Produção apresenta queda de 12%

A previsão de colheita no estado é de 955 mil toneladas, cerca de 100 mil toneladas abaixo da safra do ano passado
A previsão de colheita no estado é de 955 mil toneladas, cerca de 100 mil toneladas abaixo da safra do ano passado

Eduardo Zabot
Tubarão

 
Vários fatores climáticos levaram à queda da produção de arroz em Santa Catarina. A estimativa é que tenha caído em torno de 12%. A pesquisa da Epagri foi bastante cautelosa e aponta que o índice na região de Tubarão é um pouco melhor.
 
“O nosso percentual gira em torno de 5% a 10%, é menor perda em relação a outras regiões, como Araranguá e Criciúma, que tiveram uma queda de 15%”, conta o presidente da Cooperativa Agropecuária de Tubarão (Copagro), Dionísio Bressan, membro da câmara setorial do arroz. 
 
Além do período de seca que a região passou, de novembro a dezembro do ano passado, a presença da doença brusone (Pyricularia grisea) foi o principal fator que resultou em uma colheita menor. A enfermidade desenvolve rapidamente quando existem condições adequadas, como períodos longos de orvalho, nublados e chuvas leves, que mantêm a umidade sobre as folhas.
 
“Em outras regiões, a estiagem, o granizo e a chuva em excesso foram as maiores causas, mas também teve a influência da brusone. Aqui na região de Tubarão, a doença foi com certeza o principal fator de queda”, cita Dionísio.
 
Segundo a projeção da Epagri, no litoral norte a queda está estimada em 7%, no Médio Vale em 10%, Alto Vale 15%, e Grande Florianópolis 5%. A previsão é de colher 955 mil toneladas, cerca de 100 mil toneladas abaixo da safra de 2012.
 
Apesar da queda, Dionísio assegura que não haverá problema no abastecimento e nem prejuízo para os agricultores.
 
“Não causará impacto ao agricultor porque os preços estão melhores do que no ano passado, e também não haverá falta porque a safra no Rio Grande do Sul foi muito boa”, explica Dionísio.
 
Brazil Rice
Os presidentes das cooperativas que criaram a Brazil Rice estiveram reunidos na última quinta-feira com um consultor nacional para estruturar a fase de operacionalização da central, que já está criada e registrada conforme foi estabelecido. “Estamos dando continuidade. Agora, precisamos fazer a operacionalização e colocar em prática o que projetamos”, explica o presidente da Cooperativa Agropecuária de Tubarão (Copagro), Dionísio Bressan.
A Brazil Rice surgiu para atender melhor o maior mercado consumidor de arroz no país, o nordeste. O objetivo é comercializar o produto em conjunto e com preço mais competitivo. Participam a Cooperja, de Jacinto Machado; a Cooperjuriti, de Massaranduba; a Cravil, de Rio do Sul; a Coopersulca, de Turvo; e a Copagro, de Tubarão. Secretário da Cooperativa Central Brasileira de Arroz, Dionísio conta que a Brazil Rice já está devidamente registrada, com sede em Imbituba.