terça-feira, 3 setembro , 2024
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Unidade de Pronto Atendimento 24 horas: Verba de R$ 1 milhão está praticamente perdida

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Zahyra Mattar
Tubarão

A documentação para a liberação da verba, no valor de R$ 1,050 milhão, junto à Caixa Econômica Federal (CEF), para a construção da Unidade de Pronto Atendimento 24 Horas (Upa24h) de Tubarão, precisa ser apresentada até a próxima terça-feira. Caso contrário, o município perde o dinheiro. O prazo é irrevogável. A triste notícia é que isso, infelizmente, poderá mesmo ocorrer.

A portaria do Ministério da Saúde para as Upas de Tubarão, Itajaí e São José foi publicada na véspera do Natal passado. A documentação necessária é extensa. Isto sem contar a confecção do projeto arquitetônico. Neste momento, a prefeitura depende de apenas dois avais: o da Vigilância Sanitária do estado e uma declaração simples da Fatma.

O problema é que a análise do projeto não levará menos de três meses. “Neste momento, trabalho em dois outros projetos de saúde. Depois, tem um terceiro e daí vem o de Tubarão. Quando me entregaram o projeto, faltava o relatório técnico. Eles (a prefeitura) trouxeram uma semana depois. Infelizmente, se o prazo é a próxima terça-feira, lamento, mas o convênio já está perdido”, diz o engenheiro de rodovias Vilson Giassi.

Giassi é servidor do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra). Como a SDR não tem um profissional específico para analisar projetos de saúde, ele fez uma capacitação e “quebra o galho” para as SDRs em Tubarão, Laguna e Braço do Norte. “Não é má vontade. Mas tenho meu trabalho normal, junto ao Deinfra, e mais este, voluntário, para a Vigilância Sanitária. Analiso os projetos na minha folga. Por isso, leva mais tempo do que o normal”, justifica o servidor.

O secretário de saúde da prefeitura de Tubarão, Roger Augusto Vieira e Silva, anuncia que o município fará a Upa24h, mesmo que para isso precise empenhar somente recursos próprios. “Das três cidades que conseguiram o convênio, Tubarão foi a que primeiro protocolou o projeto junto à Vigilância Sanitária. A obra sairá, mas poderia ser mais rápida e sem refletir nos investimentos à saúde já orçados para 2010”, lamenta Roger.

Código de Posturas: Prefeitura não tem como fiscalizar a lei

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Wagner da Silva
Braço do Norte

A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Braço do Norte prepara para a próxima semana o envio de orientação aos associados sobre a necessidade de fazer valer as regras de acessibilidade contidas no Código de Posturas do município. A prefeitura foi cobrada pelo Ministério Público para que haja com maior rigor no cumprimento da lei municipal 423/83.

Com o estabelecido na regra, é proibida a colocação de degraus ou outros objetos que impeçam o trânsito de pedestres sobre as sarjetas ou passeios. Quem descumpre, deveria ser multado. “Há várias irregularidades. O próximo passo da administração é notificar os estabelecimentos que não estejam em conformidade com a lei. Não só os estabelecimentos, mas também os moradores que a descumprem”, adianta o secretário de governo e cidadania da prefeitura, André Leandro Richter.

O grande desafio, porém, é quanto à fiscalização do Código de Posturas de Braço do Norte. Mesmo que a lei seja cumprida pelos varejistas e moradores, a prefeitura não saberá, já que não possui um agente específico para fiscalizar.

O fiscal de obras Wescley Santana admite que a fiscalização é difícil e o descumprimento constante. “As construções ocupam grande parte das calçadas, quando não chegam a utilizar a área de estacionamento. O mesmo caso ocorre com as caixas de entulho, que só poderiam permanecer no local por 48 horas, limite não é respeitado. Mas é difícil fiscalizar todas as irregularidades”, confirma.

Mesmo com a dificuldade, a prefeitura está disposta a agir. Entre as principais irregularidades que devem ser cobradas a partir de agora, está a falta dos padrões estabelecidos para construções civis, como a invasão do passeio público e construção de apenas um pavimento, quando são exigidos no mínimo dois. “A colocação de material de construção na calçada e a falta de pavimentação do passeio público são passíveis de notificação. É o que faremos”, anuncia o secretário.

Palmeiras vence o Colégio Brasil e levanta a Taça Walmor Silva

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Priscila Loch
Tubarão

Por menos de dois minutos, o campeão do Campeonato Citadino de Tubarão não foi decidido nos pênaltis. O gol da vitória do Palmeiras sobre o Colégio Brasil, 1 a 0, veio somente aos 46 minutos do segundo tempo. Logo depois, o árbitro deu o apito final.

O jogo ocorreu ontem à tarde, no Estádio Anibal Costa, antes de Hercílio Luz x Navegantes, pela Divisão Especial do Campeonato Catarinense (leia mais na página 13). O equilíbrio predominou durante toda a partida.

O Colégio Brasil teve dois jogadores expulsos. Aos 28 minutos da primeira etapa, o volante Nadela saiu. E o segundo foi Miguel, em seguida ao gol do Palmeiras. A vitória foi conquistada a partir dos pés de Alex Stüpp, em contra-ataque.

Este ano, a Liga Tubaronense de Futebol homenageou um ícone do rádio tubaronense. O Citadino levou o nome de Taça Walmor Silva. A viúva do radialista, Ambrosina Silva, mostrou muita satisfação ao entregar o troféu aos campeões.

Divisão Especial: Vitória suada garante a liderança isolada
Desde o primeiro minuto, o CFZ Imbituba mostrou um jogo ousado e foi ao ataque em busca do gol. O próximo adversário é o Juventus, fora de casa

Imbituba

Diante de um bom público, a equipe do CFZ Imbituba teve que suar muito para vencer o Videira, por 1 a 0, no Estádio Emília Mendes Rodrigues, o Ninho da Águia, ontem, em Imbituba. Alex Albert, de fora da área, marcou um golaço no canto direito do goleiro Cleverson, aos 26 minutos do segundo tempo. O resultado mantém a equipe na liderança da competição, agora isolada.

Desde o primeiro minuto, o CFZ mostrou um jogo ousado e foi ao ataque em busca do gol. Ao Videira, coube defender-se e sair nos contra-ataques, mas sem sucesso.

Após o gol, os espaços apareceram, mas o CFZ não conseguia fugir muito da forte marcação do adversário, que teve uma grande oportunidade no fim do jogo, com um chute de fora da área. Adilson fez excelente defesa e ela passou por cima do gol. “Foi um jogo muito difícil e estou muito feliz por poder ajudar o grupo. Passamos por mais um adversário muito qualificado e agora é trabalhar para o próximo jogo”, diz o meia Alex Albert, que marcou pela primeira vez com a camisa do CFZ.

Hercílio vence o Navegantes em casa

Priscila Loch
Tubarão

A rapidez com que saiu o primeiro gol empolgou a torcida presente no Estádio Anibal Costa. O Hercílio Luz abriu o placar contra o Navegantes, ontem à noite, logo aos dois minutos de jogo. O goleiro Cristiano fez pênalti em Hudson. Edson Bugrão bateu e marcou.

E a dupla Hudson e Bugrão foi o nome do jogo. Bugrão porque marcou os outros dois gols – o placar foi 3 a 1 para o time de Tubarão – e Hudson porque deu todo o suporte.

O Leão do Sul balançou as redes pela segunda vez aos cinco minutos do segundo tempo. A defesa do Navegantes saiu errado e Marcelo Castelli roubou a bola, cruzou para Hudson, que bateu e o goleiro defendeu. A bola ainda sobrou para Bugrão, que não desperdiçou.
Os visitantes reagiram aos 28, com Pedro, que diminuiu a vantagem do Hercílio, 2 a 1. E o terceiro gol da equipe da casa foi o mais bonito. De cobertura, aos 46 minutos.

No fim do jogo, o técnico do Navegantes desentendeu-se com um de seus jogadores e foi preciso conter os ânimos. No Hercílio, receberam cartão amarelo Eliandro, Willian e Gabriel, que entrou em substituição a Fusca. No time adversário, receberam cartão o goleiro Cristiano, Bruno, Alex, Renan, Leandro e Peter, praticamente todo o setor defensivo.

Uma infância com restrições

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Cíntia Abreu
Tubarão

Apesar de se ter vacinas que previnam as chamadas “doenças da infância”, é difícil quem não tenha contraído caxumba, rubéola ou catapora. Os pais de Nathã das Neves Cordova, 6 anos, não esperavam que de uma infecção ele seria impossibilitado de brincar livremente como qualquer outras criança de sua idade.

Há um ano e oito meses, Nathã teve catapora. E foi por conta disso que os pais, Clarkison de Oliveira e Cristini das Neves Cordova, descobriram que ele precisa de um transplante de medula óssea. “Ele teve uma hemorragia muito forte. Então, descobrimos que o problema era mais grave: um câncer na medula”, lamenta Clarkison.

A cada 15 dias, o menino vai a Florianópolis tratar a doença. Isto é um dos fatores que restringem as suas atividades. Como ele necessita de repouso integral, não pode, por exemplo, frequentar a escola. “A responsabilidade é muito grande. Nathã não pode sofrer nenhum tipo de corte no corpo. Caso contrário, pode ter uma grave hemorragia e vir até a morrer”, explica Clarkison.

O garoto passa os dias brincando com a irmã Sara, de 8 anos, que já realizou o exame de compatibilidade, porém, não poderá ser uma doadora de medula para o irmão. Enquanto isso, Nathã diverte-se com os seus desenhos coloridos. “Vocês podem vir aqui todos os dias, assim, apareço sempre no jornal”, declara o inocente Nathã, que praticamente não entende o motivo da campanha.

Apesar da infância diferente, os pais não perdem a esperança de conseguir um doador. “Tenho certeza que iremos conseguir. Por enquanto, só sinto por ele, que vê as outras crianças brincando normalmente e não pode correr, jogar futebol e divertir-se tanto quanto os outros”, lamenta Cristini, que abdicou da profissão para tomar conta do filho.

Como funciona o transplante
• A doação de medula funciona quase como a doação de sangue. A médica do Hemosc de Tubarão, Laurene de Abreu Viana, explica que o primeiro passo é ir ao centro de coleta, quem tem de 18 a 55 anos. “Aqui, fazemos um cadastro nacional, assim, o doador terá a chance de ajudar a todos”, esclarece a médica.

• São retirados cinco mililitros de sangue para a realização do exame de compatibilidade. Depois, se houver possibilidade de doação, a medula é retirada do osso da bacia. “Aspiramos o miolo, que é a medula. Não há dor, e é possível salvar vidas”, explica Laurene.

Ajude você também
Quem puder ajudar Nathã e outras pessoas que passam pelo mesmo problema devem dirigir-se à unidade coletora do Hemosc de Tubarão ou de qualquer cidade para realizar o exame de compatibilidade. Mais informações na unidade de Tubarão, pelo telefone 3621-2405.

Duplicação da BR-101: Qualidade da obra é contestada

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Zahyra Mattar
Tubarão

“Vão querer me apedrejar por dizer isso, mas, às vezes, penso que seria melhor a Triunfo sair do lote. Mesmo com a demora para contratação de uma nova empreiteira, acho que vai ser mais rápido do que esperar a Triunfo terminar a obra”. A afirmação do vereador tubaronense Edson Firmino (PDT), definitivamente, não é o que todos querem ouvir, mas faz pensar.

A demora em terminar partes que já deveriam estar prontas e iniciar outras coloca em xeque os prazos definidos pela própria Triunfo para o término do lote 26. A meta, conforme o Departamento Nacional de Infraestrutura em Transportes (Dnit) já proclamou, é finalizar tudo no próximo ano. A dúvida que todos têm é se isso realmente será possível.

Aos olhos leigos da maioria, a obra parece não andar. “O viaduto norte (Jucasa) tem previsão de término para setembro. Não acredito que acabe até lá. A passagem nem foi usada e já está cheia de rachaduras na pista. Tenho certeza que o Dnit faz o papel de fiscalizador, mas não me sinto seguro quanto à qualidade das obras da Triunfo”, expõe Firmino.

As rachaduras sobre a pista ficam exatamente na junção dos blocos de concreto. Conforme fontes de engenharia consultadas pelo Notisul, é preciso um vão entre os blocos por conta do calor e do frio. O concreto precisa “trabalhar”, caso contrário, aí sim tudo pode vir abaixo. “Também tenho esta informação, mas ainda assim questiono, especialmente pelo fato do local não ser utilizado ainda. Por que rachou?”, indaga o vereador.

Na localidade de Jardim São Cristóvão, as obras já poderiam ter iniciado há meses. No entanto, a Triunfo ainda não atacou o trecho. “Primeiro, eles diziam que a prefeitura tinha que fazer a tubulação. Isso foi feito há mais de um ano. E para quê? Para nada, porque até agora não terminaram o trecho”, reclama Firmino. Na Triunfo, ninguém é autorizado a responder os questionamentos.

Brasil Feudal – Brasília como Versalhes

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Alberto Vieira é português de nascimento, mas reside há anos no Brasil, em Tubarão. Casado com uma catarinense, ama nosso país, e o vê com aquele desapego necessário para enxergar as coisas com mais objetividade. Para Alberto, ainda há muito de feudalismo no Brasil democrático:

“Fabio, isso é algo que eu sempre observei no Brasil, especialmente depois de viver aqui por quase oito anos: formalmente, o regime é democrático, mas a cultura política é feudal. As relações de poder são feudais. A cultura política brasileira permaneceu, digamos, em 13 de julho de 1789, não deu o salto iluminista para o dia 15 de julho. O Iluminismo era a filosofia dos intelectuais revolucionários franceses, uma filosofia humanista moderníssima, pós-renascentista, que dava os cidadãos como iguais em direitos e deveres e almejava conceder a todos as mesmas oportunidades. A Revolução Norteamericana de 1776 foi baseada na Filosofia das Luzes. O próprio conceito de cidadão (“citoyen”, em francês) foi criado pelo Iluminismo político. Então, a gente pode observar muitos indícios, muito claros, de que o feudalismo não foi eliminado no Brasil, nem com a independência em 1822, nem mesmo em 1899 com a República. Ora, em todas as organizações humanas, o primado é sempre da relação informal. A relação formal, sempre que necessário, é ajustada pela informal através da legislação e dos tribunais.

Aqui funciona o “jeitinho” brasileiro. Por exemplo, Brasília apresenta-se algo como uma nova Versalhes ao melhor estilo de Luís 16º, com uma corte exageradamente numerosa, faustosa, frequentemente arrogante, que gasta muito mais do que o que ela produz de útil para o país, e que retira ao Brasil a qualidade de vida e o nível de instrução que ele poderia já ter há muito. Por exemplo, será que o senado vale 06 Bi ao ano? Qual o retorno real desse investimento? Se for investimento e com retorno visível, é bom, mas, se for apenas despesa, é um mau negócio. Mais ainda é essa mesma corte, vivendo luxuosamente e muito acima da média nacional, que mantém um consumo exagerado dos fundos públicos, que se fecha em si mesma e que fecha o sistema em si mesmo, cada vez se afundando mais em relações de clientela política, pouco importando o partido.

Não sou amigo de revoluções sangrentas ou do tipo dialético-marxista (a ditadura do proletariado é apenas uma outra ditadura de sinal contrário, mas continua sendo ditadura…), mas um dia vai ter que haver, de um outro jeito, do jeito brasileiro, uma “reevolução” nesse negócio todo. Acho que o negócio é saber fazer a “reevolução” sem cair na revolução. Nessa festa da grande reforma, haveria também um “jeitinho”, mas à brasileira mesmo, de um jeito gostoso, prazeroso, tornando o Brasil um lugar bem legal para todo o mundo. E não só para alguns. Abraço, Alberto Vieira”.

Presídio Regional de Tubarão: Obras civis começam no próximo mês

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Zahyra Mattar
Tubarão

Está previsto para agosto o lançamento da ordem de serviço para o início das obras civis do novo prédio do Presídio Regional de Tubarão. Após as construtoras participantes terem se embargado, cinco sobraram e disputam a licitação. Da região, há duas representantes: a Construtora Formigoni, de Tubarão, e a USS, de Braço do Norte. As outras três são de outras cidades – Nakajima Engenharia, do Vale do Itajaí, Bringueti Engenharia, de Florianópolis, e Construtab, de São José.

“Os envelopes com as propostas financeiras das cinco participantes serão abertos em dez dias. A ordem de serviço será lançada em seguida, provavelmente ainda na primeira quinzena de agosto”, confirma Wilson da Silva, o assessor do secretário estadual de segurança pública, Ronaldo Benedet.

A primeira etapa, de três, da obra está concluída desde maio. Trata-se da terraplanagem, feita pela Construtora Êxito, de Itajaí. Agora, serão feitas as obras de engenharia civil convencional, cujo prazo de conclusão de 360 dias a partir do início, e as de monoblocos de concreto de alta resistência (prazo de 210 dias para finalizar). As duas etapas serão feitas de forma simultânea.

Ao todo, o presídio custará aproximadamente R$ 8 milhões. Deste valor, cerca de R$ 6,8 milhões referem-se a estas duas últimas etapas. Segundo Wilson, a expectativa de inaugurar a nova instalação no primeiro semestre do próximo ano continua. No total, serão abertas 248 vagas no novo prédio.

O projeto
• Na parte inferior, ficará toda a estrutura dos presos: celas, dois quartos para visita íntima, banheiros para os familiares, salas de revista, depósito, ambulatório, sala para advogado e cozinha com pequeno refeitório para os detentos responsáveis pela comida.

• A parte superior abrange toda a estrutura administrativa, alojamento, banheiros e cozinha para os agentes prisionais. Os policiais militares que fazem a segurança do local também terão um alojamento, anexo ao prédio principal.

Novo golpe: Samu: mensagem sobre emergência é enganosa

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Amanda Menger
Tubarão

Todos os dias, a sua caixa de e-mail deve ficar lotada de mensagens com conteúdos duvidosos. Alguns parecem ser, em um primeiro momento legais, tais como pedidos de ajuda, de doação de sangue, de medula. E nesta esteira surgiu mais um golpe. Desta vez, ligado ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

A mensagem orienta as pessoas a incluírem em seus telefones celulares um contato com a inscrição “AA emergência” e o telefone de uma pessoa que possa ser contatada em caso de uma situação grave. “Isso não passa de um golpe. Não faz parte do nosso procedimento. Não enviamos e-mails para as pessoas. Além disso, quem faz o contato com a família do paciente é o hospital ao qual encaminhamos dependendo da situação”, explica o coordenador do Samu no sul do estado, Nehad Yusuf Nime.

O conteúdo do e-mail preocupa a gerente do Samu no estado, Cristina Pires. “Os profissionais do Samu estão preocupados com essa divulgação na internet, pois os números de telefone podem ser usados para algum golpe ou sequestro”, alerta a gerente.

Sabe o que os astros guardam para você hoje?

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Áries (21/03 a 19/04)
Passear, ler e conversar: o final de semana pede flexibilidade e contato, nativo de Áries. Favorece arejar a mente, percebendo as novas possibilidades de aprendizado e os relacionamentos que vão estimular isso.

Touro (20/04 a 20/05)
Desenvolva os talentos, usando com inteligência o que você possui, sejam habilidades ou recursos. Deste modo cria-se um campo favorável para o desenvolvimento material e para a valorização.

Gêmeos (21/05 a 21/06)
Lua, Vênus e Marte movimentam-se em seu signo, indicando uma segunda em que você se sente pleno de energia emocional e mental. A qualidade dos pensamentos é que determina a qualidade de vibração que emite para as pessoas.

Câncer (22/06 a 22/07)
Um dia para você refletir, concentrar forças e compreender as dinâmicas emocionais que regem o momento atual. Antigos pensamentos e sentimentos devem ser colocados sob uma nova perspectiva.

Leão (23/07 a 22/08)
Dia interessante para estar com os amigos, conversar, movimentar-se, aprendendo com as diferentes pessoas e situações que este momento evoca. Atividades sociais, culturais e intelectuais favorecidas.

Virgem (23/08 a 22/09)
Foco em conhecimentos, contatos e trabalho. Percepção dos temas que é preciso conversar e aprimorar para ter um melhor desenvolvimento profissional. Importância de situações que envolvem pessoas próximas, principalmente irmãos, sejam de sangue ou de alma.

Libra (23/09 a 22/10)
Dia com vários planetas em signos de elemento ar, favorecendo a comunicação, o pensamento e os contatos interpessoais. Momento importante para desenvolver os seus sonhos, sabendo que isso passa pela força que há nos pensamentos e crenças.

Escorpião (23/10 a 21/11)
Hora de resolver certas ambivalências que dificultam a renovação emocional, a entrega ao que há de mais profundo e essencial em você. Conversas podem tocar em pontos delicados. É importante manter a mente aberta.

Sagitário (22/11 a 21/12)
Vênus, Marte e Lua estão no signo de Gêmeos, ratificando a importância dos relacionamentos, do diálogo e da flexibilidade. Com cada pessoa que está em sua vida há um tipo de aprendizado.

Capricórnio (22/12 a 19/01)
Este dia favorece reflexões sobre o trabalho e a saúde, bem como leituras e conhecimentos que auxiliem a ter mais qualidade de vida. Desenvolvimento pessoal e profissional associado à capacidade de comunicação, ao uso da inteligência e aos contatos que estabelece.

Aquário (20/01 a 18/02)
Dia que convida a namorar, a passear, a curtir as coisas boas da vida, com leveza. Atividades intelectuais, criativas e culturais favorecidas, bem como viagens. Questões importantes envolvendo filhos ou crianças. Novos ares farão bem a você.

Peixes (19/02 a 20/03)
Questões emocionais estão em primeiro plano. Domingo em que terá de exercer a flexibilidade com os familiares. Tende a estar pensativo, refletindo sobre as emoções. Sente ambiguidade em relação a certos assuntos.

“O que existe são ‘picuinhas’ locais bobas”

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Zahyra Mattar
Tubarão

Notisul – Como surgiu a Unibave?
Reitor Celso
– Através da Fundação Educacional Barriga Verde, criada pelo município de Orleans, pela lei 528, do dia 31 de março de 1977. A fundação foi a primeira entidade criada na região da Encosta da Serra para fomentar o nosso crescimento. Sou suspeito para falar. Eu estava lá, fiz parte desta história, então tenho muito orgulho em falar neste assunto (risos). Se eu exagerar, chama a minha atenção (risos).

Notisul – Pode deixar (risos). Bom, Unibave é filhote da fundação. Mas o ensino superior já existia na região, antes da universidade?
Reitor Celso
– Não exatamente assim. A fundação foi pioneira da área de educação. Foram muitos trabalhos de qualificação profissional na região, coordenou as escolas municipais, cursos técnicos de contabilidade e secretariado, implantou o curso supletivo, desenvolveu o projeto de Escultura do Paredão, feito pelo artista Zé Diabo, e do Museu ao Ar Livre, implantou um curso de marcenaria e a Escola de Educação Básica Barriga Verde. Isso para citar alguns feitos. Por outro lado, a fundação já nasceu com o propósito de ter ensino superior. Houve inúmeras barreiras, amadurecemos e, em 1998, instalamos o primeiro curso universitário, de administração de empresas, que foi, por duas vezes consecutivas, conceito A no provão do Ministério da Educação e Ciência (MEC). Já estreamos na estratosfera. A qualidade no ensino sempre foi o principal foco. Tanto que o Centro Universitário ficou em primeiro lugar, no estado, na avaliação do Enade.

Notisul – E como o senhor tornou-se reitor?
Reitor Celso
– Bom, iniciei meu trabalho de educação com a fundação. Os projetos para a implantação do ensino superior foram feitos por mim. Tive apoio do professor Júlio Wiggers e da professora Ivete Lombardi. Foram duas pessoas importantíssimas na minha vida e neste processo. Após a instalação do primeiro curso, de administração, implantamos outros cursos e criamos o Centro de Educação Superior Barriga Verde (Febave) e somente depois desenvolvemos o projeto de criação do Centro Universitário Barriga Verde (Unibave). Hoje, são 15 cursos e mais alguns projetos em estudo para a região. O nosso propósito maior, no entanto, não é visar lucro, mesmo porque a instituição é de caráter comunitário-social, e sim formar nosso futuro. Crescer como município, como região, como pessoas.

Notisul – E o futuro da Unibave, como o senhor o vê?
Reitor Celso
– Brilhante. Queremos fomentar o desenvolvimento da região. Orleans está inserida em uma região muito rica, na Encosta da Serra. Somos o presente de casamento da Princesa Isabel e temos que ter orgulho disso. São terras férteis, com uma produção agrícola fantástica, um povo hospitaleiro e educado. Somos uma região de poder econômico bom. Por isso, queremos ser parceiros no desenvolvimento. Com o corredor da BR-101, ficamos isolados, esquecidos, e não conseguimos prosperar. Outro entrave para o nosso desenvolvimento foi a questão energética. Há três ou quatro anos, conseguimos, literalmente, nossa carta de alforria, porque foi implantada a subestação de Orleans. Hoje, temos boas estradas, energia elétrica de sobra e estamos prontos para o progresso, o merecido progresso. Este é o futuro da região e da Unibave.

Notisul – A Unibave está onde hoje?
Reitor Celso
– A sede é em Orleans, temos um campus em Cocal do Sul, onde implantamos o primeiro curso de engenharia cerâmica do Brasil, o segundo do mundo (só existia, até então, na cidade de Aveiro, em Portugal). Também implantamos, em Orleans, o terceiro curso do país em museologia. Acredito que a cultura é o caminho para o crescimento. Temos ainda um projeto de implantação de um curso na área agrícola em Braço do Norte. Este ainda está em fase de negociação. Igualmente, estamos em Imbituba e Gravatal, onde disponibilizamos o curso de administração nestas duas cidades. Nossa filosofia é formar empreendedores. Queremos que nossos formandos busquem o desenvolvimento, não apenas busquem o que está pronto. Nada de comodismo. O olho e o pensamento precisam estar focados no futuro. Não no hoje apenas. A cultura, no Brasil é mandar a criança para a escola para ela arrumar um bom emprego. Isto é errado e ruim. Temos que aprender que a escola não serve para isso, a escola prepara cidadãos, não empregados.

Notisul – Mas o senhor não acha que a escola, em certo ponto, é falha neste sentido porque a própria sociedade impõe ao educador um trabalho que não é dele, é da família?
Reitor Celso
– Sim e não. Existe um comodismo dos dois lados. O que critico e coloco é que a família não pode ser isenta na educação dos filhos, mas os professores não podem apenas ensinar o arroz com o feijão. É preciso incentivo dos dois lados. Precisamos ter outro pensamento em relação à educação. Prego que a escola precisa ir atrás dos pais, discutir qual o caminho para sua comunidade. Mas nem que tenha que bater de porta em porta. A mudança é possível.

Notisul – E esta ideia das cidades do Vale do Braço do Norte e da região dos municípios situados na Encosta da Serra de unirem-se em uma nova associação? De onde surgiu?
Reitor Celso
– Não foi de hoje. Isso eu garanto. Esta ideia nasceu quando o padre João Leonir Dal’Alba chegou em Orleans, por volta de 1970. Ele descobriu que tínhamos um tesouro: a região é o presente de casamento da Princesa Isabel. Eram terras nobres e que isso poderia ser algo extraordinário para o desenvolvimento do turismo. Ele também constatou que estávamos à sombra dos centros maiores, que eram Criciúma e Tubarão. Ele dizia para mim: “Como vocês não conseguem perceber que estão isolados e não vão prosperar nunca se não se organizarem?”. A partir daí, surgiu a vontade de criar uma instituição para amparar estas ideias e mexer com a região. Foi quando criamos a Fundação Barriga Verde.

Notisul – Certo, mas hoje querem desmembrar uma região já consolidada. Só a fundação já não bastava?
Reitor Celso
– A fundação cumpriu e cumpre seu papel, seu propósito de criação. Ainda na década de 70, discutíamos com os políticos da região a formação de uma entidade mais forte para o desenvolvimento regional. Cogitou-se, por exemplo, a criação da Associação do Vale da Banha. Na época, a região era grande produtora de banha de porco. Existiram vários nomes, várias tentativas. Teve a Associação dos Municípios do Patrimônio Dotal, a Associação dos Municípios do Presente de Casamento da Princesa Isabel e a Associação dos Municípios da Encosta da Serra Geral. Agora, chegou o momento. A ideia foi enfim amadurecida e poderá realmente sair do papel.

Notisul – E qual o papel da Unibave nesta discussão?
Reitor Celso
– Justamente discutir esta possibilidade. Este é nosso papel enquanto instituição de ensino e desenvolvimento. Quem vai formar (a futura associação) são os prefeitos. Espero que agora, realmente, os políticos estejam maduros para debater melhor esta ideia.

Notisul – O senhor é completamente favorável a este desmembramento?
Reitor Celso
– Mas não tenha dúvidas. Hoje, nós temos uma parte dos municípios voltados para Criciúma e o restante voltado para Tubarão. Isso não pode continuar assim. No fim, estamos uns de costas para os outros e continuamos à sombra do progresso. Estou feliz da vida, porque agora sou um cidadão que em breve poderei ter uma identidade própria. Serei um cidadão da região da Encosta da Serra de Santa Catarina.

Notisul – Quem formará a nova associação?
Reitor Celso
– Convidamos as lideranças políticas de Lauro Müller, Treviso, Bom Jardim da Serra, Urubici, Orleans, São Ludgero, Braço do Norte, Grão-Pará, Rio Fortuna, Pedras Grandes, Gravatal, São Martinho, Armazém e Santa Rosa de Lima. Destes 14 municípios, oito já decidiram que vão criar a associação: Lauro Müller, Treviso, Bom Jardim da Serra, Urubici, Orleans, São Ludgero, Grão-Pará e Gravatal. Isso não tem nenhuma conotação político-partidária, mas sim política de região.

Notisul – Não existe uma briga política por trás da formação desta associação?
Reitor Celso
– Afirmo e garanto. Eu, mais o prefeito de Orleans, Jacinto Redivo (DEM), e o presidente da câmara de vereadores de Orleans, Osvaldo Cruzetta (PP), saímos, os três, com uma carta-convite na mão e convidamos as 14 cidades para o debate. Não teve nenhum partido envolvido, nenhum deputado, senador. Nada. Foi algo que partiu dos prefeitos. Este debate, repito, iniciou na década de 70. O PMDB não tinha nem o P na frente ainda quando esta ideia foi lançada. Acabávamos de sair da ditadura. Não é um movimento político-partidário. É um movimento para organizar a política regional de desenvolvimento comum.

Notisul – Mas, ainda assim, o que parece é que há um desmembramento político e não apenas para fomentar desenvolvimento regional, como se prega.
Reitor Celso
– Tenho trânsito com todos os partidos políticos, converso com os deputados da Amurel, da Amrec, da Amesc. Nenhum deles manifestou-se contra. Veem isso como algo muito bom a ser feito. O que existe são “picuinhas” locais bobas. Acho que a Amurel e a Amrec deveriam dar a maior força para fortalecer a Encosta da Serra. A formação da associação é o fortalecimento da região sul. Os municípios que se unirão não têm nada a perder, somente a ganhar. É importante quando todos crescem, quando todos prosperam. Existem pessoas que acham que segurar o outro a ficar na pobreza é uma maneira dele mesmo ficar rico. É o contrário. Se todos forem ricos, eu também serei. É assim que funciona.

Notisul – O senhor acredita que é isso que ocorre na região?
Reitor Celso
– Se for, estão errados. Se for para ser assim, uma região crescer em detrimento da outra, temos que ir morar todos em uma região só. E aí não dá. As comunidades construíram-se uma longe da outra porque cada uma tinha algo importante para a outra. Estamos onde estamos por conta do carvão. Será que Tubarão teria prosperado se não existisse o carvão lá em cima (refere-se à região de Lauro Müller)? A ferrovia só passou por Tubarão porque na época a cidade já tinha um poder político mais forte. Também merecemos o progresso, ainda que tardio. Ninguém quer viver na pobreza.

Notisul – A formação da associação, então, pode-se dizer, é algo histórico?
Reitor Celso
– Quando os primeiros colonizadores chegaram à região, o que foi dito: derrubem as matas, queimem e plantem. Foi o que fizeram. Em 40 anos, não tinha mais o que derrubar. Então, eles foram para o oeste de Santa Catarina e do Paraná fazer o mesmo. Na década de 50, perdemos 30% da nossa população para o estado do Paraná, porque lá tinham terras novas para serem derrubadas, queimadas e plantadas. Em 1956, chegou à região a cultura do fumo, que ensinou técnicas para recuperar o solo, especialmente através do adubo orgânico. Olha a riqueza que se transformou toda esta região quando se aprendeu coisas novas. E é isso que ocorre agora: aprendemos coisas novas.

Notisul – Por todos os convidados serem cidades pequenas, será que a entidade pode não nascer tão forte como se imagina?
Reitor Celso
– Uma pergunta: a gente nasce forte ou fraco? Fraco, não é!? Nascemos e somente depois disto vamos aprendendo, conhecendo. A Febave, quando surgiu, tinha 30 funcionários, hoje são 300. Ninguém nasce grande. Nada se constrói do telhado. Será o nascimento de mais de 150 mil catarinenses, residentes nestes municípios convidados. Além disso, em vez de termos três regiões brigando pelo sul, teremos quatro fortes regiões na luta pelo desenvolvimento comum.

Notisul – O senhor falou que a região da Encosta da Serra teria uma nova identidade cultural com a formação da associação. E qual seria a identidade econômica?
Reitor Celso
– Acredito, ou melhor, ainda vejo a região forte na produção de alimentos. Mas também já começamos a despontar na indústria da madeira, do plástico. No futuro, vejo o turismo como a principal atividade. Temos atrativos e história para isso.

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