão de um líder

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“A menos que batalhemos por alguma causa, não nos deixaremos levar por qualquer causa”. Esta expressão resume bem a importância de ter uma visão pela qual valha a pena. Você precisa ter a determinação de atingir objetivo não importando os obstáculos que surjam pelo caminho.

O líder precisa ter uma visão definida, uma causa em que acredite, e que esta causa seja o motivo da sua existência. Martin Luther King Jr., um dos maiores líder da história, expressou com muita propriedade a intensidade de uma visão. “Se um homem não descobriu alguma coisa pela qual esteja disposto a morrer, não está preparado para viver”.

O líder deve ser visionário, precisa saber para onde está indo. A visão do líder sugere senso de direção, clareza de propósito e responsabilidade com o futuro. Ser visionário é saber enxergar os possíveis cenários, fazer as previsões corretas e antecipar os acontecimentos. Essa realidade será bem possível se o líder possuir não apenas experiências na vida, mas inteligência.

Visão é a capacidade de ver o que os outros não podem ver. É a possibilidade de ver o potencial, o que as coisas podem vir a ser, mesmo não significando nada neste momento.

Seja uma visão pessoal, para os negócios ou para o ministério, a visão é o que estimula nossa fé, não se pode ter uma visão sem acreditar, uma coisa depende da outra. O líder com esta competência, certamente, tem maiores condições de antecipar o futuro.

As pessoas desejam saber para onde está indo, confiam suas vidas nos líderes que possuem uma direção e uma capacidade de vislumbrar o futuro.

Carne suína: Exportações do produto são retomadas

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Wagner da Silva
Braço do Norte

O ano começou com boas notícias para os suinocultores do Vale do Braço do Norte. Especialmente após o Chile anunciar a retomada das exportações de carne brasileira, suspensas desde 2005. Porém, o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Adir Engel, sugere cautela aos produtores.

Embora o país tenha batido o recorde histórico de exportação de carne suína no ano passado (cerca de R$ 3,46 bilhões, 20% a mais que em 2007), desde 2000 os criadores vivem sobre pressão constante. A suspensão de alguns mercados e a oscilação no valor da carne – afetado pelo preço do dólar – e a crise internacional são fatores que tornam o mercado oscilante.

Outro aspecto negativo que afetou as vendas do produto foi as chuvas, em novembro do ano passado, em Santa Catarina. Com a destruição de parte do Porto de Itajaí, responsável por 55% da exportação da carne suína do estado, aproximadamente 20 mil toneladas do produto (42,5% dos embarques do mês) deixaram de ser comercializadas.

Para o presidente da associação, a crise é constante, mas cresceu em 2006, quando a Rússia – principal exportador do produto catarinense – suspendeu a compra da carne devido a casos de febre aftosa registrados no Mato Grosso e Paraná. Esta situação ganhou força com a crise econômica mundial, quando outros mercados suspenderam as exportações. “Os navios tiveram que retornar carregados e a carne teve que ser estocada. Como a produção não parou, o estoque ficou alto e o mercado não absorveu. Aos poucos, a carne acumulada voltou a ser comercializada”, explica Adir.

Mudanças podem afetar o setor a curto prazo
Algumas mudanças na lei ambiental podem afetar os suinocultores do Vale do Braço do Norte. A ideia do governo, conforme explicação do presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suíno (ACCS), Adir Engel, não é isentar o produtor, mas desburocratizar a atividade. “Como o setor é grande poluidor, medidas são tomadas para amenizar o problema. Mas precisam ser coerentes. Além disso, os produtores têm que estar conscientes dos problemas que a atividade traz e obedecer as regras”, sugere Engel.

Ele afirma que as mudanças dependem de audiências públicas. O processo chegou a ser iniciado em Santa Catarina, mas foi suspenso devido à tragédia no norte do estado, em novembro do ano passado. “Não há data para a retomada das negociações”, informa o presidente.

Exportações
Adir Engel considera o clima na Europa, especificamente na Rússia – o maior consumidor do produto catarinense – como o principal aspecto para a baixa na exportação. “No inverno, o consumo é menor. Com isso, as exportações diminuem consideravelmente, tanto que a Rússia importou duas vezes menos”, explica.

Para ele, o país ainda não soube explorar o reconhecimento que Santa Catarina obteve, de ser o único estado a estar livre da febre aftosa. “Temos qualidade e preço, mas pouco retorno na prática”, ressalta Adir, ao comparar os preços do produto: chegou a R$ 3,30 o quilo antes da suspensão da Rússia, em 2006, e está, hoje, em um patamar de R$ 2,00. “Antes, esta situação preocupava principalmente os criadores independentes, mas hoje até mesmo o integrado sofre com os baixos preços que não cobrem o valor da produção”, lamenta o presidente.

Apostas nos novos mercados
O crescimento do Brasil no cenário mundial poderá aquecer as exportações e trazer novos mercados para os produtores catarinenses de carne suína. Há negociações em andamento para a abertura dos portos da China, África do Sul, Indonésia, Filipinas e México. A aposta nestes novos e promissores mercados é confirmada pelas grandes empresas que atuam na área, como a Sadia, a Pamplona, a Seara, a Perdigão e a Aurora. Todas voltaram a investir no aumento de plantel suíno justamente por esta estimativa do crescimento da exportação.

Embora estas notícias já circulem, nada é confirmado. Por este motivo, o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suíno (ACCS), Adir Engel, recomenda cautela aos produtores. “O primeiro trimestre deste ano deverá ser difícil para o setor. Há negociações com vários países, mas o produtor deve ser cuidadoso ao receber alguma notícia ou concretizar investimentos”, sugere.

Engel leva em conta o custo momentâneo da produção. Com a entressafra, o preço dos insumos subiu. Consequentemente, o suinocultor paga mais por cada quilo produzido. “A dica é manter a calma e aguardar. Logo teremos uma nova safra e poderemos analisar melhor a situação”, indica o presidente da associação. Para ele, o governo deve intervir e liberar o milho da Conab, abrir espaço para negociação de dívidas e impostos. “Acreditamos nesta ação do governo catarinense para minimizar a dor de cabeça dos produtores”, completa Engel.

Fatalidade em Imbituba: Criança morre em acidente na SC-434

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Maycon Vianna
Imbituba

Um carro conduzido por um turista argentino colidiu de frente com uma motocicleta, com placa de Garopaba, e provocou a morte da pequena Geovanna Luiz Gonçalves, de apenas 2 anos. Ela estava com os pais em uma moto que se envolveu em um acidente com um Ford Focus. A filha do casal chegou a ser levada para o Hospital São Camilo, em Imbituba, mas morreu horas depois. A colisão ocorreu por volta das 21h30min de quarta-feira, no quilômetro 13 da SC-434, em Imbituba.

A Polícia Militar Rodoviária Estadual (PMRv) confirma que o argentino Pablo Santiago Obarrio, 33 anos, dirigia um Ford Focus com placas de San Isidro. Ele teria perdido a direção do automóvel e batido de frente com uma moto Honda Titan.

O condutor da moto, Gilmar Ferreira Gonçalves, sofreu ferimentos graves e está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Tubarão. Ele foi conduzido pela equipe do Samu com traumatismo craniano. Já a sua mulher, Edinete Luiz, teve ferimentos leves e foi levada pela equipe do Corpo de Bombeiros de Imbituba até o Hospital São Camilo e já foi liberada.

SDR de Tubarão: Colombo diz que a executiva não interfere

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Amanda Menger
Tubarão

A polêmica envolvendo a indicação do ex-vereador Jairo Cascaes (DEM) para assumir a secretaria de desenvolvimento regional em Tubarão no lugar de César Damiani (DEM) continua. Ontem, o presidente do diretório do Democratas em Tubarão, Dalton Marcon, garantiu que o nome de Jairo foi “aprovado” pela executiva estadual da sigla. Porém, o presidente estadual do partido, senador Raimundo Colombo, não confirmou a informação.

“Desconheço essa decisão. Não há porque a executiva estadual interferir em uma indicação que é regional. Fui informado da sugestão de Jairo, mas a recomendação da executiva é que resolvessem a questão na região”, revela Colombo.

Segundo Dalton, hoje Jairo irá procurar Damiani para definir a transição. “Esperamos que ele tome posse na próxima terça-feira. A decisão do partido tem base no pedido de Damiani de sair do cargo manifestado por ele já alguns meses. Desde então, o partido começou a articular o nome do Jairo”, afirma.

O presidente do Democratas em Tubarão garantiu que Damiani havia sido informado pela executiva do partido sobre a decisão tomada ontem à tarde. “Ninguém me ligou, nem do partido nem do governo do estado. O único contato foi um pedido do governador Luiz Henrique da Silveira para acompanhá-lo no velório do empresário Aloísio Schlickmann, (hoje), em São Ludgero”, relata Damiani.

O secretário afirma que continuará ‘tocando’ a SDR enquanto não receber a exoneração. “Volto a afirmar que só saio se o governador exonerar, porque, afinal, o cargo pertence a ele”, garante. O Notisul entrou em contato com o secretário executivo do Democratas em Santa Catarina, José Nei Ascari, para confirmar a realização do encontro, porém, ele não pode atender a reportagem. Estava em reunião com o secretário estadual de segurança pública, Ronaldo Benedet. A assessoria de Zé Nei também não soube informar se ocorreu a reunião da executiva do DEM.

“Não me arrependo de ter feito um acordo com o PMDB”

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Amanda Menger
Tubarão

Notisul – Muitos estão lhe conhecendo agora como vereador, mas você também é empresário. Quem é João Fernandes?
João – Eu nasci e fui criado em Tubarão, na Guarda margem esquerda. Fiquei ali até os 6 anos. Na construção do prédio onde é a Bosch, meu pai sofreu um acidente e voltou para Guarda, mas acabou falecendo quando eu tinha 12 anos. Minha mãe casou com um outro homem, que não era daqui de Tubarão, e foi morar com ele em Concórdia. Eu fiquei morando sozinho na roça. Antes, eu trabalhava com meu pai na lavoura de fumo. Continuei trabalhando e morando na casa que era do meu pai. Casei quando tinha 17 anos, a minha esposa tinha 15 anos. Depois de um tempo, fui ser caminhoneiro, vendi o terreno na Guarda. Trabalhei oito anos nas estradas e depois montei a transportadora. Essa é a minha vida, trabalhando na roça desde os 5 anos e depois como caminhoneiro.

Notisul – Você transporta algum produto específico? Como é o trabalho da sua transportadora?
João – Hoje, eu sou administrador da empresa. Quem toca mesmo é o meu filho. A minha empresa transporta piso para o interior de São Paulo. Lá nós temos uma filial com galpão e tudo. De lá, nós levamos piso para Belém, Fortaleza e Brasília. É uma estrutura grande. Tenho 23 carretas e mais de 30 funcionários.
Notisul – Nos oito anos que você trabalhou como caminhoneiro, conheceu o Brasil todo? O sul é mesmo uma maravilha?
João – Conheci o Brasil todo, sim. Eu contei isso no palanque, durante a campanha. Eu estava no nordeste e uma pessoa me perguntou o que tinha em Tubarão. Eu disse: Tubarão tem uma serra bem perto, o mar também e águas termais. Ele me disse ‘ah então é o paraíso’. Se tu andares pelo Brasil, nosso lugar aqui é um paraíso.

Notisul – Como surgiu o interesse pela política?
João – Eu sempre fui ligado à Guarda, fui presidente do time de futebol lá. Moro na rua dos Ferroviários, mas meus parentes e amigos estão lá. Eles queriam eleger um vereador lá para a região e eu participei de uma reunião. Eu nem imaginava, e eles escolheram o meu nome. Na hora não aceitei, depois disse que sim. Assim começou a trajetória de um político. Dentro de todos nós existe um político.

Notisul – Como era o trabalho comunitário que você fazia?
João – Dando apoio à comunidade. Em uma festa, ser festeiro; ajudar quando alguém precisa. O importante é a comunidade saber e ter confiança naquela pessoa, que na hora que precisar poderá contar com ela.

Notisul – Qual é a maior necessidade da Guarda?
João – De imediato, uma creche. Em longo prazo, a ponte para ligar ao Rio do Pouso, a estrada, que é muito requisitada. Outras ruas é preciso calçar também. A Guarda e o Bom Pastor têm muito a crescer, principalmente essa parte dos têxteis, há diversas malharias lá.

Notisul – Por que você optou pelo PSDB? Alguém lhe convidou?
João – Um dia, o Dr. Manoel (Bertoncini – PSDB) me ligou e convidou para um jantar. Estava perto do prazo máximo de filiação, eu não estava filiado. Aliás, estava usando isso para justificar, porque não queria ser candidato a vereador. Ele me convidou, pediu para me filiar. Eu disse que não queria ser vereador e ele disse que tudo bem, mas que eu me filiasse ao partido. Aí acabei me filiando ao PSDB. A partir daquele momento, fui construído, depois fui candidato. É um partido que eu tenho admiração. Confiar no partido? Eu não conheço todo mundo, mas confio nos líderes, Dr. Manoel e Carlos Stüpp (ex-prefeito), são dois homens de confiança. Eles queriam na presidência da câmara Edson Firmino (PDT), mas eu acho que mostrei a minha atitude.

Notisul – Foi a sua primeira campanha como candidato. Mas antes chegou a fazer campanha para alguém?
João – Já ajudei José Luiz Tancredo (PP), em 2004, quando ele elegeu-se com mais de 2,5 mil votos. Trabalhei efetivamente, ajudei mesmo. Tenho admiração por ele. É um grande político, mesmo com os fatos que ocorreram com ele. Não me arrependo de ter trabalhado e dado o meu voto para ele.

Notisul – E em 2008, quando você disse que seria candidato, como ele reagiu?
João – Ele não ficou bravo. Depois, na campanha, teve umas ‘farpinhas’, porque acaba confrontando os votos.

Notisul – Você ‘roubou’ votos dele?
João – (Risos) Acho que sim. Eu roubei votos de outros candidatos também, porque, em eleições anteriores, essas pessoas votaram em outros candidatos. Na próxima, eu terei esses votos. Mas hoje está tudo bem com ele, Zé tirou de letra. É um grande amigo.

Notisul – Você focou a campanha na Guarda e no Bom Pastor?
João – Sim. Porque a gente trabalha melhor nas comunidades onde somos conhecidos, até porque não era conhecido no restante da cidade. Não tinha outra saída se não começar pela Guarda, Bom Pastor, Rio do Pouso e Caruru. A meta era sair de lá com 600 votos e alcancei isso. Até que fiz um pouco mais. Os meus cabos eleitorais, a maioria, eram de lá.

Notisul – Você procurou identificar-se como um candidato jovem, pela idade (tem 39 anos) e por nunca ter concorrido a cargos políticos. Você acredita que ganhou votos por isso, por ser uma ‘novidade’, uma aposta do eleitor?
João – Acho que eu fiz os meus eleitores acreditarem que a política pode ser diferente, não só o jovem, o velho, o homem e a mulher. Mas acreditar que o político pode fazer muito mais do que subir no palanque, dizer um monte de coisa, eleger-se e sumir por quatro anos. Político é tipo um pai e os eleitores, filhos. Nestes quatro anos, o pai trata bem o filho, no caso, a comunidade, os tubaronenses.

<b.Notisul – Você acredita que o número de vereadores deveria ter aumentado para 17?
João – Deveria ter aumentado, mas antes da eleição. Seria melhor, aumentaria a representatividade, cada comunidade poderia ter o seu representante. Creio que, na próxima eleição, o cenário será diferente, que os deputados e senadores aprovem as mudanças.

Notisul – Você disse que fez a sua campanha praticamente sozinho. Não recebeu apoio do PSDB?
João – Eu tive apoio dos amigos e parentes. Eles acreditaram em mim. Não teve estrutura do partido. Teve candidatos que utilizaram essa estrutura partidária para se elegerem. Eu não era um cara do partido. Quem está no meio político sabe quem eram as pedras para se eleger. Eu só me elegi porque trabalhei para isso.

Notisul – Isso quer dizer que nem o Dr. Manoel subiu ao palanque com você?
João – Ele fez isso, sim. Visitou casas comigo também, foi a reuniões. Mas eu digo a estrutura, o dia-a-dia da campanha. O partido tem uma estrutura e alguns usaram isso. Nosso partido estava no poder. Nilton, por exemplo, foi secretário, ele usou a estrutura da secretaria.

Notisul – Em que sentido usar essa estrutura?
João – Eles usam a estrutura, de dizer o que fez na secretaria. Nilton, como ele foi conhecido? Por ter assumido uma secretaria, no caso a de obras. Dura (Haroldo Silva) tinha a Cosip. Tudo é uma estrutura.

Notisul – Você acredita que a sua eleição surpreendeu o partido?
João – Sim. Eles não tinham noção nenhuma quando me convidaram. Acharam que eu faria uns 500 votos. Pode perguntar para qualquer um do partido o que eles pensavam de mim, qual era a minha meta. Achavam que 500 votos era muito.

Notisul – Muitos comentários na cidade dão conta de que você teria gasto mais de R$ 2 milhões na campanha, que teria vendido caminhões para financiar a campanha. Isso de fato ocorreu?
João – (Risos) Eu tenho uma empresa de transportes. Mas, se eu administrasse uma malharia, teriam dito que eu vendi roupas. Se tivesse uma cerâmica, diriam que eu vendi tijolos. É isso que eles têm que inventar, têm que ter algum argumento para justificar que eu ganhei a eleição.

Notisul – Você acha que está incomodando alguém?
João – Não vejo isso. Eu estou procurando o meu espaço, como qualquer pessoa que é batalhadora, que quer fazer alguma coisa e está procurando espaço. Porque eu vou ser cobrado pelos votos que recebi. A população tubaronense quer que alguém vá lá e faça alguma coisa.

Notisul – Como foram as negociações para a presidência da câmara? O acordo foi rompido?
João – O primeiro encontro foi na casa de Edson Firmino (PDT). Ele me convidou e disse a ele que tinha interesse em ser o presidente da câmara. Eu achava que tinha que ser um por ano. Ele, a princípio, concordou. Dois dias depois da eleição, Dionísio (Bressan Lemos – PP) me ligou e perguntou o que eu pensava da presidência e disse que seria bom um por ano. Ele me disse que assim ficaria ruim. Então eu disse que queria ser presidente, mas Dionísio não falou mais nada. Depois disso, teve um almoço no Masolino e dali fomos para a casa do Dr. Manoel. Ali se desarmou tudo que tinha sido feito na campanha, e Dionísio disse que o Dr. Manoel tinha um compromisso, mas que não tinha prometido, que tentaria compor a presidência da câmara para o PDT. Eu disse que estaria fora, porque queria ser presidente. Ele me pediu que eu estivesse junto com o grupo, só junto. Eu aceitei a proposta do Dr. Manoel.

Notisul – Essa reunião foi logo após a eleição?
João – É, foi por volta do dia 9, 10 de outubro. Aí eu disse que estaria junto com o grupo e perguntei como seriam os outros dois anos. Dionísio levantou e disse que os últimos dois anos não poderiam ser decididos agora. Teria que se pensar, porque tinha ficado mal nas últimas eleições. Eu disse que não, porque a câmara foi bem administrada, até porque presidente que fica um ano tem obrigação de fazer mais coisas, porque ele quer fazer o melhor. Aí, Dionísio discordou e disse que era melhor discutirmos isso daqui a dois anos. Nisso, nós tivemos uma reunião na casa de Evaldo Tonelli (secretário de governo). Eu, Nilton de Campos, João Batista de Andrade e Firmino. Aí, Batista concordou comigo para dizermos a Firmino que tínhamos interesse na presidência da casa nos últimos dois anos. Firmino, meio que enrolou, não sei se ele já tinha o acordo com Dionísio. Perguntei se ele estaria conosco daqui a dois anos se firmássemos com ele agora. Firmino disse que não sabia, mas que tinha afinidade com o PSDB. Mas não acordou nada. Eu disse a Sargento Batista que ele tinha acertado com outro partido, Batista disse que se isso tivesse ocorrido acabaria qualquer compromisso nosso com ele.

Notisul – E depois dessa reunião, ocorreram outros encontros?
João – Sim. Nós fomos ao Masolino novamente. Aí, Deka May (PP) não foi e Firmino ficou bem nervoso. Surgiu um rumor de que Deka teria firmado como PMDB, e Firmino ficou bem nervoso mesmo. No outro dia, eu fui na câmara, e lá estavam Deka, Dionísio, Joares Ponticelli (presidente estadual do PP) e Pepê Collaço (vice-prefeito). Firmino chegou depois. Eles não me viram. O PP, junto com Dionísio, pediu a presidência da câmara. Acho que aí é que Firmino agiu errado em firmar qualquer coisa com eles. Deveria ter chamado nós, do PSDB, novamente e dito que o que nós tínhamos conversado na casa do Dr. Manoel não valia mais. Dali, ele foi na casa do Dr. Manoel e propôs a presidência para o PP em 2011-2012. Ele disse ao Dr. Manoel que seria obrigado a dar a presidência. Da câmara, eu fui falar com Pepê. Ele me confirmou que o PP tinha pedido a presidência a Firmino e ele teria aceitado. Na mesma hora, eu liguei para Firmino e disse que a confiança que tinha nele tinha acabado. Disse para ele que ele estava aberto para negociar com quem quisesse, porque eu não tinha mais compromisso com ele e nem ele comigo. E fui para Porto Alegre, fiquei isolado oito dias.

Notisul – Em que período foi isso exatamente?
João – Fui para lá no dia 9 de dezembro. Quando voltei, dia 18, a primeira pessoa a me procurar foi Ronério Cardoso (presidente do PDT em Tubarão). Ele perguntou como ficaria e eu disse que em Firmino não votaria. Expliquei o que ocorreu e ele disse que tinha mandado Firmino blefar com o PP “porque há quatro anos eles me deixaram fora da presidência e ainda estou magoado, e eu mando neste governo, no Firmino. O que eu pedi ele tem que fazer, porque eu trabalhei para ele na campanha, pedi voto com ele, fui o grande articulador”. Aí eu falei que, se Firmino tinha alguma chance de ganhar a minha confiança, tinha acabado por ali com a fala do Ronério. Se tu blefou com eles, quem me garante que não estão blefando comigo também? Disse que estava fora e fui embora. Teve uma nova reunião na casa do Dr. Manoel. Estava todo o partido, Stüpp, Tony (Bitencourt), Dura, Brunatto (Jefferson), Batista e Nilton. Na conversa, eu perguntei porque tínhamos que votar no Firmino. Disseram que, antes da eleição, Dr. Manoel estava 60% atrás nas pesquisas e, para o PDT vir junto, teria que ter algumas coisas, como secretarias e a presidência da câmara. Eu disse que vim sem nada, o Dr. Manoel também estava atrás nas pesquisas e eu acreditei nele. Será que eu fui menos importante? Eles não deram resposta. Eu disse que a única chance agora é se eles colocassem alguém do partido. Eu perguntei a Batista se ele queria ser presidente, disse que com ele eu iria. Ele disse que não tinha essa pretensão. Quando me disse isso, apertei a mão deles e disse que estaria fora do grupo e que não votaria no Firmino.

Notisul – E o PMDB? A partir disso você começou a negociar com eles?
João – Eu negociei com eles, sim, a presidência da câmara e da Cergal (Cooperativa de Eletrificação Rural Anita Garibaldi). De eu votar na chapa deles e está aí a presidência, votamos juntos e foi isso que aconteceu. Estamos agora fazendo a chapa da cooperativa. Hoje, Batista alega que, se eu dissesse um mês antes que votaria nele, mas eu disse dez, 12 dias antes. Agora tu, com a tua chapa inscrita, e eles chegam com a chapa um minuto depois… na real, o tempo tinha até acabado e Ivo (Stapazzol que presidiu a sessão de eleição da mesa diretora) é que foi sensato e deixou passar. E aí aconteceu tudo isso.

Notisul – E como foi esse acordo com o PMDB?
João – No decorrer da eleição, eu chamei Nilton para fazermos uma chapa para concorrer à cooperativa. Mas ele disse que não tinha intenção. Em seguida, Nilton aparece nos jornais dizendo que seria candidato. Eu disse ué, o que ele não quer é eu junto com ele. Procurei Ivo, e ele me disse que esse ano não iria apoiar Genésio Goulart (PMDB – atual presidente da Cergal). Eu perguntei se poderia estar com ele, e ele disse que sim. Nisso a disposição continuou, esse foi o ponto chave, ele me chamou na casa dele e nós fizemos o acordo também para a câmara. Isso faz parte da vontade que nós temos de administrar bem a cidade e também a cooperativa.

Notisul – Por que esse interesse pela cooperativa?
João – Porque eu tenho muitos parentes em regiões de cobertura da cooperativa e eu quero fazer mais. Eu acho que na cooperativa é possível fazer muito mais do que tem sido feito. Genésio fez, fez, mas acredito que dá para fazer mais. Já que estou na chuva, vou me molhar e quero fazer muita coisa. Alguns projetos vamos propor, ainda estamos avaliando. É preciso renovar, injetar sangue novo. Sou contra a reeleição para qualquer coisa. Como vão surgir novas lideranças se ninguém dá espaço.

Notisul – Você tem receio de ser expulso do PSDB e de perder o mandato?
João – Não. Queiram eles ou não, o PSDB tem a presidência da câmara. Se quiserem me expulsar, expulsem. Agora, o mandato eu vou lutar até o fim. Já conversei com alguns advogados e a chance é de 30% para eles tirarem o mandato e 70% de eu ficar com o mandato. E o processo é longo, inclusive o de expulsão. Vamos aguardar os fatos.

Notisul – Como você pretende fazer o trabalho na câmara, sairá para o vice-presidente, Maurício da Silva (PMDB), assumir?
João – Sim, esse é o acordo. E na próxima eleição, será Maurício na cabeça e eu de vice, aí no último ano, em 2012, nós trocaremos, ele renuncia e eu assumo. Nós fizemos a mesa diretora e cada um irá ouvir o outro e vamos fazer junto. Não terão muitas mudanças na câmara. Em time que está ganhando não se muda. Vou administrar bem e dar estabilidade e governabilidade ao Dr. Manoel. Quero que ele tenha confiança e saiba que a câmara estará junto com ele.

Notisul – Isso quer dizer que Dr. Manoel não terá oposição? Isso não é algo ruim, não ter oposição, críticas?
João – Acho que não. Oposição é uma coisa tão antiga né (risos). Coisa antiga, quando os militares mandavam no país. Acho que pode ter oposição sadia, não aquela que briga. Os políticos têm que parar com isso, de lutar pelos objetivos e interesses próprios. Quero que a câmara lute pela cidade, para melhorar Tubarão.

Campeonato Catarinense: O último teste antes da grande estreia

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Marco Antonio Mendes
Tubarão

O Atlético Tubarão fará um último teste antes do pontapé inicial para o Campeonato Catarinense da Divisão Principal. Esta noite, a equipe do técnico Marcelo Cabo faz o terceiro jogo-treino nesta pré-temporada ao Estadual.

O adversário será, novamente, um time de futebol amador. A equipe tubaronense enfrentará o Juventude, do Km 37, de Laguna, às 20h30 min. Até o fechamento desta edição, não havia confirmação se a partida seria realizada no Estádio Domingos Gonzales ou na cidade juliana.

Desta vez, o treinador tenta fazer um jogo diferente. Não fará uma partida de 90 minutos, mas também não será de apenas 60, como nas anteriores. “Não quero exigir muito dos atletas, então, vamos jogar cerca de 70 minutos. Será um tempo bom para avaliarmos o grupo”, explica Marcelo.

O time titular deve permanecer mais em campo. A intenção é que eles joguem por um tempo e meio. No primeiro amistoso, o Atlético Tubarão ganhou por 2 a 0 do São Ludgero com a equipe reserva. Em Imbituba, contra um combinado local, perdeu por 2 a 1. Os titulares começaram o confronto. No segundo período, todo o time foi mudado.

“Espero ver uma melhor performance desta vez. Nestes últimos dias, demos ênfase aos trabalhos físicos, técnicos e táticos. Espero que possamos fazer uma melhor apresentação”, diz Marcelo.

A quatro dias do primeiro jogo, contra o Figueirense, em Florianópolis, os treinos voltam a ser intensificados até a estreia. Sábado, o grupo deve fazer um coletivo.

Tentativa de homicídio: Jovem quase é esfaqueada

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Maycon Vianna
Tubarão

Uma briga entre duas mulheres, ontem, por volta das 20h15min, por pouco não acabou em tragédia. Uma jovem de 18 anos, que reside em Urussanga e está desde sábado em Tubarão, foi ameaçada com uma faca por uma outra mulher, de 25 anos. O fato ocorreu na subida do Morro da Caixa, no bairro Fábio Silva.

O confronto começou quando a vítima dormia, na casa de um conhecido. A acusada de cometer a tentativa de homicídio invadiu a residência em busca de seu celular, que estava no local. Indignada ao ver a jovem dormindo na casa e, segundo a PM, sem motivo aparente, ela pegou uma faca e tentou acertá-la.

A vítima conseguiu segurar a faca, mas ainda teve o dedo da mão direita cortado e sofreu arranhões. As testemunhas do crime acionaram a equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Os socorristas pensaram que a jovem tinha sido seriamente atingida com várias facadas. Os policiais militares chegaram no local ainda durante a briga e conseguiram evitaram o pior.

As duas foram encaminhadas à Central de Polícia Civil de Tubarão para registro de boletim de ocorrência. O delegado de plantão foi acionado para ouvir o depoimento de ambas. A mulher de 25 anos pode ser enquadrada por tentativa de homicídio. Até o fechamento desta página, por volta das 22 horas, elas continuavam na delegacia.

Secretariado municipal de Tubarão: Duas pastas ainda estão sem líderes

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Amanda Menger
Tubarão

Mais nomes foram confirmados para compor o primeiro escalão do prefeito de Tubarão, Dr. Manoel Bertoncini (PSDB). Do PTB, Fabiano Bittencourt foi indicado para a secretaria de serviços públicos e Reneuza Borba assumirá uma assessoria especial e gerenciará a Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública (Cosip).

“O convite partiu do Dr. Manoel e, em discussão com a executiva do PTB, decidimos pela indicação do meu nome para serviços públicos e de Reneuza para assessoria especial e Cosip. Este será um desafio que vou encarar com responsabilidade. A secretaria de serviços públicos cuida da manutenção da cidade, como a limpeza das ruas, das praças, e atua em conjunto com outras secretarias, como desenvolvimento urbano e a própria Cosip”, afirma Fabiano.

O novo secretário é também presidente do diretório municipal do PTB e há três anos é o diretor do semanário Tribunal Sulina. Já Reneuza, é vice-presidenta do diretório do PTB em Tubarão, bacharel em direito e presidenta da Associação das Donas de Casa, Defesa do Consumidor e Cidadania (Adocon). “Estava disponível para assumir o cargo que o partido indicasse. O importante é contribuir com o governo. Vou me inteirar da situação primeiro para depois definir as ações de trabalho”, afirma.

Outros secretários já foram nomeados, como João Batista de Andrade, o Sargento Batista, que continuará à frente da pasta de segurança e trânsito. Edvan Nunes permanecerá na pasta de planejamento. Com essas definições, faltarão apenas duas secretarias: indústria e comércio e cultura, e esporte e turismo, que fazem parte da cota do PDT.

Comunicação
O prefeito deve anunciar nos próximos dias o nome do secretário de comunicação. Ontem, o jornalista Ênio Batista comunicou ao prefeito que voltará a trabalhar em rádio. “Ele havia me convidado para assumir esta pasta, mas resolvi me dedicar ao rádio. Volto à rádio Bandeirantes no dia 3 de fevereiro. Com isso, fica mais fácil ele indicar outro companheiro”, afirma. O nome mais provável para o cargo é o do ex-secretário Ramires Linhares.

Sabe o que os astros guardam para você hoje?

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Áries (21/03 a 19/04)
Os cuidados com o bem-estar, a saúde e o aprimoramento profissional, bem como a percepção do que é preciso corrigir são alguns dos temas evidenciados.

Touro (20/04 a 20/05)
Aprimorar a conduta emocional e a expressão dos talentos vocacionais são aspectos que estão em evidência. A experiência passada deve ser utilizada para não mais repetir erros, comprometendo-se em evoluir no amor.

Gêmeos (21/05 a 21/06)
Questões familiares pedem melhorias, geminiano. Você tende a focar o olhar naquilo que não vem funcionando adequadamente, segundo a sua abordagem crítica dos fatos e das emoções.

Câncer (22/06 a 22/07)
Conheça profundamente o que transmite, canceriano. O trabalho depende da qualidade dos conhecimentos que você possui. Comunicação, contatos e estudos são aspectos enfatizados e que fazem toda a diferença na sua abordagem às pessoas e aos ambientes.

Leão (23/07 a 22/08)
Sobriedade na lida com os recursos não significa mesquinhez, leonino. Você deve aprimorar a manifestação das habilidades pessoais e profissionais e ter maturidade ao lidar com o dinheiro e todo tipo de bens e recursos.

Virgem (23/08 a 22/09)
Lua e Saturno movimentam-se em seu signo, indicando um dia de atenção aos detalhes, de aprimoramento, de busca de qualidade e eficiência. Mas cuidado com a tendência a ser crítico, a exigir demais de si ou dos outros.

Libra (23/09 a 22/10)
Um dia para refletir e concluir alguma pesquisa ou trabalho que dependa de acuidade, detalhismo e precisão. Você atravessa um ciclo de aprimoramento físico, emocional e espiritual.

Escorpião (23/10 a 21/11)
Una esforços às pessoas que pensam em construir algo que contribua à evolução social. Apoios são bem-vindos. Amizades e instituições podem interferir nos planos de trabalho.

Sagitário (22/11 a 21/12)
Trabalho, saúde e bem-estar são os temas evidenciados. A qualidade, a eficiência e a atenção primorosa aos detalhes são os aspectos que fazem a diferença. Até setembro, você deverá definir questões relativas à carreira profissional.

Capricórnio (22/12 a 19/01)
Dia produtivo se você se concentrar em conhecimentos relacionados à carreira profissional. Os capricornianos estão desejosos de aplicar na prática os sonhos que sempre almejaram realizar e que dependem de disciplina e de aprimoramento.

Aquário (20/01 a 18/02)
A grande questão é a valorização da qualidade de vida, que pode estar ocorrendo com a percepção de um cotidiano pouco saudável. Uma fase profissional termina até setembro.

Peixes (19/02 a 20/03)
Relacionamento é o tema que vem mexendo com os piscianos desde 2007 e que terá definições até setembro de 2009. Hoje você tende a estar severo com as pessoas. Deve se dar conta do que precisa mudar em si, antes de apontar as falhas nos outros.

Crescimento de Tubarão

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Cresci, e passei uma parte da adolescência em Tubarão. Era o melhor lugar do mundo, perto da praia, e da capital. Fui estudar em outro estado, e sempre que possível vinha visitar a família. Lembro que, em um desses passeios, meu irmão me contou entusiasmado sobre a construção do shopping (o Praça Shopping). Lembrei de uma professora da 8ª série que costumava dizer que “Tubarão não cresceria mais, tinha parado no tempo”. Viu, só pensei… Tubarão ainda vai crescer muito.

Tempo depois, havia uma maquete da nova rodoviária. Um novo hospital, centro cultural, um shopping ainda maior. Tubarão é hoje um dos centros de referência em saúde, possui uma das melhores universidades do sul. Daqui saíram grandes personalidades, como o pintor Willy Zumblick, é passagem quase obrigatória para os gaúchos que procuram pelas lindas praias do nosso litoral.

Voltei para a ‘terrinha’. Encontrei uma Tubarão, sem dúvidas, muito mais evoluída. Mas algumas coisas me fazem repensar um pouco… Vi uma rodoviária ‘nova’ cercada de abandono. Uma ‘velha’ em estado deplorável. O Praça Shopping, pobrezinho, praticamente largado às traças. As redondezas do hospital Socimed praticamente desabitadas… O que vi de verdade… uma cidade querendo realmente crescer, o que é excelente, e com um desejo tão forte, que tenho a impressão de que não sabe como fazer.

O ano de 2009 será realmente novo para Tubarão. Gente nova na administração da cidade. Novas ideias, muitos desafios… E entre eles continuar a fazer desta cidade azul não apenas referência em saúde, mas também em organização.

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