DO ENSINO PRESENCIAL AO ENSINO REMOTO: TEMPOS DE PANDEMIA

Professora Dra. Patrícia da Silva Meneghel
Gestora das Unidades de Aprendizagem Virtuais (UAV), integrante da UnisulSoluções (área de Serviços e Tecnologias Educacionais), professora das modalidades presencial e virtual da Unisul, em cursos de graduação e Pós Graduação

O mês de março de 2020 ficará marcado na história das nossas vidas. Foi a partir desse mês que o movimento para o enfrentamento e emergência de saúde pública, em função da pandemia causada pelo covid-19, iniciou e provocou medidas importantes de isolamento social na nossa cidade, estado e país.

Tais medidas mudaram sobremaneira a vida em sociedade em muitos aspectos, dentre os quais a educação em todos os seus níveis: ensino fundamental, médio, técnico e superior.

De um dia para o outro, nossas crianças e adolescentes não puderam estar mais nas salas de aula físicas com seus professores e atividades rotineiras. O mesmo aconteceu com os estudantes outros, adultos, muitos destes trabalhadores, que frequentavam o ensino técnico profissionalizante ou os cursos superiores, com o objetivo de ter uma formação inspirada numa futura profissão.

E o que nos instiga questionar, nesse momento, é se nossas escolas, em diferentes níveis, estavam preparadas para essa “virada de chave” tão abrupta e inesperada. Vejam: de um dia para o outro, tivemos que migrar nosso processo de mediação do conhecimento para uma condição remota. O celular, por exemplo, tão execrado pelas nossas escolas, por dispersar a atenção dos nossos alunos, passou a ser um instrumento significativo para estudar em dias de pandemia. Não lhe parece, caro leitor, paradoxal?

Realmente é! Nossas instituições educacionais não estavam em outro mundo, ou fora do mundo. Elas sempre estiveram no aqui e no agora, nesse tempo presente em que as plataformas digitais, os recursos de tecnologia síncrona e assíncrona estão por toda parte, muitos deles gratuitos, de livre acesso.

No entanto, como ficam as realidades analógicas como a do Brasil? Grande parte das instituições educacionais do nosso país (em diferentes níveis) não têm professores e alunos preparados para ensinar/estudar remotamente. Aliás, esse é um dos grandes desafios que a pandemia evoca para governos, educadores, pais e estudantes.

Felizmente, nós, na Unisul, temos uma história marcada, grande parte, por pioneirismo em ensino a distância no Brasil. Há quase 20 anos, nossa Universidade estuda, analisa, cria e recria metodologias de ensino que possam promover uma aprendizagem significativa, ainda que a distância. Os vários cursos de graduação e pós graduação, com conceitos exitosos no Enade, seguem uma metodologia específica de ensino a distância (EaD) e fazem uso de uma plataforma e-learning desenvolvida na própria Universidade.

Tal expertise em EaD fez com que, simultaneamente, dois processos importantes também marcassem a história da Universidade até aqui: os professores são capacitados para o uso de recursos tecnológicos, especialmente a própria plataforma e-learnig como apoio ao ensino presencial (as chamadas salas AOL – apoio on line) e os alunos, por outro lado, ainda que matriculados em cursos presenciais, também compartilham de unidades de aprendizagem a distância em seus cursos, fazendo com que o processo de adaptação a um ensino remoto gerasse um pequeno impacto na continuidade das suas aulas.

Essas medidas, que já fazem história na nossa Universidade, representaram um grande diferencial nesse tempo de pandemia. Nossas aulas remotas iniciaram imediatamente após o decreto de isolamento social, não pararam e seguem até que possamos voltar ao processo normal.

Mas o que será normal depois da pandemia? Essa é uma grande questão a ser respondida! Certamente, nosso contexto educacional não será mais o mesmo. Tomara que o Brasil analógico seja mais digital, para que nossa educação esteja “no mundo, dentro do mundo”.

 

Você sabia?

Que ensino remoto é diferente de ensino a distância (EaD)? O ensino remoto tem aulas ministradas por professores, em sua maioria, no mesmo horário convencional da aula presencial, por meio da utilização de recursos tecnológicos. O EaD tem metodologia específica, conteúdo, na maioria das vezes, assíncrono, autoinstrucional e conta com o apoio de agentes multidisciplinares (professores, tutores, conteudistas, etc).

 

Fique atento!

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