Amazônia
Nos 36 municípios da Amazônia que mais desmataram no fim de 2007, apenas 20% das propriedades rurais com áreas superiores a quatro módulos fiscais (entre 60 e 80 hectares, dependendo do município) fizeram o recadastramento exigido pelo governo federal, uma das principais medidas anunciadas em janeiro deste ano para tentar conter o desmatamento na região amazônica.
Na época, foi registrado um aumento na derrubada da floresta ocorrido nos últimos cinco meses de 2007.
Segundo o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), das 15,4 mil propriedades rurais que necessitavam fazer o recadastramento, apenas 3.080 o fizeram. Os 36 municípios da lista de maiores desmatamentos -19 localizados em Mato Grosso, 12 no Pará, quatro em Rondônia e um no Amazonas – foram responsáveis por 50% das derrubadas de árvores registradas na Amazônia recentemente.
O objetivo do governo, com o recadastramento, é monitorar os desmatamentos, cruzando os dados atualizados das propriedades rurais com as imagens de destruição da floresta captadas por satélites. Dessa forma, pretende identificar os responsáveis pelas as áreas eventualmente desmatadas. As 12.320 propriedades que deixaram de fazer o recadastramento tiveram o Certificado de Cadastro de Imóveis Rurais (CCIR ) suspensos.