Wagner da Silva
Braço do Norte
Os profissionais da escola de educação básica Annes Gualberto, de Braço do Norte, enfrentam dificuldades para desenvolver os trabalhos. Isso porque a equipe reivindica a divisão de turmas superlotadas.
A direção da escola fez o pedido antes do início das aulas e ainda não obteve resposta da gerente de educação da secretaria de desenvolvimento regional em Braço do Norte, Catea Alberton.
Algumas salas, segundo a orientadora pedagógica Rosangela Monteiro Simiano, chegam a ter cerca de 40 alunos, quando o permitido pela lei é de, no máximo, 25.
A superlotação traz problemas para a escola. Com o excesso de alunos o ensino é prejudicado, ainda mais em períodos de calor. A voz, que é um dos principais instrumentos de trabalho dos educadores, é afetada e motiva o afastamento para tratamento de saúde.
A escola conta com 20 salas de aula, mas apenas 16 são utilizadas. “Não há condições de orientar dentro de sala. É desumano. A alternativa é levar os alunos para uma área maior, o que tira a atenção dos estudantes”, relata o professor Renato Wisbeck.
Os alunos reconhecem o problema. A aluna Thais Vieira Ribeiro, 12 anos, afirma que há pouca ventilação. “A impressão é que estamos sufocados. A temperatura alta é minimizada por dois ventiladores, mas é uma turma grande e eles não dão conta, fica muito quente”, explica. Para a estudante Thaiá Soares, 11, além do calor, o barulho também atrapalha. “A gente fica sufocado com o calor e o barulho faz com que a professora não seja ouvida. Isso é muito ruim para nossa educação”, enfatiza.