Bertoldo Weber
São Ludgero
A construção de uma rede de captação de água bruta na comunidade Mar Grosso, em São Ludgero, provocou a ira dos moradores. Contrários à obra, eles tentam de todas as formas barrar o investimento no local. Até mesmo o judiciário teve que ser acionado para tentar conter os ânimos e resolver, enfim, a ‘pendenga’. Caso isso não ocorra, a cidade poderá ver escorrer pelas mãos, como água, a verba conseguida para desenvolver o projeto.
O diretor do Samae de São Ludgero, Jackson Buss, explica que a autarquia busca resolver o impasse sobre a captação de água há vários meses. “Possuímos todas as autorizações e documentos ambientais, seguimos à risca o que determina a legislação para a construção da captação e da rede, mas alguns moradores ainda são contrários à obra. Porém, garanto que nada do que fazemos visa ao interesse particular, e sim coletivo”, assinala.
Ele reforça que a situação precisa ser resolvida rapidamente. Os recursos a fundo perdidos, oriundos do Funasa, podem não vir mais e isso poderá comprometer o abastecimento da cidade nos próximos anos. A comunidade, porém, está irredutível. Eles acreditam que o Samae captará toda a água do ribeirão. “Isso é boato. Uma grande mentira.
Tentamos esclarecer esta história. Reunimos órgãos ambientais e realizamos reuniões na comunidade. Não queremos prejudicar ninguém. Como nada disso surtiu efeito, nós e o prefeito Ademir Gesing (PMDB) apelamos ao Tribunal de Justiça. Jamais a Fatma iria autorizar algo que deixasse uma comunidade sem água”, esclarece o diretor.