Rebanho bovino gaúcho sofre com falta de alimentos após tragédia das cheias

FAESC Divulgação Notisul Digital

A tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul não afetou apenas pessoas, mas também os animais. O rebanho bovino gaúcho, composto por mais de 11,9 milhões de cabeças, começa a sofrer com a falta de alimento devido à destruição das pastagens e instalações rurais pelas chuvas. A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC) mobilizou os Sindicatos Rurais para enviar dezenas de carretas com feno e pré-secado para nutrir o rebanho.

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Mobilização para ajudar os animais

A coordenação da campanha está a cargo do presidente da FAESC, José Zeferino Pedrozo. Ele destaca a importância da ação para impedir a mortandade dos animais.

  • Sindicatos aportaram R$ 183,4 mil para pagamento do frete
  • Conteúdo de alimentação obtido junto aos doadores catarinenses
  • Caminhões disponibilizados por empresários parceiros
  • Supervisores e técnicos de campo do programa ATeG estão engajados

Distribuição das doações

A distribuição das doações recebidas pela FAESC segue as orientações da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul (FARSUL), que acompanha de perto a situação dos produtores rurais e indica as áreas de maior necessidade.

Já foram enviadas duas carretas com fardos de pré-secado para o município de Lajeado, um dos mais afetados pelas cheias.

Engajamento necessário e contínuo

José Zeferino Pedrozo, presidente da FAESC, alerta que as ações para levar alimento ao rebanho do Rio Grande do Sul não podem ser episódicas, mas devem se manter por certo período devido à gravidade da situação.

“Temos que ter consciência que as ações para levar alimento ao rebanho bovino do Rio Grande do Sul não podem ser episódicas, mas devem se manter por certo período porque a situação não vai se resolver rapidamente”, alerta Pedrozo. “Temos que pensar em ações viáveis e, principalmente, sustentáveis com o engajamento de todos”, recomenda.

Do oeste catarinense, já foram enviadas 40 cargas com feno, pré-secado, medicamentos, sementes de aveia e azevém. A ação envolve o apoio de produtores, transportadores, agropecuaristas, empresas e particulares, além dos Sindicatos Rurais e FAESC. Foram mais de 1.500 bolas de pré-secado e 2.000 bolas e fardos de feno. A maior parte do transporte foi gratuito.

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Solidariedade com alimentos de consumo imediato

Na semana passada, a FAESC enviou uma carreta carregada de leite longa vida e ainda enviará outra de maçã. A escolha desses alimentos se deu pela praticidade, pois são de consumo imediato e não exigem preparo prévio.