domingo, 1 setembro , 2024
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O exemplo de Guga

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25 de maio de 2008. Quadra de Roland-Garros, Paris. Naquele dia, um dos deuses sagrados do tênis mundial faria o último jogo da sua brilhante carreira. Ao adentrarem na famosa quadra, os milhares de fãs depararam-se com aquele mesmo uniforme, azul e amarelo, que usara no dia 8 de junho de 1997. Naquele dia, Guga deixava o anonimato para conquistar o mundo do tênis e do esporte e ocupar as manchetes da imprensa mundial.

Nesta segunda feira, completam-se exatos 12 anos daquele que foi o maior feito do esporte catarinense. Ainda lembramos-nos do gesto humilde de Guga, dobrando-se como um súdito diante do “rei” Björn Borg. Foi um dos maiores momentos de orgulho para todos nós, seja pela vitória, seja pelo gesto de humildade.
Depois, vimos que esse garoto soube subir aos píncaros da glória planetária e dele descer com a mesma simplicidade, sem que o cristal tão bem lapidado por seu pai, Aldinho, e sua mãe, Alice, trincasse ou sofresse o menor arranhão.
Anos e décadas passarão e seu nome continuará gravado no coração e na mente de milhões de brasileiros como grande herói do tênis brasileiro e do esporte barriga-verde.

Em sua magistral obra A Democracia na América, o filósofo francês Alexis de Tocqueville faz uma insuperável radiografia da alma dos norteamericanos em meados do século 19. Numa de suas análises, ele destaca a importância da família: “Examinemos a criança ainda nos braços de sua mãe; vejamos o mundo exterior a se refletir pela primeira vez no espelho ainda obscuro da sua inteligência; contemplemos os primeiros exemplos que lhe chamam a atenção; ouçamos as primeiras palavras que despertam nele as forças adormecidas do pensamento; assistamos, por fim, às primeiras lutas que terá de enfrentar; e, somente então, compreenderemos de onde vêm os preconceitos, os hábitos e as paixões que vão dominar a sua vida. O homem acha-se inteiro, por assim dizer, entre as cobertas de seu berço”.

Assim como o pai de Guga, Aldinho, fui sócio-atleta do Clube 12 de Agosto, em Florianópolis. Eu, não mais que um atleta dedicado e cheio de raça no futebol de salão. Ele, um verdadeiro craque no basquete. Daí porque não tenho dúvida de que o talento e a paixão de Guga pelo esporte vêm dos dois troncos: os Schlösser, da mãe, e os Kuerten, do pai.
Mas, como estamos cansados de ver, especialmente no futebol, talento e paixão podem ser, e muitas vezes são, desperdiçados, jogados fora. Conheci muitos atletas excepcionais que se perderam, no meio do caminho…
O que sempre fez a diferença?

Educação! Regras! Limites! Padrões éticos e morais. Bons exemplos dentro de casa!
Kaká, craque da seleção brasileira, é outro que confirma essa impressão.
Guga continua sendo uma atração mundial, mesmo sem jogar. Assim como Pelé, que tornou-se ainda mais famoso depois que parou de jogar. Por que isso? Pelo carisma, pelo exemplo, pelos predicados superlativos que compõem as suas personalidades.
Além das centenas de troféus que ganhou, além da admiração de todos os amantes do esporte, Guga fez todos os “aces” e levou todos os “games” e “sets” de respeito e admiração do povo brasileiro, catarina e manezinho!

Associação Anselmo Tramontin: Futuro da entidade é incerto

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Wagner da Silva
Braço do Norte

Nenhum representante dos departamentos jurídico e contábil das prefeituras da região do Vale do Braço do Norte compareceu à reunião que definiria o futuro da Associação Anselmo Tramontin (Astra), em Braço do Norte. A entidade trata adolescentes com dependência química e psíquica e passa por uma situação crítica.
O encontro estava previsto para ocorrer na sede da Amurel, em Tubarão, às 14 horas desta sexta-feira. Porém, o presidente da entidade, Aron Voss Uliano, esperou os convidados por mais de uma hora e ninguém apareceu. Segundo o diretor administrativo da Astra, Rafael Cordioli, foram realizadas duas reuniões. A primeira com os prefeitos de Braço do Norte, Grão-Pará, Gravatal, Rio Fortuna, Santa Rosa de Lima, São Ludgero e Armazém.

O outro encontro foi feito com os secretários de saúde destes mesmos municípios. “Apresentamos um projeto de convênio, onde mensalmente os municípios fariam o repasse. Eles solicitaram um enxugamento nos valores”, lembra Cordioli.
Porém, com a necessidade de manter o local aberto 24 horas e uma equipe de 20 profissionais – entre psicólogos, psiquiatras, enfermeiros e técnicos em enfermagem – Aron explica que com o valor reduzido, alguns projetos não poderão ser executados. “De tudo que recebemos, 80% é consumido pela equipe de especialistas. Todos são necessários. Ainda assim, estamos dispostos a aceitar menos. Não é ideal, já que o nível de atendimento fica comprometido”, explica Aron.

O presidente saiu da Amurel nesta sexta-feira e acionou o Ministério Público (MP). Conforme Aron, apenas Braço do Norte e Armazém continuam a apoiar a entidade. As outras duas cidades, ambas fora do Vale do Braço do Norte, serão acionados judicialmente para quitar dívidas com a entidade.

Suspensão
Desde o fim do último mês, todas as atividades da Astra foram suspensas. Os funcionários estão todos em férias coletivas. Há apenas uma pessoa para cuidar do local.

Lei Seca: Sem bafômetro, não há prova do crime

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Amanda Menger
Tubarão

Não importa se o motorista beber um copo ou um engradado de cervejas. Com as alterações no Código Brasileiro de Trânsito, que completam um ano no próximo dia 20, ficaram mais rígidas as sanções ao motorista que for pego dirigindo sob efeito de álcool. Porém, a lei deixa uma falha. Para que o condutor de fato perca o direito de dirigir, é preciso materialidade, ou seja, provas de que ele dirigia alcoolizado. Valem como comprovação o bafômetro e exames de sangue.
Em 2008, foram levados até a Delegacia de Trânsito e Crimes Ambientais de Tubarão 52 casos de motoristas que dirigiam sob efeito de álcool. Ao todo, 36 foram em flagrante (os motoristas fizeram o bafômetro). Dos 52, 45 deram origem a inquéritos (além da materialidade, foi observada a ofensividade do caso) e aí os motoristas poderão responder pelo crime de dirigir embriagado.

“No início, tinha-se dúvidas a respeito da materialidade. Como o teste do bafômetro não é obrigatório, porque a pessoa não pode ser obrigada a produzir provas contra si, quem se nega a fazer o teste é, de certa forma, beneficiado. O termo de constatação de embriaguez não é levado em consideração por muitos delegados na hora de decidir pelo flagrante”, explica o delegado Nazil Bento Júnior.
Outro critério utilizado é a ofensividade. “É chamado dano potencial. Temos que observar o contexto do caso. Se o motorista estava em uma via movimentada, se estava em rodovia, se fazia manobras arriscadas. Tudo é levado em consideração pelo delegado na decisão de abrir o inquérito”, afirma Nazil.

Processo de perda da CNH
pode passar de um ano

A mudança nos critérios para punir os motoristas que dirigem sob o efeito de álcool completa um ano no próximo dia 20. Contudo, os primeiros resultados efetivos ainda não foram verificados. É que, em decorrência do amplo direito de defesa, o tempo entre a infração e a punição pode passar de um ano.

Dados da Delegacia Regional de Tubarão apontam a instauração de 386 procedimentos para a suspensão do direito de dirigir, em 2008. Destes, 245 são de motoristas que dirigiram sob efeito de álcool. Em vários processos, o crime foi cometido em 2007. Devido aos prazos para recursos, em 2008, apenas 31 motoristas foram penalizados com a perda da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) – não há confirmação de quantos destes foram por causa da ‘Lei Seca’.

“A notificação é enviada ao motorista até 30 dias depois da infração, ele tem 30 para apresentar defesa prévia, senão vira multa. Se a defesa não for aceita, ele pode recorrer à Junta Administrativa de Recurso de Infrações (Jari). Se ele perder, pode recorrer ao Conselho Estadual de Trânsito (Cetran). Só depois disso é que é instaurado o processo de suspensão do direito de dirigir. E aí os passos são os mesmos. Depois que não houver mais recursos, é que a CNH é efetivamente apreendida”, explica Rosiane Ribeiro Marques Rosa, responsável pelo Setor de Imposição de Penalidades.

Municípios
Os números são referentes aos municípios 14 municípios que compõem a 5ª Região Policial: Tubarão, Braço do Norte, Jaguaruna, Armazém, São Martinho, Sangão, Gravatal, Grão-Pará, Pedras Grandes, Rio Fortuna, São Ludgero, Santa Rosa de Lima, Treze de Maio e Capivari de Baixo.

‘Morador’ do museu: Caso foi solucionado?

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Zahyra Mattar
Tubarão

O ‘morador’ do museu sumiu. Desde quinta-feira, quando a sua ‘casa’ foi demolida e o local limpo, nenhum sinal do homem cabeludo e barbudo que dormia desde o dia 23 do mês passado em um dos vãos do Centro Municipal de Cultura (CMC), no centro de Tubarão. Conforme informações recebidas pelo Notisul nesta sexta-feira, o vice-prefeito Felippe Luiz Collaço (PP), o Pepê, teria dito que o caso foi solucionado pela secretaria de assistência social (SAS) da prefeitura.

Ele está fora da cidade e não pode ser localizado para confirmar a afirmativa e se realmente houve uma solução. Na verdade, a maior dúvida é saber qual foi o desenrolar do caso. Na prefeitura, ninguém sabe qual o destino do andarilho. O questionamento fica em torno de qual foi a solução. Não há informações se ele está em tratamento ou apenas foi retirado dos olhos da população.

No Albergue Noturno Pousada da Paz, o homem não ficou, nem na quinta, nem na sexta-feira. A ideia do vice-prefeito, muito elogiada pela população, era formar uma equipe com uma profissional de assistência social e uma psicóloga para tentar falar com o homem. Também não há informações se isto foi feito.
Na SAS, todos estão proibidos de repassar informações ao Notisul. Os telefones da secretária, Vera Stüpp, estava desligado nesta sexta-feira. A falta de esclarecimento do caso coloca em xeque qualquer que tenha sido a tal solução para a situação do homem.

O Notisul também entrou em contato com o secretário de segurança e trânsito, João Batista de Andrade. Ele igualmente disse que desconhece qualquer ação. “Minha pasta não foi acionada. Se algo foi feito, e acredito que sim, não tenho informações”, resumiu Batista.
Ao que tudo indica, não falta apenas mecanismos que facilitem proporcionar auxílio para a população de rua em Tubarão, mas também uma rede de informação para anunciar como cada caso é acompanhado.

“São poucos os que vestem a camisa da instituição”

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Bertoldo Weber
Braço do Norte

Notisul – Qual a sua experiência na área da saúde?
Edemir
– Na saúde, a minha única experiência é como membro titular do Conselho Municipal de Saúde de Braço do Norte. Já, administrativamente, tenho bom conhecimento.

Notisul – Quando assumiu a Sociedade Beneficente Santa Teresinha?
Edemir
– Em novembro de 2006, com mandato previsto para dois anos, prorrogado por mais dois por orientação do Ministério da Saúde para todos os hospitais com caráter filantrópico. Encerro o mandato em dezembro do próximo ano.

Notisul – Qual a situação da instituição hoje?
Edemir
– A entidade estava desacreditada, com o atendimento ruim e muitas reclamações da comunidade. Acredito que conseguimos mudar esta visão. O atendimento está bem melhor, o hospital está mais equipado e com maior número de profissionais. Na parte financeira, liquidamos 184 protestos contra a instituição. Pagamos apenas um financiamento do Refins e também uma dívida com a Casan. Atualmente, as contas de fornecedores e folha de pagamento, entre outras questões, estão rigorosamente em dia.

Notisul – Que ações importantes foram desenvolvidas na sua gestão?
Edemir
– Começamos com o controle completo sobre as contas. Lançamos a campanha Contribuição Familiar, onde a população pode inscrever-se e colaborar com R$ 10,00 mensais. Isto tem nos ajudo muito. Também partimos em busca de recursos das prefeituras, da câmara de Braço do Norte e cooperativas para manter o plantão 24 horas. Neste sentido, obtivemos êxito, apesar do valor ter ficado abaixo do esperado e necessário. Também tivemos êxito nesta questão que trata de liberações de recursos extras e fomos atrás de subvenções com o estado, deputados federais, senadores e governo federal. Além disso, o fato de termos melhorado o atendimento, refletiu diretamente sobre o volume de serviços, que aumentou. A consequência foi também aumento no faturamento da instituição.

Notisul – Os membros da diretoria e conselho fiscal são atuantes?
Edemir
– Digamos que 50% dos membros são atuantes, presentes e participativos. Inclusive, começamos a rever a possibilidade de existir uma substituição dos membros que não querem mais participar ou que deixam a desejar neste sentido.

Notisul – Qual a sua avaliação do corpo clínico?
Edemir
– É muito difícil avaliar. Digo isso porque dentro dele temos grandes e bons profissionais. Mas, que vestem a camisa da instituição são poucos. Se tivéssemos um corpo clínico 100% defendendo a instituição e os objetivos, com certeza, a nossa população teria um atendimento melhor ainda.

Notisul – Então falta comprometimento dos funcionários?
Edemir
– Do corpo clínico. Quanto aos funcionários, a maioria está comprometida. Mas, em uma equipe de 67, diria que alguns ainda não abraçaram a causa que é a recuperação completa e em todos os sentidos do Hospital Santa Teresinha. Esta é a maior bandeira. Temos feito reuniões e treinamentos constantes para que todos sejam sensibilizados a lutar por esta missão nobre em favor de toda a comunidade de Braço do Norte e região.

Notisul – Como está o relacionamento entre a direção do hospital, a administração e o corpo clínico?
Edemir
– A direção e a administração entendem-se muito bem. Caminhamos juntos. Já com o Corpo Clínico, o relacionamento com alguns profissionais é muito ruim ou não existe. É uma situação lamentável. Já com outros, é muito bom.

Notisul – O que é feito para resolver esta situação?
Edemir
– Queremos uma solução definitiva para este problema. A população não pode ser prejudicada por alguns profissionais. O objetivo da instituição é crescer e prestar serviços de qualidade. Os profissionais precisam decidir de qual lado estão.

Notisul – O plantão continua a ser o maior problema?
Edemir
– Sim. Em primeiro lugar, o plantão é para emergências e urgências. Mas, aproximadamente 90% dos atendimentos são ambulatoriais, são problemas que deveriam ser tratados nos postos. É difícil fazer com que os médicos plantonistas permaneçam na entidade devido ao grande volume de atendimentos ambulatoriais. Aí, quando surgem emergências e urgências, os médicos plantonistas não possuem apoio do profissional da especialidade que faz parte do corpo clínico. De forma bem clara, esta é a situação hoje.

Notisul – Que outros problemas existem?
Edemir
– Outro problema é que não temos condições de pagar sobreaviso para os médicos. Ocorre que, quando há uma emergência, e chamamos um médico da especialidade, ele não comparece porque não receberá para isso. Aí a situação complica-se.

Notisul – Quanto custa mensalmente manter o plantão?
Edemir
– Aproximadamente R$ 29 mil. Quem ajuda a pagar é a prefeitura de Braço do Norte, a câmara de vereadores, a Cerbranorte, a Cergapa e a prefeitura de Grão-Pará. Os plantonistas revezam-se a cada seis horas. São todos médicos de fora da cidade.

Notisul – Ainda ocorre do hospital ficar sem plantonista?
Edemir
– Sim. Muitas vezes, o médico agendado avisa na última hora que não irá e aí as alternativas são poucas. Os nossos parceiros do corpo clínico que quebram o galho para urgência e emergências. Fizemos o possível para resolver.

Notisul – O que vocês farão para resolver a questão da superlotação do plantão?
Edemir
– Para ter uma ideia, a população inteira de Braço do Norte passa pelo plantão do Hospital Santa Teresinha a cada dez meses. São em média 100 atendimentos por dia. As pessoas precisam entender que o hospital é para casos de urgência e emergência. Consultas básicas e pequenos procedimentos devem ser feitos nos postos do programa Estratégia Saúde da Família de cada bairro. O profissional que está lá (nos postos de saúde) tem as mesmas condições dos médicos plantonistas. É justamente por esta carga excessiva de trabalho que temos grande dificuldade em contratar profissionais para atuar no plantão.

Notisul – Que tipo de atendimento absurdo você refere-se?
Edemir
– Temos exemplos clássicos. No ano passado, atendemos um homem na emergência 64 vezes ao longo dos 12 meses. Há casos ainda de pessoas que vão até o hospital pedir atestado para não trabalhar na segunda-feira. Pessoas que nos procuram para desencravar unha, tirar farpa do dedo, fazer curativos. Tudo isso é serviço dos postos de saúde. Mas parece que ninguém entende ou faz de conta que não entende.

Notisul – Vocês não podem recusar-se a atender estas pessoas?
Edemir
– No caso do atestado, até deixamos. Em outros, poderíamos, mas não o fizemos. Nunca negamos nenhum atendimento, independente da situação. O caminho é a conscientização das pessoas e o bom atendimento nos postos de saúde.

Notisul – O que as pessoas argumentam para irem na emergência?
Edemir
– As principais justificativas são que o posto está fechado, o médico não foi trabalhar, não tem equipamento para fazer os serviços, falta materiais ou então que os atendentes dos postos os mandaram procurar o hospital. Boa parte da população também admite que não utiliza o serviço dos postos de saúde por não achar que os profissionais do município confiáveis.

Notisul – Falta muito para quitar as dívidas antigas do hospital?
Edemir
– Estamos pagando o Refins, faltam aproximadamente 30 parcelas, e a dívida com a Casan, que faltam aproximadamente 40 parcelas. O dispensado para isso, por mês, não chega a R$ 2 mil, se somadas as duas parcelas. Além destas duas contas, precisamos quitar um montante aproximado de R$ 48 mil. Depois que conseguirmos isso, tudo voltará a ficar em dia, como sempre deveria estar.

Notisul – Quantos funcionários o hospital possui hoje?
Edemir
– Ao todo, somos em 67 colaboradores: dois na manutenção, cinco na limpeza, quatro na farmácia, sete na administração e 49 no setor de enfermagem. Por mês, gastamos aproximadamente R$ 52 mil, mais os encargos, de folha salarial.

Notisul – E os médicos?
Edemir
– No total, são 25 profissionais: 16 profissionais entre o corpo clínico e médico, e mais um total de nove plantonistas. Eles estão divididos em várias especialidades: clínica médica, cirurgia geral, cirurgia do aparelho digestivo, cardiologia, geriatria, otorrinolaringologia, pediatria, obstetrícia, ginecologia, mastologia, urologia, enfectologia, anestesiologia, ortopedia, oftalmologia e psiquiatria.

Notisul – Como está a estrutura física da instituição?
Edemir
– É um prédio de 2.838 metros quadrados construído nos anos 50, que passou por várias reformas. Hoje, mesmo com os melhoramentos efetuados, a estrutura ainda não atende às necessidades. É tudo muito antigo, com muitos corredores e áreas sem utilidade. Adequamos da melhor forma possível para fazermos o aproveitamento do espaço.

Notisul – O que já foi feito em relação ao novo hospital?
Edemir
– O terreno doado pelo pecuarista Edésio Oenning já está totalmente escriturado em nome da entidade. O projeto e a planta já estão prontos e pagos através de um auxílio financeiro do governo do estado no valor de R$ 300 mil. Vale lembrar que, antes do projeto e do terreno, foi realizado um estudo de viabilidade. Neste estudo, foi confirmada a necessidade de construção de um novo hospital e a região de sua localização. Este estudo foi pago pela Cerbranorte. O investimento foi de R$ 12 mil.

Notisul – E quais serão os próximos passos?
Edemir
– Na primeira quinzena deste mês, o engenheiro apresentou para a diretoria a primeira fase de construção. Se aprovada, será levada ao secretário estadual de saúde, Eduardo Cherem, onde reivindicaremos, juntamente com o secretário de desenvolvimento regional em Braço do Norte, Gelson Luiz Padilha (PSDB), um total de R$ 5 milhões para o início da construção. Este valor já foi sinalizado, porém, o secretário estadual pediu que fizéssemos a obra por etapas. Então, dividimos o empreendimento em três fases. A obra está assinalada da secretaria regional como prioridade para o Vale.

Notisul – Foi feito mais algum pedido de recursos?
Edemir
– Estivemos em Brasília com a senadora Ideli Salvatti (PT), onde deixamos uma cópia do projeto do novo hospital e ela comprometeu-se em liberar recursos ainda neste ano e conseguir um fixo de R$ 60 mil por ano para o hospital. O deputado Odacir Zonta comprometeu-se no valor aproximado a R$ 1,5 milhões. E o deputado Edinho Bez (PMDB) diz estar engajado em também liberar recursos para o Hospital Santa Teresinha, cerca de R$ 100 mil por ano.

Notisul – É verdade que o Ministério da Saúde liberou recursos significativos para a entidade?
Edemir
– Sim, é verdade. Este ano, será adquirido um tomógrafo, no valor de R$ 540 mil, e também equipamentos de UTI para dez leitos, cujo investimento ultrapassará R$ 1 milhão. Os recursos já estão depositados na conta da entidade e são oriundos do Ministério da Saúde. No ano passado, já tinha vindo R$ 100 mil para nós, também do Ministério da Saúde.

Notisul – Quem pagou as seis passagens das três viagens que fizeram a Brasília?
Edemir
– O hospital pagou apenas uma passagem. As demais foram pagas por empresas da cidade. O importante é que o resultado foi um volume expressivo de recursos para a entidade: cerca de R$ 1,6 milhão.

Notisul – Quais as metas da diretoria para este ano?
Edemir
– A construção das salas para instalação dos dez leitos da UTI e também a construção da sala para o tomógrafo. E o mais importante: tentar a liberação de recursos para iniciar a construção da primeira fase do novo prédios do hospital.

Notisul – Os membros da diretoria recebem salário mensal?
Edemir
– Não. Nenhum membro recebe. É um trabalho voluntário e todos disponibilizam de muito tempo, inclusive de horários de lazer com a família, em prol desta causa. Tem um velho ditado que diz o seguinte: quem se doa com amor, Deus recompensa em dobro. É nisto que acredito!

Notisul – A eleição da diretoria é acirrada?
Edemir
– Não é. Tenho certeza que, se os membros fossem remunerados, não faltariam candidatos para disputar os cargos e assumir a direção do Hospital Santa Teresinha. Como não é, chega a ser difícil montar uma chapa.

Notisul – O que a população pode esperar da atual diretoria?
Edemir
– O compromisso de melhorar o atendimento, torná-lo humanizado. Muitas coisas foram melhoradas, outras irão seguir por este mesmo caminho. Mas continuamos pedindo à população paciência em determinadas situações. Trabalhando com garra e, aos poucos, as coisas entrarão nos trilhos, como se diz no popular.

Notisul – O hospital atende somente pelo Sistema Único de Saúde?
Edemir
– Não. Além do SUS, atendemos por convênios e ainda particulares. Inclusive a hotelaria para convênios e particulares foi totalmente reformada.

Notisul – Quem é dono do hospital?
Edemir
– O Hospital Santa Teresinha foi fundado em julho de 1935. E, em 1976, mudou a razão social e passou a ser chamado de Sociedade Beneficente Santa Teresinha. Os documentos mais antigos que encontramos constam em registro e uma lista de presença com 69 sócios. Nós, da atual diretoria, entramos em contato com estas pessoas para se reapresentarem como sócios da entidade. Os já falecidos foram representados por um familiar.

Capivari Futsal: Quase 84% de aproveitamento

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Capivari de Baixo

O empate na estreia do Campeonato Catarinense da 1ª Divisão foi apenas um susto no início de trabalho do Capivari Futsal. A equipe do técnico Juarez de Souza Júnior, o Juninho, depois emplacou três vitórias seguidas fora de seus domínios e é atualmente líder geral da competição estadual.

Mesmo com a competição apenas em seu início, o aproveitamento dos pontos é bastante alto. Com dez pontos conquistados de 12 possíveis, Capivari tem aproveitamento de 83,3% dos pontos no Catarinense. O time de Juninho também mostra o maior equilíbrio de defesa e ataque. Foram 16 gols marcados e oito sofridos.
O início promissor supera até mesmo os três anos de Juninho no comando de Siderópolis. Pela sua ex-equipe, ele teve um expressivo aproveitamento de pontos de 72%. Por lá, levou o clube ao segundo lugar da Copa Santa Catarina por duas oportunidades: prata nos Jogos Abertos, perdendo somente para a Malwee do astro Falcão, e campeão da 1ª Divisão em 2007.

O bom desempenho do Capivari já tem despertado o interesse de várias equipes em contratar alguns atletas e membros da comissão técnica. “Fui procurado, assim como alguns atletas. Não tenho interesse de deixar a equipe. Acredito muito nesse projeto e vamos lutar para o nome de Capivari crescer no estado”, analisa Juninho.

‘Morador do museu’: Lugar amanhece limpo

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Zahyra Mattar
Tubarão

Ontem, o Notisul recebeu uma grande quantidade de telefonemas e e-mails para elogiar o posicionamento do jornal no caso do ‘morador do museu’. As mesmas congratulações foram direcionadas ao vice-prefeito de Tubarão, Felippe Luiz Collaço (PP), o Pepê.

Preocupado com as péssimas condições em que vive o andarilho no centro de Tubarão, Pepê resolveu tomar a frente da situação e começou a articular uma equipe para atender o homem. Como isso, depende da secretaria de assistência social. A solução é complicada e, ao que parece, demorada.

O homem reside há 16 dias em um dos vãos do Centro Municipal de Cultura. Chegou a construir uma casa de papelão. Ontem pela manhã, ele dormia com um único cobertor com metade do corpo exposto no frio de 5° C. Depois que ele saiu para andar pela cidade, o lugar foi limpo.

Ontem, a secretária Vera Stüpp disse em uma emissora de rádio que já tentou abordar o rapaz, mas ele é agressivo, usa álcool e drogas. Isso todos sabem. Assim como se observa, sempre, a dificuldade em ajudar tanto a ele como outros andarilhos. Nem por isso pode-se virar as costas. Se houve ação, há solução.

O caso Jairo
O caso do andarilho Jairo Oliveira Silva, que surgiu em Tubarão em abril de 2006, na época com 34 anos, é a maior prova de que é possível ajudar a população de rua. Jairo andava pelas ruas totalmente desorientado, sujo de graxa e alcoolizado. Assim como no caso do ‘morador do museu’, Jairo também ostilizava as pessoas, não aceitou ajuda, a princípio. Mesmo assim, a assistente social Telma de Carvalho, hoje infelizmente lotada em outra secretaria (de saúde), não desistiu de ajudá-lo.

O Notisul também fez a sua parte. Foram várias matérias, pedidos de ajuda para Jairo ser recolhido pela Polícia Militar, acompanhado junto ao Desafio Jovem. O trabalho não foi fácil, mas foi possível. Uma autorização judicial foi pedida. O mesmo deveria ser feito agora.
A desculpa de que o ‘morador do museu’ é agressivo, usa álcool e drogas não deve servir como um empecilho para ajudá-lo. Se o caso de Jairo foi solucionado, o deste homem também pode e deve ser. E com urgência.

A coruja da creche: Caso é solucionado em Capivari

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Cíntia Abreu
Tubarão

Há cerca de 15 dias, a visita de uma ave de atividades noturnas movimentou a vida dos alunos do Centro de Educação Infantil Maria Magdalena, no bairro Três de Maio, em Capivari de Baixo. A aparição de uma coruja nas pacatas tardes das crianças da creche fez com que os pais levassem a situação ao conhecimento do vereador Ailton Bittencourt (DEM) e, por fim, à secretaria de educação da prefeitura.

Conforme o vereador, a avó de um aluno o procurou para solicitar uma solução, já que a ave causava medo nos alunos. “Acredito que o lugar, por ser um centro comunitário, era pouco utilizado antes dos alunos serem transferidos, e por esse motivo as corujas devem ter feito ninhos no telhado ou próximo ao salão”, afirma Bittencourt.

O secretário de educação da prefeitura, Wanderley Araújo da Rosa, garante que o problema já foi solucionado. “Tínhamos alguns vidros de janelas quebrados no centro comunitário, mas a entrada da coruja foi uma situação bem atípica, pois o salão é bem protegido para o bem-estar das crianças”, salienta o secretário. Wanderley anuncia ainda que a obra no telhado do CEI, danificado após as fortes chuvas de março, terminam em 30 dias, quando as crianças voltarão às salas de aula.

Apesar do susto causado em algumas crianças, a diretora do CEI, Daniela Vandressa Nunes Barduino, diz que, toda vez que a coruja entrava na creche, era uma festa. A maioria gostava da presença da ave. “Somente os bebês do maternal choravam quando viam a coruja. E em nenhum momento recebi reclamações das mães. As crianças riam e gritavam. Isso atrapalhava o trabalho das professoras,” observa Daniela.

Graxaim é “preso”
em oficina em Tubarão

Um animal com hábitos noturnos, como a coruja visitante das crianças na creche em Capivari de Baixo, foi encontrado ontem na oficina mecânica da prefeitura de Tubarão. O graxaim, também conhecido como cachorro-do-mato, estava escondido entre as máquinas e peças mecânicas.
Segundo os mecânicos, o animal mostrou-se arisco e foram necessários quatro homens para cercar o bichinho e prendê-lo em uma caixa gradeada. O animal foi encaminhado para a sede da Polícia Militar Ambiental em Laguna, onde passará por exames para ser solto na reserva ecológica de Maracajá, onde já existem outros animais da espécie.

O graxaim é um mamífero carnívoro da família dos canídeos, encontrado nos campos úmidos do sul do Brasil, no Paraguai, norte da Argentina e Uruguai (é conhecido como zorro de las Pampas nestes três últimos países). Ele chega a medir até um metro de comprimento, com pelagem cinza amarelada, o alto da cabeça é marrom ferrugem, as orelhas grandes e o focinho fino.

Sabe o que os astros guardam para você hoje?

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Áries (21/03 a 19/04)
Grande poder de realização. Força de vontade. Desejos criam necessidades, que levam a certas atitudes. É tempo de discernir que desejos realmente valem a pena serem realizados.

Touro (20/04 a 20/05)
Depois de ter passado por momentos difíceis nos últimos meses, você agora está numa fase muito interessante, emocional e materialmente. Está emanando forte atratividade e energia magnética que atrai situações, pessoas.

Gêmeos (21/05 a 21/06)
Situações muito importantes no plano material e emocional. Momento de construir as bases do que você quer ver concretizado. Ações nos bastidores ou sigilosas mostram-se fundamentais para os seus objetivos.

Câncer (22/06 a 22/07)
Favorecimento para ações junto a um grupo com interesses afins. Benefícios financeiros. Relacionamentos se aprofundam. Poder das relações e das emoções. Colheita profissional e material.

Leão (23/07 a 22/08)
Se deseja efetuar alguma mudança profissional ou na forma como administra recursos e finanças, este é o momento ideal, pois você conta com força de vontade e determinação.

Virgem (23/08 a 22/09)
Força para lutar por uma causa ou interesse que seja valioso, nativo de Virgem. Mas este valor não está apenas no aspecto financeiro, mas numa questão de justiça.

Libra (23/09 a 22/10)
A energia emocional e sexual dos librianos está estimulada. Assim como o compartilhar de recursos e interesses. Este é um momento de transformação, de virada, que se acentuará ao longo dos próximos dias.

Escorpião (23/10 a 21/11)
Qualquer situação que se apresente agora, por mais dificil que pareça, conseguirá superar, se agir com consciência dos seus limites, mas também dos dons e potenciais que possui, e contando com o apoio de certas pessoas para superar dificuldades emocionais ou financeiras.

Sagitário (22/11 a 21/12)
Um aprendizado importante ocorre agora e não está vinculado ao conhecimento racional, mas às experiências do cotidiano e às intuições, ideais e sonhos que não são somente seus, mas da humanidade.

Capricórnio (22/12 a 19/01)
Disposições astrológicas diferentes se mostram agora. De um lado, um certo pessimismo ou percepção das dificuldades inerentes à atual situação. De outro, o poder de reconstruir qualquer aspecto da vida.

Aquário (20/01 a 18/02)
Fase interessante para conhecer mais acerca de suas emoções e necessidades. Coisas que anteriormente você não valorizava e que agora se mostram importantes. Poderá reconstruir situações, transformar as coisas, mas para isso deve começar dentro de você

Peixes (19/02 a 20/03)
Inteligência é disponibilizar talentos, recursos e idéias para o bem comum. Unindo potenciais algo relevante pode ser feito para transformar a sociedade. E é isso que necessitamos, humanos mais conscientes e felizes.

Do que a região da Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão e Complexo Lagunar precisa?

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As lideranças empresariais, as lideranças políticas, o pequeno produtor, o profissional liberal, enfim, a sociedade dos 21 municípios pertencentes à denominada Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão deve estar se questionando o que é o Projeto Anitápolis, e quais os impactos que ele poderá representar a região.
Neste último mês, os jornais regionais, e apenas eles, estão propiciando a cobertura ao caso, como se o assunto não fosse de importância a ser divulgado por todo estado.

E será que a sociedade já se perguntou por que somente agora isso tomou essa proporção? Quais os interesses que estão por trás disso? São dúvidas pertinentes e necessitam melhores esclarecimentos.
A primeira questão a ser respondida é que foi negada a toda sociedade um direito básico, o da informação. E, sem informação, não se tem condições de tomar a real consciência dos fatos e, a partir dela, questionar se determinado projeto é bom, ou é ruim, se irá trazer danos ou não? Sem respeitar e garantir o direito à informação, não se constrói o contraditório, não se cria a dúvida e não se permite a participação. Pior a impede e isso é nocivo a todo processo, tanto para a classe empresarial quanto para a sociedade.

Antes, é bom que todos tenham em mente fatos que estão ocorrendo em paralelo e que podem ter ligação com o licenciamento ambiental: até o fim de junho, o governo federal apresentará o detalhamento do Plano Nacional de Fertilizantes, uma consolidação da proposta do Ministério da Agricultura, em conjunto com outras pastas, para a redução da dependência externa do país no setor.
Além disto, encontra-se em discussão a revisão do marco legal da mineração, com a proposta de atualizar o Código de Mineração e transformar o DNPM numa Agência Mineral.
Somado a esse fato, há também a necessidade das empresas que detêm a titularidade de lavra de determinado mineral iniciar a sua prospecção sobe pena de ver esse direito caducar.

E qual a repercussão do licenciamento no estado? É necessário divulgar, e embora esteja no EIA/Rima, entregue pela Bunge/Yara, que aproximadamente 300 hectares de Mata Atlântica serão devastados para dar espaço à implantação da planta industrial. Isso é fato. A consequência disso no futuro, além dos danos ambientais, é a abertura de um perigoso precedente a todos. Pois como impedir que quem detem imóveis rurais não possam também efetuar tais medidas? Porque os pequenos agricultores não poderiam fazer o mesmo. Se não qual o motivo, pois em tese todos são iguais perante a Constituição?

Quem está com a razão? Quem fala a verdade? Quem omite dados?
Aí reside o papel importante da câmara de vereadores, das lideranças políticas e empresariais e da sociedade civil que deve posicionar-se, contra ou a favor, do empreendimento, mas desde que tenha um mínimo de informação para isso.
E até aqui este é o interesse da Associação Montanha Viva, ampliar e permitir através da sua campanha que a sociedade seja minimamente informada do processo e passe assim a exigir dos órgãos públicos maiores esclarecimentos. Tanto assim que até a presente data já foram protocoladas na Fatma, Ibama, MPF, Defensoria Pública da União, Casan, OAB, assembleia legislativa, Comitê de Bacias Hidrográficas pedidos de esclarecimentos e representações denunciando irregularidades no processo de licenciamento, e dentre outras exigindo a realização de audiências públicas em todos os municípios que compõem a Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão, bem como a anulação da licença prévia ambiental nº 051/2009, concedida pela Fatma.
E a imprensa tem papel importante neste contexto, pois saberá de maneira imparcial ampliar o foco discussório.

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