Pastor é acusado de estupros

O pastor, que violentava adolescentes e jovens, está no Presídio Regional de Tubarão.
O pastor, que violentava adolescentes e jovens, está no Presídio Regional de Tubarão.

Mirna Graciela
Sangão

Um pastor de 31 anos foi preso ontem, por volta das 18 horas, na cidade de Sangão, por estupro. Por meio de um mandado, policiais civis da cidade foram até a residência dele, no distrito de Morro Grande e executaram a ação. O homem está no Presídio Regional de Tubarão.

Um adolescente de 16 anos e um jovem de 22, na presença de seus pais, confirmaram em detalhes à polícia como eram violentados sexualmente pelo pastor. O mais velho já sofria nas mãos do homem há mais de cinco anos, já que morava na casa do pastor. As vítimas, além de serem forçadas ativa e passivamente, também eram amedrontadas quando negavam a fazer o que ele pedia. E, caso revelassem os fatos aos seus familiares ou à polícia, os seus parentes eram ameaçados de morte. O mais jovem tentou suicídio em virtude da violência sexual que sofria.

Para o agente de Polícia Civil Alex Etevaldo de Souza, responsável pela delegacia de Sangão, agora outras crianças e adolescentes terão coragem para denunciá-lo. “Acreditamos nisto, já que as primeiras confirmaram a agressão. Pedimos que os outros nos procurem”, solicita o policial. A maioria é de famílias de baixa renda, com muitos filhos, e o pastor os dava abrigo e os convidava para ‘retiros espirituais’. Em troca, presenteava as suas vítimas. “Os dois enfim resolveram contar tudo porque não aguentavam mais a brutalidade. O que me relataram é cruel”, conta o policial. As vítimas foram encaminhadas para exames, que confirmaram a violência cometida contra um deles.

 Acusado era investigado desde o início do ano

As denúncias de que o pastor cometia a violência sexual contra garotos ocorriam desde o início deste ano. Segundo o agente de Polícia Civil Alex Etevaldo de Souza, as investigações começaram há meses. Em março, alguns mandados de prisão foram cumpridos na residência do acusado, mas os policiais civis não encontraram indícios que comprovassem as denúncias. Também não conseguiram, naquela época, depoimentos de vítimas ou testemunhas. Mesmo assim, a apuração das denúncias continuou.