Rede estadual: Políticos apóiam greve dos professores

Amanda Menger
Tubarão

O governo estadual entrou, na última semana, com uma ação para considerar a greve realizada pelos professores ilegal. A justificativa apresentada é a baixa adesão da categoria. Segundo dados da secretaria estadual de educação do estado, o índice está em torno de 4%. O percentual teria sido reduzido nas regionais de Araranguá, Chapecó, Florianópolis, Ituporanga, Mafra, São Miguel do Oeste e Tubarão. O levantamento da secretaria aponta que apenas em Criciúma houve aumento do número de professores paralisados.

Neste fim de semana, a senadora Ideli Salvatti (PT) divulgou uma nota oficial, na qual apresenta seu apoio ao movimento. A senadora afirma que é lamentável a atitude do governo. “É muito grave e merece investigação à denúncia do comando de greve dos professores, de uso da força policial do estado para intimidar o legítimo e legal movimento do magistério estadual. A solução para o conflito não passa pela repressão, mas pelo diálogo”, declara.

Por meio da nota, a senadora fez ainda um apelo ao governador do estado, Luiz Henrique da Silveira (PMDB). “Por isso, reforço publicamente apelo já feito diretamente ao governador, no sentido de estabelecer uma imediata negociação com o Sindicato dos Trabalhadores da Educação Estadual (Sinte)”, garante.

Para a coordenadora regional do Sinte, Maria Aparecida de Farias, a Quinha, o movimento não será considerado ilegal. “O sindicato faz greve desde 1980 e isso nunca foi cogitado”, afirma com convicção.