quarta-feira, 4 setembro , 2024
Início Site Página 9078

Suinocultura

0

Wagner da Silva
Braço do Norte

Uma comitiva de suinocultores, representantes de associações e sindicatos de Braço do Norte reuniram-se com o secretário estadual de agricultura, Antonio Ceron, em São Martinho, para solicitar maior empenho do governo em busca de uma saída para o momento desfavorável do setor na região. O Vale do Braço do Norte concentra 45% dos produtores independentes e é responsável por 18% da produção do estado.

Os altos e baixos que afetam o setor há mais de uma década não podem ser comparados com os problemas ocorridos no último ano. A situação é considerada a pior de todos os tempos. O reflexo disso é a diminuição no consumo, no preço e na produção dos suinocultores independentes, que passaram a optar pela integração às grandes agroindústrias.

Paralelamente, o equívoco de registrar influenza A como gripe suína gerou reflexos negativos e afetou ainda mais o consumo de carne. O preço do quilo, que já chegou a patamares acima dos R$ 3,00, hoje não passa de R$ 1,70. O prejuízo é de R$ 0,45 ao produtor.

Na tentativa de sensibilizar o estado para a situação caótica, o secretário de agricultura e meio ambiente da prefeitura de Braço do Norte e presidente regional da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Adir Engel, apresentou alguns produtos adquiridos em diversos mercados do estado. “O cidadão paga caro para consumir e o produtor paga mais ainda para trabalhar. Esta é a realidade hoje”, expôs.

Entre as reivindicações da categoria, está a interferência do governo para que seja taxado um preço mínimo do quilo do suíno retirado da granja. Reuniões com os principais frigoríficos do estado, associações dos supermercadistas e de produtores integram a pauta.

Secretário afirma que discussões
serão retomadas ainda neste mês

As reivindicações feitas pelos produtores rurais do Vale do Braço do Norte ao secretário estadual de agricultura, Antonio Ceron, serão levadas adiante. A promessa é do próprio secretário. Ele anunciou que na próxima semana, juntamente com uma comitiva da região, irá reunir-se na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para tentar aumentar o repasse e diminuir o preço do milho, o principal insumo utilizado pela categoria. Também na próxima semana, Ceron agendou um encontro com o Sindicarne para expor algumas observações.

“Não é o momento de procurar o confronto com as agroindústrias, e sim de levar ao conhecimento das empresas a realidade apresentada na região do Vale”, analisa o secretário. Ceron admite que o setor vive situação delicada, mas pondera que são as grandes empresas as responsáveis por ditar as leis de mercado. O secretário acredita que somente a busca de novos mercados podem alterar o curso da crise no setor.

Acidentes de trânsito: Número de casos diminui em Tubarão

0

Amanda Menger
Tubarão

O trânsito de Tubarão pode ser considerado um dos mais complicados do estado. Não é para menos, são mais de 62 mil veículos distribuídos por ruas estreitas e algumas pontes que ligam as duas margens do Rio Tubarão. Dados da Guarda Municipal apontam uma redução no número de acidentes com danos materiais no primeiro semestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado.
“Foram 422 acidentes em 2008 e, neste ano, 342, ou seja, 80 acidentes a menos, uma redução de 19%. Mesmo assim, o número ainda é alto, e pode ser reduzindo se os condutores obedecerem a sinalização e a legislação de trânsito”, afirma o diretor da GMT, Adailton do Livramento.

Um dos diferenciais do registro das ocorrências atendidas pela GMT é a localização dos pontos exatos. “Na rua Conselheiro Mafra (atrás da Catedral em direção ao Fórum), ocorrem vários acidentes, mas esta via tem diversos cruzamentos. O nosso sistema registrará o ponto em que ocorreu o caso para que possamos depois saber onde agir, desenvolver comandos de trânsito ou mesmo melhorar a sinalização, se for o caso”, observa Adailton. O sistema está em desenvolvimento e será finalizado nos próximos meses.
Além do atendimento aos acidentes, os guardas municipais atuam na fiscalização do trânsito. Entre as principais infrações cometidas pelos motoristas, está o desrespeito à parada obrigatória do sinal vermelho; dirigir falando ao telefone celular; estacionar em desacordo com a sinalização; não uso do cinto de segurança e do capacete com viseira ou óculos de proteção por parte dos motociclistas (confira no gráfico as penalidades previstas para estas infrações).

Principais infrações
• Avançar o sinal vermelho do semáforo: infração gravíssima (sete pontos) e multa de R$ 191,54.
• Não usar cinto de segurança (condutor e passageiros): infração grave (cinco pontos), multa de R$ 127,69 e retenção do veículo.
• Dirigir veículo utilizando-se de telefone celular: infração média (quatro pontos), multa de R$ 85,13.

• Motociclistas sem capacete com viseira ou óculos de proteção: infração gravíssima (sete pontos), multa de R$ 191,54 e suspensão da CNH.
• Estacionamento em desacordo com a sinalização: infração leve (três pontos), multa de R$ 53,20 e remoção.

Nova gripe:

0

Zahyra Mattar
Tubarão

Dois casos suspeitos de contaminação pelo vírus da nova gripe, o A (H1N1), na Amurel, foram descartados nesta sexta-feira. O primeiro trata-se do único caso registrado em São Ludgero, ainda em junho. Conforme os resultados dos exames, a pessoa não teve a influenza A e sim a gripe comum.

O outro caso trata-se do homem de 34 anos, de Tubarão, que está internado na UTI do Hospital Socimed desde o último fim de semana. Por conta da demora nos resultados feitos em laboratórios credenciados pelo Ministério da Saúde, a família optou pelo exame particular. A coleta foi feita pelo Laboratório Santa Catarina e o resultado levou apenas um dia para sair: negativo para a nova gripe.

Ele trabalha na cultura do arroz e não teve contato com ninguém com sintomas gripais. Apesar de ter apresentado uma melhora na sexta, o estado de saúde do tubaronense é grave. Ele tem pneumonia dupla e está entubado. Como as autoridades da saúde não “reconhecem” os exames feitos em clínicas e laboratórios particulares, o caso dele ainda é contabilizado entre os suspeitos de terem a nova influenza.

Ainda com o dois descartes, o número de casos suspeitos em Tubarão aumentou de 41 quinta para 43 sexta. Em Capivari, um novo caso suspeito foi diagnosticado. O paciente está internado na UTI do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), de Tubarão, onde outras duas pessoas também estão. Agora, 57 pessoas são suspeitas de terem os sintomas da nova gripe na Amurel. Três morreram. Desde o começo da pandemia, em maio, apenas um foi confirmado: em uma mulher de Tubarão.

“Neste momento, é impossível ajudar o aeroporto”

0

Amanda Menger
Laguna

Notisul – Como está a situação política em Laguna? O relacionamento entre o executivo e o legislativo?
Deivysonn
– Todos sabem, eu nunca neguei, que o prefeito Célio Antônio (PT) contribuiu para a minha eleição como presidente da câmara. Eu tive voto dos vereadores do PT e do PP, que faziam parte da coligação do prefeito. Fica evidente que eu tenho uma boa relação com o prefeito. Dentro do plenário, não sou nem oposição nem executivo. Eu procuro me manter imparcial, dando voz para que a oposição possa dar o seu ponto de vista e também priorizando as iniciativas do executivo.

Notisul – Como está a municipalização do porto?
Deivysonn
– A municipalização foi tema de muitos debates dentro da câmara de vereadores. Eu e o vereador Ronaldo Siqueira Kfouri – primeiro secretário da câmara -, a convite do prefeito Célio Antônio, estivemos em Itajaí, visitando o modelo deles, que é municipalizado. Para Itajaí, a municipalização foi muito boa. Mas a realidade deles é muito diferente de Laguna. Itajaí tem movimentação de contêiner, porto pesqueiro e porto privado com a movimentação de contêiner também. O nosso é só pesqueiro. Apesar da dinâmica ser a mesma, de municipalização, não dá para ter uma ideia ainda se será bom ou não. Fora isso, eu coloquei em uma sessão, até porque os vereadores estavam preocupados em municipalizar agora, que o processo todo em Itajaí levou oito anos. Esse não é um processo que ocorreu da noite para o dia. Tem uma série de coisas que precisa ser vista, como acordo com os sindicatos. Tem que respeitar a questão dos funcionários que lá estão, das empresas que já exploram os galpões. É uma questão muito complexa, tem que se respeitar os interesses e não passar por cima de ninguém.

Notisul – Há uma conotação política nessa municipalização? Chegou-se a dizer que o porto era cabide de emprego…
Deivysonn
– Eu não vejo o porto como um cabide de emprego. Tem quatro cargos comissionados, e acho isso normal. Um deles é o assessor jurídico, tem o administrador, o administrativo e o engenheiro. Seria anormal se tivéssemos lá 15, 20 cargos.

Notisul – Qual a importância do porto? Municipalizar pode melhorar a questão dos investimentos?
Deivysonn
– A grande sacada do nosso porto é a retificação dos molhes. Nos últimos anos, o governo federal investiu cerca de R$ 40 milhões. O projeto original previa um calado de nove metros. Para se ter uma ideia, há uns 15 dias, o deputado Edinho Bez (PMDB) ligou para o ministro de portos, Pedro Britto, para saber como estava o processo, a execução da obra, e ele disse: ‘Deputado, estamos só esperando as lideranças locais nos avisarem para irmos inaugurar a obra’. Aí eu perguntei: ‘Vamos inaugurar o quê?’. Nós acionamos o procurador da república em Tubarão, Celso Três, ele já se reuniu com três vereadores e nós combinamos que em meados de agosto faremos uma audiência nos moldes da que fizemos com a SC-100, a Interpraias. Vai interpelar todos os envolvidos, quem atestou o fim desta obra, porque previa nove metros de calado e hoje não tem 2,5 metros. Só para ter uma ideia, uma embarcação de fora, que não conhece a entrada da barra, não consegue entrar no porto. Está pior do que antes. Queremos entender como se gasta R$ 40 milhões e se deixa a coisa pior. Abrir a barra e fazer a retificação, é isso que salvará o porto. Porque você tem a possibilidade de receber embarcações maiores, e até os transatlânticos de turismo, claro que isso é preciso investimentos e trabalho. Colocaram o dinheiro e a situação ficou ainda pior. Celso Três já disse que fará contato com a Agência Nacional dos Transportes Aquáticos (Antaq), responsável pelo projeto, e assim localizar o engenheiro que disse que a obra estava pronta. A gente espera que o consórcio que fez a obra realmente deixe o calado com nove metros. Só assim vamos viabilizar o porto.

Notisul – Você falou da SC-100. Finalmente, o licenciamento foi autorizado pelo Instituto Chico Mendes. Agora, faltam as licenças com a Fatma. O que você pensa a respeito dessa discussão sobre a pavimentação não ser feita com asfalto, e sim com outros materiais, como lajotas, por exemplo?
Deivysonn
– Primeiro, eu queria enaltecer as lideranças comunitárias da região da Ilha. Eles é que iniciaram isso tudo, nós conseguimos fazer uma audiência pública na câmara, trouxemos vários deputados federais, estaduais, lideranças expressivas da região, e conseguimos envolver o Instituto Chico Mendes para liberar a licença. Eles ficaram com esta documentação por volta de dois anos e só depois que fizemos a audiência pública a questão ganhou ritmo. Com relação à Fatma, acredito que o processo seja rápido. Já mantive contato com a deputada Ada de Lucca (PMDB), com o deputado Genésio Goulart (PMDB) e com o deputado Edinho no sentido de marcar uma audiência com o governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB). Eu acho que tem que esquecer esse negócio da APA da Baleia Franca dar pitaco se é com paralelepípedo. Tem que ser asfalto. Na licença vinda do Instituto Chico Mendes, vem que “preferencialmente”, e não que “tem que ser”, que se use materiais que não causem impacto no meio ambiente. Então, o que tenho dito às lideranças é que esqueçam a APA e o Instituto Chico Mendes, o que eles tinham que fazer já fizeram. Agora, é seguir o processo. Conseguir as licenças da Fatma e já marcar uma audiência com o governador. Na última vez que ele esteve em Laguna, queriam fazer um movimento dizendo que não tinha dinheiro para a obra e LHS foi bem enfático: ‘Eu não estou brincando, eu tenho dinheiro para esta obra’. Eu penso que, tendo a licença da Fatma, temos que fazer uma audiência com o governador e solicitar que ele deflagre o processo licitatório.

Notisul – Outra mobilização que você tem se envolvido bastante é relativa ao Aeroporto Regional de Jaguaruna. Laguna ainda não faz parte do Consórcio Intermunicipal de Desapropriação. Os vereadores aprovarão a autorização de participação? O prefeito disse ao Notisul que já enviou o projeto para a câmara…
Deivysonn
– Às vezes, é preciso ter coragem de dizer a verdade. Primeiro, Laguna não assinou na época que foi feito o consórcio. O prefeito Adílcio Cadorin não assinou a participação. A gente entende que a obra é regional e que Laguna não pode ficar fora. O que ocorre é que nós temos dois vereadores radicalmente contra. Outros, e é o meu caso, acham que este não é o melhor momento. Nos seis primeiros meses, nós tivemos uma perda de arrecadação de R$ 1,45 milhões só com o Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Se isso continuar até o fim do ano, teremos perdido R$ 3 milhões. Estamos à beira de atrasar o salário de funcionário municipal. Aí eu pergunto: de onde nós vamos tirar o dinheiro para o consórcio? Na última reunião dos presidentes de câmaras, o presidente de Jaguaruna levantou a questão e meio que quis me cobrar essa situação. Eu sempre tenho colocado a situação do município. Estamos passando por um momento difícil. Além disso, o prefeito não mandou o projeto para a câmara. Ele só mandou o projeto na outra legislatura e foi rejeitado. Nesta, ele não mandou o projeto. Eu acredito que neste momento é impossível a nossa participação. O presidente da câmara de Jaguaruna chegou a sugerir que parcelássemos, aí eu disse que não adiantava parcelar e não pagar. Dê mais um tempo, deixe a situação melhorar, a prefeitura retomar este déficit que está tendo.

Notisul – Mas vocês não estão conseguindo manter as contas da câmara em dia? E as diárias terão redução, como chegou a ser sugerido?
Deivysonn
– A câmara tem o seu duodécimo, o seu repasse assegurado. Isso é uma lei federal. Apesar de que, nos últimos dois meses, a prefeitura, e isso é normal para a situação que vivemos, tem atrasado o repasse. Mas nós temos feito devoluções para contribuir com o hospital e a Apae, que perdeu um repasse federal de R$ 18 mil. Há 30 dias, acabou a reserva financeira que eles tinham para pagar os técnicos. Eles estão sem receber esse dinheiro desde janeiro porque mudou a sistemática do Ministério da Saúde. Esse dinheiro vinha do ministério para a secretaria estadual de saúde, em convênio com o município. A Apae emite todos os meses o relatório de despesas e eles usaram a reserva financeira de janeiro até agora para manter a casa em ordem. A câmara, em agosto, vai devolver alguma coisa para ajudar a Apae. Sobre as diárias, nós vamos discutir isso em agosto também. A câmara fez o recesso agora em julho e nós combinamos que, na reunião mensal, quando tratamos de assuntos pontuais como as obras de infraestrutura e porto, uma das questões a abordar é a das diárias. Só que tem que estar os dez vereadores. Porque tem dia que estão oito, nove vereadores. Eu quero que estejam os dez, para que todos discutam isso. É bom que se diga, esse valor não foi aprovado na minha presidência.

Notisul – Qual é o valor das diárias hoje?
Deivysonn
– Dentro do estado, R$ 320,00; e fora, R$ 720,00. Não temos motorista e nem carro à disposição da câmara. Outra coisa, não se dá diária de qualquer jeito. Quando há uma convocação, uma audiência com o governador, por exemplo, é natural emitir uma diária. Pede-se um parecer jurídico, tem dotação orçamentária, libera-se. No caso da Marcha dos Prefeitos a Brasília, eu não liberei nenhum vereador. Eu também não fui. Para fora do estado, não foi nenhuma este ano. Dentro, sim, para cursos, convocações. Um curso, por exemplo, precisa ser algo importante, que tenha embasamento. E tudo com parecer jurídico.

Notisul – E como vocês fazem o controle dessa questão dos cursos?
Deivysonn
– Primeiro, eu não tenho como sair de Laguna e ir fiscalizar o vereador. Isso fica na consciência de cada um. Eu não tenho esse mecanismo para ficar lá policiando. Todos os vereadores têm que apresentar o certificado, fazer um relatório e a prestação de contas. É bom frisar que eles só fazem o curso se tiver convocação, parecer jurídico e tiver dotação orçamentária. Outra coisa, no meu caso, a cada dois meses, eu participo do Conselho de Desenvolvimento Regional da secretaria regional de Laguna. A última vez foi em Paulo Lopes. Como presidente da câmara, eu tenho assento no conselho, eu pego uma diária para ir lá, é normal, eu perco o dia para ir lá representar Laguna. Cabe, é legal eu pegar uma diária. Tem parecer jurídico que assegura isso. Como eu comprovo isso, tem a lista de presença, a ata que eu assino e ainda faço um relatório com o que foi tratado na reunião.

Notisul – E como está o seu relacionamento com o secretário Mauro Candemil (PMDB) e com o governo do estado?
Deivysonn
– Falando de Laguna e na pessoa do governador, a relação é boa. O governador tem sido muito generoso com Laguna, que deu a ele a quarta ou a quinta melhor performance eleitoral no primeiro e segundo turno de 2006. Nós tivemos o asfaltamento da comunidade de Santiago até Pescaria Brava, estão calçando de Pescaria Brava até Siqueiro. O ginásio de esportes Bertoldo Werner está em reformas e será reequipado. Praticamente todas as escolas foram reformadas. Temos apoio incondicional do governo em A República em Laguna e Carnaval. Na questão da SC-100, não tenho dúvidas que o governo irá ajudar. Temos agora o Ferryboat, o lado de Laguna, que já está pronto, falta finalizar o lado de Imaruí, e isso está em vias de ocorrer. Na área da segurança pública, deve ser inaugurado um posto da Polícia Militar no Farol de Santa Marta, novinho, equipado, e receberemos três viaturas novas em agosto. O IGP também foi conquista do município, que não depende mais de Tubarão. Funcionou meio capenga até dois meses atrás, mas agora tem médico exclusivo do IML de Laguna.

Notisul – Laguna foi um dos municípios que mais sentiu a crise econômica no aspecto da geração de empregos. O que é possível fazer para reverter esse quadro e de que forma a câmara de vereadores pode auxiliar?
Deivysonn
– A carcinicultura estava em pleno desenvolvimento há uns três, quatro anos e gerava, entre diretos e indiretos, em torno de 1,5 mil empregos. Aí todo mundo sabe, veio a mancha branca e afetou a economia do município, porque estes empregos deixaram de existir, além do dinheiro que circulava na cidade e também do que foi investido nesta atividade. E hoje, se a prefeitura vai mal, o comércio também sente isso. Sábado, eu participei de um programa de rádio e disse que via com muito otimismo o futuro. Um dos motivos: a ponte da travessia do canal de Laranjeiras, na BR-101. O orçamento é de R$ 400 milhões e só de ISS para a prefeitura renderá em torno de R$ 20 milhões, fora os empregos que irá gerar. Segundo, a duplicação da 101, quando estiver pronta, possibilitará novos investimentos. E terceiro, na câmara, nós aprovamos a lei fundiária que autoriza o prefeito a leiloar as terras que foram dadas em pagamento, porque alguns grupos deviam muito para a prefeitura e, em vez de pagar com dinheiro, deram terras, e autorizamos o prefeito a vender esses lotes para sanear as contas da prefeitura. Isso tudo fará com que a economia gire e impacte na questão do emprego, na qualidade de vida. Essas iniciativas me deixam otimistas. Estamos passando por um momento difícil, mas vejo que até o fim do ano tem muita coisa para ocorrer. Tem tudo para melhorar e Laguna voltar a crescer e recuperar os empregos perdidos.

Notisul – Sobre o Hospital Regional da Amurel, você é favorável à construção?
Deivysonn
– É bom explicar como surgiu essa conversa do Hospital Regional. Nós tivemos a primeira reunião dos presidentes de câmaras em Tubarão, organizada pelo presidente da câmara de Tubarão, João Fernandes (PSDB). Nós não sabíamos qual era a pauta da reunião. Umas duas semanas antes, eu conversei por telefone com João e com o presidente da câmara de Imbituba, Christiano Lopes (DEM), e decidimos nos reunir, para discutir os problemas de cada município. Fomos pegos de surpresa aqui quando João levantou a questão do hospital. Eu não entendo de saúde, apenas escutei. Em Imbituba, o presidente da câmara de Braço do Norte levou a administradora do Hospital Santa Teresinha e eles fizeram as suas colocações e mostraram qual era a real necessidade da saúde na região. Na visão deles, o que é preciso é reequipar e recuperar os hospitais municipais. Em Laguna, na terceira reunião, nós convidamos o pessoal do hospital Senhor Bom Jesus dos Passos, e eles comungam do mesmo pensamento, e eu, como lagunense, não posso ser contra o sentimento do povo, que é de reaparelhar e recuperar as finanças do hospital local. Esse Hospital Regional, se não me engano, irá demandar um investimento de R$ 60 milhões para fazer e aparelhar. Com 5% disso, nós sanamos o problema do déficit financeiro do hospital de Laguna e ainda reequipamos e damos saúde financeira. Com 15% deste valor, nós acertamos a vida do hospital de Laguna, Imbituba, Imaruí e Braço do Norte. Não é uma visão contra a iniciativa do João, mas é o meu ponto de vista, e nós vivemos em uma democracia. Eu respeito a posição e a iniciativa dele. Mas o sentimento do povo de Laguna é de sanear, melhorar e reaparelhar o nosso hospital.

Notisul – A respeito da entrada dos vereadores na Amurel, como estão as discussões?
Deivysonn
– Nós tivemos um almoço em Laguna. Participamos eu, João, Cristiano, mais os presidentes das câmaras de Capivari, Jaguaruna, Rio Fortuna. Os presidentes de Armazém e de Imaruí me ligaram e deram pleno apoio ao que decidíssemos. A ideia do prefeito de Imbituba e presidente da Amurel, José Roberto Martins (PSDB), o Beto, é que nós participássemos e tivéssemos direito a voto apenas quando o prefeito não estiver presente. Se é para contribuirmos e justificar a participação das câmaras financeiramente, eu não acho justo. Nós combinamos que vamos deixar os prefeitos reunirem-se para deliberar sobre a nossa entrada ou não na Amurel, e depois nós vamos reivindicar o direito a voto e aí vamos discutir a proposta financeira e a contrapartida da Amurel.

Notisul – Pescaria Brava tem condições de se emancipar de Laguna?
Deivysonn
– Tem e vou explicar por quê. Tem muitas pessoas que pensam como o município irá sobreviver. O FPM é feito em cima do número de habitantes e Pescaria emancipada teria em torno de 14 mil habitantes. Ficaríamos em 1.8 ou 2.0 e isso daria em torno de R$ 400 mil. Fora isso, teria algo de ICMS, algum incremento de IPTU e ISS. Hoje, nas 14 comunidades que a Pescaria tem, a prefeitura não investe R$ 100 mil. Eu pergunto: passar de R$ 100 mil para R$ 700 mil é bom ou não? E tem outra, é bom também para Laguna. O município perderá em torno de R$ 70 mil de arrecadação, mas não precisará se preocupar com 120 quilômetros de área. E Pescaria passará a ter o seus próprios recursos, que já serão bem maiores do que recebe hoje. Se o município tiver um bom administrador, a região poderá crescer.

Hercílio Luz: Novo técnico já comanda coletivo hoje

0

Priscila Loch
Tubarão

O time do Hercílio Luz recebe o novo treinador hoje à tarde do jeitinho que ele quer. Mesmo antes de chegar a Tubarão, Arnaldo Lira repassou por telefone as instruções: organizar a equipe no esquema 4-4-2 – o ex-técnico Grizzo vinha utilizando o 4-6-1.

Lira chega em Florianópolis por volta das 11 horas e segue logo para o Estádio Anibal Costa, onde já comanda um coletivo às 15 horas. A sua viagem estava prevista para ontem, mas foi adiada por conta da passagem aérea.
Desde quarta-feira, o interino Eduardo Porton, técnico das categorias de base, comanda o Leão conforme as orientações de Lira, seu técnico no passado. “Pelo que conheço dele, já chega com tudo. É um profissional espetacular, sem frescura, que dá sempre o seu melhor”, enaltece o supervisor de futebol do Leão do Sul, André Mattos Barcelos.

Para o jogo deste domingo, contra o Camboriú, pela Divisão Especial do Campeonato Catarinense, o técnico pode ter dois desfalques e a volta de um jogador. O volante Wilson, até então machucado, treinou ontem e sofreu uma outra lesão, também na coxa direita, e é dúvida.
O volante Alessandro não joga depois de receber o terceiro cartão amarelo. Em contrapartida, o zagueiro Willian retorna, após cumprir suspensão. O jogo será às 15h30min, no Estádio Roberto Santos Garcia, em Camboriú.

Formação da Amesg será discutida hoje em reunião

0

Zahyra Mattar
Orleans

Há alguns dias, o presidente da Amurel, o prefeito de Imbituba José Roberto Martins (PSDB), disse que o Centro Universitário Barriga Verde (Unibave), de Orleans, deveria fomentar a discussão do desmembramento de algumas cidades da associação para a formação de uma nova entidade primeiramente junto à diretoria da Amurel.

Hoje é que isto ocorrerá. Beto e o reitor da Unibave, Celso de Oliveira Souza, reúnem-se em Orleans para debater esta decisão tida pelo presidente da Amurel como precipitada e desnecessária. “Avalio que eles (os prefeitos que querem sair) precisam discutir melhor esta decisão. Esta divisão não resolverá os problemas dos municípios da Encosta da Serra”, considera Beto.

O presidente da associação diz ainda que é prejudicial a divisão da Amurel, especialmente para as cidades que já anunciaram o desligamento para a formação da Associação dos Municípios da Encosta da Serra Geral (Amesg). Entre eles, estão: São Ludgero, Pedras Grandes, Gravatal, Grão-Pará, Santa Rosa de Lima e Armazém. “Com uma divisão, todos perdem. Mas, se é assim que querem, que façam. Não podemos impedi-los”, minimiza Beto.

Dois postos de combustíveis são interditados

0

Tubarão

Em uma operação realizada pelo Ministério Público Estadual, Agência Nacional do Petróleo e Polícia Federal (PF), foram interditados dois postos de combustíveis em Tubarão. O trabalho de fiscalização foi realizado terça e quarta-feira.

A PF não confirmou os motivos das interdições e nem se há relação com a Operação Gaia, realizada pelo MPE em parceria com a Fatma e a Polícia Civil. O Notisul tentou contato com o promotor de defesa do meio ambiente e do consumidor, Sandro de Araújo, porém, ele está de férias. A promotora substituta, Fernanda Broering Dutra, que atua em Armazém, não foi localizada.

Desde que a Operação Gaia teve início, outros sete postos foram interditados devido à contaminação do solo com produtos químicos. Todos já voltaram a funcionar com mandados de segurança. Há 15 dias, o governador Luiz Henrique da Silveira anulou todas as licenças ambientais para o funcionamento de postos com base em laudos emitidos por uma empresa de São José, suspeita de emitir documentos falsos. Os donos de postos terão mais 15 dias para providenciar uma nova licença ambiental. O prazo poderá ser estendido por até 90 dias.

Proteção dos molhes: Técnicos poderão atestar o fim das obras

0

Amanda Menger
Laguna

Uma das obras do governo federal mais esperadas em Laguna é a extensão dos molhes sul. Os trabalhos duraram cerca de nove anos e foram investidos R$ 40 milhões. Como o Notisul adiantou com exclusividade, o Ministério Público Federal deverá ajuizar uma ação civil pública, pois, segundo o procurador da república em Tubarão, Celso Antônio Três, o calado da abertura da barra deveria ter nove metros e há dias que não tem 2,5 metros.

Para o administrador do porto de Laguna, Valter Tavares, é importante diferenciar as obras do porto das obras nos molhes. “As obras do porto foram concluídas em 2005, inauguradas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e são relativas ao terminal pesqueiro. Hoje, as obras do porto são relativas ao zoneamento urbano. Já as obras dos molhes, são relativas à extensão e à retificação da parte sul e isso é gerenciado por outros órgãos do governo federal, mas afetam o trabalho no porto”, explica Tavares.

Uma comitiva formada por técnicos do Instituto Nacional de Hidrografia e Portos (INHP) e da secretaria nacional de portos poderá vir a Laguna para vistoriar a obra dos molhes. “Queremos criar um canal que possibilite a vinda deles para atestar o fim da obra e também solicitarmos a dragagem da barra. O estudo de impacto ambiental (EIA/Rima) feito entre 1996 e 1999 prevê, após a retificação a dragagem, mas isso é outra obra, e não adianta apenas dragar a boca da barra, e sim todo o Rio Tubarão, já que ele deságua na Lagoa Santo Antônio dos Anjos”, observa o administrador do porto.

Segundo Tavares, o calado sofre variações bruscas de um dia para o outro. “No canal de acesso, varia de sete a nove metros; na bacia de evolução de 3,70 metros a cinco e na barra de três a seis metros. O ideal é que na boca da barra tenhamos nove metros, porque assim barcos maiores, de pesca oceânica, poderão chegar ao porto”, diz o administrador.

Diagnóstico da pesca
será feito na região

Zahyra Mattar
Laguna

Os problemas e as reinvindicações da comunidade pesqueira entre Paulo Lopes e Jaguaruna serão levantados e formarão o primeiro diagnóstico técnico do setor na região. A formulação do documento será feita em parceria com as colônias e sindicatos da categoria. O trabalho começa ainda neste ano e faz parte da política de desenvolvimento territorial de aquicultura e pesca do Ministério de Aquicultura e Pesca.

Atualmente, os principais problemas da categoria – e também um dos motivos para as duas últimas safras do camarão terem sido péssimas – é a poluição da água do complexo lagunar, o aterro da Lagoa da Cabeçuda, o estrangulamento da barra em Laguna e o assoreamento de todo o complexo.

Após este diagnóstico, serão desenvolvidos projetos específicos para o setor na região. Hoje, na primeira oficina territorial sul catarinense, cujo evento ocorre em Laguna desde ontem, haverá a formação de um colegiado. O grupo ficará responsável por discutir as demanda e necessidades dos pescadores, independente do segmento (industrial, artesanal ou carnicicultura).

O representante do Ceade na região sul, Alfredo Sonza, explica que o diagnóstico e os futuros projetos são uma tentativa de trazer desenvolvimento territorial sustentável aos profissionais do setor. “Não são ações pontuais e específicas, e sim para todos. Contemplarão toda a cadeia, desde a produção até o consumo”, destaca.

A ação do colegiado será permanente para que realmente haja fortalecimento do setor. “A intenção do ministério é formar políticas de estado e não de governo. Isto é importante porque garante a continuidade dos trabalhos, mesmo com a mudança de governo”, indica o assessor técnico do Ministério da Pesca e coordenador do programa de territórios da pesca, Círio Vandresen.

A República em Laguna: Dez mil pessoas já viram o espetáculo

0

Laguna

Desde a primeira a noite de A República em Laguna, na última semana, inúmeros grupos de turistas prestigiaram a apresentação ao ar livre. Caravanas de Florianópolis, Meleiro, Anitápolis, Camboriú, Porto Alegre, Orleans e Criciúma, entre outros, visitaram Laguna para ver de perto o espetáculo que remonta a instalação da República Juliana no Brasil e ainda a história de amor dos dois personagem centrais desta saga catarinense: Anita e Guiuseppe Garibaldi.

No primeiro fim de semana do show, mais de dez mil pessoas passaram pela arena de espetáculo. A previsão é que este domingo, último dia da encenação, feche com um público de 18 a 20 mil pessoas no total. As caravanas que vêm de longe lotam os hotéis da cidade. Para este fim de semana, por exemplo, quase 100% dos leitos estão reservados.

Em pouco mais de duas horas, o espetáculo relembra a história de amor e heroísmo do casal revolucionário Giuseppe e Anita Garibaldi, interpretado pelos atores globais Erik Marmo e Juliana Knust, respectivamente. Na arena, montada às margens da Lagoa Santo Antônio dos Anjos, mais de 500 atores remontam parte da história brasileira.
O roteiro do espetáculo é baseado na peça De Aninha a Anita, escrita pelo teatrólogo Jairo Barcelos, fundamentada na obra Anita Garibaldi: o perfil de uma heroína brasileira, do historiador e escritor Wolfgang Ludwig Rau.

Os ingressos são vendidos no Museu Anita Garibaldi, Casa de Anita, Lojas Mormaii, Lojas Renner (Tubarão) e primeiro andar do Centro Administrativo Tordesilhas. Amanhã e domingo, o ingresso antecipado pode ser encontrado na bilheteria do evento, até as 17 horas. Os preços são R$ 20,00 na bilheteria, R$ 15,00 antecipado e R$ 10,00 para estudantes e pessoas acima dos 60 anos.

Área Azul: Carga e descarga pode ter mudanças

0

Amanda Menger
Tubarão

O setor de engenharia da secretaria de segurança e trânsito da prefeitura estudará mudanças nas vagas de carga e descarga no centro de Tubarão. A intenção é criar novas vagas para veículo menores, para utilitários de dois ou três toneladas. Hoje, as áreas destinadas permitem apenas o estacionamento de veículos entre dois e meio e cinco toneladas.

O objetivo é resolver problemas como o enfrentado por Marcia Rocha. Terça-feira, ela, que trabalha com persianas, cortinas e decoração, foi entregar um produto para um cliente e deixou o carro, um Ford EcoSport, em uma vaga de carga e descarga, na rua Padre Bernardo Freuser, em frente à Escola Técnica de Comércio de Tubarão (ETCT). “Eu tinha créditos no botton e deixei o carro. Fiquei cinco minutos fora e, quando voltei, tinha uma notificação da Área Azul. A justificativa é que o meu carro não poderia estar estacionado naquela vaga. Porém, a documentação do carro diz que ele é um utilitário. Mesmo assim, no escritório da Área Azul, disseram que a orientadora estava correta”, reclama Marcia.

Em contato com a Área Azul, a explicação é que a lei municipal permite apenas o estacionamento de veículos entre 2,5 e cinco toneladas. “Como a Área Azul é um estacionamento regulamentado, o que vale é a lei municipal, e não há vagas para veículos menores. Como esse questionamento não tinha sido feito ainda, não tínhamos nos dado conta da necessidade de criar outras vagas, vamos estudar em que pontos elas poderão ser criadas”, compromete-se o secretário de segurança e trânsito, João Batista de Andrade.

Verified by MonsterInsights