domingo, 1 setembro , 2024
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Águas de Tubarão: Vazamento de água é contido em 18 horas

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Amanda Menger
Tubarão

Depois de 18 horas de trabalho, a sensação de alívio. As equipes do Águas de Tubarão e da Agência Reguladora das Águas de Tubarão (AGR) precisaram suar a camisa para trocar os canos que romperam em uma adutora de captação na manhã de sexta-feira, próximo à Estação de Recalque de Água Bruta, no bairro Fábio Silva.
O vazamento foi observado às 10 horas, pelos funcionários de uma oficina mecânica que fica em frente à Estação de Recalque. “Eles ficaram impressionados com o volume de água que ‘brotou’ do asfalto a ponto de formar uma espécie de bolha. A princípio, achávamos que era uma rede de 400 milímetros, depois vimos que era de 350 milímetros de ferro fundido. São duas redes lá e, para resolver o problema, não dava para fechar uma delas. Como esta estação puxa a água bruta do Rio Tubarão, nós tivemos que parar a Estação de Tratamento de Água (ETA)”, explica o superintendente técnico da AGR, Marcelo Matos.

Como a reserva técnica de água é de três horas, por volta das 14 horas de sexta só tinha 5% de água em dois reservatórios da ETA para atendimento de clínicas e hospitais. Os demais estavam zerados. A troca dos canos contou com a ajuda da Tractebel Energia e da Casan de Imbituba. “É que precisamos utilizar mais de quatro metros de canos de ferro fundido em um diâmetro que não é o usual. O que tínhamos no depósito estava ‘ovalado’ e não encaixava. A ajuda foi fundamental”, afirma o superintendente técnico.
Por volta das 23 horas de sexta-feira, as bombas que puxam a água do rio começaram a ser religadas. O trabalho foi finalizado às 4 horas, com o fechamento da vala.

Municipalização é referência

Há praticamente quatro anos, os serviços de água em Tubarão foram municipalizados pela prefeitura. A Casan ficou responsável pelos trabalhos durante 30 anos, e o contrato não renovado. Exatamente esta experiência de Tubarão foi o objetivo de uma visita, na última semana, do prefeito de Canoinhas, Leoberto Weinert (PMDB), do vice-prefeito Beto Faria (PMDB) e do secretário de administração da prefeitura, Argos José Burgart, à Agência Reguladora das Águas de Tubarão (AGR).

“Eles vieram conhecer o nosso trabalho. Saber o processo utilizado para a municipalização, o que mudamos quando assumimos e também o Plano Municipal de Águas e Saneamento (Pmae). Esta visita demonstra que estamos no caminho certo, porque já somos considerados referência no tema”, avalia o superintendente técnico da AGR, Marcelo Matos.

Sabe o que os astros guardam para você hoje?

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Áries (21/03 a 19/04)
O planeta regente ariano, Marte, passa a atuar no setor astrológico relacionado às finanças, aos valores pessoais, recursos e talentos, dinamizando estes assuntos. Você se motiva a lutar por eles e deve pautar suas ações pela persistência e paciência.

Touro (20/04 a 20/05)
Marte, planeta que simboliza ação, motivação e sexo, passa a se movimentar em seu signo. Simbolo de novas ações e iniciativas. Você se sente mais assertivo. Tende a manifestar as qualidades taurinas com garra.

Gêmeos (21/05 a 21/06)
Perceba como tende a atitudes defensivas, apegadas ou materialistas. Esta é uma fase importante para superar esses comportamentos e também para ter mais consciência acerca de suas emoções e atitudes.

Câncer (22/06 a 22/07)
A nova posição do planeta Marte indica energia direcionada para atividades em grupo, trabalho em equipe e desenvolvimento de projetos e esperanças. É hora de voltar o olhar para o futuro.

Leão (23/07 a 22/08)
Envolvimento com questões financeiras e profissionais. Importância da motivação para atingir os seus objetivos. Ações que visam a segurança e a estabilidade. Energia emocional e sensual evidenciadas.

Virgem (23/08 a 22/09)
Coragem para lutar por seus ideais. Mas cuidado para que eles não sejam baseados no materialismo ou apego. Possível atrito em questões judiciárias, educacionais, ou viagens. Você deseja justiça, mas deve compreender que a justiça humana é diferente da divina.

Libra (23/09 a 22/10)
Forte energia emocional e sexual que impele a experiências importantes. Ações que visam resolver questões emocionais e financeiras. Atenção com apego e sentimento de posse. Energia voltada para a superação de tabus.

Escorpião (23/10 a 21/11)
No signo de energia complementar à sua passa a transitar Marte, indicando ênfase nos relacionamentos. Pode haver acirramento da competitividade. Mas o propósito positivo deste posicionamento astrológico é unir forças.

Sagitário (22/11 a 21/12)
É preciso superar o comodismo e desenvolver hábitos e atividades que favoreçam o bem-estar. O momento atual enfatiza a saúde, o trabalho e os relacionamentos. Ações que visam a segurança.

Capricórnio (22/12 a 19/01)
Afeto e sexualidade são energias ativadas com o novo movimento de Marte, que também impulsiona as atividades criativas e produtivas. Desejo de fazer o que gosta e de conquistar o que almeja.

Aquário (20/01 a 18/02)
Busca de conforto e segurança para os familiares. Atividades no lar. Não se apoie exclusivamente em antigas conquistas, pois novos desafios despontam no horizonte aquariano.

Peixes (19/02 a 20/03)
Energia mental, produtiva e criativa. Abundância de recursos e de um tipo de inteligência baseada nos sentidos, nos instintos. Evite a preguiça e a inércia. A mente é a sua riqueza.

Dever cumprido!

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O trabalho realizado pela direção do Centro de Internamento Provisório (CIP) de Tubarão é considerado pelas mais diversas autoridades da área um exemplo a ser seguido pelas demais instituições do gênero.
Vasco Francisco da Silva assumiu a direção do CIP em fevereiro de 2006, sendo acompanhado ao longo destes seis anos pela Dra. Brigitte Remor de Souza May, que até mês passado respondia pela Vara da Infância e Juventude de nossa comarca e faz parte da diretoria da Associação Brasileira dos Magistrados e Promotores da Infância e Juventude.

Dra. Brigitte fazia visitas semanais ao CIP, conversava com os adolescentes, conhecia de perto o trabalho desenvolvido por Vasco e sua equipe e nunca deixou dúvidas ao declarar que a instituição de Tubarão é a única, em Santa Catarina, que oferece um serviço de excelência aos nossos adolescentes em conflito com a lei.
Os adolescentes internos participam ao longo da semana de várias atividades sócioeducativas como: informática, artesanato (inclusive com exposições anuais dos trabalhos no shopping e no fórum), alfabetização, escolarização, e profissionalização. E com a liberação são encaminhados ao mercado de trabalho através de parcerias com empresas locais.

Além da Dra. Brigitte, outras autoridades encaminharam ofício ao secretário de segurança pública manifestando aprovação ao trabalho da equipe e a forma de execução das medidas sócioeducativas, como os doutores. Lírio, Gean Carlo e Fabiano, juízes responsáveis pela infância e juventude nas comarcas de Tubarão, Criciúma e Laguna, respectivamente, e o delegado regional Dr. Renato Poeta.
Vale aqui citar parte do ofício emitido pelo magistrado da comarca de Laguna que diz: “É visível a diferença entre a evolução dos adolescentes internos no CIP de Tubarão em relação aos internos de outras instituições”.

Já em seu ofício, Dra. Brigitte destaca que no CIP de Tubarão os adolescentes são vistos como sujeito de direito e isso permite um respeito mútuo entre equipe e internos.
Diante de disso tudo, a equipe do CIP, mesmo triste pela forma com que tudo isso ocorreu, deve deixar a instituição com a certeza de dever cumprido. Merecem nossos parabéns a dona Vera Stüpp, secretária de assistência social; Vasco, coordenador; Isabel, assistente social; Sarai, psicóloga; Mara, pedagoga; e todos os agentes educacionais.

Instalação da fosfateira: Reunião com LHS será agendada

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Wagner da Silva
Braço do Norte

A reunião do conselho de desenvolvimento regional em Braço do Norte não priorizou somente a análise e aprovação de projetos. Desta vez, os representantes aproveitaram o desconto para debater o que a maioria considera um problema no Vale: a instalação da Indústria Fosfateira Catarinense (IFC) em Anitápolis. Sob o controle de duas multinacionais, a americana Bunge e a norueguesa Yara, a IFC explorará durante 33 anos uma mina de fosfato no município serrano. Era esperada a participação do presidente da Fatma, Murilo Xavier Flores, na reunião. Mas a visita foi cancelada. Caberia a ele explicar as precauções da fundação a fim de evitar a degradação do meio ambiente.

Conforme o prefeito de Santa Rosa de Lima, Celso Heidemann (PP), uma reunião entre os prefeitos da Amurel, esta sim com a participação de Flores e o governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB), será agendada em breve. “Prefeitos e uma pessoa da área ambiental de cada município serão convidados a participarem do encontro”, confirma. No encontro, o empresário e membro do conselho, Elton Heidemann, de Braço do Norte, expôs os problemas que a atividade poderá trazer para a região do Vale, de Tubarão e de Laguna.

“Tenho minha opinião e não estou aqui para mudar a ideologia de ninguém. Apenas espero que esta questão seja melhor discutida para que as os reflexos não impactem sobre as gerações futuras”, destaca Heidemann.
O conselheiro de Rio Fortuna Luiz César propôs a criação de um comitê na Amurel para analisar a questão da fosfateira. A proposta foi aceita pelo secretário de desenvolvimento regional em Braço do Norte, Gelson Luiz Padilha (PSDB). O grupo deverá ser organizado após a reunião prevista com o governador.

Infrações de trânsito: Cerca de 40% das multas são sem abordagem

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Amanda Menger
Tubarão

Cerca de 40% das duas mil multas aplicadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) por mês, no trecho da BR-101 entre Paulo Lopes e Passo de Torres, são feitas sem a abordagem dos motoristas. Apesar de ser regulamentado pelo Decreto Lei 1.665, de outubro de 1995, muitas pessoas têm procurado a 2ª Delegacia da PRF, em Tubarão, para questionar a aplicação das multas.

“Tem muitas pessoas que recebem a notificação da infração e vêm até a delegacia só para saber se temos autoridade para aplicar a multa. Para alguns casos, não precisamos abordar o motorista mesmo, como é o caso de dirigir sem cinto de segurança, falando ao celular. O nosso trabalho ganhou agilidade com a utilização dos palm top, que são computadores de mão”, afirma o inspetor da PRF em Tubarão, Lauro Silveira Filho.

Segundo Filho, antes do palm, o policial às vezes via uma infração e levava muito tempo para fazer o auto de infração. “Em uma ronda, por exemplo, o policial anotava o número da placa do veículo e só depois que chegava ao posto ia consultar no sistema e gerar a multa sem abordagem. Agora não, como o palm tem acesso à internet, o policial vê a infração e gera a multa”, explica o inspetor.

No caso das multas sem abordagem, o motorista recebe em casa a notificação da infração e só depois o boleto para pagar a irregularidade. “Com o grande fluxo de veículos em nossa região, as obras de duplicação e o incremento dos palm top, essas multas são mais frequentes. O condutor, quando receber uma multa sem abordagem da PRF, não deve estranhar. No caso de empresa, a direção deve identificar o infrator para não ser penalizado com uma nova multa. Se não concordar deve entrar com uma defesa prévia junto à Delegacia da PRF”, diz Filho.

Aids em Tubarão: Mais de mil pessoas vivem com a doença

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Zahyra Mattar
Tubarão

Quando o assunto é HIV/Aids, os números não são dos melhores, sempre preocupam, porque, na maioria das vezes, são crescentes. Nas cidades de abrangência da 20ª Gerência da Saúde (região de Tubarão e Braço do Norte), 515 pessoas têm Aids. Destes, 330 são homens adultos e 185 são mulheres. Conforme orientação do Ministério da saúde, para cada um caso da doença, há pelo menos mais três pessoas com HIV ou Aids. Desta forma, é possível afirmar que mais de 1,5 mil pessoas convivem com o vírus de alguma forma na região. Mais de mil delas estão em Tubarão.

O número, além de assustador, revela que a região de Tubarão segue a mesma tendência do Brasil e do estado, ou seja, a Aids adentra o caminho da interiorização, a feminilização e ainda a pauperização. “No começo da epidemia, a doença era mais verificada em homens, de classe média alta e residentes em grandes centros urbanos. Hoje, o vírus é verificado nas cidades pequenas, principalmente entre as mulheres que vivem relações estáveis e de classes mais baixas”, confirma a coordenadora regional do programa de DST/Aids, Kalinka Mattos Gomes.

Outro dado que chama a atenção é a transmissão em gestantes. São 79 casos da região de Tubarão e Braço do Norte (o valor é de mães já com a doença). Destas, 12 são entre garotas de até 19 anos, enquanto a maioria dos registros está entre mulheres entre 20 e 39 anos: 66 pessoas. “Nas grávidas, isso não se concretiza, mas, no restante das pessoas já doentes, a principal dificuldade é fazê-las entender a importância de aderir ao tratamento. Grande parte desiste porque acha que não vale a pena. E isso não é verdade”, explica Kalinka.

Para se ter uma ideia, somente nos primeiros cinco meses deste ano (de janeiro até maio), a 20ª gerência de saúde em Tubarão gastou R$ 61.662,76 somente com medicamentos. “Este valor poderia ser menor se houvesse maior prevenção. Hoje, as pessoas precisam entender que não há mais grupos de risco, e sim atitudes de risco”, pontua Kalinka.

Crianças
Atualmente, 12 crianças são tratadas na região em decorrência de terem desenvolvido a Aids. Em Tubarão, são seis, cinco delas são meninas. O que mais preocupa é a falta da realização do teste nas mães, já que as crianças que nascem com HIV têm oportunidade de negativar a doença com o tratamento pós-parto.

“São poucos os que vestem a camisa da instituição”

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Bertoldo Weber
Braço do Norte

Notisul – Qual a sua experiência na área da saúde?
Edemir
– Na saúde, a minha única experiência é como membro titular do Conselho Municipal de Saúde de Braço do Norte. Já, administrativamente, tenho bom conhecimento.

Notisul – Quando assumiu a Sociedade Beneficente Santa Teresinha?
Edemir
– Em novembro de 2006, com mandato previsto para dois anos, prorrogado por mais dois por orientação do Ministério da Saúde para todos os hospitais com caráter filantrópico. Encerro o mandato em dezembro do próximo ano.

Notisul – Qual a situação da instituição hoje?
Edemir
– A entidade estava desacreditada, com o atendimento ruim e muitas reclamações da comunidade. Acredito que conseguimos mudar esta visão. O atendimento está bem melhor, o hospital está mais equipado e com maior número de profissionais. Na parte financeira, liquidamos 184 protestos contra a instituição. Pagamos apenas um financiamento do Refins e também uma dívida com a Casan. Atualmente, as contas de fornecedores e folha de pagamento, entre outras questões, estão rigorosamente em dia.

Notisul – Que ações importantes foram desenvolvidas na sua gestão?
Edemir
– Começamos com o controle completo sobre as contas. Lançamos a campanha Contribuição Familiar, onde a população pode inscrever-se e colaborar com R$ 10,00 mensais. Isto tem nos ajudo muito. Também partimos em busca de recursos das prefeituras, da câmara de Braço do Norte e cooperativas para manter o plantão 24 horas. Neste sentido, obtivemos êxito, apesar do valor ter ficado abaixo do esperado e necessário. Também tivemos êxito nesta questão que trata de liberações de recursos extras e fomos atrás de subvenções com o estado, deputados federais, senadores e governo federal. Além disso, o fato de termos melhorado o atendimento, refletiu diretamente sobre o volume de serviços, que aumentou. A consequência foi também aumento no faturamento da instituição.

Notisul – Os membros da diretoria e conselho fiscal são atuantes?
Edemir
– Digamos que 50% dos membros são atuantes, presentes e participativos. Inclusive, começamos a rever a possibilidade de existir uma substituição dos membros que não querem mais participar ou que deixam a desejar neste sentido.

Notisul – Qual a sua avaliação do corpo clínico?
Edemir
– É muito difícil avaliar. Digo isso porque dentro dele temos grandes e bons profissionais. Mas, que vestem a camisa da instituição são poucos. Se tivéssemos um corpo clínico 100% defendendo a instituição e os objetivos, com certeza, a nossa população teria um atendimento melhor ainda.

Notisul – Então falta comprometimento dos funcionários?
Edemir
– Do corpo clínico. Quanto aos funcionários, a maioria está comprometida. Mas, em uma equipe de 67, diria que alguns ainda não abraçaram a causa que é a recuperação completa e em todos os sentidos do Hospital Santa Teresinha. Esta é a maior bandeira. Temos feito reuniões e treinamentos constantes para que todos sejam sensibilizados a lutar por esta missão nobre em favor de toda a comunidade de Braço do Norte e região.

Notisul – Como está o relacionamento entre a direção do hospital, a administração e o corpo clínico?
Edemir
– A direção e a administração entendem-se muito bem. Caminhamos juntos. Já com o Corpo Clínico, o relacionamento com alguns profissionais é muito ruim ou não existe. É uma situação lamentável. Já com outros, é muito bom.

Notisul – O que é feito para resolver esta situação?
Edemir
– Queremos uma solução definitiva para este problema. A população não pode ser prejudicada por alguns profissionais. O objetivo da instituição é crescer e prestar serviços de qualidade. Os profissionais precisam decidir de qual lado estão.

Notisul – O plantão continua a ser o maior problema?
Edemir
– Sim. Em primeiro lugar, o plantão é para emergências e urgências. Mas, aproximadamente 90% dos atendimentos são ambulatoriais, são problemas que deveriam ser tratados nos postos. É difícil fazer com que os médicos plantonistas permaneçam na entidade devido ao grande volume de atendimentos ambulatoriais. Aí, quando surgem emergências e urgências, os médicos plantonistas não possuem apoio do profissional da especialidade que faz parte do corpo clínico. De forma bem clara, esta é a situação hoje.

Notisul – Que outros problemas existem?
Edemir
– Outro problema é que não temos condições de pagar sobreaviso para os médicos. Ocorre que, quando há uma emergência, e chamamos um médico da especialidade, ele não comparece porque não receberá para isso. Aí a situação complica-se.

Notisul – Quanto custa mensalmente manter o plantão?
Edemir
– Aproximadamente R$ 29 mil. Quem ajuda a pagar é a prefeitura de Braço do Norte, a câmara de vereadores, a Cerbranorte, a Cergapa e a prefeitura de Grão-Pará. Os plantonistas revezam-se a cada seis horas. São todos médicos de fora da cidade.

Notisul – Ainda ocorre do hospital ficar sem plantonista?
Edemir
– Sim. Muitas vezes, o médico agendado avisa na última hora que não irá e aí as alternativas são poucas. Os nossos parceiros do corpo clínico que quebram o galho para urgência e emergências. Fizemos o possível para resolver.

Notisul – O que vocês farão para resolver a questão da superlotação do plantão?
Edemir
– Para ter uma ideia, a população inteira de Braço do Norte passa pelo plantão do Hospital Santa Teresinha a cada dez meses. São em média 100 atendimentos por dia. As pessoas precisam entender que o hospital é para casos de urgência e emergência. Consultas básicas e pequenos procedimentos devem ser feitos nos postos do programa Estratégia Saúde da Família de cada bairro. O profissional que está lá (nos postos de saúde) tem as mesmas condições dos médicos plantonistas. É justamente por esta carga excessiva de trabalho que temos grande dificuldade em contratar profissionais para atuar no plantão.

Notisul – Que tipo de atendimento absurdo você refere-se?
Edemir
– Temos exemplos clássicos. No ano passado, atendemos um homem na emergência 64 vezes ao longo dos 12 meses. Há casos ainda de pessoas que vão até o hospital pedir atestado para não trabalhar na segunda-feira. Pessoas que nos procuram para desencravar unha, tirar farpa do dedo, fazer curativos. Tudo isso é serviço dos postos de saúde. Mas parece que ninguém entende ou faz de conta que não entende.

Notisul – Vocês não podem recusar-se a atender estas pessoas?
Edemir
– No caso do atestado, até deixamos. Em outros, poderíamos, mas não o fizemos. Nunca negamos nenhum atendimento, independente da situação. O caminho é a conscientização das pessoas e o bom atendimento nos postos de saúde.

Notisul – O que as pessoas argumentam para irem na emergência?
Edemir
– As principais justificativas são que o posto está fechado, o médico não foi trabalhar, não tem equipamento para fazer os serviços, falta materiais ou então que os atendentes dos postos os mandaram procurar o hospital. Boa parte da população também admite que não utiliza o serviço dos postos de saúde por não achar que os profissionais do município confiáveis.

Notisul – Falta muito para quitar as dívidas antigas do hospital?
Edemir
– Estamos pagando o Refins, faltam aproximadamente 30 parcelas, e a dívida com a Casan, que faltam aproximadamente 40 parcelas. O dispensado para isso, por mês, não chega a R$ 2 mil, se somadas as duas parcelas. Além destas duas contas, precisamos quitar um montante aproximado de R$ 48 mil. Depois que conseguirmos isso, tudo voltará a ficar em dia, como sempre deveria estar.

Notisul – Quantos funcionários o hospital possui hoje?
Edemir
– Ao todo, somos em 67 colaboradores: dois na manutenção, cinco na limpeza, quatro na farmácia, sete na administração e 49 no setor de enfermagem. Por mês, gastamos aproximadamente R$ 52 mil, mais os encargos, de folha salarial.

Notisul – E os médicos?
Edemir
– No total, são 25 profissionais: 16 profissionais entre o corpo clínico e médico, e mais um total de nove plantonistas. Eles estão divididos em várias especialidades: clínica médica, cirurgia geral, cirurgia do aparelho digestivo, cardiologia, geriatria, otorrinolaringologia, pediatria, obstetrícia, ginecologia, mastologia, urologia, enfectologia, anestesiologia, ortopedia, oftalmologia e psiquiatria.

Notisul – Como está a estrutura física da instituição?
Edemir
– É um prédio de 2.838 metros quadrados construído nos anos 50, que passou por várias reformas. Hoje, mesmo com os melhoramentos efetuados, a estrutura ainda não atende às necessidades. É tudo muito antigo, com muitos corredores e áreas sem utilidade. Adequamos da melhor forma possível para fazermos o aproveitamento do espaço.

Notisul – O que já foi feito em relação ao novo hospital?
Edemir
– O terreno doado pelo pecuarista Edésio Oenning já está totalmente escriturado em nome da entidade. O projeto e a planta já estão prontos e pagos através de um auxílio financeiro do governo do estado no valor de R$ 300 mil. Vale lembrar que, antes do projeto e do terreno, foi realizado um estudo de viabilidade. Neste estudo, foi confirmada a necessidade de construção de um novo hospital e a região de sua localização. Este estudo foi pago pela Cerbranorte. O investimento foi de R$ 12 mil.

Notisul – E quais serão os próximos passos?
Edemir
– Na primeira quinzena deste mês, o engenheiro apresentou para a diretoria a primeira fase de construção. Se aprovada, será levada ao secretário estadual de saúde, Eduardo Cherem, onde reivindicaremos, juntamente com o secretário de desenvolvimento regional em Braço do Norte, Gelson Luiz Padilha (PSDB), um total de R$ 5 milhões para o início da construção. Este valor já foi sinalizado, porém, o secretário estadual pediu que fizéssemos a obra por etapas. Então, dividimos o empreendimento em três fases. A obra está assinalada da secretaria regional como prioridade para o Vale.

Notisul – Foi feito mais algum pedido de recursos?
Edemir
– Estivemos em Brasília com a senadora Ideli Salvatti (PT), onde deixamos uma cópia do projeto do novo hospital e ela comprometeu-se em liberar recursos ainda neste ano e conseguir um fixo de R$ 60 mil por ano para o hospital. O deputado Odacir Zonta comprometeu-se no valor aproximado a R$ 1,5 milhões. E o deputado Edinho Bez (PMDB) diz estar engajado em também liberar recursos para o Hospital Santa Teresinha, cerca de R$ 100 mil por ano.

Notisul – É verdade que o Ministério da Saúde liberou recursos significativos para a entidade?
Edemir
– Sim, é verdade. Este ano, será adquirido um tomógrafo, no valor de R$ 540 mil, e também equipamentos de UTI para dez leitos, cujo investimento ultrapassará R$ 1 milhão. Os recursos já estão depositados na conta da entidade e são oriundos do Ministério da Saúde. No ano passado, já tinha vindo R$ 100 mil para nós, também do Ministério da Saúde.

Notisul – Quem pagou as seis passagens das três viagens que fizeram a Brasília?
Edemir
– O hospital pagou apenas uma passagem. As demais foram pagas por empresas da cidade. O importante é que o resultado foi um volume expressivo de recursos para a entidade: cerca de R$ 1,6 milhão.

Notisul – Quais as metas da diretoria para este ano?
Edemir
– A construção das salas para instalação dos dez leitos da UTI e também a construção da sala para o tomógrafo. E o mais importante: tentar a liberação de recursos para iniciar a construção da primeira fase do novo prédios do hospital.

Notisul – Os membros da diretoria recebem salário mensal?
Edemir
– Não. Nenhum membro recebe. É um trabalho voluntário e todos disponibilizam de muito tempo, inclusive de horários de lazer com a família, em prol desta causa. Tem um velho ditado que diz o seguinte: quem se doa com amor, Deus recompensa em dobro. É nisto que acredito!

Notisul – A eleição da diretoria é acirrada?
Edemir
– Não é. Tenho certeza que, se os membros fossem remunerados, não faltariam candidatos para disputar os cargos e assumir a direção do Hospital Santa Teresinha. Como não é, chega a ser difícil montar uma chapa.

Notisul – O que a população pode esperar da atual diretoria?
Edemir
– O compromisso de melhorar o atendimento, torná-lo humanizado. Muitas coisas foram melhoradas, outras irão seguir por este mesmo caminho. Mas continuamos pedindo à população paciência em determinadas situações. Trabalhando com garra e, aos poucos, as coisas entrarão nos trilhos, como se diz no popular.

Notisul – O hospital atende somente pelo Sistema Único de Saúde?
Edemir
– Não. Além do SUS, atendemos por convênios e ainda particulares. Inclusive a hotelaria para convênios e particulares foi totalmente reformada.

Notisul – Quem é dono do hospital?
Edemir
– O Hospital Santa Teresinha foi fundado em julho de 1935. E, em 1976, mudou a razão social e passou a ser chamado de Sociedade Beneficente Santa Teresinha. Os documentos mais antigos que encontramos constam em registro e uma lista de presença com 69 sócios. Nós, da atual diretoria, entramos em contato com estas pessoas para se reapresentarem como sócios da entidade. Os já falecidos foram representados por um familiar.

Unisul está fora da Liga Futsal

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Tubarão

“É inacreditável”. Assim o técnico Nelsinho Bavier resumiu a derrota da Unisul por 3 a 2 para o V&M Minas, na noite de sábado, no Salgadão. A Seguridade/Unisul pressionou o jogo todo, mas, com o resultado, não tem mais chance de classificação.
O time da casa começou bem a partida e abriu o placar com Gordo, depois de excelente jogada de Deives. A equipe mineira chegou ao empate com um gol inusitado. Diego Belém chutou fraco, a bola bateu em Jonas e enganou Ivan, quando a Unisul tinha total domínio da partida. A pressão continuou, mas, em um dos raros ataques do time mineiro, Dieguinho desviou a bola depois da cobrança de escanteio e fez 2 a 1.

No segundo tempo, a equipe de Nelsinho partiu para cima e desperdiçou muitas chances. Em um contra-ataque rápido, a bola sobrou livre para Gustavo, que fez 3 a 1. Com 30 minutos de jogo, o V&M Minas já havia cometido a quinta falta, mesmo assim, a bola cismava em não entrar. Ivan, em cobrança de tiro livre, descontou. O goleiro Biachin foi o destaque do jogo com inúmeras defesas. Foram 28 arremates da Seguridade/Unisul só no segundo tempo.

Após o término do jogo, o técnico desabafou. “Foi incrível o número de chances que perdemos. Quem veio ao ginásio viu só um time jogar e outro se defender. Mas parece inacreditável, a bola não quer entrar. Em muitos jogos na liga, vivemos situações semelhantes e, por isso, não conseguimos a classificação. Jogamos muito bem, mas não vencemos e estamos fora da liga”, lamenta Nelsino.

A questão da acessibilidade: Tubarão não está preparada

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Zahyra Mattar
Tubarão

A acessibilidade para deficientes visuais ou com problemas de locomoção não é exclusividade dos grandes centros urbanos. Ao contrário do que ocorre nos municípios menores, estas cidades, hoje, dispõem de mecanismos muito mais eficientes para atender este tipo de população. Há algumas semanas, por exemplo, a prefeitura de Tubarão começou a arrumar as calçadas paralelas ao Rio Tubarão.

Após o pedido de alguns cidadãos com deficiência visual ou que usam cadeiras de rodas, o projeto foi readequado. Até então, eles haviam sido esquecidos. “O (projeto) original não previa a questão da acessibilidade. Na verdade, este ponto é deficiente em vários projetos”, admite o secretário de planejamento da prefeitura, Edvan Nunes.

Por um lado, é fácil entender este “esquecimento”. É difícil ver um cadeirante ou um deficiente visual pelas ruas. Com vergonha, a maioria esconde-se em casa. “Nada de desculpas. Acredito que nós deveríamos dar mais oportunidades. Quem sabe um maior envolvimento da secretaria de obras, planejamento e assistência social não mude tudo isso”, sugere o secretário.

O fato é que aquelas poucas pessoas que reivindicaram seu direito de acessibilidade estavam corretas. O comércio também precisa ficar sensível a este cliente. A cidade precisa estar preparada para o futuro. E o futuro não tem distinções de que anda sobre as próprias pernas, sobre uma cadeira de rodas ou utiliza uma bengala para “enxergar” o vem à frente.

Um exemplo que gera exemplos

Há oito anos, após um grave acidente de carro, o fotógrafo José Ferreira Diogo, 55 anos, começou a perder a visão. Hoje, ele tem apenas 5% de visibilidade no olho direito. É o suficiente para ver vultos e saber quando é dia ou noite. Há sete meses, Diogo resolveu mudar-se para Tubarão. Já conhecia a cidade e viu aqui a oportunidade de lutar por o seu sonho: formar-se em física. Sozinho, ele mora em uma pensão no bairro Passagem.

Todos os dias, bem cedinho, ele pega a bengala e vai para a beira-rio fazer o seu exercício matinal. O problema é as “pedras” no meio do caminho. “O pior trecho é o da ponte (Dilney Chaves Cabral). Bem na cabeceira, tem um buraco onde sempre caio. Depois, tem uma casinha onde já bati inúmeras vezes. Em seguida, tem uma árvore, onde também já dei muita cabeçada. Não passo mais ali”, relata.

Como não tem segurança para andar por muitas outras ruas, o trajeto de Diogo restringe-se à área central da cidade. Andar à noite, nem pensar. “É muito orelhão em lugar errado, as calçadas são irregulares e o trânsito é perigoso. Comprar algo também é difícil. Para o comércio, é como se não existíssemos”, revela.
Apesar de tantas dificuldades, Diogo não desiste e garante não ter vergonha do seu problema. “Pelo menos posso andar, falar com as pessoas. Não tenho vergonha de pedir ajuda para atravessar a rua ou escolher um produto no mercado. Só receio de ser um peso para os outros, tomar o tempo das pessoas. Isso sim que me deixa mal”, admite.

Gestão pública: Gastos terão que ser disponibilizados

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Amanda Menger
Tubarão

Acompanhar a aplicação dos recursos públicos no executivo, legislativo e judiciário, nas três esferas (municipal, estadual e federal), ficará mais fácil para o cidadão. As informações terão que ser disponibilizadas pelos órgãos públicos. Quarta-feira passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma lei que obriga a divulgação na internet, em tempo real, de todas as receitas, despesas e repasses (como o Fundo de Participação dos Municípios – FPM).

A lei determina um prazo de adequação que varia conforme o número de habitantes. Acima de 100 mil, é um ano; entre 50 mil e 100 mil, dois anos; e abaixo de 50 mil, quatro anos. Pelo enquadramento, na Amurel, Tubarão e Laguna terão dois anos, e os demais municípios, quatro anos. O gestor que não divulgar as informações poderá ter congelado o repasse de verbas federais.

A Cidade de Anita já deu o primeiro passo: os departamentos de tributos, protocolo e recursos humanos passarão a utilizar o mesmo sistema de informática. A intenção é facilitar o acesso às informações para o público interno. “Contratamos uma empresa por meio de licitação para elaborar o software. Temos um projeto chamado gestão eletrônica. Pretendemos até o fim do mandato disponibilizar o máximo de informações possíveis na internet”, afirma o secretário da fazenda da prefeitura de Laguna, Nauro Pinho.

Em Tubarão, a lei sancionada é vista com algo positivo. “Teremos que avaliar a forma de disponibilizar essas informações, porque a parte de compras, licitações, cartas convites é com a secretaria de meios e suprimentos; já os pagamentos, são feitos pelas finanças. Mas acredito que dará mais transparência às ações dos governos”, avalia o secretário de administração da prefeitura, Carlos Eduardo de Bona Portão, o Preto.

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