Resiliência – uma competência básica

Não é de hoje que a palavra “resiliência” aparace como um dos pré-requisitos necessários para todos os profissionais. Contudo, agora mais do que nunca ela passa a ser um grande diferencial profissional.

Mas afinal, o que é resiliência? Pela definição da física é a capacidade que alguns corpos apresentam de retornar à forma original após terem sido submetidos a uma deformação elástica. Já em relação ao profissional resiliente, é aquele que consegue lidar com problemas inesperados, se adaptar à mudanças, resistir à pressão e ao stress, e ao final disso tudo “sobrevive” e esta pronto para o próximo desafio.

 

Mas porque resiliência?

É desnecessário repetir que o mundo está mudando, pois isso sempre ocorreu desde o início dos tempos. Mas, é fundamental chamar atenção para a velocidade destas mudanças. No início da história da humanidade por volta de 3,6 milhões de anos, qualquer mudança simples levava milhões de anos.

Analogamente numa história mais recente, como por exemplo no início da domesticação dos animais, foram mais alguns milênios. Ou seja, passava-se gerações inteiras sem que percebessem um mínimo de alteração no seu modo de vida.

As coisas aconteciam tão lentamente que praticamente era impossível percebê-las. Já no século passado (século XX), muitos dos nossos avôs e bisavôs exerceram uma ou no máximo duas profissões ao longo de toda sua vida.

Enquanto que a nossa geração, está presenciando mudanças tão abruptas que muitas vezes necessitam somente de algumas semanas. Como por exemplo, as causadas pela pandemia nos últimos meses. Mudanças de profissões, de cidade, de famílias, etc, quando se dão conta, já estão “em outra”.

Dentre essas transformações abruptas que estamos vivendo, podemos citar o home office (ou teletrabalho), homeschooling, ensino EaD, e-commerce, delivery, entre outras.

Você pode estar pensando agora, mas isso tudo não é novo, já existem há algum tempo. Sim, isso é verdade. Já existem e eram adotadas em praticamente todos os países, contudo, em uma parcela muito pequena da população. Acontece que a adoção dessas práticas foram maiores num intervalo de poucas semanas do que tudo que já tinha se presenciado nas últimas décadas.  E certamente se não fosse pandemia ainda levariam mais algumas décadas para atingirmos o nível que estamos hoje.

E é exatamente ai que entra a resiliência, pois o profissional é obrigado a se adaptar e se “conformar” às novas realidades em questão de dias, sem tempo para acomodações sutis e pouco perceptíveis. Todos precisamos mudar sempre, mas se estas forem em velocidade menor, as dores sentidas também serão menores. Mas na velocidade insana que vivemos, sentiremos muito mais.

 

E o Futuro?

A boa notícia é que o mundo sairá muito melhor deste momento. A notícia “realista” é que a velocidade das mudanças que presenciaremos hoje, no pós pandemia, não devem diminuir aos níveis pré-pandemia. Ou para os mais nostálgicos, para níveis pré-século XXI.

Quanto a necessidade de equilíbrio mental e familiar, não vou me atrever a fazê-los, deixarei para os especialistas. Mas seja como for, mais uma vez se faz necessário destacar a importância da educação. A geração dos trabalhadores que estão na ativa hoje devem estar preparados para mudar de profissão (sem necessariamente mudar de emprego) muitas vezes ao longo da sua via profissional. E a adaptação para os novos desafios que inevitavelmente virão, somente serão alcançados com muita resiliência e preparação (estudo contínuo).

E você, já “calçou seus tênis” para acompanhar nosso novo mundo?