domingo, 1 setembro , 2024
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Aeroporto Regional Sul: Vereadores resistem em apoiar consórcio

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Amanda Menger
Laguna

O ciclo de visitas aos vereadores e prefeitos dos quatro municípios que ainda não contribuíram com recursos para o Consórcio Intermunicipal do Aeroporto Regional Sul (Ciarsc) foi concluído nesta semana, com o encontro em Grão-Pará. A intenção era convencer os vereadores a aprovarem os projetos que autorizam a participação no Ciarsc. “O encontro foi excelente. Apresentamos os nossos argumentos e um dos vereadores que era contrário acabou cedendo. Todos disseram que irão aprovar o projeto quando o prefeito enviar para a câmara”, afirma o vereador Maurício da Silva (PMDB), de Tubarão, que encabeçou a comissão de parlamentares que visitou os quatro municípios.

A comissão terá que voltar a Laguna para novas conversas. “Teremos que articular mais. Há dois vereadores que ainda são contrários. Queremos nos reunir novamente, provavelmente em separado com cada um deles, para apresentarmos o nosso argumento. Levaremos os documentos da aeronáutica que mostram que o melhor local é Jaguaruna e que esta é uma obra regional. Porque, se fosse para lutar por um município, nós lutaríamos por Tubarão”, argumenta Maurício.

Com a maratona de visitas encerrada, é preciso cobrança para que os prefeitos cumpram o que prometeram e enviem os projetos às câmaras. “Até o momento, nenhum deles de fato enviou os projetos. Acreditamos que em mais algumas semanas teremos respostas. Porque, depois de autorizada a contribuição, é preciso estabelecer o cronograma de pagamentos”, explica o secretário executivo da Amurel, Leonardo Nesi.

Andarilho do museu: População cobra uma solução

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Zahyra Mattar
Tubarão*

A falta de resposta da secretaria de assistência social de prefeitura de Tubarão quanto à solução ao caso do homem que construiu uma casinha de papelão e passou a residir em um dos vãos do Centro Municipal de Cultura, no centro de Tubarão, gerou manifestos indignados da população na manhã de ontem.

Por volta das 8h40min, o andarilho do museu dormia enrolado em um único cobertor. Tremia de frio em determinados momentos. A temperatura estava em torno de 7° C. “É no mínimo estranho ver uma cena dessas ao lado de um centro de cultura”, considera o mecânico Jorge Adriano, 36 anos. Natural de Porto Alegre, a capital gaúcha, ele conta que está acostumado a ver andarilhos, mas não na condição do morador do museu. “Para evitar isto, lá, as construções públicas possuem grades nas laterais. Isso ajuda a evitar que mendigos ‘residam’ em lugares onde passa muita gente e os força a buscarem ajuda de outra forma”, detalha Jorge, que mora em Tubarão desde 2002.

O também mecânico João de Souza, 42, de Tubarão, adverte para outros perigos, especialmente nesta época do ano. “Nessas condições, qualquer ser humano pode morrer de frio. Aqui, ele não pode ficar”, defende. O andarilho do museu está no local há 14 dias. Ontem, o secretário de segurança e trânsito da prefeitura, João Batista de Andrade, a quem foi creditada a responsabilidade pelo assunto, disse que tentaria uma solução junto à SAS.

Segundo ele informou ontem ao Notisul, telefonou para a secretária Vera Stüpp a manhã toda e não conseguiu retorno. A ideia era sugerir uma integração com a Guarda Municipal para convencer o homem a deixar o lugar e a aceitar tratamento. “Infelizmente, só posso agir com a presença da assistência social”, lamentou Batista. E se ele morre de frio, quem será responsabilizado?

* Com informações do repórter Fernando Bruning.

Sabe o que os astros guardam para você hoje?

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Áries (21/03 a 19/04)
Momento que favorece os interesses intelectuais, a comunicação, a troca de experiências, a variedade de estímulos, renovando ares e ambientes. Leituras, cursos, passeios e conversas são estimulantes.

Touro (20/04 a 20/05)
A inteligência é o maior recurso taurino e está além da simples racionalidade. Significa desenvolver positivamente os seus dons, gerando os recursos de que necessita para realizar os objetivos.

Gêmeos (21/05 a 21/06)
O Sol em seu signo aspecta a Lua indicando momento de crescimento. A fase geminiana do zodíaco indica a prevalência da mente, dos contatos, da movimentação e do aprendizado. É quando você se sente realmente disposto a novos conhecimentos.

Câncer (22/06 a 22/07)
Observe com atenção o que se passa nas profundezas da mente, canceriano. O momento atual favorece a percepção das sincronicidades, das intuições, das informações que favorecem o entendimento espiritual dos fatos.

Leão (23/07 a 22/08)
Percepção dos pensamentos e conceitos que refletem a sociedade. Você pode ter ideias pioneiras e compartilhá-los com amigos e grupos. O sentimento de irmandade é forte agora e está além dos laços sanguineos.

Virgem (23/08 a 22/09)
Esta semana é muito importante para os virginianos que desejam dar novos passos profissionais, baseados nos conhecimentos que agora vislumbram ser importantes. Mas há certas preocupações.

Libra (23/09 a 22/10)
O intelecto, a cultura, a filosofia, a justiça, os ideais, o estrangeiro, a sabedoria e as viagens são alguns dos aspectos que agora estão evidenciados e que hoje ganham um terreno interessante para se desenvolver.

Escorpião (23/10 a 21/11)
A consciência de temas que para muitas pessoas representam tabu – e para você representam fascínio – é o aspecto agora evidenciado. Como também a superação de velhos pensamentos.

Sagitário (22/11 a 21/12)
Alianças, parcerias e associações estão enfatizadas. Pedem uma atitude leve, jovial, sabendo que você tem muito a aprender com cada pessoa que cruza o seu caminho. Hora de conversar sobre aquilo que no passado foi deixado.

Capricórnio (22/12 a 19/01)
Conhecimento é a chave do progresso profissional. Mas de nada adiantam ideias que não sejam praticáveis. Os pensamentos e conhecimentos são agora colocados à prova.

Aquário (20/01 a 18/02)
Expresse a energia mental e criativa, aquariano. Você anseia pela renovação de experiências, idéias e emoções. Comunicação e expressão estimuladas. Muito a conversar e a aprender.

Peixes (19/02 a 20/03)
Momento de refletir sobre a carga hereditária que traz consigo. Não em termos orgânicos, mas de pensamento, conceitos, mentalidade. E como isso influencia na construção de sua identidade e nas bases que regem a sua vida.

Tardio e inócuo?

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O governo federal vem anunciando mudanças no vestibular. Pelas falas oficiais, será um Enem melhorado: mais raciocínio, mais conteúdos, menos decoreba e menos logística (o aluno pode concorrer, com a mesma nota, a cinco cursos da própria universidade ou não). Na verdade, esta mudança já vem tarde, e o objetivo, que é a melhoria do ensino, pode não ser alcançado se outras mudanças não ocorrerem.

O antigo e atual vestibular está adequado a um modo de produção e de gestão da economia que não existe mais. Faz parte do período anterior à terceira revolução Industrial, quando a habilidade de executar tarefas repetitivas era suficiente. A escola dava conta do recado, exigindo que o aluno memorizasse informações para serem repetidas, quando solicitadas pelo professor. Tal dinâmica constitui(ía) a essência das avaliações, legitimadas e influenciadas pelo vestibular. Os conteúdos, neste modelo, eram (ou continuam sendo) apresentados como se fossem neutros, “prontos e acabados”, reduzidos, na maioria das vezes, a regras e algoritmos sem significado, ou datas e fatos sem contexto. A metodologia era ilustrativa, induzindo o aluno à memorização. Não que esta não seja necessária, mas precisa ser precedida da compreensão.

No entanto, com o advento da informática, da robótica, da biotecnologia e da desmaterialização, as habilidades exigidas (aprender a aprender, a pensar, a planejar, a criar, a comunicar, a conviver e a ser), alteram radicalmente: 1) a forma de apresentação dos conteúdos (problematizados, historicizados e com significado); 2) a metodologia de ensino (investigativa); e 3) a avaliação (compreensão e discernimento dos fatos e a percepção de suas relações, a aplicabilidade dos conhecimentos, as atitudes e os valores e a capacidade de análise e de síntese).

Mudar o vestibular é importante, pois diminuem os custos para o aluno e porque “cobra”, consequentemente, motivando os futuros universitários a adquirirem as habilidades que este momento histórico exige. No entanto, como se advertiu acima, não basta mudar a exigência (raciocínio), é preciso oferecer os meios para atendê-la. Faz-se necessário, dessa forma, por questão de coerência (não é moral ‘cobrar’ o que não se trabalhou em sala de aula) e por necessidade (nossos alunos são os piores nos rankings internacionais), aprofundar e resgatar a totalidade dos conteúdos e a forma de apresentá-los. O que implica, necessariamente, complementação da formação do professor.

Feagro Vale 2009: Hotéis da região estão lotados

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Wagner da Silva
Braço do Norte

Até domingo, Braço do Norte é o centro das atenções na Amurel. Tudo por conta do início, nesta sexta-feira, de uma das maiores feiras do agronegócio no estado, A Feagro Vale 2009. A feira-festa ocorre no parque de exposições Huberto Oenning, da Expovale. A expectativa é um giro de R$ 15 milhões em negócios. Mas a economia não é somente movimentada dentro do espaço da feira. Hotéis, mercados, restaurantes, postos de combustíveis, entre outros setores, lucram com a chegada dos visitantes.

No caso específico dos hotéis, todos os três estabelecimentos de Braço do Norte estão 100% lotados. A administradora do Rech Hotel, Rosinete Rech Debiasi, comenta que a sua clientela é formada, geralmente, por viajantes. Com a feira, a procura é muito superior aos “dias normais”. “Com a Feagro, não conseguimos atender a demanda”, comemora.

No Costa Nob Hotel, a situação é semelhante. Em outros períodos do ano, o local fica com lotação média de 70%. Há um mês, por conta da Feagro, 100% das vagas já estavam reservadas para todos os dias da feira. O proprietário, Juliano Costa Kuerten, conta que a procura pelas reservas começou há cerca de três meses. “É um evento de grande porte e quem deixou para fazer a reserva para esta semana não encontrou lugar. Por falta de vagas, encaminhamos diversas pessoas para outros hotéis na região. Se houvesse mais dois hotéis na cidade, também estariam lotados”, garante.

A organização da Feagro Vale 2009 espera um público superior a 45 mil visitantes. Durante o dia de hoje e amanhã, as equipes de organização de expositores de animais e da Cidasc passam a receber os animais que serão inspecionados a fim de seguir aos estandes. A partir de hoje, também estarão disponíveis os serviços de lanchonete e restaurante.

Qualidade da feira é
reconhecida nacionalmente

O jornalista José Reinoldo Rosenbrock é um “velho” conhecido da Feagro, em Braço do Norte. Ele acompanhou todas as edições da feira e participa de várias outras em todo o país. Para ele, o maior atrativo é a qualidade genética dos bovinos, tanto do gado de corte como do leiteiro, em especial da raça jersey.
“A Feagro é comentada em todas as feiras do país. Encontramos qualidade genética e sanidade animal invejável. Afinal, Santa Catarina tem o estatus de ser a única área livre de aftosa sem vacinação. São fatores importantes, analisados por criadores de todo o país que pretendem adquirir animais na feira”, confirma.

Muitos animais da raça jersey, em Braço do Norte, foram premiados em grandes feiras nacionais, como a Expointer, realizada no Rio Grande do Sul, e a Feileite, em São Paulo. “A qualidade genética encontrada em Braço do Norte não é verificada em nenhum lugar no mundo. Isso atrai as pessoas do ramo, elas sabem que podem lucrar muito com um animal comprado aqui”, expõe.

Segundo Reinoldo, em proporção territorial, Braço do Norte já é a maior bacia leiteira do estado. “Isso é resultado do trabalho, da organização e visão das pessoas. Por isso que a cada ano o número de visitantes aumenta”, avalia. Outro fator destacado pelo jornalista é a amizade feita ao longo dos anos. A hospitalidade das pessoas do Vale é um dos motivos apontados por ele para sempre retornar à cidade. “Além disso, a organização do evento é um ponto mais que forte. A cidade está no caminho certo”, elogia.

Perseguição policial: Duas pessoas ficam feridas em tiroteio

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Wagner da Silva
Braço do Norte

Um assaltante e uma vítima ficaram feridos após um assalto na madrugada de ontem, por volta da 1h30min, em Braço do Norte. Os criminosos foram perseguidos e houve troca de tiros com a Polícia Militar. Dois turistas alemães saíam de um bar no bairro Vila Nova, quando dois homens armados e encapuzados, em uma moto Yamaha Fazer, placa de Criciúma, anunciaram o assalto. Os dois assaltantes pediram dinheiro, mas um dos turistas, assustado, sem entender o que falavam, saiu correndo. Um dos criminosos atirou três vezes contra ele, e um dos disparou atingiu o seu joelho. Após os disparos, a dupla fugiu em direção ao centro da cidade.

Populares acionaram a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros. Os PMs tentaram abordar os assaltantes, mas eles reagiram. Os criminosos seguiram pela avenida Felipe Schmitd e, ao chegarem ao trevo, pegaram a SC-438 em direção a São Ludgero.
A perseguição só terminou quando o condutor da moto perdeu o controle e colidiu em uma cerca. Houve uma nova troca de tiros, mas os dois assaltantes conseguiram fugir ao se embrenharem em um matagal. Um dos homens não se importou com o frio, atravessou o Rio Braço do Norte, e seguiu em direção à empresa Incoplast.

Dez guarnições de toda a região, inclusive o Pelotão de Patrulhamento Tático (PPT) de Tubarão e a Polícia Militar Rodoviária (PMRv) de Gravatal, foram acionadas para auxiliar nas buscas. Mais de seis horas após o assalto, os policiais localizaram um dos assaltantes. Ele tentou fugir, mas foi detido. O jovem, 24 anos, natural de Lauro Müller, apresentava diversas escoriações. Ele foi encaminhado à Delegacia da Polícia Civil, em Braço do Norte, e em seguida ao Presídio Regional de Tubarão.
Pouco depois da prisão, os policiais encontraram dois revólveres, calibres 32 e 38, um celular e R$ 230,00, às margens do Rio Braço do Norte. As buscas seguiram durante o dia, mas o segundo assaltante não foi localizado.

Mulher pode estar envolvida
no assalto aos turistas

Com a prisão de um dos suspeitos de assaltar dois turistas alemães, na saída de um bar, em Braço do Norte, a Polícia Militar investiga o envolvimento de uma mulher no crime. Ela teria reconhecido os turistas e acionado os assaltantes. A versão não foi confirmada no depoimento do preso.

A Polícia Militar (PM) acredita ainda que o segundo assaltante esteja ferido e poderá procurar auxílio médico, em hospitais, unidades de saúde ou clínicas da região. O comandante da 3ª Companhia da Polícia Militar em Braço do Norte, tenente-coronel Silvio Ricardo Alves, não descarta a possibilidade da dupla estar envolvida em um furto realizado recentemente em um posto de combustíveis em Orleans.

Material de construção: Setor tem queda de 30% em maio

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Amanda Menger
Tubarão

Os índices de venda de materiais de construção no Brasil inteiro tiveram um resultado positivo em maio, com crescimento de 4,5% em comparação ao mesmo período do ano passado. Em Tubarão, contudo, as vendas tiveram queda, em média de 30%, segundo dados da Associação dos Comerciantes de Material de Construção (Acomac).
“Notamos uma queda na comparação com abril. Com o anúncio da redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) pelo governo federal, os consumidores procuraram mais, então, os comerciantes compraram mais material, só que as compras não se efetivaram”, afirma o presidente da Acomac da Amurel, Cristian Vitoreti.

Esta retração nas vendas foi observada também pela comerciante Fernanda Margotti, da Margotti Construções, no bairro Andrino, em Tubarão. “Até o meio do mês, as vendas foram boas. Depois, caíram bruscamente. Em março, as vendas foram boas, em abril teve queda e maio achávamos que seria um mês positivo, mas isso não ocorreu. A nossa expectativa é que melhore daqui para frente”, avalia Fernanda.
A perspectiva é positiva também na visão da Acomac. “Com a entrada de Tubarão no projeto Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, esperamos que o número de construções aumente e, consequentemente, as vendas dos materiais”, acredita Cristian.

O aumento nas vendas também significa um crescimento no número de empregos. “Isso ocorre tanto no comércio quanto na própria construção civil. Hoje, em Tubarão, são 62 lojas, mas não temos com exatidão o número de empregos criados pelo comércio de produtos de construção. O certo é que, com aumento nas vendas, é necessário contratar mais pessoas para fazer as vendas e entregar os produtos”, observa o presidente da Acomac.

Incentivo
As boas vendas de materiais de construção no varejo influencia positivamente a indústria. Na Amurel, a produção é voltada aos materiais mais pesados, como tijolos, telhas, brita e areia. Na parte de acabamentos, há indústrias de tintas, de cerâmicas para pisos e azulejos. “Mas falta também outros produtos de acabamento como metais. Além disso, é preciso que as lojas invistam e deem espaço à produção da região. Há muitos produtos de qualidade, porém, às vezes, são muito mais caros do que os que vêm de fora. E, na hora da venda, o preço final é fundamental para que o cliente”, avalia o presidente da Associação dos Comerciantes de Material de Construção (Acomac) da Amurel, Cristian Vitoreti.

“São poucos os que vestem a camisa da instituição”

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Bertoldo Weber
Braço do Norte

Notisul – Qual a sua experiência na área da saúde?
Edemir
– Na saúde, a minha única experiência é como membro titular do Conselho Municipal de Saúde de Braço do Norte. Já, administrativamente, tenho bom conhecimento.

Notisul – Quando assumiu a Sociedade Beneficente Santa Teresinha?
Edemir
– Em novembro de 2006, com mandato previsto para dois anos, prorrogado por mais dois por orientação do Ministério da Saúde para todos os hospitais com caráter filantrópico. Encerro o mandato em dezembro do próximo ano.

Notisul – Qual a situação da instituição hoje?
Edemir
– A entidade estava desacreditada, com o atendimento ruim e muitas reclamações da comunidade. Acredito que conseguimos mudar esta visão. O atendimento está bem melhor, o hospital está mais equipado e com maior número de profissionais. Na parte financeira, liquidamos 184 protestos contra a instituição. Pagamos apenas um financiamento do Refins e também uma dívida com a Casan. Atualmente, as contas de fornecedores e folha de pagamento, entre outras questões, estão rigorosamente em dia.

Notisul – Que ações importantes foram desenvolvidas na sua gestão?
Edemir
– Começamos com o controle completo sobre as contas. Lançamos a campanha Contribuição Familiar, onde a população pode inscrever-se e colaborar com R$ 10,00 mensais. Isto tem nos ajudo muito. Também partimos em busca de recursos das prefeituras, da câmara de Braço do Norte e cooperativas para manter o plantão 24 horas. Neste sentido, obtivemos êxito, apesar do valor ter ficado abaixo do esperado e necessário. Também tivemos êxito nesta questão que trata de liberações de recursos extras e fomos atrás de subvenções com o estado, deputados federais, senadores e governo federal. Além disso, o fato de termos melhorado o atendimento, refletiu diretamente sobre o volume de serviços, que aumentou. A consequência foi também aumento no faturamento da instituição.

Notisul – Os membros da diretoria e conselho fiscal são atuantes?
Edemir
– Digamos que 50% dos membros são atuantes, presentes e participativos. Inclusive, começamos a rever a possibilidade de existir uma substituição dos membros que não querem mais participar ou que deixam a desejar neste sentido.

Notisul – Qual a sua avaliação do corpo clínico?
Edemir
– É muito difícil avaliar. Digo isso porque dentro dele temos grandes e bons profissionais. Mas, que vestem a camisa da instituição são poucos. Se tivéssemos um corpo clínico 100% defendendo a instituição e os objetivos, com certeza, a nossa população teria um atendimento melhor ainda.

Notisul – Então falta comprometimento dos funcionários?
Edemir
– Do corpo clínico. Quanto aos funcionários, a maioria está comprometida. Mas, em uma equipe de 67, diria que alguns ainda não abraçaram a causa que é a recuperação completa e em todos os sentidos do Hospital Santa Teresinha. Esta é a maior bandeira. Temos feito reuniões e treinamentos constantes para que todos sejam sensibilizados a lutar por esta missão nobre em favor de toda a comunidade de Braço do Norte e região.

Notisul – Como está o relacionamento entre a direção do hospital, a administração e o corpo clínico?
Edemir
– A direção e a administração entendem-se muito bem. Caminhamos juntos. Já com o Corpo Clínico, o relacionamento com alguns profissionais é muito ruim ou não existe. É uma situação lamentável. Já com outros, é muito bom.

Notisul – O que é feito para resolver esta situação?
Edemir
– Queremos uma solução definitiva para este problema. A população não pode ser prejudicada por alguns profissionais. O objetivo da instituição é crescer e prestar serviços de qualidade. Os profissionais precisam decidir de qual lado estão.

Notisul – O plantão continua a ser o maior problema?
Edemir
– Sim. Em primeiro lugar, o plantão é para emergências e urgências. Mas, aproximadamente 90% dos atendimentos são ambulatoriais, são problemas que deveriam ser tratados nos postos. É difícil fazer com que os médicos plantonistas permaneçam na entidade devido ao grande volume de atendimentos ambulatoriais. Aí, quando surgem emergências e urgências, os médicos plantonistas não possuem apoio do profissional da especialidade que faz parte do corpo clínico. De forma bem clara, esta é a situação hoje.

Notisul – Que outros problemas existem?
Edemir
– Outro problema é que não temos condições de pagar sobreaviso para os médicos. Ocorre que, quando há uma emergência, e chamamos um médico da especialidade, ele não comparece porque não receberá para isso. Aí a situação complica-se.

Notisul – Quanto custa mensalmente manter o plantão?
Edemir
– Aproximadamente R$ 29 mil. Quem ajuda a pagar é a prefeitura de Braço do Norte, a câmara de vereadores, a Cerbranorte, a Cergapa e a prefeitura de Grão-Pará. Os plantonistas revezam-se a cada seis horas. São todos médicos de fora da cidade.

Notisul – Ainda ocorre do hospital ficar sem plantonista?
Edemir
– Sim. Muitas vezes, o médico agendado avisa na última hora que não irá e aí as alternativas são poucas. Os nossos parceiros do corpo clínico que quebram o galho para urgência e emergências. Fizemos o possível para resolver.

Notisul – O que vocês farão para resolver a questão da superlotação do plantão?
Edemir
– Para ter uma ideia, a população inteira de Braço do Norte passa pelo plantão do Hospital Santa Teresinha a cada dez meses. São em média 100 atendimentos por dia. As pessoas precisam entender que o hospital é para casos de urgência e emergência. Consultas básicas e pequenos procedimentos devem ser feitos nos postos do programa Estratégia Saúde da Família de cada bairro. O profissional que está lá (nos postos de saúde) tem as mesmas condições dos médicos plantonistas. É justamente por esta carga excessiva de trabalho que temos grande dificuldade em contratar profissionais para atuar no plantão.

Notisul – Que tipo de atendimento absurdo você refere-se?
Edemir
– Temos exemplos clássicos. No ano passado, atendemos um homem na emergência 64 vezes ao longo dos 12 meses. Há casos ainda de pessoas que vão até o hospital pedir atestado para não trabalhar na segunda-feira. Pessoas que nos procuram para desencravar unha, tirar farpa do dedo, fazer curativos. Tudo isso é serviço dos postos de saúde. Mas parece que ninguém entende ou faz de conta que não entende.

Notisul – Vocês não podem recusar-se a atender estas pessoas?
Edemir
– No caso do atestado, até deixamos. Em outros, poderíamos, mas não o fizemos. Nunca negamos nenhum atendimento, independente da situação. O caminho é a conscientização das pessoas e o bom atendimento nos postos de saúde.

Notisul – O que as pessoas argumentam para irem na emergência?
Edemir
– As principais justificativas são que o posto está fechado, o médico não foi trabalhar, não tem equipamento para fazer os serviços, falta materiais ou então que os atendentes dos postos os mandaram procurar o hospital. Boa parte da população também admite que não utiliza o serviço dos postos de saúde por não achar que os profissionais do município confiáveis.

Notisul – Falta muito para quitar as dívidas antigas do hospital?
Edemir
– Estamos pagando o Refins, faltam aproximadamente 30 parcelas, e a dívida com a Casan, que faltam aproximadamente 40 parcelas. O dispensado para isso, por mês, não chega a R$ 2 mil, se somadas as duas parcelas. Além destas duas contas, precisamos quitar um montante aproximado de R$ 48 mil. Depois que conseguirmos isso, tudo voltará a ficar em dia, como sempre deveria estar.

Notisul – Quantos funcionários o hospital possui hoje?
Edemir
– Ao todo, somos em 67 colaboradores: dois na manutenção, cinco na limpeza, quatro na farmácia, sete na administração e 49 no setor de enfermagem. Por mês, gastamos aproximadamente R$ 52 mil, mais os encargos, de folha salarial.

Notisul – E os médicos?
Edemir
– No total, são 25 profissionais: 16 profissionais entre o corpo clínico e médico, e mais um total de nove plantonistas. Eles estão divididos em várias especialidades: clínica médica, cirurgia geral, cirurgia do aparelho digestivo, cardiologia, geriatria, otorrinolaringologia, pediatria, obstetrícia, ginecologia, mastologia, urologia, enfectologia, anestesiologia, ortopedia, oftalmologia e psiquiatria.

Notisul – Como está a estrutura física da instituição?
Edemir
– É um prédio de 2.838 metros quadrados construído nos anos 50, que passou por várias reformas. Hoje, mesmo com os melhoramentos efetuados, a estrutura ainda não atende às necessidades. É tudo muito antigo, com muitos corredores e áreas sem utilidade. Adequamos da melhor forma possível para fazermos o aproveitamento do espaço.

Notisul – O que já foi feito em relação ao novo hospital?
Edemir
– O terreno doado pelo pecuarista Edésio Oenning já está totalmente escriturado em nome da entidade. O projeto e a planta já estão prontos e pagos através de um auxílio financeiro do governo do estado no valor de R$ 300 mil. Vale lembrar que, antes do projeto e do terreno, foi realizado um estudo de viabilidade. Neste estudo, foi confirmada a necessidade de construção de um novo hospital e a região de sua localização. Este estudo foi pago pela Cerbranorte. O investimento foi de R$ 12 mil.

Notisul – E quais serão os próximos passos?
Edemir
– Na primeira quinzena deste mês, o engenheiro apresentou para a diretoria a primeira fase de construção. Se aprovada, será levada ao secretário estadual de saúde, Eduardo Cherem, onde reivindicaremos, juntamente com o secretário de desenvolvimento regional em Braço do Norte, Gelson Luiz Padilha (PSDB), um total de R$ 5 milhões para o início da construção. Este valor já foi sinalizado, porém, o secretário estadual pediu que fizéssemos a obra por etapas. Então, dividimos o empreendimento em três fases. A obra está assinalada da secretaria regional como prioridade para o Vale.

Notisul – Foi feito mais algum pedido de recursos?
Edemir
– Estivemos em Brasília com a senadora Ideli Salvatti (PT), onde deixamos uma cópia do projeto do novo hospital e ela comprometeu-se em liberar recursos ainda neste ano e conseguir um fixo de R$ 60 mil por ano para o hospital. O deputado Odacir Zonta comprometeu-se no valor aproximado a R$ 1,5 milhões. E o deputado Edinho Bez (PMDB) diz estar engajado em também liberar recursos para o Hospital Santa Teresinha, cerca de R$ 100 mil por ano.

Notisul – É verdade que o Ministério da Saúde liberou recursos significativos para a entidade?
Edemir
– Sim, é verdade. Este ano, será adquirido um tomógrafo, no valor de R$ 540 mil, e também equipamentos de UTI para dez leitos, cujo investimento ultrapassará R$ 1 milhão. Os recursos já estão depositados na conta da entidade e são oriundos do Ministério da Saúde. No ano passado, já tinha vindo R$ 100 mil para nós, também do Ministério da Saúde.

Notisul – Quem pagou as seis passagens das três viagens que fizeram a Brasília?
Edemir
– O hospital pagou apenas uma passagem. As demais foram pagas por empresas da cidade. O importante é que o resultado foi um volume expressivo de recursos para a entidade: cerca de R$ 1,6 milhão.

Notisul – Quais as metas da diretoria para este ano?
Edemir
– A construção das salas para instalação dos dez leitos da UTI e também a construção da sala para o tomógrafo. E o mais importante: tentar a liberação de recursos para iniciar a construção da primeira fase do novo prédios do hospital.

Notisul – Os membros da diretoria recebem salário mensal?
Edemir
– Não. Nenhum membro recebe. É um trabalho voluntário e todos disponibilizam de muito tempo, inclusive de horários de lazer com a família, em prol desta causa. Tem um velho ditado que diz o seguinte: quem se doa com amor, Deus recompensa em dobro. É nisto que acredito!

Notisul – A eleição da diretoria é acirrada?
Edemir
– Não é. Tenho certeza que, se os membros fossem remunerados, não faltariam candidatos para disputar os cargos e assumir a direção do Hospital Santa Teresinha. Como não é, chega a ser difícil montar uma chapa.

Notisul – O que a população pode esperar da atual diretoria?
Edemir
– O compromisso de melhorar o atendimento, torná-lo humanizado. Muitas coisas foram melhoradas, outras irão seguir por este mesmo caminho. Mas continuamos pedindo à população paciência em determinadas situações. Trabalhando com garra e, aos poucos, as coisas entrarão nos trilhos, como se diz no popular.

Notisul – O hospital atende somente pelo Sistema Único de Saúde?
Edemir
– Não. Além do SUS, atendemos por convênios e ainda particulares. Inclusive a hotelaria para convênios e particulares foi totalmente reformada.

Notisul – Quem é dono do hospital?
Edemir
– O Hospital Santa Teresinha foi fundado em julho de 1935. E, em 1976, mudou a razão social e passou a ser chamado de Sociedade Beneficente Santa Teresinha. Os documentos mais antigos que encontramos constam em registro e uma lista de presença com 69 sócios. Nós, da atual diretoria, entramos em contato com estas pessoas para se reapresentarem como sócios da entidade. Os já falecidos foram representados por um familiar.

Hercílio Luz: Sábado, tem mais um jogo-treino

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Priscila Loch
Tubarão

O elenco do Hercílio Luz prepara-se para mais um jogo-treino, neste sábado, desta vez contra o Próspera, de Criciúma. E já poderá contar com os dois mais novos reforços, o volante Wilson e o atacante Renato, apresentados ontem. A dupla já participou dos treinamentos.
O amistoso será em Capivari de Baixo, no Estádio Lírio Búrigo, às 15h30min. “O nosso grupo está forte, bem montado para começar o campeonato”, destaca o vice-presidente de futebol, Cláudio Fernandes.

O time tubaronense estreia na Divisão Especial do Campeonato Catarinense no sábado da próxima semana. O primeiro desafio será contra o Joaçaba. Os trabalhos no Estádio Anibal Costa estão intensos, diariamente em dois períodos.
Recentemente, o Leão do Sul participou de três jogos-treinos importantes, contra o Criciúma, o Avaí e uma equipe de futebol amador de Lauro Müller. E a direção busca mais um time profissional para um novo amistoso antes da estreia. “Precisamos manter o ritmo de jogo, e estamos trabalhando para isso”, acrescenta Cláudio.

Imbituba faz neste sábado
o seu primeiro jogo oficial

O CFZ Imbituba joga oficialmente pela primeira vez neste domingo. A partida contra o Brusque não é válida por nenhuma competição, mas é de grande importância pela ocasião. Será a inauguração do Estádio Emília Rodrigues, o Ninho da Águia, e o último teste para a definição do time do técnico Joceli dos Santos antes da estreia na Divisão Especial do Campeonato Catarinense (no sábado da próxima semana, em casa, contra o Camboriuense).
Antes da partida contra o representante do estado na série D do Brasileirão, marcada para começar às 15 horas, ocorre uma missa campal no gramado, a partir das 9 horas.

Boutique
Se a torcida estava à procura de camisas, calções e bonés do CFZ Imbituba FC, já tem onde procurar. Sábado, com o objetivo de aproximar o torcedor do time dos projetos do Centro Esportivo Alberto Rodrigues (Cear), foi inaugurada a boutique do clube, no centro da cidade.
Além dos materiais esportivos da Águia do Litoral, a loja também disponibilizará produtos licenciados da marca Zico 10, um grande parceiro do proprietário do Cear e presidente do CFZ, Roberto Rodrigues, o Robertinho, nos projetos sociais envolvendo as escolinhas de futebol.

Localização
A boutique do CFZ Imbituba está localizada na rua Ernani Cotrin, no centro da cidade, próximo à loja Dona Kida.

‘Morador do museu’: Prefeitura promete solução hoje

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Zahyra Mattar
Tubarão

O morador do Centro Municipal de Cultura (CMC), no centro de Tubarão, poderá receber a ajuda que precisa hoje. Ele fez uma casinha de papelão e “reside” em um dos vãos do prédio há 13 dias. Há quase uma semana, o Notisul alerta para o perigo deste ser humano estar ali. Não pelo fato dele representar perigo aos outros, mas a si mesmo. Muitas vezes, ele está transtornado, provavelmente pelo uso de álcool, e pode ser atropelado ou até mesmo morrer por conta do frio.

O caso deste homem mostra como é complicado auxiliar a população de rua. Muitos estão nestas condições porque querem. Repelem qualquer tipo de ajuda. Outros estão com problemas psicológicos e não têm mais noção do mundo à sua volta.
Ontem, o secretário de segurança e trânsito da prefeitura de Tubarão, João Batista de Andrade, entrou em contato com a secretaria de assistência social e organizou uma investida, hoje, para tentar convencer o andarilho a receber a ajuda que visivelmente precisa. “Na (secretaria de) assistência social, informaram que hoje (ontem) tentaram falar com ele, mas ele não respondia, não conseguia falar. Amanhã (hoje), um grupo da SAS irá até lá com a Guarda Municipal para tentar convencê-lo a sair dali e aceitar ajuda”, promete Batista.

Ainda que não seja a sua área, Batista explicou ontem, por telefone, que acredita ser este o caminho. Ele concordou que o rapaz tem problemas e prendê-lo não é a solução. “Caso haja alguma reclamação referente à segurança pública, podemos agir. Mas não é isso que ele precisa. Acredito que através da secretaria (de assistência social) seja tudo mais fácil”, pondera o secretário.

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