Realização de lives deve ter autorização e seguir protocolo em Tubarão; caso contrário há pena de multa e interrupção

Live realizada no Dia dos Pais no Zanotto Truck, com apresentação de Manoel Fernando de Borba e atração musical com Alan Custódio

A realização de lives, em Tubarão, deve ter autorização da Vigilância Sanitária e seguir todas as exigências. Caso contrário, quem promover o evento poderá ter sua transmissão interrompida e arcar financeiramente com a irregularidade.

“Observamos a necessidade de definir e criar protocolos sanitários para organizar e proteger todos os participantes dos eventos, minimizando o risco de transmissão do vírus”, afirma a coordenadora da Vigilância Sanitária, Fernanda Borghesan.

“A pandemia afetou drasticamente este setor, mas as normas devem ser obedecidas. O município autorizou o retorno dessas atividades musicais, porém todos os protocolos têm que ser cumpridos. A primeira obrigatoriedade é o preenchimento do requerimento que solicita a liberação da live”, explica o fiscal da Vigilância Sanitária, Alberto Medeiros.

No pedido, são informados os nomes (com documento, como CPF) da banda ou músico, da equipe técnica e músicos em caso de grupo, a localização do evento, a data e o horário de início e fim. Após isso, uma equipe de fiscalização da Vigilância Sanitária vai ao local, faz uma vistoria, limita o distanciamento dos músicos, e presta todas as orientações quanto ao uso de máscaras, entre outras medidas de prevenção. Os nomes dos participantes da live também são analisados para obter informações se tiveram contato com pacientes positivos ou se já positivaram. Depois uma licença é emitida para a autorização.

Alberto conta que há alguns dias uma live foi interrompida após uma denúncia à Polícia Militar. Eles não tinham a licença (requerimento), foi constatado um grande número de pessoas no local e no consumo de bebida alcóolica, o que é proibido nesse momento.

Ao obter a permissão da live, um protocolo é assinado com o comprometimento de seguir todas as determinações (ler abaixo). “A necessidade de adotar esse procedimento surgiu quando começamos a receber várias denúncias de festas e aglomerações de pessoas. Ao averiguar no local, muitas eram a realização de lives”, enfatiza o fiscal.

Conforme ele, quando alguém denuncia, os profissionais vão fiscalizar a ocorrência. Se não tiverem a licença, a live é realmente interrompida. “Além da vistoria prévia no local do evento, muitas vezes assistimos a live para observar se estão seguindo todas as normas repassadas”, finaliza.

As lives podem ser suspensas no momento da transmissão, tanto pela Vigilância Sanitária como pela Polícia Militar.

Protocolos – Exigências

-Fica proibido o compartilhamento de instrumentos musicais entre os participantes durante a live;
-Os músicos, técnicos e apresentador devem obrigatoriamente fazer uso da máscara durante toda a apresentação, exceto o vocalista principal;
-Todos os integrantes devem manter distanciamento mínimo de 1,5 metro;
-Fica proibida o consumo de bebidas alcoólicas e alimentos no local;
-Somente poderão se fazer presentes na apresentação os músicos, sendo proibida a presença de amigos e/ou familiares;
-Antes do início e após a apresentação, torna-se obrigatória a limpeza e higienização do local, estando sob a responsabilidade do requerente;
-Após o término de apresentação, fica limitado o prazo máximo de 90 minutos para desmontagem dos equipamentos e a devida saída dos integrantes do local;
-Caso o evento seja realizado em local que já possui todos os equipamentos para locar junto à estrutura física, fica o locatário responsável pela desinfecção de todos os equipamentos e instrumentos, assim como um intervalo mínimo de 60 minutos entre as lives de artistas diferentes realizadas no mesmo dia.

Fotos: Live em Tubarão que seguiu todos os procedimentos

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