quarta-feira, 26 junho , 2024
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Sem saber ler e escrever, mulher abre escola para crianças carentes

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Sem saber ler e escrever, mulher abre escola para crianças carentes
Foto: Reprodução

Mesmo sem saber ler e escrever, a Adeilda da Silva, Tia Boneca como é conhecida, encontrou uma forma de ajudar na alfabetização de crianças da comunidade Tiago Neris, em Mangabeira, João Pessoa.

Tia Boneca abriu uma escolinha, que hoje atende quase 70 crianças com atividades educativas e culturais. A Casa Escolinha da Dona Boneca começou a funcionar há quase sete anos. Na época, atendia cerca de 25 crianças, com brincadeiras e alimentação básica. Hoje, 68 crianças frequentam a pequena instituição, que já oferece aulas de reforço dadas por voluntários.

As crianças, que têm entre 5 e 13 anos de idade, frequentam a escola regular e, nos contraturnos vão para a escolinha cumprirem as demais atividades.

“Já recebemos muito mais alunos, mas hoje temos quase 70. Alguns são de outros colégios, vão estudar na parte da manhã e ficam na escolinha à tarde. Outros estudam de tarde e ficam na escolinha de manhã, se alimentam e tomam banho pra ir pro colégio. Eles têm tudo que a gente pode oferecer”, explica.

 

Apoio aos mais velhos
Além de dar apoio para as crianças, a escolinha da Tia Boneca também abre as portas para os mais velhos.

No turno da noite, o espaço recebe uma professora da Rede Municipal de Ensino para dar aulas pelo programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA). E uma das alunas dessa turma é a própria Tia Boneca.

Após um ano com a escolinha fechada, devido aos bloqueios da pandemia, Tia Boneca comemora o retorno das atividades e das aulas do EJA.

Ela começou a estudar também
Ela aproveitou também para compartilhar a primeira grande conquista: aprendeu a escrever o nome completo. Agora, pode compartilhar com as crianças as letras em comum, e dar início ao processo de ajuda pedagógica que tanto sonhou.

“Acredito que a educação pode mudar o mundo. Antes os adultos atendidos no EJA aqui na escolinha não sabiam escrever nem um ‘o’, e hoje já sabem muita coisa. É a coisa mais linda ver todos eles estudando, ver as crianças podendo brincar… É uma satisfação”, finaliza.

Com informações de Jornal de Mato Grosso via Só Notícia Boa

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