Fluminense comemora título inédito da Libertadores com vitória sobre o Boca Juniors no Maracanã

Agora campeão da Libertadores, o Fluminense volta a campo na próxima quarta-feira, dia 8, pelo Campeonato Brasileiro. Quer o destino que o adversário seja o Internacional, em pleno Beira-Rio. Foi contra o time gaúcho, naquele mesmo palco, que o Tricolor protagonizou um jogo épico que lhe garantiu uma vaga na final contra o Boca Juniors. A partida, válida pela 33ª rodada, será às 19h.

MUNDIAIS

Com o título, o Fluminense do técnico Fernando Diniz carimbou o passaporte para duas edições do Mundial de Clubes da Fifa. A primeira delas será disputada ainda este ano, entre os dias 12 e 22 de dezembro, na Arábia Saudita. O torneio terá o formato atual com sete clubes, entre eles o Manchester City, da Inglaterra, campeão da Liga dos Campeões da Europa. O Time brasileiro entrará diretamente na semifinal, em que enfrentará o vencedor do confronto entre Al-Ahly (Egito) e o ganhador de Al-Ittihad (Arábia Saudita) e Auckland City (Nova Zelândia).

O outro Mundial será em 2025, na primeira edição com o novo formato, com 32 clubes. O torneio será disputado nos Estados Unidos como evento-teste para a Copa do Mundo de 2026. Para o novo certame, já estão classificados times como Chelsea (ING), Real Madrid (ESP) e Manchester City (ING).

O título garantiu ainda um lugar para o Fluminense na grande final da Recopa Sul-Americana, que será disputada no início do ano que vem, em jogos de ida e volta, contra a LDU, que venceu a Conmebol Sudamericana.

A partida final
O Fluminense iniciou a partida com domínio absoluto da posse de bola, trocando passes e buscando romper a barreira defensiva do adversário. A primeira finalização tricolor saiu aos 13 minutos. Marcelo cobrou falta na área, Cano cabeceou e o goleiro defendeu. Aos 20, Arias recebeu de Keno e ajeitou com estilo para Cano, que bateu sem muito perigo. O Fluminense seguiu pressionando e voltou a finalizar aos 34, com Nino, de cabeça, após escanteio cobrado por Marcelo.

A insistência tricolor foi premiada aos 35. Keno tabelou com Arias, foi à linha de fundo e rolou para trás. Cano, sempre ele, estufou a rede e abriu o placar no Maracanã. No embalo da torcida, o Fluminense seguiu no ataque e levou perigo mais uma vez aos 40. Marcelo recebeu na intermediária, carregou e soltou a bomba, mas a bola acabou subindo.

A dor do empate
A equipe voltou para a segunda etapa controlando as ações e assustou aos 9 minutos. Keno escapou pela direita e cruzou rasteiro para a área, mas Arias não alcançou e o goleiro interceptou antes que a bola chegasse até Cano. Aos 23 minutos, após bela troca de passes, André recebeu na altura da meia-lua e arriscou de esquerda, obrigando o goleiro a trabalhar. Apesar do amplo domínio do Flu, o Boca chegou ao empate aos 27, com Advíncula. Aos 40 minutos, Arias roubou a bola no meio e deixou com John Kennedy. O camisa 9 bateu, mas a bola desviou no meio do caminho e sobrou para o goleiro. Aos 49, Lima tocou na medida para Diogo Barbosa, que ajeitou e bateu cruzado para fora.

Tempo extra
Logo no primeiro lance, André lançou John Kennedy, que invadiu a área, mas acabou cercado por três defensores. No lance seguinte, Keno recebeu de Arias e bateu colocado de fora da área, mas o goleiro defendeu. Aos 9 minutos, Diogo Barbosa lançou Keno, que ajeitou de cabeça para John Kennedy soltar a bomba e colocar o Flu na frente de novo. Aos 9 do segundo tempo, Arias puxou contra-ataque, tabelou com Cano e lançou Guga, que acertou a trave.

FICHA TÉCNICA
Conmebol Libertadores – Final

04/11/2023, 17h – Maracanã

Boca Juniors-ARG (1)
Sergio Romero; Advíncula, Figal (Valdez), Valentini e Fabra; Medina (Taborda), Pol Fernández, Ezequiel Fernández (Saracchi) e Barco (Langoni); Merentiel (Lucas Janson) e Cavani (Benedetto). Técnico: Jorge Almirón

Fluminense (2)
Fábio; Samuel Xavier (Guga), Nino, Felipe Melo (Marlon) e Marcelo (Diogo Barbosa); André, Martinelli (Lima) e Paulo Henrique Ganso (John Kennedy); Jhon Arias, Keno (David Braz) e Germán Cano. Técnico: Fernando Diniz

Arbitragem: Wilmar Roldán (Colômbia), auxiliado por Alexander Guzman (Colômbia) e Dionisio Ruiz (Colômbia). O árbitro de vídeo foi Juan Lara (Chile)

Gols: Advíncula (2T 27’) (BOC); Cano (1T 35’), John Kennedy (1T P 9’) (FLU)

Cartões amarelos: Cavani, Figal, Langoni (BOC); Keno, John Kennedy (FLU)

Cartões vermelhos: Fabra (BOC); John Kennedy (FLU)

CAMPANHA HISTÓRICA

O Fluminense avançou para a final contra o Boca Juniors ao superar o Internacional com 4 a 3 no placar agregado do confronto semifinal. No jogo de ida, o Time carioca, mesmo jogando com um a menos desde o primeiro tempo, buscou um empate em 2 a 2 no Maracanã. Na volta, em duelo histórico no Beira-Rio, em Porto Alegre (RS), o Tricolor venceu por 2 a 1 de virada com gols de John Kennedy e Germán Cano.

A campanha tricolor nesta Conmebol Libertadores contou ainda com duas vitórias sobre o Olimpia-PAR nas quartas – 2 a 0 na ida, no Maracanã, e 3 a 1 na volta, no Defensores Del Chaco.

Nas oitavas, o Tricolor eliminou o Argentinos Juniors-ARG com empate em 1 a 1 no jogo de ida, em Buenos Aires, e vitória por 2 a 0 na volta, no Maracanã.
Na primeira fase, o Flu liderou o Grupo D da competição, que tinha ainda River Plate-ARG, The Strongest-BOL e Sporting Cristal-PER. Um dos jogos mais marcantes foi a goleada por 5 a 1 aplicada sobre o River, no Maracanã, no dia 2 de maio, no Maracanã.

GOLEADOR
Entre tantos personagens especiais que fizeram história com o título desde sábado, um deles se fez protagonista. Aos 35 anos, Germán Cano se estabelece como um dos grandes ídolos do Fluminense em todos os tempos. O atacante argentino, além de campeão, foi o artilheiro da Conmebol Libertadores, com 13 gols em 14 jogos. O camisa 14 soma ainda uma assistência.