Mercado leiteiro: Preço do produto aumenta

Zahyra Mattar
Tubarão

O leite é um alimento de grande necessidade na mesa do brasileiro, especialmente entre as famílias que possuem crianças em fase de crescimento ou idosos. Há 11 dias, o leite já havia registrado aumento de 40% no valor. O índice é refere-se aos últimos dois meses. Em abril, o consumidor pagava R$ 1,30 pelo litro do produto. Este mês, não conseguia comprá-lo por menos de R$ 1,90.

O gerente regional da Epagri em Tubarão, Luiz Marcos Bora, já havia anunciado, no dia 16, que um novo reajuste poderia ocorrer. E isto se confirma agora. Segundo ele, o valor pago ao consumidor anteriormente, de 25% a 30 % maior do que abril (algo em torno de R$ 0,70 a R$ 0,75), deveria ter ainda um acréscimo de 5% (ficaria em R$ 0,80).

E foi o que ocorreu esta semana, quando o produto teve um novo reajuste. A proporção é bem menor, mas é suficiente para refletir diretamente sobre o bolso do consumir. Nos mercados de Tubarão, o menor preço encontrado nas prateleiras é de R$ 2,07, independentemente da marca. Se a marca for considerada, o valor pode dobrar.

Para amenizar o impacto no bolso, as maiores armas do consumidor são a pesquisa de preço e a coragem em mudar de marca. “O leite é um alimento difícil de ser boicotado. É como o pão. O cidadão precisa estar atento e preferir o mais barato. Todas as marcas precisam obedecer parâmetros, e não precisa ter medo de mudar”, ensina a presidenta da Associação das Donas de Casa e Consumidores (Adocon) de Tubarão, Reneuza Borba.

Esta alta no valor do alimento tem uma explicação. A extensão dos prejuízos provocados pela seca que assolou Santa Catarina nos últimos meses não ficou restrita ao campo, onde as perdas somam R$ 400 milhões. A Amurel produz de 400 a 420 mil litros por dia. Entre 60% e 70%, é consumido na própria região. O restante é vendido à indústria.