Indenização para açougueiro que teve braço preso por horas em máquina até atendimento

Médicos do Samu e bombeiros discordaram do procedimento que deveria ser tomado para transporte do paciente, o que ocasionou em uma demora de duas horas, período em que o homem permaneceu com o braço preso à máquina. Os médicos do Samu afirmavam que a responsabilidade era dos bombeiros e que estes resistiram em cumprir com o protocolo, além de afirmarem que apenas poderiam usar a UTI móvel em caso de risco de vida.

Já os bombeiros alegaram que havia necessidade de usar a unidade avançada para realizar a transferência e que o protocolo determinava que apenas poderiam levar o paciente até a unidade hospitalar mais próxima, esta que não possuía estrutura adequada.

Por fim, o açougueiro foi transferido na viatura dos bombeiros, que estava disponível desde o princípio, até a cidade de Mafra ainda com o braço preso à máquina. O desembargador relator da ação anotou que “independente do protocolo que deveria ser seguido, não é razoável que naquela situação o autor aguardasse duas horas, em sofrimento e com dor, até que fosse tomada alguma decisão, caracterizando falha no serviço de um atendimento que exigia urgência” (Apelação Nº 5000044-46.2020.8.24.0047/SC).